O efeito do divórcio nas crianças: tudo o que se sabe
Equipe Eurekka
Quando o casal tem filhos, a separação conjugal fica mais delicada e, por isso, é bom se preparar para esse momento. E uma das maneiras de se preparar é conhecer estudos sobre efeito do divórcio nas crianças, levando em consideração, inclusive, a idade delas.
O divórcio é uma decisão do casal e cada caso é um caso. No entanto, as crianças e os adolescentes, principalmente, precisam ser preservados de grandes traumas. Alguma lembrança ruim ou situação desagradável sempre haverá, porque acontece uma quebra de rotina e não é comum que as separações sejam tão amigáveis assim.
Mas a boa notícia é que dá pra amenizar isso tudo com o tratamento certo. Então, neste textos vamos falar sobre como o divórcio afeta crianças e adolescentes, reações observadas no atendimento psicológico e o que fazer para que os filhos se adaptem melhor à situação.
Boa leitura!
Índice
Efeito do divórcio nas crianças de acordo com a idade
Os estudos mostram que quanto maior a criança é, mais ela entende o que está acontecendo entre os pais, por isso, percebe que não estão morando juntos e que não verá o pai ou a mãe com tanta frequência.
Outra questão importante é que a dor pela separação dos pais pode durar por um longo tempo. Então é importante conhecer como cada faixa etária encara o divórcio dos pais. Dá uma olhada:
Efeito do divórcio nas crianças de 1 a 9 anos
De 1 a 3 anos: é possível que a criança fique mais retraída e tenha pesadelos noturnos.
De 2 a 6 anos: a criança ainda não entende o que é um divórcio, mas fica intrigada ao ver que pai e mãe não dormem mais juntos e que um deles não vem mais para casa à noitinha.
Uma outra coisa interessante que acontece é que a criança pode mudar o seu comportamento para que o pai volte para casa. Então, ela passa a ser obediente, pensando que assim o problema se resolve. É como se ela puxasse a culpa da separação para ela.
É comum também que fique agressiva e negue a separação dos pais, inventando histórias para justificar, tipo “Papai e mamãe dormem juntos sim, mas nesta semana papai está com dor de cabeça e foi dormir em outro lugar.”
De 6 a 9 anos: é possível que as crianças demonstrem sentimentos de raiva, tristeza e nostalgia pelo pai que saiu de casa. Então diz frases do tipo “ Quando meu pai morava aqui, ele fazia a tarefa de Matemática comigo.” Também podem acontecer episódios fantasiosos de reconciliação, como se a criança acreditasse na volta perfeita dos pais e tudo ficasse bem.
Efeito do divórcio nas crianças e adolescentes de 9 a 18 anos
De 9 a 12 anos: nessa fase, pode ocorrer o sentimento de vergonha pelo comportamentos dos pais. Às vezes, é comum o pré-adolescente esconder que os pais são divorciados ou dizer que estão apenas dando um tempo.
Os pais devem ter cuidado também com o desleixo de atividades da rotina dos filhos, como higiene pessoal, alimentação e tarefas escolares.
De 13 a 18 anos: os adolescentes vivem conflitos emocionais mais acentuados, porque, além do divórcio dos pais, passam por transformações hormonais grandes e por muitos conflitos próprios da idade.
É comum que eles fiquem divididos entre o amor pelo pai e pela mãe e que façam questionamentos mais maduros sobre o divórcio. Por isso, é importante que os pais estejam preparados para terem boas conversas com os filhos e que não escondam nada.
É nessa fase que o uso de álcool e drogas fica mais presente na vida do seu filho. E diante de uma separação dos pais, ele pode ficar mais vulnerável ainda. A gente sabe que é difícil lidar com tudo isso, mas é necessário. Uma boa dica é procurar ajuda psicológica para tratar o efeito do divórcio nas crianças e adolescentes de maneira assertiva.
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Reações identificadas na prática clínica
Os efeitos do divórcio nos filhos, principalmente pequenos, é grande e os pais devem se preparar para isso com uma certa tranquilidade.
A separação dos pais é muitas vezes a primeira grande mudança na vida da criança. Esse evento perturbador altera drasticamente o futuro familiar, causando uma perda de entendimento devido à ruptura das rotinas normais e à ausência do contacto diário com ambos os pais (Eymann et al., 2009).
Assim, os pais precisam tratar os filhos com mais afeto ainda e ter muita paciência. Separamos 3 pontos que merecem bastante atenção:
Problemas de identificação com os pais
A qualidade da separação tem muito a ver com o vínculo entre o casal. Se o pré-divórcio foi desrespeitoso e tumultuado, é provável que o pós também seja. E os filhos vivem tudo isso. No entanto, se os filhos perceberem que os pais, apesar da separação, se respeitam e cultivam uma amizade, se forma uma rede de confiança e o entendimento da separação fica melhor.
Na prática clínica, os problemas de identificação com os pais estão muito ligados aos pais que fazem dos seus filhos o terapeuta, ou seja, se dirigem aos filhos como uma forma de colocar para fora toda a sua infelicidade no casamento.
A criança nem o adolescente têm condições de desempenhar esse papel. Afinal, o casal tem uma história, com detalhes e segredos que pertencem somente ao casal. Por outro lado, o filho também está assimilando a mudança provocada pelo divórcio, ou seja, ele também está elaborando o que aconteceu. Então, como vai servir de ouvinte de um adulto?
Resumindo, faça uma rede de apoio para conversar e colocar os seus sentimentos para fora: amigos, familiares e terapeutas são ótimas opções.
Aliás, se você é pai, mãe ou responsável, está passando por um momento delicado como esse e sente que precisa de apoio profissional para lidar com a situação do divórcio da maneira correta, não deixe de buscar ajuda profissional.
Recusa em aceitar o divórcio
Cada faixa etária tem reações diferentes diante da separação dos pais, como explicamos antes neste texto. Portanto, o olhar dos pais sobre a recusa em aceitar o divórcio deve ser diferente para cada caso.
A estratégia principal é conversar e passar segurança para os filhos. Em hipótese alguma, fazer jogos emocionais e reforçar os motivos da separação, como dizer o tempo todo que está se separando porque seu pai/sua mãe me traiu com outra pessoa ou porque não ama mais o cônjuge e tem nojo dele. Coisas desse tipo. Resumindo, não envolva a criança nas causas da separação.
Outra atitude diante dos filhos é fazer tudo com clareza, com muita verdade. Isso não significa informar a eles todos os detalhes, mas sim usar uma linguagem acessível e direta, se valendo da idade de cada um.
A gente reforça que é comum os filhos se recusarem a aceitar o divórcio num primeiro momento e isso está dentro do normal, afinal, eles sentem saudade de quando os pais viviam juntos e a rotina era compartilhada.
Perturbação de representação
Crianças expostas a conflitos gerados pelo divórcio podem tanto internalizar as emoções como externalizar.
Isso significa que algumas delas vão colocar pra fora as emoções através de desobediência, de agressividade e até de alguns delitos, como mostram as pesquisas. E outras vão internalizar e remoer as emoções, abrindo espaço para a depressão e para a ansiedade.
Tanto um quanto outro são nocivos. Por isso, é importante que os pais sejam presentes após a separação, conversem sobre a educação dos filhos e deixem bem claro que a criança não é a causa do divórcio. Que criem espaço para os filhos falarem e que ajustem a rotina à separação.
Resumindo, as crianças e os adolescentes precisam de referências e, se essas referências estiverem bagunçadas, essas crianças e jovens também vão ficar perdidos.
Atitudes comuns em crianças em casos de divórcios destrutivos
Os divórcios destrutivos são caracterizados por permanentes conflitos entre o casal, inclusive com a intervenção de outras pessoas da família, necessidade de acionar a escola e também a justiça. Resumindo, os ex-cônjuges não querem assumir as responsabilidades e um fica jogando para o outro a parte que lhe toca.
Não é preciso dizer que diante disso, os filhos ficam na linha de tiro e em segundo plano. Por isso, sofrem mudança de postura e adoecem emocionalmente. A gente explica:
Crença de que os pais não podem se ver
As brigas são tantas que os filhos desacreditam em qualquer possibilidade de acordo. Perdem a esperança de que a situação vai se resolver e isso gera tensão, medo e insegurança. Como se nunca mais tivessem paz.
Acontece que os pais precisam entender que o desejo dos filhos é que os pais possam conviver, até porque várias oportunidades acontecerão envolvendo pais e filhos: apresentação na escola, formatura, aniversário, casamento…
Imagine um filho esperando dois pais brigões em uma apresentação da escola? Vai ficar nervoso, agitado, ansioso, apreensivo.
Fratria: como o divórcio afeta a relação entre irmãos
A palavra fratria está relacionada à fraternidade que quer dizer “irmãos”. Uma fratria é um conjunto de pessoas que formam uma irmandade, que tem uma relação biológica ou afetiva.
Numa separação, é preciso olhar com atenção e afeto para essas pessoas que são frutos dos relacionamentos: os irmãos. Afinal, casamentos se desfazem e se reconstroem. E nessa dinâmica, outras famílias se formam.
O que a gente quer dizer é que temos que nos importar com crianças e adolescentes que farão parte de novas relações de irmandade, por exemplo o pai que casa novamente com alguém que já tenha filhos e da mesma forma a mãe.
Outro fator importante é a relação entre os irmãos do mesmo casal. Muitas vezes, eles têm opiniões diferentes sobre os pais, veem o divórcio com argumentos diferentes e alguns, inclusive, escolhem morar com o pai por uma questão de identificação.
Os pais não podem ser egoístas e achar que está tudo bem formar uma nova família, ter agregados e até mesmo um novo bebê, sem trabalhar essas mudanças com as crianças.
Mudanças na forma como mostram afeto
Os mais pequenos podem regredir nos comportamentos, ou seja, já estavam amadurecendo em relação a algumas coisas e podem voltar a fazê-las de forma primária.
Por exemplo, a criança já comia sozinha, mas agora quer que a mãe lhe dê comida na boca. O garoto já entrava na escola sozinho e agora quer que o pai entre com ele e fique aguardando.
Crianças e adolescentes podem apresentar sentimentos como raiva e tristeza e até culpa pela separação. Podem ficar ariscos, quietos e se isolarem. Outros ficam agressivos, e fazem de tudo para chamar a atenção.
Algumas crianças podem ficar sensíveis e querer ficar o tempo todo grudadas na mãe e no pai. Outras, podem evitar o carinho dos pais e até mesmo transferir isso para outra pessoa como avós, tios e professores.
Impactos do divórcio em outras áreas da vida da criança
Quando o casal se separa, é importante entender que o efeito do divórcio chega para as crianças, mas também chega a outros lugares e pessoas. Por isso, a Eurekka escolheu 3 pontos que precisam ser observados, inclusive, com a ajuda da terapia. Veja:
Na aprendizagem
A escola faz parte de uma rede de apoio importante quando o divórcio acontece. Isso deve ser levado em conta, porque a criança e o adolescente dão sinais de que estão preocupados e ansiosos.
Deixam de fazer as tarefas, mudam o comportamento em sala de aula, podem parecer dispersos e pensativos. Algumas crianças não comem o lanche e outros descontam a ansiedade na comida. Podem ficar agressivos em aulas como a Educação Física e também podem não querer fazer atividades em aulas como Música e Arte.
Isso ocorre porque usa ou evita espaços especiais da escola para se expressar. Então, pode não querer desenhar ou cantar por medo de expressar uma emoção que está sentindo no momento.
Por isso, é importante que os profissionais da educação estejam atentos às mudanças de comportamento e saibam como agir em situações assim.
Desenvolvimento social
Após a separação dos pais, muitas crianças precisam passar por mudanças sociais importantes: mudar de escola, de bairro ou até de cidade. Se afastam de amigos, vizinhos e parentes. Isso tudo provoca tensão se não for bem trabalhado pelos pais.
Em alguns casos, irmãos mais velhos passam a cuidar dos menores e a ter responsabilidades que antes não tinham, como levar os irmãos à escola, comprar coisas no supermercado e cuidar da casa.
Num primeiro momento, isso pode até ser necessário para que a família se ajuste, mas é importante que os pais não sobrecarreguem os filhos fazendo-os perder momentos importantes da infância e da adolescência. Portanto, deve haver equilíbrio.
Os estudos nessa área são unânimes: o efeito do divórcio nas crianças, quando a separação é mal conduzida, pode deixar marcas prolongadas na vida dos filhos, já que a família é o alicerce de um estado social e emocional saudável. Mas, se não foi possível dar continuidade à união do casal, que a separação seja o menos conturbada possível.
Gestão das emoções
Gestão de emoções é a capacidade que cada um de nós tem de observar e compreender as nossas emoções e que ações temos que fazer para viver bem com o que sentimos. Então, é isso que você tem que entender para ajudar seu filho a lidar com as emoções provocadas pela separação.
Você não tem que dizer pra ele “Tá tudo bem, deixa que a mamãe/papai resolvem isso”. Você tem que dizer pra ele que entende a tristeza dele e que ele tem o direito de sentir isso. Peça pra ele descrever pra você como se sente. É uma forma bacana de conversar.
A transição emocional e social de que as crianças e adolescentes fazem parte depois do divórcio gera estresse e mal-estar. Aliás, as pesquisas afirmam que o sentimento da criança diante do divórcio dos pais se assemelha muito à morte e à doença grave.
Por isso, é importante levar muito a sério todas as emoções dos filhos antes, durante e após a separação do casal. Aqui, a gente reforça a necessidade de uma rede apoio, principalmente dos educadores e psicólogos, porque essas pessoas têm o conhecimento adequado para ajudar você a gerir as emoções do seu filho.
Inclusive, que tal conhecer o Guia Prático da Eurekka sobre Apoio Emocional? Com ele, você investe do jeito certo a como se tornar um bom ouvinte.
Ansiedade de separação
A ansiedade de separação é caracterizada pelo estresse prolongado depois que a criança fica longe de casa ou separada de pessoas com quem estava acostumada a conviver.
No caso do término conjugal, a maioria dos casais têm dificuldades de manter uma relação saudável depois da separação, assim o efeito do divórcio nas crianças acaba sendo potencializado.
Isso porque esse cenário causa na criança uma certa insegurança sobre como será o seu contato com os pais; será que vou poder ver meu pai com frequência? Será que minha mãe vai me buscar na escola? Quantos dias faltam pra eu ver meu pai? Coisas desse tipo circundam a cabeça dos filhos.
Aqui a gente quer fazer uma ressalva importante: a guarda compartilhada é uma lei no Brasil e já é uma prática bastante presente depois dos divórcios. Ela facilita o contato dos pais com os filhos e divide as responsabilidades do casal. Assim, a criança não precisa enfrentar o embate emocional de com quem vai ficar e a quem dá mais atenção.
Efeitos do divórcio depois que a criança se torna adulta
A literatura médica é unânime ao afirmar que o divórcio prejudica os filhos e os casais têm que lidar de maneira séria com isso.
Existe um consenso considerável nessa literatura de que crianças filhas de pais divorciados apresentam um risco aumentado para o desenvolvimento de problemas psicológicos, comportamentais, sociais e acadêmicos comparativamente com famílias que não tenham passado pelo divórcio, e o risco é tanto maior, para as crianças, quanto maior seja o número de relacionamentos dos pais (Hetherington, 2003).
Por outro lado, os pesquisadores defendem que os pais não são obrigados a ficar juntos quando a relação está insustentável, até porque isso faz mais mal às crianças do que o divórcio.
Mas a longo prazo, o que o divórcio pode deixar de marcas nos filhos? Vamos abordar um pouquinho o assunto.
Possíveis problemas com drogas
Estudo realizado pela pesquisadora americana Judith Wallerstein, e que está registrado no livro “O Legado Inesperado do Divórcio: Um Estudo Referência de 25 anos”, comprova que filhos de pais divorciados ficam mais propensos a ingerir álcool e usar drogas na adolescência e na vida adulta.
Isso ocorre, principalmente, porque ficam mais instáveis, procuram parceiros com perfil transgressor e ficam mais inseguros em compartilhar emoções com os pais. Acabam internalizando as emoções, o que gera ansiedade e depressão, ou então compartilhando com estranhos.
Muitas vezes, o álcool e as drogas ilícitas passam a ser uma maneira de aliviar momentaneamente a ansiedade e também uma forma de fugir dos problemas.
Dificuldades em se relacionar e formar família
A representação de família fracassada fica muito forte na percepção da criança, principalmente se ela não teve acompanhamento psicológico depois da separação dos pais.
Segundo o estudo da pesquisadora americana Judith Wallerstein, que acompanhou filhos de pais divorciados e não divorciados por 25 anos, os filhos de pais divorciados tiveram mais dificuldade de permanecer no casamento, sem falar que formaram família prematuramente, sem uma estrutura madura, resultando em separação.
Na comparação, o grupo de filhos de pais não divorciados conseguiu mais sucesso nas relações amorosas e de afeto em geral.
Outros estudos mostram que crianças e adolescentes que passaram por um processo de divórcio, especialmente se foi conturbado, tendem a ser antissociais e reagem de maneira agressiva às relações de afeto.
Satisfação com a vida
A satisfação com a vida tem muito a ver com a forma como você lida com as coisas do seu dia a dia: família, trabalho, estudo, relacionamentos e lazer, principalmente.
Então, uma criança ou adolescente que passou por um divórcio mal planejado, com altos índices de violência e desentendimento, tende a não ver a vida com esperança. É como se não acreditasse mais na possibilidade de ser feliz, de formar uma família, ter filhos e construir boas relações.
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O que fazer para melhorar o processo de adaptação da criança ao divórcio
Numa separação, todos precisam abrir mão de algumas coisas. Talvez tenham que viver com menos dinheiro, mudar de escola, vender alguns bens. Sem falar nas famílias que vivem em situação de pobreza, que têm alguma doença grave ou que um dos cônjuges está desempregado.
São inúmeros os cenários que se podem imaginar.
Mas de uma coisa se tem certeza: as crianças e adolescentes sofrem muito se não houver o mínimo de cuidado com a saúde mental e também física dos pequenos. Então, confira algumas dicas para melhorar a situação.
Bom planejamento e coparentalidade
O planejamento do divórcio é importante porque minimiza o efeito do divórcio nas crianças e garante o bem-estar delas.
Então, mesmo diante das diferenças do casal, promova conversas com o seu cônjuge e, na medida do possível, com os filhos. Não se esqueça de levar em conta a idade dos pequenos e dos adolescentes.
Uma dica ótima é pedir ajuda de um psicólogo antes, para que ele esclareça as suas dúvidas e indique um caminho mais tranquilo pra planejar o divórcio.
Outra questão é a coparentalidade, que é o processo de dividir de maneira igual as responsabilidades em relação aos filhos. Isso está previsto na guarda compartilhada e é uma ótima maneira de garantir que as crianças tenham o acompanhamento integral dos pais. Além disso, evita aquela história de que passa só o final de semana com o pai e na casa dele faz o que quer, porque o tempo com o pai é curto.
Ajuda da escola no processo
O apoio de professores, coordenadores e psicopedagogos (se tiver) é muito importante, porque fortalece a rede de ajuda do aluno que está passando por isso. Além de ajudar a controlar o efeito do divórcio nas crianças e adolescentes.
É na escola que a criança dá sinais de que está mais agressiva, ou quieta; que fala para os colegas sobre o divórcio dos pais e procura os professores para relatar possíveis dificuldades.
Um exemplo bem clássico é a criança dizer que não trouxe o material daquela aula porque os pais estão separados e ela dormiu na casa dos avós nesta noite. Ou, então, “Minha mãe se separou do meu pai e agora ela não tem tanto tempo para me ajudar nas tarefas porque está em dois empregos.”
Não fique com receio de comunicar a escola sobre o seu divórcio, tenha uma conversa bem franca. Se possível, marque uma reunião do casal com a coordenação da escola, para que a escola tenha ciência do que cada um dos cônjuges pensa sobre o momento de luto da criança.
Acompanhamento psicológico para amenizar o efeito do divórcio
Na medida do possível, o acompanhamento psicológico é extremamente necessário, para que as crianças elaborem de maneira correta a separação dos pais. Como pudemos ver, o efeito do divórcio nas crianças sim, acontece.
Na verdade, os filhos vivem um processo de luto quando os pais se separam e esse processo é dividido em partes que devem ser vividas e entendidas de maneira correta: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.
Então, o apoio de um profissional da saúde mental garante que esse processo seja seguro e dentro da normalidade. Aliás, é bom até para não sobrecarregar os pais que já estão envolvidos com a separação e às vezes não conseguem dar atenção aos filhos ou nem detectam o que está acontecendo.
A Eurekka realiza mais de 5.000 atendimentos mensais e é qualificada em atendimentos humanizados para garantir que os pacientes se cuidem melhor em todas as áreas da vida, não deixando que esqueçam de se priorizar em momentos difíceis. Por isso, se você ou algum outro parente está numa crise delicada, a terapia é a melhor solução.
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