Emoções: o que a escola não te ensinou
Equipe Eurekka
Você já ouviu pessoas comentando sobre como a escola deveria ter nos ensinado coisas que não ensinou? Não aprendemos a fazer o Imposto de Renda, empreender ou praticar o autoconhecimento. E também não aprendemos sobre as nossas emoções e como lidar com elas.
Por isso, neste texto, nós vamos explicar para você tudo sobre esse assunto. O que são as emoções, como elas se manifestam, quais são as funções essenciais que exercem em nossas vidas e a importância de entendê-las bem.
Boa leitura!
Índice
O que é emoção?
As emoções são reações naturais do seu organismo que surgem como uma resposta neural para os estímulos externos. Por exemplo, ao receber um presente que você queria muito, você vai sentir alegria em resposta a isso.
Ou seja, sentir emoções é normal e saudável, porém devemos nos dedicar a entender cada uma delas a fim de saber como controlá-las e não deixar que elas nos dominem.
As emoções básicas
De acordo com Paul Ekman, grande psicólogo especialista nessa área, existem 6 emoções básicas. Ou seja, emoções universais que estão presentes nas pessoas ao redor do mundo, independente da cultura e contexto. Sendo essas as emoções básicas:
Lembra do desenho Divertida mente? Pois é, todos os divertidamentes são emoções! E o mais legal é que ele representa de forma correta o modo como nossa mente funciona. Inclusive, o próprio Paul Ekman ajudou na criação, por isso a animação é bem fiel à Psicologia.
Por fim, além das emoções básicas, existem em torno de 27 emoções principais que conseguimos expressar e que vamos adquirindo ao longo da vida.
Como as emoções se manifestam?
Vamos pensar na emoção raiva: onde a raiva acontece? Quais são os sintomas de quando sente raiva? Você pode responder que fica com o rosto vermelho, com os músculos tensos e com a respiração ofegante, por exemplo.
Ou seja, são várias reações no corpo e na mente (porque temos certos pensamentos, ímpetos e preocupações quando ficamos com raiva) que acontecem ao mesmo tempo.
Então, as emoções se manifestam a partir de vários disparos e de várias reações ao mesmo tempo, que acontecem tanto de forma visível, no corpo, quanto na mente.
E, no próximo tópico, vamos nos aprofundar mais nesse assunto!
As 3 partes de uma emoção
Toda emoção tem três partes: sensações, pensamentos e ímpetos. E essa é a forma mais útil de entendê-las para saber o que fazer quando elas aparecerem.
As sensações são as reações que a emoção causa no corpo, como: suor, respiração ofegante, postura recolhida, expressão assustada, sorriso, lágrimas etc. Ou seja, são as manifestações que você e os outros conseguem perceber.
Uma pessoa com medo sente no corpo o suor, o coração disparado e os músculos tensos. E essa é a parte da manifestação física.
Mas o que uma pessoa com medo pensa? Se traduzíssemos em frases o que se passa na cabeça dela, seria algo como:
“Eu tenho que me afastar”, “O que será que vai acontecer agora?”, “Isso vai me pegar, eu vou morrer!”, “Preciso correr”.
Mas do mesmo jeito que a emoção vem com sensações e pensamentos, ela também vem com ímpetos. Ou seja, impulsos. Por exemplo, se você está andando na rua deserta e vê alguém agindo estranho atrás de você, a emoção do medo vai surgir no ímpeto e você vai ter o impulso de andar mais rápido.
Por isso, quando alguém fala que emoções são impulsos internos é verdade, já que uma parte da sua emoção é um ímpeto, um impulso.
Agora vamos imaginar um cenário em que você está triste. Se você já assistiu ao desenho Divertida mente, vai lembrar da personagem tristeza. Como ela é?
Ela tem um corpo mais encurvado, mais retraído e pequenininho. Ela também está sempre expressando os pensamentos de tristeza, como “Eu não acredito que isso aconteceu de novo”, “Ninguém gosta de mim” e aquelas outras frases de frustração.
E, por fim, ela também manifesta os ímpetos da tristeza, que são se afastar, se proteger, desistir das coisas, tentar buscar um consolo e outros.
As 3 partes da ansiedade
Que a ansiedade pode ser uma emoção difícil de lidar nós já sabemos, mas e se a analisássemos? Quais seriam essas 3 partes?
Perceberíamos o coração acelerado, a respiração ofegante, os músculos tensos e uma agitação psicomotora, em que uma pessoa fica balançando a perna e o braço ou olhando de um lado para o outro.
Teríamos pensamentos, como “Ai meu Deus, será que eu vou conseguir?”, “Será que se tal pessoa chegar e me falar tal coisa eu vou conseguir ir lá?”. E, por fim, surgiriam os ímpetos da ansiedade, que são: fugir, dar um jeito de cancelar aquele evento ou de não aparecer no compromisso para não precisar enfrentar aquela emoção no futuro.
Agora, se isso é tão simples (a ponto de eu conseguir te explicar em poucos parágrafos), você não acha que deveria ser ensinado nas escolas, para as crianças, ou até mesmo na faculdade, para os adultos?
Afinal, não entender as suas emoções gera problemas práticos. Se você está sentindo raiva, por exemplo, e tem o ímpeto de bater em alguém, entender porque está sentindo isso e qual é a emoção que está dominando os seus pensamentos e ações poderia te impedir de realizar esse ímpeto. Ou seja, se acalmar, deixar a raiva passar e evitar um conflito emocional.
Qual o propósito das emoções?
Toda emoção prepara você para alguma situação, esse é o propósito.
Você está andando na rua e, de repente, percebe uma pessoa se aproximando. Você muda de caminho, mas ela mudou o caminho junto com você. Qual o propósito do medo nessa situação? O propósito foi alertar de que era hora de se afastar daquela situação e daquela pessoa.
Ou quando você está triste, de modo que essa emoção serve para mostrar que tem algo incomodando e que é hora de pedir ajuda e tirar um tempinho para respirar.
Já a raiva, muitas vezes, prepara você para se defender contra uma injustiça.
Quando você vê alguém sendo agressivo e violento com uma senhorinha, aquilo vai te dar raiva. Afinal, não se trata uma senhorinha assim e, talvez, a sua raiva e vontade de intervir seja justamente o que o agressor precisava para parar.
Porém, quando a emoção está desregulada, ela pode trazer malefícios. Um exemplo prático disso é quando você precisa fazer uma apresentação importante e a ansiedade aparece dizendo pra você mil coisas, fazendo seu coração ficar acelerado e a sua respiração desregulada.
Entenda, a ansiedade em si não é ruim, ela está ali para te impulsionar a estudar o tema da apresentação e se preparar para que dê tudo certo. O problema acontece quando ela vem em doses muito altas, trazendo prejuízos, sofrimento emocional e te paralisando ao invés de te impulsionar.
Ou seja, quando alguém diz que “a ansiedade é uma emoção inútil” ou que quer parar de sentir ansiedade, na verdade ela está falando apenas da emoção que está num nível elevado demais a ponto de não servir mais para o seu propósito. E é por isso que é importante saber lidar com as suas emoções, para que elas se tornem úteis e não um peso.
A função do desânimo
E eu acabei de falar para você da função de algumas emoções, mas sabia que até o desânimo tem uma função?
Para quem não estudou Psicologia, entender qual é a função dessa emoção é confuso pois, normalmente, achamos que o desânimo é apenas um sinal de que tem algo errado ocorrendo. De fato, às vezes você está sem energia, porque você dormiu mal, por uma doença física, anemia, falta de vitaminas…
Mas a verdade é que o desânimo natural da vida tem uma função. Imagina que você está super empolgado para conhecer o amor da sua vida. No primeiro encontro com a pessoa está tudo indo bem, mas, já no fim do encontro ele fala uma bobagem que faz você se decepcionar profundamente.
Imagine que, para você, ter contato com a sua família é algo muito importante em um parceiro e o menino fala que, pra ele, a futura namorada não pode ter contato com a família.
Isso te deixa decepcionada, certo? Você fica frustrada e decepcionada. Mas está errado você se sentir frustrada, desanimada e triste? Não! Afinal, o seu corpo está reagindo a uma coisa que, de fato, aconteceu.
A função de ficar desanimado naquele momento é refletir se vale a pena continuar o encontro, se isso faz sentido para a sua vida, se isso é importante ou não para você.
Lidar com emoções também é sobre deixar elas existirem
Quando acontecem grandes baques na nossa vida, como uma perda de emprego ou o término de um relacionamento, o desânimo e a tristeza têm a função de fazer você pensar “Espera, se eu estava colocando todas as minhas fichas numa aposta e essa aposta foi quebrada, eu não posso, simplesmente, continuar feliz achando que está tudo bem! Eu preciso ficar triste“. Ou seja, o seu corpo força você a parar e a pensar.
Mais do que lutar contra as suas emoções, você deve se perguntar: elas estão me ajudando ou me atrapalhando? Permita que as emoções existam. Você não precisa se guardar em um pote inquebrável da felicidade. Isso traz uma positividade tóxica e reprimir seus sentimentos vai te fazer muito mal para o futuro.
Saiba mais: qual a diferença entre sentimentos e emoções?
Aprenda mais sobre suas emoções com a Eurekka
Se você entendeu a importância de saber reconhecer, dominar e usar as emoções ao seu favor, mas não sabe por onde começar, saiba que isso é normal!
E é por isso que nós temos uma equipe experiente pronta para ajudar você nesse momento de descobertas e autoconhecimento. Os psicólogos da Eurekka são especialistas nas Terapias Comportamentais Contextuais, que são as mais recomendadas para tratar pensamentos disfuncionais que geram atitudes tóxicas.
Então, se você quer dar esse primeiro passo para lidar melhor com suas emoções, clique aqui e marque sua Conversa Inicial com um de nossos psicoterapeutas! Tudo pode ser feito online, de maneira segura, ética e profissional.
Deixe um comentário