The Crown e a princesa Diana: 3 aspectos psicológicos

Equipe Eurekka

Baseada nos eventos políticos e pessoais do reinado da Rainha Elizabeth II, essa série da Netflix tem feito sucesso desde o seu lançamento em 2016. Mas, neste texto, queremos chamar atenção para a relação entre The Crown e a princesa Diana.

Sendo ela uma das figuras mais queridas e emblemáticas da Inglaterra, a princesa Diana se mostra uma figura complexa na realidade e na série, nos trazendo muitas questões para se pensar.

Então, vem com a gente mergulhar nessa história e descobrir o que a psicologia tem a dizer sobre o assunto.

Boa leitura!

Quem foi a princesa Diana?

Diana nasceu em 1º de junho de 1961 em Park House, na Inglaterra. Sua família fazia parte da aristocracia inglesa, sendo que seu pai tinha o título de Conde, por isso ela se tornou Lady Diana. 

Apesar da riqueza de sua famíla, ela chegou a trabalhar como professora, faxineira e babá.

Em 1978, Diana e sua irmã Sarah foram convidadas para o aniversário do Príncipe Charles, o que resultou na aproximação dos dois e em um romance.

Charles pediu Diana em casamento em 6 de fevereiro de 1981 e eles se casaram em 29 de julho do mesmo ano.

Os dois tiveram dois filhos, Willian e Harry. Porém, o casamento não foi um conto de fadas. Isso porque haviam muitos rumores de casos extraconjugais, principalmente de Charles com Camila, uma ex-namorada do príncipe.

Por fim, os dois se separaram em 1992. 

Mas, para além de sua vida pessoal, Diana realizou grandes feitos humanitários que precisam ser lembrados.

Ela foi uma das primeiras pessoas públicas a visitar e apertar a mão de pacientes com HIV, o que ajudou muito na luta contra o preconceito contra aqueles que eram soropositivos. 

Em 1997, ela caminhou por um campo minado em Angola, chamando a atenção para os perigos das minas terrestres que afligiam os moradores do local.

Além disso, ela foi madrinha de diversas instituições sociais e apoiava muitas organizações de caridade

A Princesa Diana até mesmo realizou atos que eram reprováveis para a família real, como se abaixar e pegar os filhos no colo para falar com eles em tom de igualdade.

Todas essas ações a fizeram ser conhecida como “princesa do povo”. 

princesa Diana
Princesa Diana | Reprodução

The Crown e a princesa Diana

Agora que você já conheceu um pouco da história real, vamos mostrar 3 considerações da psicologia a respeito de The Crown e a princesa Diana.

1. A pressão social

Ser uma figura pública não é nada fácil, e isso só se torna mais complexo quando você faz parte da família real britânica. 

Na série, podemos ver como é difícil para a princesa Diana não poder responder apenas por ela mesma, mas sim por todo um governo. Afinal, ela representava parte da família real e, em muitos momentos, sentia o peso de carregar essa imagem e não poder ser apenas ela mesma.

Além disso, podemos ver como a mídia tem grandes efeitos na saúde mental. 

Infelizmente, quando alguém é uma figura pública, é como se ela não tivesse mais sentimentos e nem precisasse de privacidade. Assim, muitas vezes, a princesa Diana se via sobrecarregada e julgada pelas milhares de câmeras apontadas para ela. 

E essa situação pode acabar criando uma bola de neve emocional, situações de estresse, ansiedade e outros transtornos, como veremos a seguir.

2. A bulimia 

Na quarta temporada de The Crown, vemos a luta da princesa Diana contra a bulimia, um transtorno alimentar caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos e depois a forte vontade de expulsar do corpo tudo que foi ingerido. 

E, tanto na série quanto na vida real, sabemos que Diana sofreu com problemas na família, já que seus pais se separaram quando ela era muito nova e, depois, ela enfrentou toda a pressão de fazer parte da realeza, que tinha expectativas rigorosas quanto à sua aparência e modo de agir. 

Assim, podemos apontar esses dois fatores como possíveis contribuintes e agravantes da bulimia.

Em entrevista para a BBC, em 1995, ela disse: 

 Tive bulimia por vários anos. E é como uma doença secreta. Você inflige isso a si mesmo porque sua autoestima está em baixa e você não acha que é digno ou valioso. Você enche o estômago quatro ou cinco vezes por dia, alguns o fazem mais, e isso lhe dá uma sensação de conforto. É como ter um par de braços ao seu redor, mas é temporário. Então você fica enojado com o inchaço de seu estômago e traz tudo à tona novamente. É um padrão repetitivo, que é muito destrutivo.

3. O luto

Na sexta temporada, que é a última da série, chegamos ao ponto da história que retrata a triste morte de Diana, juntamente com seu namorado Dodi Al-Fayed e o motorista.

O acidente aconteceu em Paris enquanto eles fugiam dos paparazzi que os perseguiam de motocicletas. O carro bateu em alta velocidade em uma coluna no túnel da Ponte de l’Alma.

E, na série, podemos ver como o luto se manifesta de maneira diferente para cada uma das pessoas envolvidas, como Charles, os filhos de Diana e a própria rainha. 

Porém, a série acrescenta uma dramatização mostrando o fantasma de Diana aparecendo para Charles e dizendo a ele coisas que poderiam ter sido ditas enquanto ela ainda estava viva.

E a realidade é que, ao passar pelo luto, a pessoa tende a repensar vários momentos que teve com a pessoa que se foi, se arrependendo do que deixou de fazer e até mesmo se culpando.

Assim, imaginamos que foi essa fase que a série tentou expressar: os sentimentos conflitantes, o remorso, a falta e o choque da partida.

Saiba mais sobre a psicologia e o universo cinematográfico 

Se você gosta de filmes, séries e psicologia, conheça aqui a história curiosa do filme As Horas, inspirado na misteriosa história da escritora Virgínia Woolf.

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