Crise de ansiedade: 4 dicas para sair de uma crise

Equipe Eurekka

Ansiedade é uma sensação comum do ser humano e que, inclusive, nos ajuda a saber quando temos que nos preparar para algo importante. Então, de certo modo, ela é positiva para o ser humano. Porém, quando ela se agrava e vira uma crise de ansiedade, a história é outra.

A crise de ansiedade é mais comum do você pensa e ela consiste em uma aceleração nos batimentos cardíacos, medo, respiração irregular e tremores no corpo todo. Além disso, ela também tem vários sinais na sua mente, invadindo seus pensamentos e diminuindo sua qualidade de vida.

Quando uma crise começa, a pessoa se sente presa e pode até mesmo pensar que está tendo um ataque cardíaco. Porém, no texto de hoje, você vai aprender como sair de uma crise de ansiedade em 4 passos. No fim, nos conte nos comentários se já passou por uma crise assim!

O que é a crise de ansiedade?

Antes de falar da crise de ansiedade, vamos falar da ansiedade em si. O que é ansiedade? Como dito acima, a ansiedade é uma sensação comum do dia a dia. Ela surge quando vamos ter um encontro, uma entrevista de emprego ou nos preparar para uma situação nova e desafiadora.

Contudo, quando ela se torna tão forte a ponto de atrapalhar nossa vida e nosso rendimento em tarefas, ela vira um grande problema. Além disso, cerca de 20 milhões de brasileiros sofrem com sintomas de ansiedade.

A crise de ansiedade é quando, de uma forma súbita, uma pessoa começa a ter sintomas muito intensos de ansiedade. Porém, essa crise surge sem a presença de uma ameaça real ou de um perigo iminente.

Ademais, a crise de ansiedade está ligada, também, ao estresse, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e o estresse pós-traumático. Além disso, ela pode estar ligada com a agorafobia e o transtorno do pânico.

sintomas de ansiedade

Sintomas da crise de ansiedade

A crise de ansiedade gera um aumento de adrenalina e de cortisol no nosso organismo. Isso faz com que a gente entre na chamada resposta de luta ou fuga.

Isso ocorre pois o nosso corpo se prepara como se existisse uma ameaça real no ambiente. Assim, ele está pronto para ou atacar o inimigo, ou fugir dele.

Vale lembrar que a ansiedade nunca surge do nada. É comum que antes da crise de ansiedade, você já esteja sentindo pequenos sintomas de ansiedade no dia a dia. Então, para saber qual o seu nível de ansiedade hoje, clique aqui!

Sendo assim, de que forma que o nosso corpo reage a luta ou fuga e ao cortisol e adrenalina? Confira abaixo.

Cérebro

A adrenalina faz que com que a gente coloque nossa atenção voltada para o perigo e para sensações físicas. Assim, ficamos mais atentos no que o nosso corpo sente.

Pulmões

Temos um aumento da frequência respiratória. Ou seja, a gente respira mais rápido e isso pode dar uma sensação de sufocamento.

Muitas pessoas sentem como se estivessem sem ar. Isso pode levar a uma sensação de formigamento, a despersonalização e a pessoa sente como se fosse desmaiar.

Músculos

A adrenalina manda uma mensagem para que vá mais sangue pros músculos. Isso faz com que se sinta uma tensão muscular, deixando os músculos mais tensos e até trêmulos.

Além disso, a pele fica mais fria e pálida. Isso ocorre pois o sangue sai da pele e vai para o músculo.

Temperatura do corpo

Outro sintoma é o metabolismo ficar muito acelerado, o que leva a um aumento da temperatura do corpo. A consequência disso é que a pessoa começa a suar mais.

Saliva

A produção de saliva na boca diminui. Assim, temos uma sensação de boca seca e garganta arranhada.

Coração

Os batimentos por minuto aumentam. Isso dá uma sensação de palpitação e aumenta a pressão arterial. O aumento da pressão arterial é normal nesses casos. Porém, muita gente acha que o aumento da pressão é o que causa a crise de ansiedade, quando, muitas vezes, é o contrário.

Intestino e estômago

Outra coisa que ocorre nas crises de ansiedade é que o intestino e o estômago reduzem a sua função. Assim, nós podemos sentir dor de estômago, náusea e queimação no estômago. Inclusive, podemos vomitar e ter diarreia.

Estudante com crise de ansiedade

Quanto tempo dura a crise de ansiedade?

Uma crise de ansiedade pode durar, em média, de 30 minutos até uma hora, no máximo. Porém, a tendência é que dure menos quanto mais você conhece técnicas para amenizar os sintomas.

Muitas pessoas perguntam por quanto tempo podem ter crises de ansiedade. Existem pessoas que têm ansiedade demasiada por dias, meses ou até anos.

É importante lembrar que a questão do tempo é subjetiva de pessoa a pessoa. Algumas pessoas vão conseguir reduzir os sintomas com menos tempo, e outras irão precisar de mais.

Tudo isso depende da situação que a pessoa se encontra. Portanto, depende da força de vontade, do corpo e como ele reage e das situações cotidianas que a pessoa tem de enfrentar.

Desse modo, a melhor maneira de deixar de ter crises de ansiedade é com o tratamento psicológico e psiquiátrico. Com ele você pode descobrir técnicas funcionais para mudar seus hábitos, entender a causa da ansiedade e ser medicado, se for necessário.

Por isso, não se culpe se você levar mais tempo para conseguir reduzir seus sintomas e não desista. Mesmo que o tempo seja relativo para cada um, com a terapia e o acompanhamento médico isso pode chegar a 90% de chance de cura.

Como controlar a crise de ansiedade?

A primeira coisa que temos que entender quando estamos passando por uma crise de ansiedade é que, mesmo que a sensação seja muito ruim, ela não representa um perigo real. Ou seja, sentir isso não trará nada letal para você.

Essa sensação não mata, ela é fisiológica e normal. É vital que se saiba disso, pois essa compreensão já ajuda a reduzir a ansiedade no momento de crise.

Afinal, quanto mais lutamos contra essa sensação e temos medo da resposta de luta ou fuga, maior é a nossa ansiedade. Além disso, essa resposta tem uma duração limitada. Ou seja, ela não dura pra sempre e irá passar.

4 dicas para controlar a crise de ansiedade

Por fim, existem algumas técnicas que podemos usar para amenizar os sintomas no momento de crise. É importante saber que elas não substituem o acompanhamento de um profissional qualificado. Porém, podem nos ajudar muito.

1. Use o Método de 15 Segundos

Você pode usar este método tanto no meio de uma crise de ansiedade, quanto antes dela, para que você possa reduzir a chance de ela vir. Essa técnica é baseada em alguns passos.

Primeiro, concentre sua atenção em um músculo específico. Então, contraia esse músculo e preste atenção na contração, prendendo a respiração. E, por último, relaxe o músculo, preste atenção na sensação de relaxamento e conte até dez.

Vá passando para outros músculos e fazendo a mesma coisa. Você pode fazer isso quantas vezes forem necessárias.

Ademais, essa é uma técnica que pode não ajudar todo mundo. Algumas pessoas irão se adaptar muito bem e outras nem tanto. Porém, essa é uma ferramenta válida cientificamente pra que você possa combater a crise e aumentar o seu arsenal de combate.

2. Diminua a sua respiração

Na crise, a nossa respiração fica acelerada e pode ser uma sensação desesperadora. Tente reduzir o ritmo e manter o controle da respiração, inspirando e expirando lentamente.

Isso oferece mais oxigênio ao cérebro e aumenta a concentração. Além disso, reduz o estresse e a sensação de asfixia.

3. Tente se distrair

A crise vem acompanhada de uma sensação de medo e começamos a pensar em um milhão de coisas negativas. Isso dificulta muito a tentativa de amenizar a crise.

Para reduzir esse pensamentos tente se distrair com alguma coisa. Algumas pessoas gostam de contar até o número que for preciso, e outras listam as coisas que veem ao seu redor.

Você também pode cantar uma música ou recitar um poema. Por fim, descubra a melhor atividade, que funcione pra você.

4. Vá para o seu lugar feliz

Muitas pessoas conseguem imaginar um lugar específico, no qual elas se sentem bem e em paz. Pense em um lugar assim para você e se mentalize nele.

Comece pensando nos detalhes do lugar. Se for uma praia, pense nos grãos de areia tocando os seus pés e no som da água indo e vindo. Vá fazendo isso até que consiga se imaginar nele. Ou seja, essa técnica não é sobre sair andando até algum lugar, mas focar em um lugar que te deixa bem e construir este lugar na sua cabeça.

Como diferenciar crise de ansiedade de infarto

Agora que você já sabe vários sintomas da crise de ansiedade, talvez tenha percebido que os sinais se parecem muito com os de infarto. Então, aprenda a diferenciar os sintomas da crise de ansiedade e do infarto.

A maior diferença entre os dois é que, na crise de ansiedade, os sinais surgem pois a pessoa está com um turbilhão de pensamentos, que acabam trazendo também sintomas físicos. No infarto, os sinais como dor no peito, sensação de desmaio e dormência costumam surgir do nada, sem causa anterior. Mesmo assim, pode ser gradativo, assim como ocorre na ansiedade, embora não seja tão comum.

Outra diferença é que, apesar dos dois problemas causarem dor no peito, a crise de ansiedade não tem a pressão no local, como há no ataque cardíaco. Além disso, enquanto a dor fica só no braço esquerdo durante o infarto, ela se espalha para outras regiões do corpo durante a crise de ansiedade.

Por fim, uma boa forma de distinguir os dois é pensar nas condições prévias: se a pessoa é fumante, qual a sua idade, se tem muito estresse no dia a dia, se tem histórico de infarto na família e se têm passado por períodos de depressão ou mudanças de humor.

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