Síndrome de Burnout: o que é, causas, sintomas e tratamentos
Eurekka Psicólogos
A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado por exaustão e esgotamento de energia devido ao excesso de trabalho. Ela é cada vez mais comum na atualidade, já que as pessoas passam cada vez mais tempo envolvidas e conectadas ao trabalho.
Para entender do que se trata esse distúrbio, pense em uma panela de pressão. Conforme vai esquentando, a pressão dentro dela aumenta. Mas por que não explode? Porque quando a pressão atinge um determinado ponto, ela empurra a válvula com pino, fazendo com que o vapor interno excedente seja liberado.
Assim é com as pessoas. Quando há apenas fatores estressores, como muito trabalho, e nenhuma “válvula de escape” para dispersar a pressão, cria-se o ambiente ideal para a Síndrome de Burnout aparecer.
Neste texto, você vai compreender melhor o que é o distúrbio, quais os sintomas, os estágios mais comuns, como é feito o diagnóstico e quais são os tratamentos. Além disso, vai saber quais são as “válvulas de escape” que podem prevenir a síndrome.
Índice
O que é a Síndrome de Burnout
Pode-se dizer que a Síndrome de Burnout acontece quando existe um desequilíbrio entre o tempo despendido com o trabalho (que apenas suga a energia) e o tempo usado para fatores que recarregariam a energia, como atividades de lazer, exercício físico, descanso, momentos com a família e encontros sociais.
O distúrbio é descrito na literatura médica desde a década de 1970. De lá para cá, inúmeros estudos foram realizados sobre o tema, que é cada vez mais atual e global.
Apesar disso, apenas em maio de 2019 a condição foi incluída na Classificação Mundial de Doenças Internacionais pela Organização Mundial da Saúde. A entidade a classificou não como uma doença, mas uma “síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”.
Infelizmente, os números são altos. De acordo com pesquisas realizadas pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), 30% dos profissionais brasileiros sofrem com isso. Os profissionais que mais sofrem com isso costumam ser médicos, policiais e professores.
Sintomas da Síndrome de Burnout
Os sintomas da Síndrome de Burnout podem ser percebidos tanto quando a pessoa está no local de trabalho quanto fora dele.
No ambiente profissional, muitas vezes ficam desiludidos com o trabalho sem ter acontecido nada de específico para isso. Além disso, o estresse durante um longo período de tempo deixa a pessoa tão esgotada que ela não consegue dar o seu melhor, prejudicando sua performance no trabalho e consequentemente nas outras áreas.
Já a vida social tende a diminuir. A pessoa com Síndrome de Burnout costuma ficar sem energia ou vontade de sair com os amigos, tendendo a ficar isolada.
Veja os principais sintomas do distúrbio, físicos e mentais:
Sintomas físicos
- Cansaço físico;
- Dor de cabeça;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Problemas gastrointestinais;
- Alteração nos batimentos cardíacos.
Sintomas mentais
- Cansaço mental;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Vontade de isolamento.
Estágios da Síndrome de Burnout
Muitas vezes os tipos de sintomas na Síndrome de Burnout seguem uma ordem. Apesar de haver vários estágios do distúrbio, vamos agrupá-los em três fases principais.
É importante lembrar que não necessariamente quem sofre com burnout terá todas as fases exatamente como descrito aqui e com os sinais nessa ordem. É possível, por exemplo, que tenha todos os sintomas de uma vez só. Entretanto, é comum que se passe por esses três estágios a seguir.
Primeiro estágio
Antes de mais nada, a pessoa apresenta uma superprodutividade um superfoco no trabalho. Ela começa a trabalhar muitas horas seguidas, muitas vezes até 14h por dia. Enquanto isso, acaba deixando de lado atividades que antes gostava de fazer, como passar tempo com a família, jogar futebol, sair com os amigos.
Ou seja, a pessoa conversa menos com os outros, sai menos socialmente, deixa de fazer atividade física ou esporte. Tudo isso porque seu foco fica cada vez mais no profissional.
Segundo estágio
O segundo estágio é uma etapa de irritabilidade e ansiedade. A pessoa fica impaciente com os outros, muitas vezes chegando a ser ríspida ou até agressiva. Isso acontece principalmente no ambiente de trabalho, mas também pode ocorrer nas relações pessoais e familiares.
Além dos sintomas mentais, começam a aparecer e sintomas físicos, como insônia, palpitação e falta de ar. Esses sinais podem ser observados já no dia a dia.
Terceiro estágio
Já o último estágio é marcado pela de exaustão e apatia. É quando a energia cai e há de fato o esgotamento físico e mental.
A pessoa sente muito cansaço e começa a ter problemas importantes de concentração e memória, passando por situações de lentidão de raciocínio e esquecimento. Além disso, passa a ter dificuldades para fazer o próprio trabalho.
Com a apatia, a pessoa para de ver graça nas coisas. Por fim, os sintomas de tristeza e a necessidade de isolamento aparecem.
Além disso, é possível também ter comportamentos impulsivos para aliviar os sintomas ou para conseguir ter um pouco de prazer. Isso significa que pode fazer uso abusivo de álcool ou exagerar na comida ou em fazer compras, por exemplo.
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Causas da Síndrome de Burnout
A Síndrome do Esgotamento Profissional é influenciada por inúmeros elementos do ambiente laboral. O principal é o trabalho em excesso, mas muitos outros fatores contribuem para o aparecimento do distúrbio.
Confira alguns fatores:
- Falta de reconhecimento ou recompensas insuficientes por parte da chefia ou colegas;
- Problema de cooperação entre os colegas;
- Falta de propósito no trabalho;
- Falta de controle sobre o próprio trabalho;
- Função que não combina com a pessoa;
- Competitividade;
- Perfeccionismo.
Como prevenir a Síndrome de Burnout
A chave para prevenir a Síndrome de Burnout é sempre buscar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Algumas condutas e estratégias podem ajudar a alcançar esse equilíbrio, diminuindo o estresse e a pressão relacionados ao trabalho. Para isso, o principal é sempre tentar manter hábitos saudáveis.
Então, veja abaixo algumas formas de prevenir o aparecimento do distúrbio:
- Ter momentos de descanso;
- Se dedicar a atividades que sejam mental e fisicamente estimulantes;
- Fazer atividades que fujam da rotina diária;
- Dormir pelo menos 7h por noite;
- Ter uma alimentação balanceada, evitando alimentos com muito açúcar e gordura;
- Reservar um tempo para a família e manter conexões sociais e amizades fora do ambiente de trabalho;
- Definir pequenos objetivos tanto na vida profissional quanto pessoal;
- Conversar com alguém de confiança ou com um terapeuta sobre o que está sentindo;
- Evitar o consumo de bebida alcoólica ou o uso de drogas, a fim de não piorar a confusão mental;
- Praticar relaxamento ou meditação.
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Diagnóstico da Síndrome de Burnout
O diagnóstico da Síndrome de Burnout deve ser feito por um psiquiatra ou psicólogo. Apenas esses profissionais são indicados para identificar o distúrbio no paciente e orientar o tratamento de acordo com cada caso.
Então, se você chegou até aqui e acha que está sofrendo de esgotamento mental, procure ajuda profissional. Caso acredite que alguém que você ama está passando por isso, converse com a pessoa e a oriente a buscar tratamento.
Tratamentos para a Síndrome de Burnout
O tratamento para a Síndrome de Burnout se dá principalmente através da psicoterapia. De acordo com as características do caso, medicamentos podem ser utilizados.
Além disso, atividade física também costuma contribuir para a melhora do paciente.
Psicoterapia
A psicoterapia é o melhor modo de tratar a Síndrome de Burnout. Isso porque o psicólogo ajuda você a lidar com os sintomas do distúrbio, como ansiedade, angústia e estresse.
Além disso, a terapia cognitivo-comportamental, que é a utilizada pela Eurekka, é muito recomendada para esses casos. Pois essa vertente utiliza de diversas técnicas para que você consiga enfrentar os sintomas descritos acima de forma prática e objetiva.
E vale lembrar que você não deve esperar para procurar ajuda. Caso sinta que o estresse está acima de níveis normais (teste aqui seu nível de estresse), mesmo que não seja Síndrome de Burnout, é fundamental procurar ajuda psicológica. Ou seja, o quanto antes você conseguir lidar melhor com as situações que o deixam estressado e ansioso, melhor será para a sua saúde mental.
Assim, ao começar o tratamento logo, você poderá até mesmo previnir o Burnout! E se você quer melhorar sua qualidade de vida com a terapia, continue com a gente que temos um chamado especial para você no final!
Tratamento com medicamentos
Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos. O médico psiquiatra poderá determinar se o remédio é realmente necessário. Caso positivo, ele irá receitar a melhor opção de acordo com o caso e o histórico do paciente.
Muitas vezes, o medicamento serve para vencer a sensação de inferioridade e de incapacidade que a pessoa sente, ajudando ela a ter mais confiança.
Além disso, mesmo que você precise de remédios para lidar com o Burnout, ainda é muito recomendado que se faça a terapia. Pois, enquanto os remédios irão ajudar você com os problemas biológicos, ou seja, em relação ao seu organismo, a terapia irá ajudar você a transformar suas atitudes e ter uma mente mais leve!
Mudança de hábitos
Mudar alguns hábitos e adquirir um estilo de vida mais saudável auxilia muito no tratamento. Por isso, é importante dormir bem, fazer exercícios físicos, se alimentar de um modo saudável e intercalar horas de descanso e trabalho.
Exercícios físicos regulares dão mais ânimo e mais energia para a pessoa, ajudando a aliviar o estresse e a controlar os sintomas da Síndrome de Burnout.
Além disso, atividades de lazer com família e amigos são recomendadas. Se possível, tirar férias do trabalho também é uma boa ideia.
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5 replies on “Síndrome de Burnout: o que é, causas, sintomas e tratamentos”
Adorei este artigo sobre a Síndrome de Burnout! Não tinha o menor conhecimento dessa síndrome que pra mim é bastante perigosa, prejudicial pra nossa saúde. Muito obrigada. Vou compartilhar.
Ei, Márcia!
Ficamos felizes que tenha gostado do nosso artigo! Realmente a Síndrome do Burnout é muito perigosa para a saúde física e mental. Por isso, é preciso ficar sempre atenta e cuidar para que tenha um equilíbrio entre trabalho e descanso!
Abraços,
Gabi da Equipe Eurekka
Boa noite.
Usei este artigo como base para uma parte da pesquisa do meu TCC e gostaria de saber quem foi o autor. Podem me ajudar?