Tricotilomania: guia completo sobre o assunto

A tricotilomania é um transtorno muito grave e que passa despercebido pela maioria das pessoas, sendo muitas vezes confundido com uma “simples mania”. 

Então, para ajudar você a entender melhor sobre isso e identificar os sinais de alerta, neste texto vamos explicar o que é a tricotilomania de acordo com os manuais diagnósticos, quais os sintomas, como acontece e qual o tratamento adequado.

Boa leitura! 

O que é tricotilomania?

A tricotilomania é um transtorno caracterizado pela ação de arrancar cabelos de forma recorrente. 

Tal ato pode se direcionar para qualquer parte do corpo que tenha pêlos, porém as áreas mais comuns são o couro cabeludo, cílios e sobrancelhas. E as mais incomuns são: regiões axilar, púbica e perirretal. 

No DSM – 5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a tricotilomania é categorizada como um dos transtornos relacionados ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Além disso, também ressalta-se que a tricotilomania é frequentemente acompanhada de outros transtornos, como o transtorno depressivo maior, o transtorno de escoriação e o próprio TOC.

Sintomas da tricotilomania

As características presentes na tricotilomania são:

• Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente
• Perda visível de cabelo na região — a não ser que haja um padrão bem distribuído para arrancar os fios
• Tentativa de mascarar ou camuflar a perda de fios
• Não conseguir parar com o ato, por mais que deseje
• Sensação de perda de controle, constrangimento e vergonha
• Prejuízo e evitação nas diversas áreas da vida
• Rituais e comportamentos para “escolher” qual fio arrancar

Como começa a tricotilomania?

O início do comportamento relacionado à tricotilomania, no geral, coincide com o início da puberdade ou algum tempo depois.

Ele pode surgir como um sistema de recompensa e alívio. Assim, quando a pessoa se vê em situações de estresse, ansiedade, tédio ou tensão, ela recorre ao ato a fim de sentir gratificação.

Dessa forma, arrancar o cabelo vai se tornando cada vez mais frequente, prejudicando não só o físico, mas também o emocional, já que o ato pode gerar constrangimento estético e até mesmo a sensação de não conseguir ter controle das próprias ações.

Possíveis causas do transtorno

Ainda segundo o DSM-5, há fatores genéticos e fisiológicos que podem contribuir para o desenvolvimento da tricotilomania, como pessoas que têm o Transtorno Obsessivo Compulsivo ou que tenham parentes de primeiro grau com TOC.

Contudo, pode acontecer sim de pessoas que não tenham ligação com esse transtorno desenvolverem a tricotilomania. 

Diagnóstico e tratamento para tricotilomania

Para confirmar o diagnóstico, o profissional da saúde, como o dermatologista, pode pedir exames, como a biópsia da pele e a dermatoscopia.

Assim, caso ocorra a confirmação, o tratamento deve acontecer através da psicoterapia e uso de medicamentos quando necessário.

Na terapia, o paciente irá conseguir identificar as causas do transtorno e aprenderá ferramentas para substituir esse comportamento de arrancar os fios.

Sendo que a abordagem terapêutica mais recomendada para esse caso é a Terapia Cognitivo Comportamental, que tem como foco reelaborar pensamentos e ações disfuncionais através de medidas práticas no dia a dia. 

E, caso o psicólogo identifique outros transtornos relacionados ou veja necessidade da ajuda medicamentosa para controlar os impulsos, o paciente será encaminhado ao psiquiatra para fazer um tratamento conjunto de medicação e psicoterapia.

Por fim, caso haja lesões na pele, o paciente também poderá precisar da ajuda do dermatologista para cuidar dessa parte física.

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Na maioria dos casos de tricotilomania, o paciente já sabe desse problema de arrancar os cabelos, já que é algo que acontece conscientemente, sendo possível identificar os sintomas. 

Então, se você se enquadra nesse caso e quer já começar a receber a ajuda de um psicólogo, nós temos uma oportunidade para você!

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Equipe Eurekka

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