TOC: saiba tudo sobre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Equipe Eurekka
Durante a pandemia, em algum momento, você deve ter lavado sua mão diversas vezes seguida para garantir que elas estavam desinfetadas. Agora imagine fazer isso toda vez que você for lavar a mão e gastar horas por dia nisso. Esse exemplo ilustra a realidade de algumas pessoas com Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Em síntese, o TOC é condição psiquiátrica que faz com que as pessoas repitam pensamentos e ações de forma constante, comprometendo diretamente o seu dia-a-dia.
Hoje em dia, este é um transtorno bastante estudado e já existem diversas alternativas para o seu tratamento. Por isso, neste texto, vamos falar sobre os tipos de TOC, os sintomas, os riscos e como vencer esse transtorno.
Índice
Sinais e sintomas do TOC
O transtorno obsessivo-compulsivo é um distúrbio caracterizado por pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos.
Porém, uma pessoa diagnosticada com TOC pode apresentar apenas um desses sintomas ou os dois conjuntamente.
Obsessões
Em resumo, é o nome dado a pensamentos, ideias ou impulsos circulares (também chamados de ruminações), que são desagradáveis para a pessoa, causando mal-estar ou ansiedade.
Esses pensamentos ficam rodando constantemente na cabeça do indivíduo com TOC, trazendo muito prejuízo para o seu dia a dia e relacionamentos, além de grande desconforto emocional.
Alguns pensamentos obsessivos em quem tem TOC são:
- Incomodação com objetos desalinhados ou desarrumados;
- Medo de se contaminar;
- Preocupações constantes (p. ex.: dúvida se trancou a porta da casa).
Compulsões
Os comportamentos compulsivos são ações repetitivas que o indivíduo é levado a fazer devido a um pensamento obsessivo. Assim, a ação compulsiva traz um alívio daquele pensamento obsessivo, mesmo não sendo algo prazeroso para a pessoa.
Na maior parte dos casos, quem sofre de TOC realiza esses atos repetitivos pois acredita que algo catastrófico pode acontecer se a ação não for feita.
Alguns dos hábitos e rituais mais comuns podemos citar:
- Rituais de limpeza (p. ex.: gastar horas todos os dias lavando as mãos);
- Verificar constantemente algo (p. ex.: checar dezenas de vezes se trancou a porta);
- Arrumar objetos desalinhados;
- Repetir uma ação sempre o mesmo número de vezes.
Como saber se alguém tem Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)?
Primeiramente, precisamos destacar que é possível que algumas pessoas tenham pensamentos obsessivos (ou até alguns comportamentos compulsivos) e isso não tenha grande impacto em suas vidas.
Entretanto, se a pessoa consegue lidar naturalmente com essas situações esses pensamentos não configuram um transtorno.
Dessa forma, o transtorno obsessivo compulsivo é diagnosticado quando os pensamentos e ações trazem um grande estresse para a vida da pessoa. Assim, nesses casos é necessário ser buscada ajuda profissional, para ser descoberto se existe o TOC ou não.
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Por fim, é importante ressaltar que uma pessoa diagnosticada com Transtorno Obsessivo-Compulsivo não faz nada “de propósito”. Pelo contrário, esses pensamentos e ações fazem parte do transtorno, e a pessoa não pode consegue controlá-los por sua vontade própria.
Quais as causas do TOC?
Infelizmente, ainda não se sabe exatamente os mecanismos que causam o transtorno obsessivo-compulsivo, porém se entende que ele é gerado a partir de múltiplos fatores.
Entretanto, hoje em em dia já se sabe que alguns fatores têm influência no desenvolvimento do TOC. Entre ele, podemos citar: fatores biológicos e bioquímicos, fatores genéticos, e fatores psicológicos.
Fatores biológicos e bioquímicos no TOC
O TOC pode ter origem como uma comorbidade de uma doença neurológica primária (como o Parkinson e a Síndrome de Tourrete). Além disso, ele pode ser ocasionado após ocorrências como derrame, traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC).
Assim também foi descoberto que alguns medicamentos utilizados para distúrbios como esquizofrenia e transtorno bipolar podem causar sintomas do TOC.
Fatores genéticos no TOC
Algumas evidências indicam que podem existir uma predisposição genética para o desenvolvimento do TOC. Porém, ainda não se sabe exatamente como essa transmissão acontece.
Dessa forma, o risco que filhos com pais que possuem TOC desenvolvam a doença é quase 5 vezes maior do que em filhos que os pais não possuem TOC.
Fatores psicológicos no TOC
São bastante fortes as evidências que indicam causas psicológicas no TOC, principalmente na continuação dos sintomas.
Se entende que a maneira que a pessoa aprende a lidar com ansiedade e medo pode influenciar diretamente na manutenção do TOC.
Por exemplo, quando a pessoa faz a associação de que é necessário um ritual para realizar algo, é gravada a ideia de que essa ação é necessária.
Tratamentos e terapias
O tratamento recomendado para uma pessoa com TOC irá depender fortemente da gravidade de sua situação. Entretanto, para casos mais leves, apenas a terapia pode ser o suficiente para controlar os sintomas. Em caso graves de TOC, é necessário, além da terapia, o uso de medicamentos.
De qualquer forma, é preciso ficar claro que se você ou alguém que você conhece tem TOC, é necessário o tratamento psicológico e/ou psiquiátrico, uma vez que esse transtorno não desaparece sozinho.
Por mais que a pessoa tente, acabar com o transtorno não depende apenas da força de vontade do indivíduo, acreditar nisso é apenas prolongar o sofrimento de quem enfrenta o problema.
Terapia
A principal abordagem no tratamento do TOC é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que é comprovadamente eficaz na redução dos sintomas do transtorno.
Não apenas isso, mas em muitos casos é possível alcançar a remissão completa dos sintomas do Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Isso porque quase 70% dos pacientes com TOC tratados com Terapia Cognitivo-Comportamental melhoram os sintomas obsessivos compulsivos.
De fato, em apenas três meses, já é possível ver uma diminuição dos sintomas. Porém, o tratamento dura, em média, 6 meses.
Medicamentos
Atualmente existem medicamentos bastante seguros e confiáveis para o tratamento do TOC, sendo os mais comuns os inibidores de recaptação de serotonina (IRS).
De qualquer forma, apenas um médico psiquiatra pode definir qual o melhor tratamento para uma pessoa com TOC .
Dentro desse grupo os princípios ativos mais comuns são:
- Fluoxetina
- Fluvoxamina
- Paroxetina
- Sertralina
- Citalopram
- Clomipramina
Psicoterapia da Eurekka para lidar com o TOC
Aqui na Eurekka nós trabalhamos com Terapia Comportamental Contextual, considerada a terceira geração da TCC.
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