Dia Mundial do Livro: origem, autores homenageados e 4 livros incríveis

Equipe Eurekka
Você já comemorou o dia mundial do livro ou ouviu falar dessa data? Durante a XXVIII Conferência Global da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1995, foi escolhida uma data que representasse essa comemoração.
E, isso tudo devido à importância que os livros têm na vida das pessoas! Inclusive, durante o evento, representantes da UNESCO disseram que a leitura vem sendo, ao longo da história, o elemento mais poderoso de difusão do conhecimento e o meio mais eficaz para sua conservação.
Para além disso, o objetivo é comemorar a importância da leitura, incentivar a população a adquirir esse hábito, celebrar grandes obras, divulgar autores e promover a publicação de novos livros.
A lembrança, portanto, é também para editores, tradutores, leitores, autores e todos aqueles que, de alguma forma, fazem parte de todo o processo de divulgar esse ato incrível.
Então, se você gostou do assunto, vem com a gente aprender mais sobre essa data, os autores homenageados e a relação entre psicologia e literatura!
Por que dia 23 de abril é o dia mundial do livro?
Como você já viu, a escolha de uma data para comemorar o Dia Mundial do Livro se deu em uma Conferência Global, na década de 90. Nesse evento, com a ideia de homenagear grandes autores da história da literatura, o dia 23 de abril foi escolhido!
Mas, você sabe por quê? O motivo foi que, em 23 de abril de 1616, três grandes escritores faleceram: William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega. Estranho, não é?
Dia do direito do autor
Você já viu que o dia 23 de abril é uma forma de celebrar os livros e a importância deles para a sociedade. Mas, além disso, não se pode deixar de lado o escritor e os direitos legais de suas obras.
Por essa razão, a UNESCO determinou que fossem comemorados juntos o dia mundial do livro e do direito do autor, afinal, ele é o principal agente na criação de um livro e deve ser valorizado.
Defender a leitura e garantir os direitos de quem a escreve, é o mesmo que defender a criatividade, a divulgação de conhecimento e os avanços sociais. Isso sem falar na capacidade única que os livros têm de gerar empatia, reflexões e crescimento para o leitor.
Quem são os autores homenageados no dia mundial do livro?
Como você já sabe, a data escolhida representa o dia da morte de três grandes escritores ao longo da história. Quer conhecer um pouco mais sobre eles e suas principais obras?
Inca Garcilaso de la Vega: nasceu em Cusco, no Peru, dia 12 de abril de 1539. O autor ficou conhecido como um símbolo do país, pois era filho mestiço de um conquistador espanhol e uma princesa indígena. Sua principal e mais conhecida obra é Historia General del Perú.
Miguel de Cervantes Saavedra: Cervantes nasceu, provavelmente, em 29 de setembro de 1547, na cidade de Alcalá de Henares. Sua principal obra é Dom Quixote de La Mancha, mas ela só ficou conhecida após a morte do autor. Esse livro é considerado um dos primeiros romances modernos e é uma das obras mais traduzidas no mundo.
William Shakespeare: Supõe-se que Shakespeare nasceu no dia 23 de abril de 1564 em Stratford, na Inglaterra (mesmo dia em que morreu, 52 anos depois). Ele escreveu 38 peças, 2 poemas e 154 sonetos. Suas obras são conhecidas e admiradas no mundo todo, sendo as principais: Hamlet, Romeu e Julieta, Rei Lear e Otelo.
Livros famosos e a psicologia
E, já que estamos falando sobre o Dia Mundial do Livro, não poderíamos deixar de trazer uma seleção incrível para quem quiser se aventurar nesse mundo de histórias que marcaram a humanidade.
Ulysses – James Joyce
Ulysses, do escritor irlandês James Joyce, é uma obra única e incrível. O personagem principal se chama Leopold Bloom, e a história é inspirada na obra Odisseia, de Homero.
O livro de James Joyce se passa em Dublin, na Irlanda, e conta a história que se passa em apenas um dia que seria comum na vida de Leopold: sair de casa pela manhã, fazer suas tarefas ao longo do dia e voltar à noite. Parece simples, não?
Mas a obra mostra, com muitas referências culturais na escrita de Joyce, todos os imprevistos e aventuras que se passam em um dia “típico” na vida do personagem e seu amigo Stephen.
E essa narrativa é feita como se fosse um fluxo de pensamentos, ou seja, o modo como a pontuação e as frases são escritas é bem diferente.
A obra de Joyce é tão complexa que foi objeto de estudo do psicanalista Jacques Lacan. Sendo que esse estudo foi publicado no seminário — O Sintoma, publicado em 1999.
O Lobo da Estepe – Herman Hesse
Fala sobre os dramas de um homem de meia idade, que se sente deslocado no novo século. Publicado em 1927, O lobo da estepe foi um dos livros mais importantes para a juventude no século XX e nunca perdeu sua relevância ao longo dos anos.
O livro conta a história de um homem nascido no século XIX, com cerca de 50 anos, que escreve artigos para jornais e critica fortemente o século XX. Ele tinha valores antiquados, não se identificava com os gostos e vontades dessa nova geração e vivia esse conflito.
O interessante é que o personagem sentia como se fosse duas pessoas ao mesmo tempo. Uma versão sua era humana, civilizada, sabia conviver em sociedade, com bons costumes. Mas, sua outra versão, era animal, selvagem e raivosa: semelhante a um lobo da estepe.
Enfim, ao longo da história, percebemos os conflitos do personagem e como ele percebe que, no fim, vivemos diferentes existências ao longo do nosso período de vida.
Memórias do Subsolo – Fiódor Dostoiévski
Livro publicado no ano de 1864, por Dostoiévski, em um período difícil para o autor. Enquanto escrevia, passando por uma crise financeira, o escritor também presenciava o avanço da doença de sua esposa, que estava com tuberculose.
De maneira geral, o livro é considerado por muitos como o ponto de virada na escrita do autor. A obra traz muitas questões existencialistas relacionadas à angústia da existência, retratando um personagem, funcionário público e aposentado que se descreve como alguém “isolado” e descontente com os rumos de sua vida.
Por fim, é válido ressaltar que o livro é dividido em duas partes: a primeira “O subsolo” é densamente filosófica, com muitas reflexões. Já a segunda, “A propósito da neve molhada” é como se fosse a representação prática do que foi visto anteriormente.
Édipo Rei – Sófocles
É uma peça teatral, escrita por Sófocles e encenada pela primeira vez na Grécia Antiga, cerca de 430 a.C. O enredo dessa história é um clássico e conhecido por muitas pessoas.
Nessa obra, Laio, rei de Tebas, foi avisado por um Oráculo (como um profeta) que seu próprio filho o mataria e depois se casaria com a própria mãe. Então, com medo e querendo evitar que isso acontecesse, Laio abandona a criança em um lugar qualquer.
Após isso, um pastor encontra o bebê e lhe dá o nome de Édipo. Depois de algum tempo, o rei de Corinto o adota. E, quando adulto, Édipo também consulta o oráculo.
A partir daí, desenrola-se uma série de ações surpreendentes, pois Édipo recebe do Oráculo a mesma previsão que seu pai, Laio, havia recebido anos antes. Assim, ele percebe que é impossível fugir de seu destino e que a profecia dada a Laio já tinha se cumprido.
Além disso, essa tragédia grega foi o que inspirou o termo usado por Freud — Complexo de Edípo — nos seus estudos.
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