Tudo sobre o Transtorno de Processamento Auditivo (TPAC)
Brenda de Castro Igino
A audição é um dos 5 sentidos e está ligada ao desenvolver da linguagem e da cognição. Para que isso ocorra, é vital ter boas vias auditivas periféricas e as centrais. Contudo, quando isso não ocorre, temos o TPAC (Transtorno de Processamento Auditivo Central).
Então, nesse texto, você vai saber mais sobre este transtorno, causas, sintomas e como ter o diagnóstico. Além disso, vamos falar também sobre como tratar o TPAC e que doenças que você pode4 confundir com o transtorno. Boa leitura!
Índice
O que é o transtorno do processamento auditivo?
Processamento auditivo central é o termo que se usa para falar do caminho do som no ouvido. Portanto, o TPAC é um transtorno funcional da audição. Nele, a pessoa ouve os sons como todo mundo, mas é mais difícil entender esses sons.
Assim, o TPAC atrapalha para ouvir, entender a fala e melhorar a linguística. Por isso, torna mais difícil aprender o que a escola pede.
Os sistemas auditivos periférico e central gerenciam a memória e o processamento auditivo. Então, leva para outros locais do cérebro, onde as áreas vão entender e interpretar.
TPAC é autismo?
Usa-se o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para falar de várias condições, que têm 3 características vitais. Elas podem surgir de forma única ou ligadas. São elas: a dificuldade de se comunicar, pela falta de domínio da linguagem e por não conseguir imaginar para lidar com jogos simbólicos; dificuldade de socializar e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
O TPAC pode surgir em pacientes com autismo, assim como a TDAH, a dislexia e algumas doenças neurológicas. Além disso, algumas sinais dos dois transtornos se parecem.
TPAC é dislexia?
A dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem. Além disso, tem origem neurobiológica e torna difícil interpretar o estímulo escrito ou símbolo gráfico.
Por isso, o transtorno pode atrapalhar a pessoa na hora de aprender, ler e escrever. Assim, pacientes com dislexia podem ter o TPAC. Ademais, os sintomas dos dois podem se sobrepor.
O que causa o transtorno do processamento auditivo?
Podem ser várias as causas do TPAC estão: otites de repetição na primeira infância, pequenas lesões na via de condução, privação sensorial, mudanças neurológicas, problemas desde a gestação, déficit cognitivos, transtornos de aprendizagem e TDAH.
Principais comportamentos do aluno com distúrbio do processamento auditivo em sala de aula
- Pede que repita o que disse ou usa as expressões: Hã? O quê? Como?
- Déficit para ouvir a conversa quando há ruído. Por exemplo: não conseguir entender o professor se houver barulho de ventilador ou colegas conversando na sala de aula.
- Queixas de desconforto em ambientes com barulho
- Trocas de letras na fala e/ou escrita
- Déficit de compreensão
- Baixo desempenho escolar
- Agitação e inquietude
- Dificuldade em organizar o que pensa
- Desatenção
- Dificuldade em cumprir regras
Como tratar distúrbio do processamento auditivo?
Para tratar essa condição, a pessoa deve contar com uma equipe multiprofissional. Além disso, é vital envolver a família e escola para que, assim, o paciente tenha uma melhor experiência acadêmica e interpessoal.
Terapia de processamento
A Terapia fonoaudiológica reabilita as habilidades auditivas mudadas, diagnosticadas no exame do processamento auditivo central (feito pelo fonoaudiólogo especializado nessa terapia).
Além disso, é capaz de desenvolver essas áreas auditivas que tinham mudanças e contribuir para a melhora da aprendizagem, habilidades auditivas e qualidade de vida desse paciente.
É vital que essa terapia seja feita com um fonoaudiólogo que conheça esse tipo de reabilitação.
Intervenção psicopedagógica
É importante que a escola se envolva no processo de aprendizagem dos seus alunos. Ela pode tomar algumas medidas simples para melhorar a experiência de alunos com TPAC, como:
- Atrair a atenção do aluno antes de começar a falar;
- Colocar o aluno em um bom lugar na sala de aula, próximo ao professor, de preferência nas primeiras carteiras centrais;
- Uso de exemplos práticos, de recursos visuais, auditivos e táteis, antes de pedir para fazer uma atividade;
- O professor deve ter certeza de que esse aluno entendeu os passos de execução, repetindo e reformulando a informação se for preciso;
- Evitar ruídos competitivos, ao manter janelas e portas fechadas, afastar o aluno do ventilador, do ar-condicionado e de colegas que conversem mais;
- Fazer mais intervalos entre as atividades para evitar fadiga auditiva, pode ser melhor dar mais tempo para desenvolver atividades;
- Uso de post-it para marcar o que deve fazer ou estudar para provas;
- Acesso ao conteúdo das aulas antes da aula, para se familiarizar com conceitos e novas palavras.
Treinamento auditivo para transtorno do processamento auditivo
É um programa que usa técnicas feitas para pacientes com TPAC. Para tanto, é vital enumerar as habilidades mudadas de acordo com o desenvolvimento auditivo normal.
São elas: detecção, sensação, discriminação, localização, reconhecimento, compreensão e memória. Ademais, dentro de cada etapa se trabalham todas essas habilidades auditivas, de acordo com o que o paciente precisa.
Sempre se trabalha a atenção (focalizada e seletiva) e a memória, por causa de sua importância, junto às outras habilidades. Além disso, trabalham sons verbais e não verbais, a fim de melhorar mecanismos fisiológicos. Eles são vitais para várias habilidades auditivas.
Nesse treinamento, se respeita a complexidade de tarefas dentro de cada habilidade auditiva. Ou seja, inicia-se com tarefas mais fáceis e, conforme o paciente for progredindo, a dificuldade aumenta, até que alcance 70% ou mais. Acertos inferiores a 30% mostram que é melhor deixar as atividades mais fáceis.
Exercícios para DPAC/TPAC
É bom um fonoaudiólogo com experiência em reabilitação em habilidades auditivas acompanhar e fazer o exame de processamento auditivo. Isso é vital para a orientação sobre quais exercícios são os mais adequados para cada paciente.
O médico pode orientar e recomendar exercícios para a família fazer em casa. Cada paciente é particular, por isso, a experiência do profissional tem que saber definir quais exercícios são melhores.
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