Quando colocar meu filho na escola?
Equipe Eurekka
Se você tem um filho pequeno, é provável que tenha ouvido de amigos e familiares que está na hora de a criança começar na escolinha. Porém, pode ser que isso te deixe insegura, sem saber se será uma boa experiência ou se pode prejudicar o desenvolvimento. Então, e você se pergunta “afinal, quando colocar meu filho na escola?”, nós temos a resposta.
Primeiro, para decidir qual a melhor idade para seu filho começar a frequentar a escola ou creche, é preciso entender melhor cada fase da infância. E nós vamos te ajudar nessa missão!
No texto de hoje, você vai entender as fases da infância, os benefícios de colocar a criança na escola na hora certa, quando saber que chegou a hora e como se preparar para esse momento.
Boa leitura!
Índice
Entendendo as fases da infância
Criança não é tudo igual! Cada idade tem o seu papel no desenvolvimento infantil, e é vital entender as diferenças sutis entre essas fases para saber a melhor idade para colocar o seu filho na escola. Confira!
Do nascimento até os 2 anos: Fase sensório-motora
Nesta fase, o que pode ocorrer é colocar a criança em uma creche. Enquanto uma escola infantil segue um projeto pedagógico específico e traz profissionais da área pedagógica, a creche acaba sendo só um lugar para as crianças ficarem enquanto os pais trabalham.
Ou seja, no geral, as crianças brincam, comem e dormem na creche, tendo um cuidado atencioso e respeitoso, mas não muito focado no ensino.
Alguns estudos apontam que a creche pode fazer mal para o bebê, pois não recebe mais atenção integral como recebia em casa. Mas existem casos em que os pais precisam trabalhar, nesse caso é importante procurar por creches que trazem profissionais carinhosos e disponíveis emocionalmente.
Então, colocar o filho na escola com 2 anos não é possível, no sentido de ser um ensino rígido, mas é possível colocá-lo em uma escola infantil ou em uma creche, que desenvolvem diferentes aspectos da criança.
Dos 2 aos 7 anos: Fase pré-operatória
Na fase pré-operatória, temos uma divisão: antes e depois dos quatro anos de idade.
Até os três anos e onze meses, a criança pode ser matriculada na creche. Isso indica que a criança ainda não vai ter um projeto pedagógico muito definido. Pode aprender o alfabeto e os números, por exemplo, mas não realiza muitas atividades de escrita.
O que se desenvolve nessa idade, no geral, é a fala e a coordenação motora. As professoras e assistentes ajudam a desenvolver linguajar desenvolto e próprio para a idade.
Já depois dos quatro anos, a criança pode ter matrícula na pré-escola. O MEC (Ministério da Educação) exige que as crianças sejam matriculadas até os quatro anos de idade. Contudo, se seu filho faz quatro anos depois do dia 31 de março do ano da matrícula, ele só precisa entrar na escola no ano seguinte.
Ou seja: vamos supor que você queira colocar o seu filho na escola em 2023, mas ele nasceu em 01/05/2018. Como ele ainda terá quatro anos no final de março de 2023, ele deve ter matrícula na pré-escola.
Nesse momento da fase pré-operatória, as crianças começam a usar imagens e palavras para representar objetos e outras coisas do seu dia a dia. Por isso, é vital que estejam na escola, para que possam desenvolver suas habilidades.
Então, se você está pensando ‘posso colocar meu filho na escola com 6 anos?’, a resposta é sim!
Ou, se pensa ‘posso colocar meu filho na escola com 5 anos?’, a resposta também é sim!
Saiba mais: primeira vez na escola.
Dos 7 aos 11 anos: Fase operatória
Nesta fase, as crianças conseguem pensar de forma lógica sobre eventos concretos. Ou seja, eles conseguem criar teorias e ter um pensamento organizado, mas ainda é muito concreto. O raciocínio deles é ativado a partir do que conseguem ver.
Além disso, é nessa idade que começam a entender as diferenças entre as pessoas. Entendem que nem todo mundo pensa como elas e que seus sentimentos podem não ser compartilhados com toda a turma.
Por isso, é uma ótima fase para conversar sobre individualidade e autoconhecimento.
A partir dos 11 anos: Fase operatória formal
Aqui, reina o abstrato e o hipotético. Todas as crianças dessa faixa etária são obrigadas a estar na escola. Além disso, o projeto pedagógico já é mais claro, rígido e unificado entre todas as escolas.
São os famosos “anos do fundamental 2”, e as crianças já começam a ser pré-adolescentes.
Quando colocar meu filho na escola, o que vai mudar?
Você já viu que cada idade tem a sua vantagem para ser o início escolar. Apesar do obrigatório ser a partir dos quatro anos, colocar o seu filho na escolinha com menos idade não é um problema.
Mas essas novidades causam mudanças no ambiente familiar e no interior da criança. E isso não é algo ruim! Veja os benefícios da criança na escola:
Aprendizado
As crianças podem aprender muito imitando amigos e professores! O ambiente escolar é ótimo para ajudar a adotar hábitos saudáveis, como escovar os dentes, comer frutas e arrumar a bagunça pós-brincadeira.
Às vezes, a criança pode gostar mais de aprender com pessoas da sua idade do que com adultos, e a escola é um ambiente que provê isso de forma constante. Além disso, pode aprender de formas variadas, o que ajuda a absorver os conteúdos.
Interação com outras crianças
Interagir com pessoas da sua idade ajuda a criança a criar a noção do outro e sair do egocentrismo, que faz parte do desenvolvimento natural dos pequenos.
Dá para usar e abusar dessa vantagem escolar para que a criança aprenda sobre ouvir, respeitar, compartilhar e se desculpar.
Em especial, para filhos únicos, a escola traz uma compreensão de mundo que o pequeno não consegue ter em casa, vivendo só com adultos.
Rotina
Claro, a rotina da criança também vai mudar. Se ela começar a estudar de manhã, ela fica mais cansada durante o dia até o corpo se acostumar. Ficará sonolenta e pode ficar irritada, mas é normal. Dê tempo para que o pequeno se acostume.
A parte boa é que o sono também tende a vir mais cedo! Com isso, o relógio biológico vai se ajustando para que a criança aproveite o dia e tenha a noite para descansar.
Além disso, os horários rígidos da escola ajudam o seu filho a criar sua própria rotina, e os horários fixos podem também ser trazidos para dentro de casa.
Saúde e alimentação
A ida à escola melhora o sistema imunológico da criança. Mesmo que o pequeno fique doente com maior frequência, por estar mais exposto, o corpo precisa dessa fase para se adaptar ao mundo real.
Além disso, a rotina vai fazer com que seu filho coma melhor e se exercite mais, o que ajuda na saúde e na alimentação.
Contudo, é preciso ficar de olho quando o assunto é hora do lanche: se você coloca ‘besteiras’ na lancheira, ou se os amiguinhos levam doces ou salgadinhos, é provável que isso influencie na alimentação da criança.
Então, quando você pensar ‘o que colocar de lanche para o meu filho levar para a escola?’ tenha isso em mente. Combinado?
Como preparar meu filho para ir para a escola
Aqui, algo vital é conhecer. Ou seja: conhecer a escola, conhecer a professora, o ambiente, o método de aprendizado… Assim, o medo do desconhecido se reduz, seja na criança ou nos pais.
A dica principal é conversar com a criança sobre esse momento. É vital estimular o pequeno, contando o que ocorre na escola, as atividades legais que surgem, os amigos que pode fazer, entre outros.
É importante, também, explicar — mais de uma vez — que a escola terá outra pessoa cuidando dele, que os pais ficarão ausentes por um tempo, mas que ele sempre vai voltar para casa no final do dia.
Isso traz uma sensação de segurança para o seu filho, evitando o desamparo que acaba causando a maior parte das crises de choro nas escolas.
Não estou preparada para colocar meu filho na escola, o que eu faço?
Se você está pensando ‘não quero colocar meu filho na escola’, saiba que não está sozinho. É normal ter medo de deixar o pequeno tanto tempo longe de você. Essa fase da infância traz muitas mudanças, o que causa insegurança para os pais e também para a criança.
Por isso, a terapia pode ser uma aliada poderosa. Afinal, ela ajuda a preparar os pais psicologicamente para essa nova fase.
Dessa forma, você aprende a lidar com qualquer situação que possa surgir, além de entender que o tempo está passando — e como lidar com essa dura realidade.
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