Aborto: tipos, riscos, complicações e quando é permitido

Equipe Eurekka
O aborto tem sido um tema muito presente na mídia e muito discutido na sociedade, por isso é muito importante conhecer um pouco mais sobre o assunto. Nesse post você vai entender o que é o aborto, quais são os tipos, porque eles acontecem e quais as consequências disso.
Índice
O que é o aborto?
A definição exata de aborto é fim de uma gravidez antes de 22 semanas completas ou expulsão de um feto com menos de 500g. Se manifesta, principalmente, por sangramento vaginal que pode ou não ser acompanhado de dor. Existem dois tipos de aborto, são eles:
Aborto Induzido
Quando feito por um médico ou por outra pessoa com a inteção de retirar o feto que ainda está vivo dentro da mãe. Mesmo nesse tipo, só se considera aborto até 22 semanas de gravidez. A partir disso, o feto que não nasce vivo se chama de natimorto, ou seja, aquele que já nasceu morto.
Aborto Espontâneo
Quando o corpo da própria mãe finaliza a gestação, sem que alguém tenha causado isso. É relativamente comum, sendo que 1 em 4 mulheres vai ter pelo menos 1 aborto durante sua vida. Esse tipo de aborto pode ter algumas apresentações:
- Ameaça de aborto: quando é possível fazer algo para evitar que o aborto aconteça. Nem sempre é possível evitar, principalmente se houver demora no atendimento, mas há a possibilidade
- Abortamento inevitável: quando o colo uterino está muito aberto e tem muito sangramento, não sendo mais possível evitar o aborto
- Completo: quando se eliminam feto e anexos
- Incompleto: quando ainda resta algo dentro da mulher que não foi eliminado
- Retido: quando o feto morreu há pelo menos 3 semanas. Esse caso é muito perigoso para a mãe
- Repetição: quando acontece 3 vezes ou mais
Causas e fatores de risco do aborto
Metade dos casos de aborto não são explicados. A outra metade, tem vários fatores de risco associados, que podem também ser as causas:
- Genética: principalmente trissomia do cromossomo 21, mais conhecida como Síndrome de Down
- Imunológica: a imunidade da mãe pode não reconhecer o feto e expulsá-lo
- Endócrina como deficiência de progesterona na fase lútea, que é a fase em que o corpo lúteo mantém a progesterona alta enquanto a placenta ainda não está formada
- Infecciosa por micoplasma, clamídia ou toxoplasmose na primeira infecção
- Traumática como quedas ou acidentes
- Anormalidades no útero ou malformações
- Doenças maternas graves
- Trombofilias
- Fatores ambientais como tabaco, álcool, irradiações, produtos químicos, infecções
- Inmunológica como lupus eritematoso, síndrome do anticorpo antifosfolípido, histocompatibilidade sanguínea com o parceiro
- Miomas no útero
- Impotência istmo cervical, ou seja, quando o colo do útero não consegue ficar fechado até o final da gestação. Nesse caso, há situações em que se pode fazer um procedimento chamado de cerclagem: quando se dá alguns pontos no colo do útero para que ele fique fechado ao longo da gravidez.
- Cicatrizes no útero decorrente de outros abortos, partos, abortos ou curetagens.
Diagnóstico de aborto
O Diagnóstico de aborto é feito pelo médico. Vale lembrar que nem todo sangramento significa aborto e que se pode evitar alguns abortos. Por isso, se ocorrer um sangramento na sua gravidez vá ao hospital imediatamente.
No hospital o médico vai observar o colo do útero da mulher, medir beta hCG e fazer um ultrassom para confirmar se realmente aconteceu um aborto.
Como é a Lei sobre aborto no Brasil?
No Brasil só existem 3 situações em que se permite o aborto, são elas:
- Se a vida da gestante está em risco e não há outra forma de salvá-la
- Se a gravidez é decorrente de um estupro e a mulher deseja retirar o filho. Caso a gestante seja incapaz é seu representante legal que deve autorizar isso
- Em caso do feto ser comprovadamente anencéfalo
Ainda assim, em todos os casos se deve conversar sobre a indução do aborto com a grávida. Pois muitas, mesmo nessas situações, não desejam abortar.
Riscos do uso de substâncias abortivas
Existem substâncias que provocam o aborto quando usadas. Elas são variadas, desde chás, hormônios e até medicamentos. Cada substância apresenta um risco, sendo alguns riscos comuns como: dor abdominal tipo cólica, sangramento vaginal, diarreia, náuseas, vômitos entre outros. Porém algumas substâncias apresentam risco de hemorragia, ou seja, sangramento em excesso. Essa hemorragia pode levar à pressão baixa que faz a mulher se sentir mal e aumenta seu risco de queda, o que pode causar machucados. Mas não só isso, se não controlada a hemorragia pode levar à óbito.
Além disso, caso a substância usada não consiga provocar o aborto ela pode provocar malformações no feto que irá nascer.
Por fim, mesmo que o aborto seja bem sucessido a mulher pode ficar com sequelas dos efeitos colaterais da substância, tendo dificuldade para engravidar novamente.
Aspectos psicológicos
Para a maioria, senão todas as mulheres, passar por essa situação é um evento muito traumático. Não é incomum que elas sintam uma sensação de perda e se sintam inseguras quando engravidarem de novo, com medo que aconteça a mesma coisa. Muitas mulheres, ainda, se sentem culpadas pelo que ocorreu, acreditando que alguma coisa que elas tenham feito como ter atividade sexual, fazer uma viagem, tenha sido a causa.
Entretanto, vale lembrar que a chance de se ter uma gravidez bem sucedida depois de um aborto é muito alta. Além disso, muitas mulheres têm abortos expontâneos e não é culpa de algo que elas tenham feito, simplemente acontece devido às diversas causas e fatores de riscos que conversamos nesse texto
Por isso, fazer um acompanhamento psicológico após sofrer um aborto é muito importante. Assim é possível entender e passar por esse período, que não deixa de ser um luto.
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