Vigorexia: sintomas, o que é, causas e melhor tratamento

Equipe Eurekka

Você já ouviu falar sobre pessoas muito magras que se olham no espelho e se acham gordas? Pois esse é um sintoma comum de anorexia nervosa, um transtorno popular de distúrbio de imagem. Mas, quando alguém forte e musculoso se olha no espelho e a imagem que vê é de uma pessoa fraca e magrinha, damos o nome de vigorexia!

A vigorexia é um problema ligado ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Portanto, precisa do diagnóstico certo, além de uma equipe de profissionais para acompanhar: médico, nutricionista, psicoterapeuta e profissional da educação física.

Ainda assim, o mais importante é a informação. Por isso, preparamos este material para você! Hoje você vai entender as causas da vigorexia, como ela começa, os seus principais sintomas e qual a melhor forma de tratar.

O que é vigorexia?

vigorexia

A vigorexia é um transtorno, que podemos chamar também de transtorno dismórfico muscular ou de Complexo de Adônis. Além disso, é um transtorno da autoimagem, ou seja, o indivíduo vê uma imagem distorcida de si mesma.

Trata-se da insatisfação de homens e mulheres com a forma e o volume do próprio corpo, o que leva à preocupação excessiva com exercícios físicos.

Vigoréxicos costumam passar horas e horas na academia em busca do corpo perfeito. Além disso, fazem dietas restritivas compostas, em geral, por proteína; por fim, passam a consumir suplementos alimentares sem orientação médica. Por fim, por conta da insatisfação e distorção da autoimagem, recorrem a anabolizantes e esteroides.

Complexo de Adônis

Na mitologia grega, Adônis era famoso pela beleza que despertou a paixão de Afrodite, a deusa do amor, e de Perséfone, a deusa do submundo. No complexo de Adônis, a pessoa é obcecada pela imagem corporal e, para conquistá-la, é capaz de ignorar os riscos à saúde.

Essas pessoas seguem dietas restritivas e extremas, além de outro meios para definir o corpo como desejam. Um desses meios são os anabolizantes, drogas que se usa para substituir hormônios como testosterona e GH. Essas drogas ajudam o músculo a crescer, o que conhecemos como efeito anabólico.

Sintomas da vigorexia

mulher musculosa com complexo de Adônis se olhando no espelho

Em geral, os sinais estão ligados ao fato de que o indivíduo está sempre insatisfeito com a sua imagem. É comum os amigos e familiares elogiarem a performance, mas a pessoa se mostra sempre insatisfeita.

Os sintomas mais comuns são:

  • Cansaço;
  • Insônia;
  • Ritmo cardíaco alterado mesmo em repouso;
  • Dores musculares;
  • Tremores;
  • Queda no desempenho sexual.

Também estão presentes: irritabilidade, depressão, ansiedade e desinteresse por atividades que não estejam ligadas ao treinar intensivo.  

Os especialistas aconselham que se observem alguns modos de agir que podem ajudar a identificar alguém que está com os primeiros sinais de vigorexia.

Essas pessoas:

  • Mostram sentimento de se sentirem inferiores em relação ao corpo;
  • Costumam usar roupas grandes para esconder o que consideram imperfeições;
  • Mesmo diante de elogios dos amigos e familiares sobre sua forma física, acham que estão magras demais e trocam qualquer programa com os amigos por sessões de exercícios físicos.

O que causa a vigorexia?

consulta médica e vigorexia

A vigorexia, no geral, ocorre devido à busca por fortalecer a autoimagem. Ou seja, os exercícios físicos trazem para o indivíduo reconhecimento social e outros aspectos positivos de identidade.

Nesse sentido, isso acaba elevando a sua autoestima. “Sou musculoso, definido, grandão, vou atrair os olhares, vão me perceber, vão me valorizar”. Ou então: “Sou fortão, atraente, então as pessoas vão focar nesses aspectos e talvez não percebam outras fraquezas minhas.”

A origem do problema pode ter várias explicações, como fatores genéticos, químicos, ambientais e culturais. Inclusive, o motivo pode ser traumas do passado, como episódios de bullying ou situações em que a imagem fez a pessoa se sentir pior diante dos outros.

Genética da vigorexia:

Especialistas explicam que os homens são, na genética, predispostos a focar em desenvolver a massa muscular magra, por isso são a maioria dos que desenvolvem a vigorexia.

Também há estudos que comprovam que pessoas que já tiveram parentes com vigorexia também podem desenvolver o transtorno.

Estrutura neuroquímica:

Podemos entender essa necessidade por exercícios físico como um vício, à medida que a prática de exercícios eleva o nível de endorfina, que é responsável pela sensação de bem estar. Dessa forma, pode causar uma espécie de dependência química e emocional da prática física intensa.

Na prática, são aquelas pessoas que passam muitas horas em academias se exercitando e aquelas que, além das academias, têm os aparelhos em casa. Ou que, quando viajam, precisam estar perto de locais que ofereçam a chance de fazer exercícios físicos pesados.

Não basta só gostar de fazer exercícios físicos por muitas horas; entende-se como vital colocar essa atividade como prioridade, mesmo quando não deveria. Ou então, ter sintomas de abstinência com a ausência da prática de exercícios, ficando irritado, doente e, até mesmo, febril.

Ambiente e cultura:

A cultura moderna mantém padrões rígidos para corpos belos e sadios, e a pressão para acompanhar esses padrões é muito grande, já que simbolizam boa autoestima, autoconfiança e felicidade.

Além disso, fatores estéticos determinam a inclusão do sujeito na sociedade. Ou seja, para pertencer a certos grupos, a pessoa precisa ter o corpo forte e musculoso; isso pode ajudar na hora de ascender na área social e se tornar mais importante dentro do próprio grupo.

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Existem riscos a longo prazo da vigorexia?

A luta pelo corpo perfeito reflete na vida social, familiar e profissional. Afinal, a pessoa se afasta dos parentes, amigos e colegas de trabalho. Sua atenção está toda na prática de exercícios. Por isso, a pessoa evita qualquer atividade ou relação que interfira no seu propósito de treinar duro.

Isso pode levar a problemas como: lesões musculares, fadiga excessiva, irritação, afastamento social, depressão e ansiedade.

Além disso, o uso de anabolizantes, a longo prazo, pode causar problemas no fígado, no coração, impotência sexual e até câncer!

Fatores de risco para Vigorexia

Alguns fatores de risco se destacam e devemos ficar de olho: perfeccionismo, experiências negativas, como traumas na infância e bullying, ter outro transtorno psiquiátrico como depressão ou ansiedade e, por fim, parentesco com pessoas que tiveram a vigorexia.

Diagnóstico

Investigar os sinais de vigorexia nem sempre é fácil. Afinal, é comum que as pessoas que convivem com o vigoréxico liguem os hábitos dele com vida saudável, e não se dão conta de que ali há um transtorno. Por isso, a informação é vital.

A vigorexia ainda não consta no Cadastro Internacional de Doenças (CID-10) nem no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) como um transtorno específico, por isso os critérios para o diagnóstico não são claros.

No geral, os especialistas levam alguns sinais em conta, como: prática exagerada de exercícios físicos, obsessão pelo corpo perfeito e a insatisfação com os resultados. Notam também planos rígidos de dietas, as relações sociais precárias do indivíduo, sinais de ansiedade e histórico pessoal, social e familiar.

Tratamento da Vigorexia

o que é terapia

A maioria dos especialistas afirma que, para tratar a vigorexia, deve haver uma equipe multidisciplinar. Ou seja, acompanhado por médico, psicoterapeuta, nutricionista e preparador físico.

Outra atitude vital é convencer o vigoréxico de que deve abandonar o uso de anabolizantes e de outras substâncias do tipo. Afinal, elas causam efeitos maléficos, como atrofia dos testículos, disfunção erétil e infertilidade (problemas irreversíveis).

Medicamentos

Em alguns casos, pode ser preciso recorrer ao uso de remédios para controle da ansiedade, depressão e dos sintomas obsessivo-compulsivos. Esses medicamentos são os inibidores seletivos de receptação de serotonina, que ajudam a reduzir os sintomas da depressão e da ansiedade.

Terapia para Vigorexia com a Eurekka

sede da Eurekka

A equipe de profissionais da Eurekka entende que cuidar da saúde física é vital para a vida. Nós defendemos, inclusive, o exercício físico como um antídoto natural contra a ansiedade e depressão.

No entanto, cremos que isso deva ser feito com equilíbrio e sem afetar a sua saúde mental.

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