O que aprender com o filme Barbie: 10 formas de se amar

Equipe Eurekka

Uma boneca artificial desenvolve sentimentos humanos e parte para uma jornada multidimensional em busca do autoconhecimento, convidando todos a se sensibilizarem com ela. Esse é o filme Barbie. Interessante, não?

Criada em 1959, a boneca mais famosa do mundo estreou nos cinemas em julho deste ano como live-action.

Interpretada por Margot Robbie, junto a seu companheiro Ken, Ryan Gosling, Barbie prova que dá para aprender se divertindo. O filme mostra inúmeras lições de vida, e a Eurekka vai te mostrar todas elas na resenha de hoje.

Boa leitura!

Barbie na Barbieland

Qual é a história do filme Barbie?

No filme Barbie, somos transportados para Barbieland — um mundo mágico onde todas as versões da boneca vivem em total harmonia, dedicadas a encontrar as melhores roupas para passear com as amigas e desfrutar de festas intermináveis.

No entanto, uma das bonecas (a interpretada por Margot Robbie) começa a questionar se sua vida é realmente tão perfeita quanto parece. Essa dúvida a leva a refletir sobre o verdadeiro sentido de sua existência, provocando inquietação entre suas companheiras.

Assim, essa boneca corajosa decide deixar Barbieland e enfrentar o mundo real. Adaptar-se a uma nova realidade é desafiador, já que ela não é mais apenas uma boneca. Mas, felizmente, ela não está sozinha, pois seu fiel e amado Ken (Ryan Gosling) está ao seu lado, mostrando-se cada vez mais fascinado pelas maravilhas do novo mundo.

Ao longo dessa jornada emocionante, Barbie encontra obstáculos e momentos difíceis, desprovidos da magia e do brilho do mundo cor-de-rosa. No entanto, esses desafios a ajudam a perceber que a verdadeira beleza reside no interior de cada indivíduo. Enfrentando suas inseguranças, ela descobre uma força interior que a torna ainda mais extraordinária.

Qual a idade mínima para assistir ao filme da Barbie?

De acordo com a classificação indicativa, o filme Barbie é recomendado para maiores de 12 anos.

Atualmente, se encontra nos cinemas e, em breve, estará disponível nas plataformas digitais de streaming.

O que aprender com o filme Barbie: 10 formas de se amar

Agora que você já entendeu a história, confira as lições preciosas que o filme Barbie traz para nós!

Atenção: a resenha a seguir pode conter spoilers leves sobre a história.

Não tente se encaixar em padrões sociais à força

Quem é que não desejaria viver na Barbielândia? Nada de contas a pagar, sem noites ruins de sono e diversão a todo momento!

Porém, Barbie tem sua vida colocada de ponta cabeça assim que sai do seu conforto e parte para aventuras no mundo real. Com expectativas frustradas por não se encaixar, ela cai num descontentamento profundo, duvidando de si mesma e se sentindo insuficiente.

O filme vem para dizer que o mundo pode mascarar a verdade e vender uma perfeição que não existe. Uma utopia. Enquanto, na realidade, ele só está seguindo e impondo ordens sociais.

Como, por exemplo: uma nova tendência de vestimentas, que por fim, gera consumismo para quem lucra e possíveis transtornos para quem é impactado por essa realidade e não consegue suprir as expectativas de tentar seguir a moda.

Fuja da felicidade tóxica

Vamos falar sério agora: você já deve ter ficado incomodado com a felicidade irreal que as redes sociais criam. Tudo parece artificial, como se houvesse uma realidade paralela da qual você não faz parte.

Mas saiba que isso tem um nome, a positividade tóxica . Ela é como uma falsa obrigação de que todo mundo deve se sentir grato e se mostrar feliz o tempo todo. Assim, é construída uma pressão social de esconder dias ruins, sentimentos e emoções difíceis de serem entendidas e muito mais.

No filme, Barbie, em determinado momento, pensa na finitude da vida. E isso é o estopim para que ela seja excluída do círculo social de amigos dela e que julgamentos de que existe algo de defeituoso nela comecem. Afinal, num mundo perfeito, quem ousaria pensar numa fatalidade?

Se permita sentir

Não é nada fácil, e muito menos gostoso, quando aquele pensamento deprimente e desconfortável vem e machuca a gente, não é?

Seja tristeza por não conseguir determinada coisa, apatia quando falta bateria social para interagir com os amigos ou raiva assim que brigamos com alguém que a gente ama.

Barbie e Ken não sabiam sentir outra coisa além de felicidade toda hora, minuto e segundo! Que susto a Barbie leva quando escorre uma lágrima do seu rosto. E quando o Ken vai se esconder atrás da parede para a Barbie não ver ele super empolgado e achá-lo menos atraente?

Reprimir sentimentos desse jeito não é nada legal. Por isso, é indispensável tomar um tempo para respirar e analisar a situação, se respeitando e validando seu atual “eu” naquele momento. O corpo e a mente falam, e diminuir esse espaço de expressão pode trazer dificuldades, como ansiedade e depressão.

Aceite quem você é

“Abraçar a si mesmo”. Muitas pessoas saem falando essa lição da boca pra fora, mas essa tarefa pode ser difícil. Só que não impossível.

Barbie, no filme, se envergonha por estar com celulite em uma de suas coxas. Ela desesperadamente quer voltar a ser “perfeita”. Mas, o que é a perfeição?

Novamente, voltamos ao ponto da imposição. Até hoje, mulheres são ensinadas a odiarem seus corpos e motivadas a se transformarem inúmeras e mais inúmeras vezes até que, quando olham para si, veem que sua essência foi perdida. Isso só para agradar a quem?

E também vale para os homens. Ken passa por uma crise existencial e chega até a não se reconhecer mais, tudo por conta da sua dependência de ser validado pela Barbie a todo momento.

Reconheça seus méritos

No live-action, Barbie vê que suas outras “metades” têm habilidades, jeitos e maneiras únicas que ela não tem. E, na vida real, acontecem situações muito parecidas com essa.

Todo mundo tem aquele primo, ou qualquer outro parente, que já está na segunda faculdade, tem o emprego dos sonhos e viaja para conhecer todos os países. E não tirando o valor de quem tem esses privilégios, mas a comparação excessiva, às vezes, é automática na nossa cabeça.

O que não entendemos é que, cada um vive sua realidade e contexto. Do mesmo jeito que você tem o que tem e passou pelo que passou, outras pessoas podem ter vivenciado diferente. O que você conquistou até agora é mérito seu, e a única comparação mais válida é consigo mesmo.

Ou seja, se compare com quem você era e quem você é hoje, e não com outras pessoas! Confie no seu esforço, ele pode estar abrindo portas que você ainda não vê.

Não deixe ninguém falar por você

Opinião todos têm, mas nem sempre é válida! Quando aquela sugestão vem com “cheirinho” e “carinha” de um comportamento passivo agressivo de que você deve agir de determinada maneira por obrigação e aquilo não te agrada, é hora de cair fora.

O filme Barbie mostra que existe muito disso no mundo. Ordens para lá, cutucões para cá. E sua insatisfação continua enquanto você se arrasta, abaixando a cabeça para que outros te menosprezem.

Claro que é importante ouvir o outro e levar em consideração, mas também é necessário saber quem você é e ser fiel a isso, não deixando que os outros tomem as rédeas da sua vida.

Se reconecte com a sua família

Primeiramente, como sempre falamos aqui, família é quem queremos por perto. E nesse texto, não seria diferente.

O ponto é que, durante a trama, vemos uma relação entre mãe e filha um pouco conturbada pela falta de comunicação entre as duas. Outra situação é a própria relação entre Barbie e Ken, que têm expectativas diferentes um sobre o outro.

Todo mundo se considera, mas ninguém está disposto a tirar as armaduras e se mostrar sensível para que tudo se alinhe.

E isso nos mostra o quanto é importante nos reconectarmos com quem a gente gosta e resolver as possíveis falhas num ponto entre ambos.

Fale o que tenha a dizer, se for algo construtivo. E espere um retorno, também. Se não rolar também, que mal tem? Ao menos, tentaram construir um momento de ressignificação!

Ken filme Barbie

Valorize seus desejos e vontades

Existe toda uma conduta de como homens devem se comportar na frente de outros homens, e na frente de mulheres também. O filme deixa isso bem claro, em forma de crítica!

Ken quer exalar virilidade diante de outras versões dele, e também tenta pagar de sedutor na frente da Barbie. Só que, ele não sabe o que realmente quer. Não compreende o que realmente deseja.

Será que ele faz tudo isso porque sente vontade ou é uma forma de defesa pelo receio de como o mundo pode recebê-lo assim que ele abraçar seu “eu interior”?

A questão é que: homens choram. Homens têm trejeitos diferentes, sem serem todos tão másculos. Homens têm desejos de fazer coisas que, normalmente, mais mulheres fazem, como se expressar corporalmente de um jeito mais livre. E nada disso os torna menos homens. Pelo contrário, tudo isso os deixa mais humanos.  

Abrace algumas mudanças

Zona de conforto quer dizer não estar satisfeito com uma situação, mas não querer mudar pelo medo do desconhecido.

As inúmeras Barbies e Kens da Barbieland, num primeiro momento, nunca se atreveriam a deixar de lado toda a mordomia que viviam para se mudarem para o mundo real e enfrentarem dias caóticos.

Entretanto, foi justamente a coragem de uma única Barbie em enfrentar o desconhecido que fez com que toda a Barbielândia mudasse para melhor. Barbie tinha medo do que estava por vir assim que pisasse na Terra, já que sua situação ali não estava nada favorável, mas a determinação em tentar é que fez a diferença.

Abraçar o desconhecido pode ser bom. Mesmo que você tenha trombado com ele sem se planejar.

Respeite suas limitações

Barbie tem muitas profissões. Ela é presidente, jornalista, piloto de avião, empreendedora e mais. Participa de todos os eventos e tenta manter um bom relacionamento com toda a Barbieland.

Só que, esse fardo acaba sendo pesado demais para ela. Barbie entende que precisa respirar e se reconhecer como alguém vulnerável, que tem limitações e que não há problema nenhum nisso.

Crie sentido para a sua vida

O filme Barbie investe todo o seu potencial em trazer a mensagem do sentido que devemos agregar à vida.

Barbie e Ken navegam por uma tempestade de inseguranças e incertezas. Só que, ouvindo cada um a si mesmo, conseguem chegar à orla da praia. Mas, o que isso quer dizer?

Se escute, motive e inspire!

Por fim, mesmo que possa parecer bobo ou superficial, crie razões para acordar. Micropassos para atingir determinada tarefa. “No que posso ser melhor que ontem?”, “O que eu gostaria de fazer para me agradar?”, “Como descansar e curtir um pouco da minha própria presença?”.

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6 replies on “O que aprender com o filme Barbie: 10 formas de se amar”

Ei, Iris! Ficamos muito felizes em saber que gostou do nosso texto! <3

Abraços,

Gabi da Equipe Eurekka

Obrigada por essa linda análise.

Todas as animações da Barbie trazem muitas reflexões e mensagens, então o live action não poderia ser diferente! Se engana muito quem acha que a Barbie é superficial haha

Ei, Ana! Que bom que você gostou da análise! Realmente a Barbie merece um lugar especial em nossos corações, ainda mais depois desse filme <3

Abraços,

Gabi da Equipe Eurekka

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