Os 8 tipos de ansiedade segundo o DSM

Equipe Eurekka

O termo ansiedade está sendo mais usado que nunca. Todos nós já ouvimos alguém dizendo que tem ansiedade. Ou você mesmo talvez esteja sofrendo com os sintomas ansiosos. Mas, hoje, eu quero te mostrar que existem diferentes tipos de ansiedade, sendo muito importante saber identificar a diferença entre eles.

Para isso, este texto vai seguir as diretrizes do DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), que é o guia que todos os profissionais da saúde mental usam para identificar e tratar transtornos.

Então, vamos lá? 

Quais são os tipos de ansiedade?

Confira abaixo cada tipo de ansiedade determinado pelo DSM e veja se algum é familiar para você. 

Transtorno de Ansiedade de Separação

O Transtorno de Ansiedade de Separação é caracterizado pelo sofrimento intenso e desproporcional causado pela separação de alguém querido

Nesse caso, pode ser uma mãe que está lidando com a saída dos filhos de casa ou até mesmo uma criança que não consegue se afastar dos pais para ir à escola, por exemplo. 

Tal sofrimento é tão grande que além da dor emocional, também podem ocorrer dores físicas, mudanças no sono e até mesmo na alimentação. 

Mutismo Seletivo

O Mutismo Seletivo está dentro da esfera da ansiedade social, que é quando a pessoa tem dificuldade em falar em certos ambientes e situações específicas.

Nesse caso, não há nenhum problema relacionado ao físico e ao desenvolvimento da linguagem. Ou seja, a pessoa só não interage por causa da ansiedade. 

Não há uma causa exata para esse tipo de ansiedade, mas quem apresenta o mutismo seletivo costuma ter passado por alguma situação traumática, negativa e/ou um ambiente familiar muito autoritário.

Por fim, vale lembrar que esse transtorno está essencialmente relacionado à infância e não a adultos. 

Saiba mais: ansiedade infantil 

Fobia Específica

Para falarmos de fobia, primeiro precisamos falar sobre o medo.

O medo é uma emoção natural que tem como função nos proteger dos perigos ao nosso redor. Porém, quando esse medo é desproporcional ao perigo real e é também incapacitante, nós o chamamos de fobia.

Então, a fobia específica é um medo irracional que a pessoa tem de algo, de forma que esse medo a impede de frequentar certos lugares, causa reações físicas desagradáveis e sofrimento emocional intenso. 

Alguns exemplos são:

  • Claustrofobia (medo exagerado de lugares apertados) 
  • Acrofobia (medo exagerado de lugares alto)
  • Tanatofobia (medo exagerado de morrer)

Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)

Agora que já definimos a fobia fica mais fácil entender esse tipo de ansiedade, certo? 

O Transtorno de Ansiedade Social é caracterizado pelo medo excessivo da exposição. Ou seja, sempre que está perto dos outros, a pessoa sente pavor de parecer ridícula, de falar bobagens, de fracassar, de não atender às expectativas e tudo o mais que envolve interação. 

A pessoa que sofre com a fobia social pode sentir o coração acelerado, a boca seca, pânico, tensão muscular e suor só de pensar na ideia de falar com alguém que ela tem interesse, por exemplo. 

Transtorno de Pânico

Esse transtorno é caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados, sendo esse ataque de pânico um surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico muito grande em apenas alguns minutos.

E por serem recorrentes, é comum que a pessoa comece a ter medo de ter ataques de pânico, de forma que ela começa evitar ir em certos lugares ou realizar certas atividades.

Assim, ela fica ainda mais desacostumada com essas situações e corre ainda mais risco de ter ataques de pânico quando se expor a elas, gerando um ciclo de ansiedade cada vez maior.

Saiba mais sobre o Transtorno de Pânico aqui

Agorafobia

Ainda de acordo com a classificação do DSM dos tipos de ansiedade, a Agorafobia é caracterizada pelo medo ou ansiedade marcantes acerca de duas ou mais das seguintes situações:

  • Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões). 
  • Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados, pontes). 
  • Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas). 
  • Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão. 
  • Sair de casa sozinho.

Dessa forma, a pessoa sente medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que a ajuda pode não estar disponível no caso de ela ter sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores. 

Transtorno de Ansiedade Generalizada

Diferente dos outros tipos de ansiedade citados acima, o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) não está relacionado com uma situação ou um lugar em específico.

Isso porque a pessoa que tem esse transtorno sente ansiedade e preocupação excessivas com diversos eventos relacionados ao futuro, de forma que ela tem dificuldade em controlar os pensamentos ansiosos na maior parte do tempo.

Assim, ela está quase sempre inquieta, com dificuldades de concentração, irritada, tensa e até mesmo com perturbações no sono. 

Mas vale ressaltar que o TAG não é uma mera animação ou planejamento, mas algo que causa extremo sofrimento emocional e até mesmo físico, uma vez que a pessoa está sempre muito preocupada com os possíveis cenários futuros. 

Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento

Por fim, também pode ser que a pessoa desenvolva um transtorno de ansiedade por conta da ingestão errada de medicamentos ou da ingestão de outras substâncias, como:

E outros estimulantes, hipnóticos e sedativos. 

Como é feito o diagnóstico para cada tipo de ansiedade?

Todos os tipos de ansiedade só podem ser diagnosticados por um profissional da saúde mental, como um psiquiatra, psicólogo ou, em alguns casos, um neurologista. 

Para isso, o profissional irá conversar com o paciente sobre os sintomas, estilo de vida, histórico médico e outras questões que sejam relevantes para o caso. Além disso, pode ser que ele peça exames para excluir outras possibilidades, como doenças ou falta de vitaminas.

Assim, usando o DSM e outros materiais diagnósticos, o profissional irá analisar os sintomas e dar o diagnóstico correto.

Mas vale lembrar que para isso, geralmente, é necessário mais de uma consulta e uma análise detalhada, pois dificilmente é possível dar um diagnóstico certeiro em apenas um momento isolado. 

E quais são os tratamentos para os diferentes tipos de ansiedade?

Na maioria dos casos o tratamento é feito com um psicólogo e um psiquiatra. 

O psicólogo irá ajudar a pessoa a lidar com os fatores emocionais e comportamentais ligados ao transtorno, como, por exemplo, criar hábitos que ajudem a combater a ansiedade e lidar com pensamentos disfuncionais.

Enquanto o psiquiatra irá tratar da parte orgânica, como equilíbrio das substâncias necessárias para o bem-estar. Incluindo o uso de medicamentos.

É comum que haja um receio em começar o uso de remédios para ansiedade, mas na verdade os ansiolíticos servem para equilibrar a química do corpo para que o paciente realize as ações que realmente vão curá-lo, como sair de casa novamente. 

Assim, com o tempo e com o tratamento correto, o paciente irá diminuir o uso dos medicamentos até parar totalmente. Exceto em casos mais extremos em que é necessário fazer o uso contínuo. 

Ou seja, para todos os tipos de ansiedade o tratamento correto é uma junção de: hábitos mais saudáveis + acompanhamento correto.

Então, se você tem lutado contra a ansiedade tóxica e quer quebrar esse ciclo de vez, peça ajuda de quem sabe o que fazer.

Clique aqui embaixo e marque sua consulta online com um dos psiquiatras da Eurekka.

Este artigo te ajudou?

0 / 3 0

Equipe Eurekka

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *