Transtorno Disfórico Pré-Menstrual: como identificar e tratar
Equipe Eurekka
Para muitas mulheres, a chegada do período menstrual não é apenas uma questão física, mas também uma jornada emocional complexa e desafiadora. Isso porque, o TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual), um distúrbio pouco conhecido, pode intensificar essas experiências, afetando a qualidade de vida e o bem-estar.
Por isso, no texto de hoje, vamos explicar o que é o TDPM, quais são seus sintomas e como é feito o diagnóstico. Além disso, vamos mostrar como lidar com esse transtorno e ter mais qualidade de vida.
Boa leitura!
Índice
O que é Transtorno disfórico pré-menstrual?
O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma condição de saúde mental que afeta algumas mulheres no período que antecede a menstruação e diminuem após o período menstrual.
Ele causa sintomas emocionais e físicos intensos, como alterações de humor, irritabilidade, ansiedade e fadiga. Portanto, é considerado mais grave que a TPM comum e pode interferir na rotina e na qualidade de vida da mulher.
Sintomas de transtorno disfórico pré-menstrual
Os sintomas do transtorno disfórico pré-menstrual são bem parecidos com os sintomas da TPM. Contudo, no TDPM, as sensação são bem mais intensas e difíceis de lidar.
Alguns sintomas emocionais comuns são:
- irritabilidade;
- desânimo;
- tristeza;
- falta de esperança;
- ansiedade acentuada;
- insônia ou hipersonia;
- aumento do apetite;
- desejo por alimentos específicos;
- dificuldade de concentração;
- isolamento social;
- mau-humor;
- raiva;
- crises de choro.
Além disso, alguns sintomas físicos também podem ser sentidos, tais como:
- inchaço abdominal;
- dores de cabeça;
- cansaço;
- dor nos músculos ou articulações;
- dor lombar;
- seios doloridos.
O que causa o transtorno disfórico pré-menstrual?
Não se sabe ao certo o que causa o transtorno disfórico pré-menstrual. No entanto, os sintomas intensos da TDPM se relacionam com flutuações hormonais que ocorrem nessa fase do ciclo menstrual.,
Os níveis de hormônios que mais se alteram nesse período são o estrogênio e a progesterona. Sendo que suas mudanças podem influenciar na atividade cerebral, fazendo com que os neurotransmissores tenham maior dificuldade em absorver a serotonina, que regula o humor, sono, apetite, ansiedade, libido, ritmo cardíaco, etc.
Assim, acredita-se que as mulheres com TDPM tenham mais dificuldade em lidar com essas oscilações de hormônios e sejam mais sensíveis à falta da atuação da serotonina no cérebro.
Qual é a diferença entre TPM e TDPM?
Apenas de ter apenas uma letra de diferença, os dois são casos bem diferentes. A TPM (tensão pré-menstrual) pode trazer sintomas incômodos para a mulher nessa fase pós-ovulatória. Contudo, ela ainda consegue realizar as atividades gerais do dia a dia.
Já o TDPM é um caso mais grave, tanto que é reconhecido no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) como um transtorno. Assim, os sintomas são bem fortes, marcados por humor depressivo intenso ou ansiedade, grandes alterações de humor e crises de choro. Aqui, podem ocorrer até mesmo ideações suicidas.
Assim, na TDPM, a rotina da mulher se altera muito, e ela se sente incapacitada para realizar as atividades comuns do dia a dia. Tanto, que muitas vezes ela pode ser confundida com crises depressivas ou de ansiedade.
Saiba mais: Como o ciclo menstrual afeta o ânimo
Como saber se você tem TDPM?
O diagnóstico do transtorno disfórico pré-menstrual pode ser difícil, afinal ele se confunde com vários outros transtornos mentais e outros problemas de saúde. Por isso, para saber se você tem TDPM, é crucial avaliar a frequência com que os sintomas ocorrem.
Para ser considerado TDPM, eles precisam acontecer sempre em torno de uma semana antes da menstruação, e cessarem de forma parcial ou completa após o período menstrual. Verificar se essa frequência se cumpre ou não pode ajudar a descartar o diagnóstico de outros transtornos depressivos, por exemplo.
Além disso, questões da saúde física também precisam ser descartadas, como deficiência de vitaminas, problemas na tireóide e doenças no sistema reprodutivo, como endometriose.
Tratamentos para transtorno disfórico pré-menstrual
Em geral, há duas formas conhecidas hoje para se tratar o transtorno disfórico pré-menstrual. O primeiro deles é com o uso de antidepressivos, e a outra forma seria com o uso de anticoncepcionais. Em alguns casos, é possível combinar os dois.
No caso do uso de antidepressivos, em geral, as melhores opções são aquelas que inibem a recaptação de serotonina, chamados ISRS. Isso porque eles fazem com que a serotonina fique disponível em maior quantidade no cérebro, e assim, é possível combater os sintomas depressivos dessa fase.
Já o uso de anticoncepcionais pode ser uma recomendação, pois eles impedem a ovulação da mulher. Assim, os sintomas pré-menstruais acabam não ocorrendo, pois as flutuações hormonais não acontecem.
Além desses dois tipos de medicamentos, é vital também manter hábitos saudáveis para regular o funcionamento do corpo. Portanto, busque sempre manter uma boa higiene do sono, uma alimentação saudável e uma rotina de exercícios físicos. Dessa forma, tanto os sintomas mentais quanto físicos também podem ser aliviados.
E por fim, a psicoterapia pode ajudar a mulher a entender melhor seus sentimentos e emoções nessa fase, e a aprender a lidar com eles de forma mais tranquila.
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Sentir um grande desânimo e sintomas que atrapalham a sua rotina não é normal. Assim, como já dissemos ao longo do texto, buscar um especialista nessas horas é vital.
Só um psiquiatra pode fazer o diagnóstico preciso desse tipo de transtorno, além de orientar sobre o tratamento correto para cada caso. Então, caso você tenha se identificado com os sintomas do Transtorno Disfórico Pré-menstrual, marque sua consulta o quanto antes!
E para não ocorrer o risco de se consultar com algum profissional que apenas faça um diagnóstico generalizado e que prescreva um medicamento qualquer, sem ter o cuidado de te explicar o seu caso e responder todas as suas dúvidas, consulte com um dos psiquiatras da Eurekka.
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