Tudo bem no Natal que vem: a Psicologia no filme
Equipe Eurekka
O cinema é um prato cheio para análises psicológicas e isso não é diferente nas produções nacionais! No filme Tudo bem no Natal que vem, acompanhamos uma história muito engraçada, mas que ao mesmo tempo é capaz de emocionar e ensinar lições valiosas.
Então, vem com a gente nesse clima de Natal e confira o que essa obra tem a nos ensinar!
Índice
Resumo do filme Tudo bem no Natal que vem
O filme conta a história de Jorge, que é casado com Laura e tem dois filhos: Aninha e Leo.
Jorge, interpretado por Leandro Hassum, tem uma peculiaridade que ele odeia: ele nasceu no dia do Natal. Assim, depois de ter seu aniversário ofuscado pelas festividades desde que nasceu, ele adulto decreta que odeia o natal e que odeia comemorar seu aniversário.
Uma pena, pois sua esposa ama comemorar o Natal! Além disso, a família dela vai para a casa do casal todos os anos e faz aquela festança que a gente conhece bem. Mas Jorge não gosta de nada e, todos os anos, passa essa data emburrado.
Contudo, em um Natal algo diferente acontece. Então, depois de sofrer um acidente, Jorge acorda no Natal do ano seguinte, sem se lembrar de nada do que se passou no último ano.
E isso vai se repetindo por todos anos, de modo que ele sempre esquece o ano inteiro e só se lembra do último Natal. A situação traz muita confusão e também reflexões sobre como ele estava levando a vida.
A identificação do braileiro com as situações da história
Outro fato bem legal da história é o modo como qualquer brasileiro consegue se identificar com as situações hilárias de Jorge no Natal.
Como o dilema das passas no arroz, as filas quilométricas nos supermercados, o trânsito, o suor, o tio do pavê ou “pacumê” e aquele clima meio caótico da família no natal.
E isso é tudo muito legal, pois quebra aquela ideia das festas de fim de ano perfeitas que muitos filmes passam e a gente acaba se acostumando com isso.
Nessa comédia, a gente pode se identificar de verdade e rir das situações, percebendo o quão divertido, e engraçado, é ser brasileiro.
Análise psicológica e lições em Tudo bem no Natal que vem
E agora vamos ver algumas análises e lições preciosas desse filme que você pode levar pra vida toda!
A Síndrome de Grinch
A primeira coisa que a gente pode perceber no filme é que Jorge é uma provável vítima da Síndrome de Grinch.
Pessoas que têm essa síndrome são aquelas que têm aversão ao Natal e às comemorações de fim de ano no geral. Diferente da maioria, elas não gostam do clima natalino, troca de presentes, enfeites e tudo o mais que remete a essa época.
Também é comum nessa síndrome sentir irritação, melancolia, tristeza, estresse, falta de energia, desconforto, desinteresse, ansiedade e até distúrbios do sono.
Além disso, essa síndrome, geralmente, é desencadeada por traumas do passado, fato que também faz parte da realidade de Jorge, além dos sintomas acima.
Fato que vamos falar sobre no próximo tópico!
Traumas psicológicos de Jorge
Uma das coisas que desencadeou a aversão de Jorge pelo Natal foi o fato de que ele sempre ficava ofuscado no seu aniversário, pois as pessoas sempre estavam mais preocupadas com as festividades e não se importavam muito com o aniversário dele.
Quando mais novo, ele ficava tão chateado que, com o tempo, a data deixou de ser sinônimo de alegria para ele e começou a ser algo que ele queria apenas evitar. Tanto que, só de ver um bolo de aniversário na geladeira da sua casa, ela já entra em pânico e diz que não quer saber de comemoração.
O câncer de Aninha e o luto antecipado
Uma das partes mais tristes e marcantes do filme é quando Jorge acorda em um dos Natais, sem se lembrar de nada, e sua filha já está entrando na fase adulta. E, quando Jorge, sem querer esbarra nela e a peruca dela cai, ele descobre que ela está com câncer de mama.
Isso mexe muito com Jorge e mostra o luto antecipado de um pai que está por um fio de perder a filha para uma doença sem cura.
Então, depois de descobrir o câncer, ele pede para Aninha que eles repetissem uma tradição antiga dos dois: assistir Shrek. Assim, ele faz de tudo para não adormecer e acordar apenas no próximo Natal, no qual ela poderia não mais estar.
Mas, ainda bem que no final dá tudo certo e ainda abre espaço para conscientização da prevenção ao câncer de mama. De modo que, ao voltar para sua vida normal, ele logo entrega folhetos sobre exames preventivos e começa a dar mais atenção para a saúde da filha.
A importância de valorizar o outro
Jorge achava a família de Laura chata, ficava mal-humorado no Natal e acabava não aproveitando os filhos, a esposa e a família.
Porém, quando esse “feitiço” acontece com ele, e Jorge vê como seria sua vida sem as pessoas queridas por perto, e o que aconteceria se ele não as valorizasse, ele percebe o erro que está cometendo.
Assim, ele começa a se importar menos com os defeitos dos outros e a levar as coisas menos a sério, valorizando o que mais importa: a vida e as pessoas queridas ao redor.
O aprendizado a partir dos erros
Outra lição importante em Tudo bem no Natal que vem é que os erros não devem ser vistos como uma fonte de remorso, mas como fonte de aprendizado.
Se Jorge, ao voltar ao “normal”, ficasse apenas sofrendo pelos erros que cometeu, seu futuro continuaria sendo amargurado e sua vida não mudaria em nada.
Mas, como ele viu seus erros e aprendeu com eles, sem olhar para trás com uma dor paralisante, ele conseguiu reverter suas ações erradas e viver uma vida mais feliz.
Por isso, não deixe que os erros ditem quem você é, mas faça deles uma ponte para ser uma pessoa melhor!
Assim como Jorge, aprenda a viver melhor!
Se existem situações na sua vida que deixam você amargurado e triste, saiba que é possível sim mudar isso.
Existem sentimentos ruins que acabamos tomando como verdade dentro de nós, mas a verdade é que eles são possíveis de serem transformados. E sem precisar passar pelo que Jorge passou!
Na terapia, um psicólogo experiente ajuda você a entender suas emoções e sentimentos e ensina como você pode lidar melhor com isso, de forma a contornar o sofrimento emocional e ter uma vida mais leve.
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