Síndrome serotoninérgica: guia completo sobre o assunto

Equipe Eurekka
É comum que muita gente subestime o poder da serotonina, em especial quando falamos do excesso dela no nosso cérebro. No entanto, ela pode alterar muito a qualidade de vida de alguém, sendo muito benéfica em níveis normais, mas podendo causar uma síndrome serotoninérgica quando excede o necessário.
Por isso, no texto de hoje, vamos falar dos impactos da superabundância desse neurotransmissor no nosso sistema nervoso. Por aqui você vai encontrar informações valiosas sobre o que é a síndrome serotoninérgica, quais as suas causas, sintomas, tratamento e como é feito o diagnóstico.
Boa leitura!
Índice
O que é serotonina?
A serotonina é um hormônio neurotransmissor de função vital para nós. Ela é quem regula diversos processos biológicos do nosso corpo, como sono, apetite, humor, digestão e função cardiovascular.
Além disso, a serotonina também é conhecida como hormônio neurotransmissor do bem-estar. Isso porque ela ajuda a regular as emoções, o ânimo e o comportamento. Por isso, um desequilíbrio nos níveis de serotonina podem trazer malefícios.
O que é síndrome serotoninérgica?
A síndrome serotoninérgica é o resultado de um excesso de serotonina no sistema nervoso, causando o que os profissionais da saúde chamam de tríade de efeitos cognitivos, autônomicos e serotoninérgicos.
Esses efeitos causam um desequilíbrio no cérebro, gerando alterações no funcionamento do corpo. Por isso, nesse caso, é comum até mesmo que surjam alucinações ou espasmos.
Um caso de síndrome serotoninérgica é avaliado dentro de um espectro de toxicidade, ou seja, há níveis para esse quadro, que variam de leve a grave. Nos casos mais graves, a síndrome serotoninérgica pode ser fatal.
Causas da síndrome serotoninérgica
A causa mais comum da síndrome serotoninérgica é o uso inadequado de medicamentos que atuam regulando o neurotransmissor. Então, usar esse tipo de remédio em excesso ou misturar vários sem prescrição médica podem induzir o caso.
Mas afinal, quais são os remédios que atuam regulando os níveis de serotonina no cérebro? Vamos falar sobre eles:
Medicamentos que causam síndrome serotoninérgica
Alguns tipos de antidepressivos atuam na produção de serotonina para regular a função emocional e psicológica do paciente, sendo que o uso errado pode acabar gerando uma síndrome serotoninérgica.
Além dos antidepressivos, remédios para enxaqueca, tosse, náuseas e vômitos, assim como anticonvulsivantes, antibióticos, antifúngicos, antivirais e opióides também podem causar esse efeitos.
Caso você tome algum desses tipos de medicamentos e queira saber se eles podem causar uma síndrome serotoninérgica, dê uma olhada na lista abaixo com os nomes mais comuns de remédios que podem desregular os níveis de serotonina:
Lembre-se que só um médico pode fazer a avaliação, diagnóstico e prescrever remédios. Por isso, nunca tome nenhum fármaco por conta própria.
Ah, e além disso, drogas ilícitas, como cocaína, anfetaminas, LDS e ecstasy também podem induzir um quadro de síndrome serotoninérgica. Nem precisamos falar para passar longe dessas substâncias, não é mesmo?
Sintomas mais comuns
Os sintomas mais comuns de uma síndrome serotoninérgica podem estar relacionados tanto a problemas cognitivos quanto físicos. Assim, a pessoa pode sentir ansiedade, inquietação, confusão mental e apresentar delírios.
Além disso, espasmos musculares, tremores, rigidez muscular, temperatura corporal alta, sudorese, calafrios, alta frequência cardíaca, vômitos e diarréia também podem ocorrer.
Esses sintomas costumam aparecer dentro de 24 horas após a ingestão da substância, e desaparecem em torno de 24 horas depois. Esse tempo pode variar de acordo com o tempo de ação do medicamento e com a meia vida que ele têm.
Como é feito o diagnóstico
Assim como em todo diagnóstico, é necessário procurar um médico para que ele faça a avaliação dos sintomas, pedido de exames e associação desses resultados. Então, caso sinta os sintomas que citamos acima ou veja alguém que os apresenta, vá até uma unidade de saúde ou pronto socorro.
A síndrome serotoninérgica não exige exames para confirmar o diagnóstico, pois só a associação dos sintomas com a recente ingestão das substâncias já pode ser suficiente. No entanto, o profissional pode pedir exames de sangue e de urina para excluir a possibilidade de outros distúrbios.
Tratamento para síndrome serotoninérgica
Para tratar a síndrome serotoninérgica, é preciso avaliar o grau de severidade dela, por isso, o acompanhamento com um médico é vital. Nos casos mais leves a moderados, é feita a suspensão do remédio e administração de sedativos.
No entanto, se essa síndrome estiver num estágio mais grave, pode ser preciso uma internação em unidade intensiva. Além disso, substâncias que bloqueiam a produção e ação da serotonina também podem ser aplicadas.
E se você precisa tomar algum tipo de antidepressivo, mas fica inseguro com a possibilidade de ter uma síndrome serotoninérgica, converse com um profissional!
Bons psiquiatras vão avaliar todos os seus sintomas, histórico emocional e de saúde, para só assim indicar o medicamento. E claro que ele irá acompanhar todo o processo de adaptação do seu organismo com o fármaco.
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