Transtorno Explosivo Intermitente: entenda tudo sobre isso

Equipe Eurekka

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) é um transtorno caracterizado por explosões de raiva recorrentes. Sendo que essas explosões costumam aparecer na forma de agressões verbais ou físicas. 

É bem capaz que você já tenha sentido muita raiva em algum momento. Talvez até tenha se sentido um pouco “descontrolado” na situação. Então, o que faz o TEI ser um transtorno? Bom, no Transtorno Explosivo Intermitente, as explosões são muito intensas e desproporcionais ao estímulo que as provocou. 

Dessa forma, alguém ter acabado com o sorvete pode ser gatilho de uma explosão de raiva forte o suficiente para quebrar a porta da geladeira. Assim, por causa das agressões, a pessoa pode ter sérias consequências na vida pessoal, no trabalho e até com a lei. Por isso, o tratamento é tão importante.

E neste texto, você vai entender tudo sobre esse transtorno, quais suas causas, sintomas, como identificar e qual o melhor tratamento.

O que é o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

O Transtorno Explosivo Intermitente é um transtorno que tem por característica explosões de comportamento e falha em controlar impulsos agressivos. Isso pode acontecer através de agressões verbais e físicas a pessoas, objetos ou animais. 

Essas explosões são desproporcionais à situação. Um mínimo desentendimento, portanto, pode ser o suficiente para que a pessoa exploda. É importante dizer que as agressões não são premeditadas.  Ou seja, são ações impulsivas por completo.

Por serem recorrentes, as explosões causam grande sofrimento e prejuízo na vida das pessoas. Assim, por causa das agressões, a pessoa pode perder o emprego e romper relacionamentos. Além disso, também pode ter que responder ações civis e penais por danos causados durante os ataques de raiva.

O que causa o Transtorno Explosivo Intermitente?

Não há uma causa exata para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI). No entanto, algumas pessoas têm maior risco de desenvolvê-lo do que outras. Um dos principais fatores de risco é a genética. 

Assim, parentes de primeiro grau de alguém com TEI têm uma chance maior de também desenvolverem o transtorno. Ter passado por um trauma físico ou emocional, nos primeiros 20 anos de vida, também aumenta a chance da pessoa ter TEI. 

Além disso, há estudos que indicam algumas diferenças neurobiológicas em quem tem esse transtorno. Entre elas, está uma resposta mais intensa da amígdala cerebral a estímulos de raiva em comparação a pessoas sem TEI.

síndrome de hulk

O que é a síndrome de Hulk?

A síndrome de Hulk é o nome popular para o TEI. O nome faz referência ao personagem Hulk da Marvel, cujo cientista Bruce Banner se transformava quando estava com raiva ou nervoso.

Nessas explosões de raiva, Hulk agredia e destruía tudo ao seu redor. Ao final do ataque, ele retornava a sua forma humana normal. 

Algo muito parecido acontece com quem tem o Transtrno Explosivo Intermitente. O TEI recebeu esse apelido, portanto, pelas semelhanças entre o personagem e as características do transtorno.

Assim como o personagem, a pessoa com TEI também tem muita dificuldade em controlar seus impulsos e tem ataques de fúria desproporcionais à situação estressora. 

Mas quem acompanha a história, sabe que o Hulk aprende a controlar essa raiva toda. E, assim como o super-herói, quem tem TEI também pode aprender formas de lidar com essa síndrome e conter os danos! De forma a melhorar sua qualidade de vida e das pessoas ao seu redor.

Quais são os sintomas do transtorno explosivo intermitente?

O principal sintoma da Síndrome de Hulk é a falta de controle dos impulsos agressivos. Isso aparece na forma de agressões, que podem ser mais leves ou mais graves. Ambas não são feitas de forma premeditada, mas sim impulsiva. 

Na forma mais leve, as agressões verbais ou físicas são dirigidas à propriedade, animais ou indivíduos, mas não causam dano. No Transtorno Explosivo Intermitente, essas agressões precisam estar presentes duas vezes por semana em um período de três meses. 

O tipo mais grave, por sua vez, se dá por explosões ou agressões físicas que causem algum dano. Por exemplo, machucar alguém ou quebrar o vidro de um carro. Três eventos como esse devem estar presentes no período citado acima para ser considerado como TEI.

Além disso, essas explosões são desproporcionais ao estímulo estressor. Assim, um atraso de um pedido no restaurante, por exemplo, já pode ser o suficiente para causar um ataque de raiva.  As explosões, em geral, têm um início abrupto e duram 30 minutos em média. 

Além dessas características, a pessoa com TEI também pode apresentar como sintoma:

  • Batimentos cardíacos acelerados
  • Tremores e suor 
  • Tensão muscular 
  • Culpa e frustração após o fim da explosão 
  • Enxaquecas
  • Impaciência

Como diagnosticar TEI

Para diagnosticar o TEI, é necessário que as características descritas acima estejam presentes. Além disso, só é possível realizar esse diagnóstico em pessoas acima de 6 anos de idade.

Sendo que, esse diagnóstico, deve ser feito por um profissional da saúde mental, como um psicólogo ou um psiquiatra.

Em geral, o início dos comportamentos agressivos e impulsivos ocorre na fase final da infância ou na adolescência. Por fim, tem um curso crônico. Ou seja, seus sintomas são persistentes e permanecem por muitos anos caso não sejam tratados. 

Qual o tratamento para transtorno explosivo intermitente?

Quando há suspeita de TEI, é vital que a pessoa busque tratamento com um psicólogo e/ou um psiquiatra.

Dessa forma, será possível  diminuir os impactos que o transtorno causa em sua vida. O tratamento para o TEI, em geral, é realizado de forma combinada: terapia e medicação — sendo que todos os remédios devem ser receitados pelo médico psiquiatra. 

A terapia é essencial para pessoas com TEI, pois ajuda no desenvolvimento de novas habilidades para lidar com os impulsos agressivos. 

A pessoa aprende, então, a identificar as situações estressoras que desencadeiam suas explosões e novas estratégias de enfrentamento que não são as ações por impulso.

Além disso, também pode ser importante o uso de remédios. Para o TEI, os mais usados são os estabilizadores de humor e os antidepressivos. Seguindo o tratamento de forma correta, o TEI pode ser controlado. 

Além das explosões em si, a terapia também pode ajudar a diminuir o prejuízo provocado pelo transtorno e, por consequência, melhorar a qualidade de vida do paciente. 

Por fim, é importante dizer que não há uma cura do TEI. Ou seja, o TEI fica sob controle com o tratamento, mas é possível que haja novas explosões. Em geral, no entanto, elas são menos graves do que antes do tratamento. 

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Como lidar com alguém que tem TEI?

Não é nada fácil lidar com ataques de raiva. Assim, conviver com alguém com TEI pode ser bem difícil. Caso esse seja o seu caso,  há algumas dicas que podem facilitar sua vida. 

A primeira delas é ter paciência. Ao saber que está lidando com alguém com TEI, ter paciência é essencial para não retrucar a qualquer provocação, pois uma mínima desavença pode ser gatilho para uma explosão de raiva. 

Assim, a segunda dica pode ajudar muito na comunicação com alguém com TEI: usar comunicação não-violenta (CNV) para comunicar suas necessidades. Essa forma de comunicação tem como base a empatia e a observação livre de julgamentos.

Por fim, é essencial ajudar na busca de tratamento psicológico para o TEI. Isso pode ser uma tarefa difícil. No entanto, é muito importante ajudar a pessoa a perceber o prejuízo que o TEI está causando e como o tratamento pode melhorar sua qualidade de vida.

sede da Eurekka

A Eurekka te ajuda a lidar com o TEI

Se você se identificou com as características da Síndrome de Hulk, não deixe isso de lado. A terapia pode ajudar você a controlar melhor seus impulsos e, assim, não explodir em momentos de raiva.

Afinal, não seria bom sentir que você está no controle da situação?

E é para auxiliar você que Eurekka tem um time de psicólogos de alta qualidade, prontos para atender você. Essa é a chance que você precisa para ter mais autocontrole e aprender a lidar com a sua raiva de uma vez por todas, dando um passo de cada vez e mudando pequenas ações no dia a dia.

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