Análise psicológica de O Diabo Veste Prada: personagens, assédio e mais

Equipe Eurekka

Esse é um filme bem conhecido dos anos 2000 que mostra os desafios do mundo profissional. Nele, a personagem Andrea Sachs enfrenta um ambiente de trabalho tóxico sob a liderança de Miranda Priestly. E é claro que isso nos traz até uma análise psicológica de O Diabo Veste Prada.

Então, hoje vamos falar sobre a jornada de Andrea, desde a difícil transição para o mundo profissional até a decisão corajosa de priorizar sua saúde mental e deixar um emprego desgastante

E, além disso, não podemos deixar de analisar o comportamento de Miranda, com toda a sua manipulação, disposição para sobrecarregar os colaboradores e muitas outras coisas não tão legais que ela faz no filme.

Análise psicológica de O Diabo Veste Prada: Andrea Sachs

A personagem de Anne Hathaway passou por muitos desafios nesse filme, não é mesmo? Então, vamos falar sobre esses altos e baixos que, querendo ou não, trouxeram experiências que ensinaram muito à Andrea:

andy de o diabo veste prada

Início da vida profissional

Logo no início já vemos algo bem comum para muitas pessoas que acabaram de se formar no ensino superior: a dificuldade em entrar no mercado de trabalho.

A personagem Andrea Sachs passa por isso, e acaba recorrendo a uma área bem inesperada ao aceitar o trabalho na revista de moda Runway. 

Essa decisão representou não apenas uma mudança de setor, mas também a entrada em um ambiente bastante competitivo e exigente. Ela precisou de muita resiliência para se adaptar a essa nova realidade, não é mesmo?

O fardo de ser assistente de Miranda

Sua posição como assistente de Miranda Priestly, a editora-chefe da Runway, revelou-se muito difícil e desgastante. Afinal, Andrea foi o tempo todo submetida a prazos apertados, demandas implacáveis e um padrão de excelência quase inatingível. 

Assim, seu trabalho exigia não apenas habilidades profissionais, mas também resistência emocional para lidar com a intensidade do ambiente de trabalho.

E isso afetou muito sua vida pessoal, uma vez que ela teve seus valores testados, perdeu seu relacionamento, se afastou dos amigos e se tornou uma pessoa muito diferente do que imaginava ser.

Confronto de valores pessoais

Como falamos acima, trabalhar com Miranda na Runway desafiou os valores pessoais de Andrea. Afinal, a cultura da empresa era cheia de competitividade e falta de consideração pelas necessidades pessoais. 

Por isso, em diversos momentos, ela ficou dividida entre se adaptar ao ambiente, deixando de lado seus valores e personalidade, ou ser fiel a eles e correr o risco de perder sua carreira.

Ao longo do filme, Andrea tenta fazer todo o possível para manter sua carreira em ascendência. No entanto, quando ela nota tudo o que estava perdendo em favor da sua vida profissional, decide mudar o rumo. Então, ela desiste do emprego e passa a priorizar sua vida pessoal e seus princípios.

Analise psicológica de O diabo veste prada: a vilã Miranda

Análise psicológica de O Diabo Veste Prada: Miranda Priestly

E a hora que todos estavam esperando ansiosamente: a análise psicológica de O Diabo Veste Prada falando de Miranda Priestly. Não é mistério para ninguém que suas atitudes são muito tóxicas e trazem prejuízos para toda a equipe. Mas qual a opinião da psicologia sobre isso? A gente te conta:

Abuso de poder e humilhação dos colaboradores

Miranda Priestly, como editora-chefe da Runway, exercia um poder alto na empresa. E, muitas vezes, ela usava esse poder para manipular seus colaboradores

Assim, ela aproveitava de sua posição para impor demandas extremas, sendo que muitas delas nem estavam relacionadas ao escopo de suas funcionárias. Então, vemos um ambiente de trabalho onde a submissão às vontades de Miranda prevaleciam. 

Um exemplo disso foi quando a Miranda exigiu que Andrea conseguisse a edição Harry Potter e As Relíquias da Morte, antes mesmo do lançamento. Isso, além de ser quase impossível, não tinha nada a ver com seu trabalho.

Mas, mesmo assim, Andrea foi atrás e conseguiu cumprir o desejo da chefe, afinal, o medo de desagradar Miranda fortalecia uma cultura de conformidade, onde os funcionários sentiam que sua sobrevivência profissional dependia de atender às expectativas nada razoáveis da chefe.

Controle excessivo

Miranda Priestly exercia um controle excessivo sobre todos os aspectos da revista e de sua equipe. Seu olhar crítico estava presente em cada detalhe, desde as escolhas editoriais até as decisões de moda. 

Esse nível de controle criava um ambiente de trabalho onde a autonomia era praticamente inexistente. 

Os colaboradores se viam obrigados a seguir as ordens de Miranda sem questionar, resultando em uma dinâmica hierárquica rígida que sufocava a criatividade e a inovação.

Cultura empresarial debilitada

Como resultado de todo o comportamento de Miranda, surge uma cultura corporativa debilitada na Runway. A atmosfera de medo e controle acabava com a confiança entre os membros da equipe, prejudicando a comunicação aberta e colaborativa. 

Assim, a cultura debilitada não apenas afetava o desempenho individual, mas também prejudicava a capacidade da empresa de se adaptar e inovar no dinâmico mundo da moda.

análise psicológica de o diabo veste prada mostra os abusos ocorridos no filme

Tipos de assédio em O Diabo Veste Prada

O assédio no mundo corporativo pode aparecer de várias formas. Infelizmente, muitas pessoas e empresas tentam naturalizar essas ações tóxicas para garantir o controle sobre os funcionários.

No entanto, hoje vamos te mostrar alguns tipos de abusos que ocorrem no filme para você ficar atento a eles na vida real!

Assédio moral: manipulação dos funcionários

Em O Diabo Veste Prada, a personagem Miranda Priestly é conhecida por seu “estilo de gestão implacável”, que nada mais é do que um assédio moral aos colaboradores.

Dessa forma, Miranda manipula seus funcionários de diversas maneiras, seja através de exigências impossíveis, jogos psicológicos ou pressão exagerada. 

Então, esse constante estado de alerta e incerteza em relação às reações da chefe criam um ambiente de trabalho tóxico, onde os funcionários vivem sob estresse emocional diário. 

Uma cena em que vemos essa distorção na saúde mental das funcionárias é quando a Emily conta para a Andrea o que faz para manter seu corpo dentro do “padrão” para agradar a chefe: “eu fico o dia todo sem comer nada e quando sinto que vou desmaiar como um pedacinho de queijo”.

Assim, vemos que esse tipo de assédio traz sérias consequências para a saúde mental e bem-estar dos colaboradores, prejudicando a confiança e a autoestima.

Sobrecarga de trabalho

A sobrecarga de trabalho é outra forma de assédio presente no filme. Miranda impõe demandas excessivas e prazos apertados, criando um ambiente onde os funcionários se vêem sob constante pressão para atender às expectativas. 

E claro, por mais que se esforcem e dêem o seu melhor, nunca é o suficiente para a chefe.

Com todo esse peso sobre as costas, os funcionários não conseguem equilibrar sua vida profissional com a pessoal. E esse é um ciclo muito perigoso que pode levar à exaustão e até mesmo desencadear a síndrome de burnout.

Humilhação dos colaboradores

Miranda Priestly também utiliza a humilhação como uma ferramenta de gestão. Ela critica seus funcionários abertamente, muitas vezes na frente de colegas e subalternos. 

Assim, como isso é bastante recorrente, a humilhação se torna algo normal no dia a dia de trabalho, e resulta em uma cultura de trabalho tóxica. E tudo isso destroi a autoestima e a confiança dos colaboradores, contribuindo para um clima de trabalho hostil.

miranda existiu de verdade?

Miranda existiu de verdade?

A personagem Miranda Priestly de O Diabo Veste Prada foi inspirada em figuras da indústria da moda, como a lendária editora de moda britânica Anna Wintour. 

Mas é válido destacar que o intuito do filme não é criticar a Anna em si, mas mostrar atos abusivos que ocorrem com frequência no mundo do trabalho, em especial na área da moda.

Afinal, no mundo real, existem, de fato, líderes e chefes cujo estilo de gestão se assemelha ao de Miranda Priestly, caracterizado por práticas tóxicas que podem afetar muito a saúde mental dos funcionários. 

Portanto, é crucial entender que o filme não é sobre alguém ou uma situação específica, e sim sobre questões mais amplas relacionadas a práticas de gestão prejudiciais que podem ser encontradas em diversos ambientes de trabalho. 

Infelizmente, histórias de chefes tóxicos não são incomuns, e muitos funcionários enfrentam desafios semelhantes em suas carreiras.

Se sente como a Andrea em seu trabalho?

E para aqueles que se identificam com a experiência da Andrea em O Diabo Veste Prada, saiba que, assim como ela, você tem opções para lidar com tudo isso. 

Então, se você está sempre sobrecarregado no trabalho, está na hora de buscar mudanças para melhorar sua vida. 

Para começar a priorizar a sua saúde mental e física, você pode recorrer aos seus hobbies, atividade física e práticas de relaxamento. Além disso, conectar-se com amigos, familiares ou colegas de confiança é um bônus emocional muito vantajoso. 

E claro, a dica mais poderosa que podemos trazer é que você busque alguém para te ajudar a passar por essa fase da melhor forma possível. E aqui na Eurekka nós temos terapeutas humanizados e experientes que estão à disposição para te ajudar com isso! É só clicar aqui e marcar sua conversa!

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