Síndrome do Coração Partido: o que é, causas e tratamento
Equipe Eurekka
A síndrome do coração partido é uma doença que acontece no músculo cardíaco do coração, na qual uma parte desse órgão, o ventrículo esquerdo, começa a bombear o sangue de uma maneira incorreta.
Essa síndrome pode acontecer com qualquer e em qualquer idade. Mas, em 90% dos casos, costuma ocorrer em mulheres com mais de 50 anos de idade ou que estejam no período de pós-menopausa. Outro fator de risco é possuir algum tipo de transtorno psiquiátrico, transtorno neurológico e ter idade avançada.
Então, se você se encaixa em alguma dessas categorias, ou quer apenas conhecer mais sobre o assunto, este texto vai ajudar você!
Aqui nós vamos explicar, em detalhes, o que é a síndrome do coração partido, seus sintomas e causas. Além disso, vamos falar sobre como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos mais adequados. Continue com a gente e saiba tudo sobre o assunto!
Índice
O que é a síndrome do coração partido?
A síndrome do coração partido é um tipo de Miocardiopatia — doença do miocárdio, o qual é um dos músculos que envolve o coração.
E como falamos antes, ela ocorre quando o ventrículo esquerdo do coração passa a bombear sangue de uma forma incorreta.
Essa síndrome tem vários nomes, podendo ser chamada de miocardiopatia de estresse, cardiomiopatia induzida por estresse e cardiomiopatia de Takotsubo. Sendo que, esse último nome, Takotsubo, está relacionado com a origem desta doença. A qual apareceu pela primeira vez no Japão, no ano de 1990.
E ela tem esse nome, porque a forma dilatada que o ventrículo esquerdo do coração assume com a doença (como se fosse um coração partido) é parecida com a forma de um jarro japonês.
Tal jarro se chama Takotsubo e é utilizado como armadilha para capturar polvos. Os outros nomes que a doença leva, como miocardiopatia de estresse, estão relacionados com as causas prováveis da doença em si, no caso, o estresse.
Além disso, vale lembrar que essa síndrome é temporária, ou seja, na maioria dos casos, as pessoas conseguem se recuperar e não sofrem com isso para sempre.
Sintomas da síndrome do coração partido
Os sintomas que aparecem com a doença são quase os mesmos que os causados por um infarto agudo do miocárdio. Entre eles estão:
- Dor no peito;
- falta de ar;
- sudorese (transpiração) abundante;
- cansaço extremo;
- dificuldade para respirar;
- arritmias cardíacas;
- angina (dor no peito relacionada com o enfraquecimento dos músculos do coração);
- desmaios;
- hipotensão;
- síncope (desmaio);
- sopro cardíaco.
Além disso, vale lembrar que, de todos estes sintomas, os mais frequentes são a falta de ar e a dor no peito.
Causas da síndrome do coração partido
As causas exatas da doença até hoje não estão completamente esclarecidas. Mas sabe-se que, em cerca de 80% dos casos, ela ocorre devido a situações estressantes e intensas, tanto no emocional quanto físico.
Assim, quando se passa por situações estressantes, hormônios de estresse são liberados no organismo, entre eles a adrenalina.
Dessa forma, devido à descarga de adrenalina, as artérias, que são as responsáveis por irrigar o coração humano, se estreitam de modo temporário.
Portanto, o que acontece é como se fosse um descompasso no coração.
De forma que, o ápice (ponta) e o centro do ventrículo esquerdo ficam paralisados durante o bombeamento do sangue, ficando assim sem força para impulsionar o sangue para o resto do corpo. Esse sangue irá então ficar acumulado dentro do ventrículo, e isso é o que confere ao coração o formato de coração partido.
Apesar das causas da doença não serem claras, estudos hemodinâmicos já apontam que a causa está de fato em uma falha no ventrículo, como já explicado, e não no bloqueio das artérias coronárias por algum coágulo sanguíneo ou algo do tipo.
Gatilhos
Por, no geral, acontecer devido a situações intensas e estressantes, uma série de coisas podem se tornar gatilhos para dar início à síndrome do coração partido.
Algumas delas são:
- ter uma discussão intensa;
- ser surpreendido com uma festa surpresa;
- passar por um divórcio;
- perder o emprego;
- sofrer um acidente;
- passar por alguma cirurgia de grande porte;
- ter um ataque de asma grave;
- ter um AVC;
- receber alguma notícia muito triste;
- sofrer violência;
- perder/ganhar uma grande quantidade de dinheiro.
Ou seja, os sintomas surgem após uma situação de grande estresse ou de grande emoção. Causando, assim, um descompasso no coração que pode levar à síndrome do coração partido.
Outro ponto interessante é que a taxa de mortalidade devido a essa síndrome é baixa, não atingindo os 5%. Em geral, essa síndrome se manifesta apenas uma vez na vida do paciente. Assim, passar por isso não quer dizer que, na próxima vez que ocorrer algum momento intenso, irá acontecer acontecer de novo.
Diagnóstico
Por fim, para diagnosticar essa síndrome, um dos primeiros passos é a avaliação do histórico médico do paciente. A realização de exames físicos e exames laboratoriais de sangue são importantes.
Isso porque há enzimas presentes na nossa corrente sanguínea que podem ser um indicativo da presença de alguma doença cardíaca.
O próximo passo é verificar se há alguma irregularidade na estrutura e no funcionamento do coração, uma vez que a doença tem relação direta com essas condições.
Por isso, a realização de raios X do tórax, eletrocardiogramas, ecocardiogramas, ressonância magnética e também angiograma coronariano é importante.
Mas, apesar de todos os exames, essa síndrome muitas vezes acaba sendo “mascarada”, já que os sintomas são semelhantes ao de um infarto. Isso porque a síndrome do coração partido causa alterações no eletrocardiograma e também causa o aumento dos níveis de troponina no sangue.
E a troponina é uma enzima que indica quando há alguma lesão ou insuficiência no músculo do coração. O que é comum de acontecer tanto nesta síndrome quanto em casos de ataque cardíaco. Por isso, muitas vezes, o diagnóstico não é feito “de primeira”.
Em geral, o médico considera a síndrome do coração partido quando os exames mostram que não há sinais de obstruções nas artérias coronárias, pois, como já citado, sabe-se que a síndrome ocorre devido ao mau funcionamento do ventrículo, não à sua obstrução.
Tratamentos
Não existe um tratamento específico para essa síndrome. Mas, por ser uma síndrome temporária, o tratamento se volta para os sintomas e tem o objetivo de reduzir os esforços do coração durante a sua recuperação e evitar novas crises.
Sendo assim, o objetivo do tratamento é normalizar o funcionamento do coração. Em geral, o tempo que o músculo cardíaco leva para se recuperar é de uma a quatro semanas.
Agora, confira como esse tratamento para síndrome do coração partido funciona na prática!
Medicamentos
Os medicamentos costumam ser os mesmos que se indicam para insuficiência cardíaca grave e em casos de infarto do miocárdio. Entre estes remédios podem estar os diuréticos, que ajudam a diminuir a concentração de líquidos no corpo. Os inibidores da ECA que controlam a pressão arterial, os betabloqueadores que reduzem a frequência cardíaca e os remédios para o alívio do estresse.
Atividade física
A prática de exercícios físicos é uma boa maneira de prevenir a doença. A simples prática de exercícios ajuda a controlar o estresse do coração, bem como a combater o estresse emocional e físico — o que pode ser um bom fator para prevenir a doença.
Além de previnir outros problemas de saúde, como colesterol alto, e também aumentar a sensação de bem-estar e felicidade.
Terapia
O hábito da terapia e vital para a recuperação. Pois, por ser uma síndrome que está relacionada com o estresse e emoções intensas, técnicas para relaxar e exercícios de meditação trazem grandes benefícios.
Além disso, há uma forte recomendação de terapia para que, após a recuperação física, a pessoa consiga superar o estresse emocional e o trauma com a ajuda do psicólogo.
Atendimento médico e psicológico com a Eurekka
É importante que, caso sinta os sintomas relacionados a essa síndrome, você não os relacione apenas com estresse ou com as condições do momento.
É muito importante que procure um médico logo, pois, caso seja de fato a síndrome ou algum outro problema cardíaco, você irá ter o atendimento médico correto.
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One reply on “Síndrome do Coração Partido: o que é, causas e tratamento”
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