10 tipos de Transtorno de Personalidade e como identificar
Eurekka Psicólogos
Você já deve ter ouvido falar sobre transtorno de personalidade. Mas você sabia que há 10 tipos, e que eles são muito diferentes uns dos outros?
Cada pessoa é diferente e tem um jeito próprio de ser, pensar, sentir e se comportar. Isso tudo faz parte do que chamamos de personalidade. E os transtornos de personalidade ocorrem quando esses traços de personalidade são muito inflexíveis ou mal ajustáveis.
Neste texto, você vai entender quais são os tipos de transtornos de personalidade e como fazer o diagnóstico deles. Além disso, vai aprender como funciona a mente de uma pessoa que tem algum dos 10 transtornos, seus sintomas e características. Por fim, vai saber como funciona o tratamento de alguém que sofre com o distúrbio.
Boa leitura!
Índice
Tipos de Transtornos de Personalidade e sintomas
Embora seja comum perceber traços de si mesmo em alguns deles, quem tem mesmo o diagnóstico, tem a maior parte dos sinais de um transtorno específico.
De fato, os transtornos de personalidade se mostram de formas muito diferentes. O grupo A tem três tipos com a fama de parecerem estranhos; o grupo B, por sua vez, tem quatro tipos que dão a sensação de serem dramáticos demais, emocionais demais. Por fim, o grupo C tem mais três tipos ansiosos. Então, os dez tipos são:
Transtorno de Personalidade Paranoide
Em primeiro lugar, uma pessoa com essa personalidade tende a se sentir perseguida e achar que todos estão contra ela. É aquela pessoa que liga demais para brigas e que acredita que tudo é com ela. Por isso, é muito desconfiada e pode acabar sendo hostil ou se afastar, do ponto de vista emocional.
Ela têm um medo muito grande de ser desprezada e costuma interpretar mal as outras pessoas, sempre achando que as pessoas são maldosas. Assim, se avalia em excesso para evitar situações de rejeição, têm modos de agir mais rígidos e não muito espontâneos.
Transtorno de Personalidade Esquizoide
A principal característica da personalidade esquizoide é o afastamento emocional. Não demonstram interesse em relações sociais como amizades, afetos e relações amorosas. Têm uma grande dificuldade tanto em construir relações, quanto em expressar as suas próprias emoções.
Essa pessoa é indiferente a elogios e críticas e, além disso, preferem atividades solitárias. Ademais, é insensível a certas normas sociais, como o respeito aos mais velhos e a pessoas que estão em luto.
Transtorno de Personalidade Esquizotípica
A principal característica da personalidade esquizotípica é a excentricidade, ou seja, modos de agir que são diferentes das normas sociais e considerados esquisitos. Assim, podem ter ilusões, pensamentos e falas supersticiosas. Além disso, se preocupam demais com fenômenos paranormais ou pensam que têm poderes, como o de pressentir coisas que vão ocorrer ou ler pensamentos.
Além disso, interagem com outras pessoas de maneira inadequada, tem poucos amigos e sentem muita ansiedade no convívio social. Também preferem ficar sozinhos pois sentem que não se encaixam com o resto das pessoas.
Transtorno de Personalidade Antissocial
São pessoas que não reconhecem os sentimentos e necessidades das outras pessoas. Tem um pensamento egocêntrico, onde as suas próprias necessidades vêm acima de tudo. Por isso, não se importam em agir de forma irresponsável na área emocional ou legal.
Tendem a enganar as outras pessoas para conseguir o que querem. Muitas vezes, têm problemas com a lei, já que acreditam que ela não deveria se aplicar a eles. Têm, também, baixa tolerância à frustração e se tornam agressivos e violentos bem rápido. Além de não serem capazes de assumir a culpa das coisas que fazem errado, não aprendem com punições.
Transtorno de Personalidade Borderline
A grande característica desse transtorno é a instabilidade emocional. São pessoas que te amam em um momento, e logo após te odeiam. Ademais, têm emoções muito voláteis e muito intensas.
Por isso, acabam criando relações instáveis e intensas. Além de poder experienciar explosões emocionais extremas, modos de agir autodestrutivos e um sentimento crônico de vazio.
Em suma, pelos modos de agir impulsivos, acabam tendo dívidas ou abusam do álcool e de outras drogas. Apresentam muitas dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu comportamento sexual e de sua carreira profissional.
Para saber mais sobre o Transtorno de Personalidade Borderline, leia: Borderline: o que é, sintomas, tipos e tratamentos
Transtorno de Personalidade Histriônica
A principal característica desse transtorno é a busca por atenção. Essas pessoas sentem uma necessidade extrema de chamar a atenção para si, seja essa atenção “boa” ou “ruim”. Tem meios imaturos de lidar com o ambiente em que está e com outras pessoas.
Podem acabar sendo muito sexualizados e usar o seu corpo para conseguir aprovação. São sedutores, manipuladores e exibicionistas e buscam sempre elogios, aprovações e reafirmações dos outros.
Transtorno de Personalidade Narcisista
Essas pessoas costumam ter uma autoestima desregulada e muito frágil. Por isso, sentem que precisam se afirmar sempre e agem como se fossem superiores a todas as outras pessoas. Com isso, tentam convencer todo mundo disso e convencer a si mesmas também.
Não só costumam ter pouca empatia, como também se preocupam sempre com fantasias de sucesso ilimitado, poder, inteligência, beleza e amor ideal. Em suma, aumentam as suas conquistas e sempre se gabam de si mesmas.
Transtorno de Personalidade Dependente
A característica vital do transtorno da personalidade dependente é uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado.
A consequência disso são modos de agir de submissão, apego e a temores de separação. Este padrão surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos.
São pessoas que acham muito difícil tomar decisões cotidianas sem uma quantia excessiva de conselhos e sem ter outras pessoas dando segurança. Precisam que os outros assumam responsabilidade pela maior parte das áreas de sua vida. Aliás, tem muita dificuldade em manifestar desacordo com os outros por medo de perder apoio e aprovação.
Assim como podem ter muita dificuldade de iniciar projetos e fazer coisas novas por conta própria, pois tem falta de confiança nos seu julgamento. Não só podem ir a extremos para obter carinho e apoio dos outros, como também podem ir a ponto de se voluntariar para fazer coisas desagradáveis.
Transtorno de Personalidade Evitativa
Aqui, a principal característica é um padrão generalizado de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliações negativas. Uma pessoa com esse transtorno costuma evitar atividades profissionais que envolvam muito contato interpessoal por medo da crítica, desaprovação ou rejeição.
Se envolve na área social só quando tem certeza que será recebido de uma forma positiva. Também fica muito fechado em relações íntimas por medo de passar vergonha ou ser ridicularizado, além de ser muito inibido em relações sociais novas.
Essa pessoa se enxerga como incapaz na área social, sem qualidades pessoais e inferior aos outros. Além disso, reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em quaisquer novas atividades, pois essas podem ser constrangedoras.
Transtorno da Personalidade Obsessiva (ou Obsessiva-Compulsiva)
A principal característica da personalidade obsessiva-compulsiva é uma preocupação com ordem, perfeccionismo, controle mental e interpessoal a custas de flexibilidade, abertura e eficiência. A pessoa se preocupa tanto com detalhes, regras, listas, ordem, organização e horários que o objetivo principal da atividade é perdido.
Ela tem um perfeccionismo que atrapalha nas tarefas. Por exemplo: não consegue completar um projeto pois seus padrões próprios não são atingidos. Costuma ser dedicado demais ao trabalho e a produtividade, sem se importar muito com atividades de lazer e amizades.
É muito inflexível, também, quando se trata de moral, valor e éticas. Além disso, é incapaz de descartar objetos usados ou sem valor, mesmo quando não tem um valor sentimental. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas, a menos que elas se submetam a sua forma exata de fazer as coisas e adota um estilo miserável de gastos em relação a si mesmo e aos outros.
Como diagnosticar os Transtornos de Personalidade
Os diagnósticos podem ser feitos por psicólogos, psiquiatras, neurologistas e clínicos gerais. Em geral, o especialista analisa a forma como a pessoa se enxerga, sua percepção de mundo e o modo como ela se relaciona com os outros.
Eles levantam de forma geral as suas características e avaliam se elas se encaixam com os sintomas dos transtornos de personalidade. Além disso, consideram características genéticas, familiares, histórico médico e gravidade dos sintomas.
A pessoa deve exibir um padrão persistente de comportamento que se desvia muito das expectativas da cultura dela. O padrão se manifesta no controle de impulsos, na área interpessoal e na cognição. Ou seja, nas formas de perceber e interpretar a si mesmo ou outras pessoas e eventos.
Os padrões que a pessoa tem são consistentes, imprevisíveis e causam sofrimento na saúde mental e nas relações interpessoais, profissionais e em outras áreas vitais da vida. São estáveis e surgem pelo menos a partir da adolescência, ou no início da fase adulta.
Os pensamentos e modos de agir das pessoas com o transtorno de personalidade não devem ser explicados por outro transtorno mental ou efeitos de uso de uma substância, como álcool ou drogas ilícitas. Ainda, amigos e familiares podem ajudar a identificar os padrões de comportamentos desajustados e incentivar a procura de ajuda profissional.
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Tratamentos para Transtornos de Personalidade
A melhor forma de tratar esses casos é a junção da psicoterapia com medicamentos. Alguns transtornos melhoram com a idade, mas quanto mais cedo se começa a tratar a situação com terapia e os remédios, melhor é o resultado.
Não se espera que a pessoa fique “curada” do transtorno, pois é algo muito enraizado. O objetivo é melhorar a sua qualidade de vida, ajudar ela a se adaptar ao seu cotidiano e reduzir os prejuízos que o transtorno causa.
Tratamento com medicamentos
Só um médico pode indicar se o uso de remédios é mesmo benéfico para certo tipo de transtorno e em qual quantidade certa. Por isso, é muito importante que, enquanto se trata, a pessoa siga do jeito certo as prescrições e doses recomendadas pelo profissional. Além de nunca se automedicar ou parar de fazer uso sem consultar o médico antes.
Tratamento com terapia
A principal forma de tratar os transtornos de personalidade é a terapia, pois cada transtorno costuma ter uma abordagem diferenciada e mais personalizada para tratar estes casos.
O objetivo geral é ajudar as pessoas a desenvolverem maneiras mais eficazes e saudáveis de controlar as suas emoções e lidar melhor com dificuldades e com o sofrimento. Além disso, visa ajudar a família e amigos da pessoa, que acabam sendo afetados por tabela, a saber melhor o que esperar e como lidar.
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