Suicídio: o que NÃO fazer na hora de ajudar

Depressão, Saúde mental

Já falamos aqui no blog sobre como ajudar quem está pensando em suicídio e você pode conferir o texto completo aqui. Mas saber o que não fazer em caso de suicídio também pode salvar vidas. 

Esse é um daqueles assuntos sobre os quais evitamos falar, por isso há muitas dúvidas sobre como ajudar, da maneira certa, alguém que tem ideações suicidas. Correndo o risco, assim, de tomar alguma atitude não recomendada quando o assunto é suicídio. O que pode causar danos irreparáveis.

Então, para ajudar você a estar pronto para lidar com esse tipo de situação, trouxemos dicas importantes que podem guiar você em alguma situação de suicídio.

Boa leitura!

Números de suicídios no Brasil

O suicídio é  influenciado por muitos fatores, por isso dizemos que ele é multidimensional. Problemas psíquicos, físicos, culturais, econômicos e sociais são alguns dos motivos que levam algumas pessoas a pensarem no suicídio como única solução para seus problemas.

Segundo o Centro de Valorização à Vida  (CVV), no Brasil, ocorrem, em média, 12 mil suicídios por ano, ou seja, a cada 45 minutos há uma morte por essa causa. 

Sendo que ainda existem os casos que não são notificados e as tentativas de suicídio, por isso, essa situação é mais comum do que você possa imaginar.  

Como ajudar quem pensa em sucídio? O que NÃO fazer

Se você está preocupado com alguém próximo a você, é normal que queira fazer de tudo para ajudar. Mas, por falta de conhecimento, você pode acabar tomando uma atitude errada e piorando a situação. Mesmo com uma boa intenção.

Então, confira agora o que não fazer em casos de desejos suicidas. 

Não ignore, conversar faz bem

Um erro muito comum é achar que não tocar no assunto pode minimizar a situação. Pelo contrário, falar de forma clara e sem preconceitos, pode ser uma porta de acolhimento para quem pensa que a morte é o único caminho.

Por isso, não fique passivo diante de uma mensagem suicida. Mostre que se importa e ajude a pessoa a procurar ajuda especializada. Afinal, você não deve ser o psicólogo do seu amigo, ok? Mas pode ser uma ponte que o leve até o tratamento adequado. 

Uma ótima ideia é passar o número CVV (Centro de Valorização da Vida) que é o 188. Ele tem serviço gratuito, 24 horas por dia e o atendimento é feito por voluntários treinados. Além disso, o sigilo é garantido.

Você também pode indicar a terapia frequente com um psicólogo que atende de forma presencial na sua cidade.

Outro ponto importante são as redes sociais. Caso algum amigo publique que está com vontade de sumir ou use um tom de despedida ou qualquer outro conteúdo suicida, não ignore o post. Não tenha medo de falar sobre o assunto.

 Se não souber como abordar, você pode adaptar alguns dos exemplos abaixo:

• Vi no seu Instagram que você está com vontade de ir pra bem longe e nunca mais voltar. Quer falar sobre isso?
• Notei um tom melancólico no seu último post quando você falou sobre… achei que você estava falando sobre suicídio, é isso mesmo? Quer conversar?
• Você está pensando em suicídio?

Se ela não quiser falar, respeite a decisão. Mostre que você continuará disponível. Mas sempre lembrando: não aja como um psicólogo, não tente resolver a situação sozinho. Envie o contato do CVV (188) para emergências, além de incentivar a procura de psicólogos e psiquiatras. 

Não divulgue cenas de suicídio

Nunca divulgue fotos ou vídeos com cenas de suicídio. Não compartilhe detalhes sobre a morte ou matérias sensacionalistas. Ainda mais quando se trata do suicídio de pessoas famosos, os quais são facilmente compartilhados.

Isso porque se algum fã ou alguém que se identifica com a pessoa estiver vulnerável, pode sentir-se influenciado e fazer algo parecido, por isso incentivar a busca por ajuda é sempre mais importante.

Além disso, nas situações de massacre, quando o agressor tira a própria vida, não divulgue fotos ou a identidade. A Associação Americana de Psicologia diz que a busca por fama ou reconhecimento é um dos grandes motivos para pessoas que promovem essas ações.

Ou seja, mesmo que receba de fonte segura, não compartilhe nenhum material que contenha o passo a passo do crime. Não divulgue fotos ou vídeos das pessoas mortas ou do local do crime.

Não justifique o ocorrido com ideias rasas, o momento é de guardar sua opinião para si. E por mais difícil que seja, não julgue, a família do agressor também está sofrendo e qualquer coisa dita não reverterá a situação.

Além disso, de forma alguma incite a violência ou o ódio. Esse é um momento de pensar sobre a prevenção destes casos, de criar espaços de cuidado e de pertencimento.

Não colabore com o estigma do transtorno mental

Nunca associe depressão e suicídio com loucura, crime, pecado ou falta de fé. Esses mitos, além de aumentarem o preconceito, podem fazer com que as pessoas busquem alívio para dor em lugares que não têm habilitação para tratar essa questão.  

Além disso, não faça piadas! Suicídio não tem graça. Se algum conhecido fizer alguma brincadeira de mau gosto, não ria! Caso se sinta à vontade, explique por que o assunto deve ser levado a sério.

Ajuda e rede de apoio

Falar sobre bem-estar e saúde mental, debater de forma saudável e sem preconceitos é um bom caminho. Mas nem todos se sentem seguros para fazer isso e nem precisam sentir culpa ou achar que têm alguma obrigação. Afinal, essa tarefa de previnir o suicídio é função dos profissionais da saúde mental.

Mas é possível ajudar indicando centros de ajuda, divulgando a importância da terapia e não contribuindo com falas que deslegitimam o cuidado com a saúde mental 

A mensagem de que o suicídio pode ser evitado já é de grande ajuda, por isso mostre que você se importa. Seja sincero, diga que você não sabe o que fazer, mas há muitos profissionais que podem ajudar.

Respeite a história e a dor da pessoa, sempre peça autorização para falar para terceiros sobre os problemas que ela enfrenta. O suicídio é um assunto complexo para uma pessoa só dar conta. 

Onde buscar ajuda

• Aqui na Terapia Eurekka;
• CAPS (Centro de Atenção Psicossocial);
• Unidades Básicas de Saúde 
• CVV (Centro de Valorização da Vida)

A Eurekka está com com você

Sabemos que este é um momento delicado, por isso, a Eurekka conta com um time de profissionais qualificados para atender essa e outras situações. 

Na terapia online, não atendemos pessoas que estão pensando em suicídio, porque o tratamento online não é considerado a melhor opção nesses casos. Mas estamos de braços abertos para fazer o acolhimento de forma presencial ou para ajudar você que não pensa em suicídio, mas precisa de um apoio emocional — que pode ser feito online.

Então se você precisa de ajuda, tem algum conhecido que pensa em suicídio e outras situações, conte com a Eurekka para passar por este momento delicado. A terapia será um ótimo investimento pra você. 

E para saber mais sobre a terapia da Eurekka, basta clicar aqui!

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Equipe Eurekka