Tudo sobre como trabalhar a ansiedade de separação

Equipe Eurekka

Quando nos separamos de pessoas queridas, é comum que a gente tenha sintomas como medo e insegurança. No entanto, se esse medo for exagerado, é possível que a pessoa esteja com o que chamamos de TAS (Transtorno de Ansiedade de Separação). Então, é importante que se aprenda a lidar com a ansiedade de separação, principalmente em crianças.

A ansiedade de separação acontece com crianças, adolescentes, jovens e adultos. As crianças costumam expressar mais claramente os sintomas, como chorar, se agarrar aos pais e não deixá-los ir, por exemplo. 

Já os jovens e adultos disfarçam mais e se queixam de dores físicas como dor de cabeça, dor no peito e tontura. 

A verdade é que a separação, seja ela qual for, deve ser olhada com cuidado. E é sobre isso que a gente quer conversar um pouquinho neste texto.

Boa leitura!

O que é ansiedade de separação

É uma reação anormal e intensa quando a pessoa se separa de alguém muito querido. O mais comum é ter que ficar longe dos pais, de um filho ou de alguém muito especial. No caso dos bebês e crianças pequenas, o comum é o sofrimento por se separar da mãe, mesmo que seja por alguns instantes.

Imagine um filho de 18 anos indo passar 2 anos num país distante. O transtorno de separação pode acontecer com ele ou com os pais, pois isso pode gerar um sofrimento profundo por causa da separação.

Como trabalhar a ansiedade de separação: reconhecendo os sintomas

Segundo a Associação Americana de Psicologia, o sintoma mais comum é o medo excessivo e inapropriado de ficar longe de alguém. Vamos explicar:

Sentir medo de ficar sozinho ou de passar uma temporada em lugar diferente, é normal. 

No entanto, sofrer profundamente, ter dores físicas, não dormir, perder o apetite, por exemplo, não é apropriado, está fora do controle.

No geral os sintomas são:

  1. Medos excessivos e persistentes ou preocupações antes, no momento e depois da separação;
  2. Mudança no comportamento e dores físicas antes, durante e depois da separação;
  3. Evitação e tentativas de escapar da situação de separação.

Nas crianças:

  1. Choro excessivo e persistente;
  2. Agarrar-se aos pais e não deixá-los ir;
  3. Queixas sobre a separação ( reclama bastante);
  4. Chamam muito pelos pais na ausência deles e perguntam se eles vão voltar.

Nos adolescentes e jovens:

  1. Preocupação excessiva com as mudanças de ciclos ( infância para a adolescência)
  2. Dores físicas, como dor de cabeça, estômago, aperto no peito, respiração ofegante e problemas para dormir.

Nos adultos:

  1. Preocupação excessiva com a solidão;
  2. Síndrome do ninho vazio (os filhos foram embora);
  3. Dores físicas.

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Como trabalhar a ansiedade de separação em crianças

A ansiedade de separação em crianças acontece em dois momentos bem específicos: nos bebês e nas crianças que vão frequentar a escola pela primeira vez.

Nos bebês, o pico da ansiedade pode ocorrer mais ou menos entre 8 meses e 1 ano, e nas crianças, ocorre a partir dos 4 anos, quando é comum os pais matricularem os filhos na escola.

Sobre os bebês, é importante esclarecer que o medo de ficar longe da mãe, principalmente, é normal, afinal, eles começam a entender que a mãe e ele não são uma coisa só. Então, basta ele não ver a mãe ou não ouvir a voz dela, que ele já chora.

Ele chora porque acha que está perdendo a mãe. Às vezes, a mãe apenas saiu do quarto e foi para a sala por um breve instante. Só isso já é motivo de ansiedade.

O que os pais devem fazer

Então, procure dosar essas ausências e tranquilize a criança. Um jeito de fazer isso é deixá-la no seu campo de visão, para que ela veja você. Outra dica importante é nunca desmerecer o comportamento do seu filho, dizendo que o choro, por exemplo, é uma bobagem.

Quando você sair, demonstre naturalidade, se despeça do seu filho e diga a verdade. Ele vai chorar, mas também vai entender aos poucos que você volta.

Quanto às crianças que entram na escola, é preciso levar a adaptação escolar a sério. Portanto, os pais devem levar em consideração a mudança de ambiente e de rotina.

A criança se sente insegura porque vai ficar longe dos pais e também porque está num ambiente diferente, com pessoas e regras diferentes. Tudo isso exige muita paciência dos pais e professores, e tempo também.

O que a escola pode fazer

A escola tem a função de acolher essa criança e criar ferramentas para que a adaptação aconteça da melhor maneira possível.

É por isso que, ao iniciar as aulas, o planejamento da escola é sempre para integrar os alunos, com brincadeiras e reconhecimento do ambiente em que vão estudar.

No caso da ansiedade de separação, é comum que os professores sugiram aos pais um encaminhamento psicológico também.

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O que não se deve fazer

É importante lembrar que a ansiedade de separação gera um sofrimento muito grande para a criança. É como se ela tivesse sido abandonada e ninguém vai voltar para resgatá-la.

Aliás, há estudos que mostram até mesmo um certo grau de imaginação por parte da criança, como se ela criasse uma narrativa fantasiosa e dramática daquele momento.

Por isso, a função de pais e cuidadores é tranquilizar a criança e não criar mais fantasia ainda.

Então evite frases do tipo: “Se você chorar, mamãe e papai não vêm te buscar”, “Pare com essa bobagem, senão o monstro atrás da porta vai te pegar” ou “Você é um grude, pare com isso”.

Como trabalhar a ansiedade de separação em adultos

Pode ser muito dura a separação de pais e filhos quando o filho vai fazer um intercâmbio, por exemplo. Ou então, quando os filhos saem de casa para morar sozinhos e os pais ficam com a sensação de ninho vazio.

Por fim, o adulto precisa aprender a curtir a sua própria companhia e entender a diferença entre solidão e solitude.

Outra maneira é preencher os espaços que a pessoa tinha na sua vida com outras atividades: esporte, voluntariado, viagens.

Tudo isso faz parte da vida e a gente precisa, de alguma forma, se preparar para esses momentos. Então, uma forma eficaz de prevenir a ansiedade de separação é fazer um acompanhamento psicológico, para que você vá, aos poucos, digerindo a nova situação.

Na presença de um profissional, os micropassos em direção a uma mente leve, diante das dificuldades na nossa vida, se tornam mais fáceis.

Então, você pode testar uma primeira consulta com nossos terapeutas clicando aqui. Não deixe que a ansiedade de separação te consuma. É possível lidar com isso.

Referências

MSD. Transtornos de ansiedade da separação. [S. l.], 1 abr. 2021. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/transtornos-mentais-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtornos-de-ansiedade-da-separa%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 9 fev. 2023.

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