Tripofobia: o medo de buracos existe?
Flavia Caroline Barddal
Você já sentiu aversão ou incômodo ao observar imagens com buracos um ao lado do outro, formando um padrão? Como um favo de mel, por exemplo. Se sim, pode ser que você tenha tripofobia.
A palavra tripofobia vem do grego trypa, que significa buraco, e fobia, que significa aversão, medo. No entanto, você pode se perguntar: “como assim medo de buraco?! É possível alguém ter um medo como este?”.
E a resposta é sim! Neste artigo, vamos explicar como funciona essa fobia, as suas possíveis causas, quais os sintomas e como tratar.
Então, leia até o final e entenda tudo sobre o assunto.
Índice
O que é tripofobia?
A fobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo intenso e sofrimento desproporcional ao perigo real. Assim, por conta dos sintomas intensos, a pessoa que tem fobia de algo acaba tendo problemas em diversas situações ao longo de sua vida.
Por exemplo: algumas pessoas têm aracnofobia, que é o medo excessivo de aranhas, o que pode fazer com que elas rejeitem convites para fazer uma caminhada ao ar livre. Já outras têm claustrofobia, que é a aversão a lugares fechados, o que gera um comportamento evitativo em relação a festas, encontro com os amigos e outras situações que envolvam estar em um lugar mais apertado e fechado.
Já a tripofobia é a aversão intensa ao ver imagens ou objetos que possuem padrões de buracos. Ou seja, a pessoa sente um grande incômodo ao ser exposta a essas superfícies circulares.
Alguns exemplos são esponjas, favos de mel, pedaços de madeira cheios de buracos irregulares e, até mesmo, frutas. A romã, por exemplo, é formada por pedaços cheios de pequenas bolinhas em buraquinhos.
Possíveis causas da tripofobia
Há muitas teorias que visam explicar de onde vem esse medo ao ver imagens com buracos padronizados. Porém, a principal explicação dada é que as pessoas associam essas superfícies à pele de alguns animais ou com a presença de perigo na natureza, como as marcas deixadas por cobras e aranhas.
Inclusive, há uma teoria de Arnold Wilkins e Geoff Cole que afirma que o medo de buracos agrupados pode ter origem em um instinto primitivo que cria relação entre as imagens geométricas e os padrões encontrados na natureza que são perigosos.
Outra teoria propõe que a aversão a imagens com buracos ocorre pois muitas doenças que afetam a pele possuem este padrão. Como por exemplo, a varíola e o sarampo.
Já de acordo com outras suposições, a causa para a tripofobia pode ser apenas uma dificuldade do cérebro em processar as imagens dos buracos agrupados.
Como saber se tenho tripofobia?
Para te ajudar a descobrir se você tem tripofobia, abaixo vamos disponibilizar um teste prático que consiste em olhar as imagens e, depois, dar um check em cada um dos sintomas que vamos colocar abaixo. Assim, se você se identificar com a maioria desses sintomas, pode ser que você tenha mesmo tripofobia.
Atenção! Abaixo estão algumas imagens que causam tripofobia. Se você se sente desconfortável com isso, role o texto mais para baixo.
Imagens de tripofobia para teste
Veja agora as imagens e, depois, marque quais sintomas sentiu.
Sintomas
- Medo irracional
- Angústia
- Ansiedade
- Tremores
- Crise de pânico
- Alto desconforto
- Arrepios
- Choro
- Coceira
- Formigamentos,
- Sudorese
- Aumento do ritmo cardíaco
Como é feito o tratamento de tripofobia?
Pode até parecer bobeira, mas se gera sofrimento psicológico, merece ser tratado.
Assim como outras fobias, a tripofobia é tratada como um transtorno de ansiedade. Sendo a mais recomendada para esse caso a terapia de exposição, que consiste em expor gradativamente a pessoa àquele medo até que ela consiga dominar as emoções e superar o medo irracional.
Porém, é importante ressaltar que isso tudo é feito de forma segura e comprovada cientificamente, ou seja, o paciente não corre risco algum.
Além disso, outro método muito legal que é ensinado na terapia são as técnicas de relaxamento. Com o psicólogo, o paciente aprende a respirar de forma pausada e de acordo com um ritmo que ajuda na descontração muscular e restabelece o equilíbrio emocional.
Assim, durante a crise, a pessoa pode usar a técnica de relaxamento, que a ajuda a aumentar a concentração, a percepção de si mesmo e reduzir a tensão, o que alivia os sintomas da tripofobia.
Alguns exemplos dessas técnicas são o relaxamento progressivo de Jacobson e a respiração diafragmática.
O relaxamento progressivo foi criado por Edmund Jacobson e é uma técnica que permite o controle sobre a tensão do corpo. É muito eficiente para o tratamento da ansiedade e dores musculares. Pessoas que possuem tripofobia também podem usar esse recurso, em especial nos momentos de medo ou incômodo.
Por fim, a técnica de respiração diafragmática ajuda o paciente com tripofobia a reduzir os sintomas físicos. Pois a pessoa passa a observar a sua respiração e dar menos atenção para os pensamentos ruins.
Faça o teste respirando no ritmo da animação a seguir:
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