Wakanda Forever e Psicologia: temas importantes da trama

Equipe Eurekka

Por meio da arte, encontramos conexões entre o mundo real e o imaginário. Essa ponte nos mostra curiosos elementos das diversas culturas existentes no nosso mundo. E, se você quer de aprender mais sobre diferentes civilizações e estilos de vida enquanto curte um filme de ação, trouxemos um texto sem spoilers sobre Wakanda Forever e Psicologia.

Pantera Negra: Wakanda Forever é uma continuação épica do filme anterior (Pantera Negra, 2018), que honra a memória do personagem principal, mostra como a família de T’Challa lida com o luto e apresenta novos personagens poderosos.

Boa leitura!

Resumo de Pantera Negra: Wakanda Forever

A trama segue a jornada dos guerreiros de Wakanda na sua luta para proteger sua terra e sua cultura após a morte de T’Challa.

O filme trata com muita sensibilidade o luto e a perda do personagem. E, vale lembrar que, a morte do personagem aconteceu, porque o ator que o interpretava faleceu após a luta contra o câncer. Por isso, ele foi uma obra muito delicada, ainda mais para os fãs do ator e das produções da Marvel.

A história também trata de questões sociais relevantes de maneira sensível e impactante, como, por exemplo, o preconceito para com os países do continente Africano.

Além disso, outros pontos que chamam muita atenção é a ação é intensa e a fotografia que evidencia cenários e visuais incríveis. E não podemos esquecer dos personagens que aparecem no filme a abrem portas para a nova fase da Marvel.

Wakanda Forever e Psicologia

A continuação de Pantera Negra, além de apresentar aspectos culturais importantes, traz à tona a vulnerabilidade humana e os laços que nos ligam uns aos outros. Afinal, ele trata de um tema bem sensível, dentro e fora das telonas.

Então, confira o que temos a dizer sobre Wakanda Forever e Psicologia e a importância do filme em diversas áreas.

Wakanda Forever

As fases do luto

Pantera Negra: Wakanda Forever aborda o tema do luto de maneira intensa e significativa. O filme começa com a perda do herói, T’Challa, e mostra como isso afeta a nação de Wakanda e sua gente.

Dessa forma, a jornada dos personagens para superar a dor e encontrar um novo caminho é retratada com emoção e profundidade.

O filme também explora o luto individual dos personagens, como eles lidam com a perda e buscam um sentido para a vida sem o líder que admiravam. A equipe enfrenta desafios e conflitos internos, mas juntos eles encontram forças para seguir em frente e continuar a proteger Wakanda e sua cultura.

Um exemplo disso é o modo como Shuri, irmã de T’challa, passa pelas fases do luto. Sentindo: negação, culpa, sintomas depressivos e, por fim, a aceitação.

Assim, o luto é mostrado com sensibilidade e respeito, sendo uma parte importante da narrativa e das jornadas dos personagens. Com certeza, Pantera Negra: Wakanda Forever é um exemplo de como o cinema pode tratar essa dor de modo que ajude as pessoas a processar suas próprias perdas.

Saiba mais: Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura também trata do luto.

A importância da crença e da cultura

Pantera Negra é um filme revolucionário porque apresenta uma visão positiva e vibrante da África e de sua cultura. A nação fictícia de Wakanda é uma representação forte da diversidade e riqueza cultural da África. Além de mostrar uma sociedade avançada, instruída na tecnologia e orgulhosa de sua herança.

Além de Wakanda, conhecemos também uma comunidade originária do México, que também sofreu por conta da colonização. Assim, o líder dessa civilização, Namor — o Príncipe Submarino —, abre portas para as culturas maia e asteca.  

Atlântida, o reino de Namor, é recheado de referências mesoamericanas. No universo da Marvel, o local fica no fundo dos oceanos, longe dos humanos e de todo o seu egoísmo e vontade de transformar todas as riquezas culturais locais em lucro por meio da exploração.

No filme, os costumes dessas duas sociedades refletem no modo com que os personagens lidam com a felicidade, a raiva, a tristeza e etc. Isso porque a cultura e as ações a partir dela repercutem as mais variadas maneiras de como reagimos às interações com outros seres humanos, animais e natureza. Ou seja, a cultura é um modelo comportamental.

Até porque, de acordo com o psicólogo Skinner,

“todo comportamento humano é visto como produto também de uma história cultural” (ANDERY, 2011, p. 207).

A representatividade

A representatividade nos cinemas nada mais é do que uma representação equitativa de diversas raças, gêneros, orientações sexuais, etc. Ou seja, é quando uma pessoa consegue olhar para aquele personagem e falar “Uou, ele se parece comigo!” ou “Nossa, eu já passei por essa situação!”.

Sendo que a falta dessa identificação pode levar a estereótipos negativos e a uma cultura limitada, enquanto a representatividade ampla e inclusiva promove a compreensão e a tolerância. Mas, por qual motivo ela é importante em Pantera Negra: Wakanda Forever?

Porque mostra as percepções e crenças sociais de diferentes grupos de pessoas. Além de inspirar e validar as identidades de pessoas que são pouco representadas ou retratadas de maneira estereotipada ou negativa.

Assim, o Pantera Negra é importante, por exemplo, para muitos espectadores negros, que viram uma representação positiva de si mesmos na tela. Saindo, um pouco, da imagem do super-herói branco e norte-americano, como o Capitão América, que sempre foi a mais difundida.

Afinal, segundo Pereira (2019, p.14), a representatividade no cinema também serve para garantir a igualdade e a justiça na indústria cinematográfica, aumentando as oportunidades para atores, diretores, roteiristas e outros profissionais diversos.

“Pantera Negra vai de encontro a uma lacuna de representação e representatividade da população negra na grande indústria cinematográfica’ e a partir desta criam-se novos significados, possibilidades e autoimagem das pessoas negras na cultura pop”. (PEREIRA, 2019, p.14)

E vale lembrar que T’Challa foi um dos primeiros super-heróis negros nos quadrinhos da Marvel! Isso já diz muita coisa, não é?

Wakanda Forever

Wakanda Forever também é um novo olhar sobre a África

Enfim, podemos ver que, ao contrário da maioria das narrativas de Hollywood sobre a África, que quase sempre a retratam como um lugar de pobreza, conflito e doenças, Pantera Negra apresenta uma imagem muito mais interessante da região, destacando sua riqueza cultural e potencial econômico.

Além disso, o filme também aborda questões sociais e políticas relevantes, como o colonialismo, a desigualdade racial e a luta pela justiça.

Em conclusão, Pantera Negra é uma obra importante que nos dá uma visão diferente da África e de sua cultura, ajudando a mudar a narrativa dominante sobre a região. Assim, o filme expande ainda mais a discussão sobre a imagem preconceituosa que podemos ter de pessoas ou lugares que não fazem parte da nossa bolha social.

No filme A Mulher Rei, também temos uma grandiosa África e um grupo de fortes guerreiras. Vem ler!

livros do clube para psicoeducação

Saiba mais sobre a Psicologia no seu dia a dia

De fato, Wakanda Forever e Psicologia se dão super bem, como vimos no texto de hoje!

E, além da psicologia marcar presença nas telonas, ela também pode estar no seu dia a dia por meio dos livros.

Na Eurekka, você pode conhecer mais sobre saúde e bem-estar enquanto lê. Nossos livros, feitos por psicólogos, tratam de temas comuns no cotidiano, como: família, apoio emocional, luto, felicidade e propósito, amor e conexão, dentre muitos outros!

E, claro, tudo é feito de modo didático, de modo que você tenha uma rotina de leitura agradável e sem complicações!

Então, se você quer ter guias práticos que ajudam você a lidar com diversas áreas a sua vida, clique aqui e escolha o tema que você mais precisa agora!

Referências

ANDERY, Maria. Comportamento e cultura na perspectiva da análise do comportamento. Núcleo Paradigma, [S. l.], p. 207, 1 jan. 2023. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pac/v2n2/v2n2a06.pdf. Acesso em: 3 fev. 2023.

PEREIRA, Thales. WAKANDA: POSSIBILIDADES DE IDENTIFICAÇÃO PARA O SUJEITO NEGRO NA CULTURA POP. INSTITUTO DE PSICOLOGIA, PORTO ALEGRE, p. 14, 1 jan. 2019. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/198619/001097640.pdf?sequence=1. Acesso em: 3 fev. 2023.

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