Qual a importância de uma relação terapêutica boa?
Equipe Eurekka
“Terapia é tudo igual”? Infelizmente, até psicólogos às vezes pensam que isso é verdade. Porém, além de cada abordagem ter seus aspectos únicos, o próprio terapeuta faz toda a diferença. Afinal, uma boa relação terapêutica, que essencial para a terapia, depende muito dele.
Opa, opa, opa, espera aí. O que é relação terapêutica? Como que ela funciona? Qual a diferença que ela faz na terapia? Neste texto você vai ter todas essas respostas, bem como entender como um vínculo ruim prejudica a terapia e vice-versa.
Além disso, também traremos dicas de como estabelecer um bom laço entre psicólogo e cliente. Afinal, quem não quer participar de uma boa terapia? Então, vem com a gente para entender mais sobre esse assunto!
Índice
O que é relação terapêutica?
Para começar, vamos definir bem o que é esse termo. Como conceito, é simples: é a relação que um psicólogo estabelece com o cliente, no ambiente clínico. Ênfase em “no ambiente clínico”, porque tanto o terapeuta, como o paciente não saem formando esse laço no dia a dia.
Nesse sentido, é uma relação diferente das outras, tanto da vida do psicólogo (fora do trabalho) como da do cliente. Isso porque exige aplicação de teoria e técnica, um grau elevado de atenção e papéis diferentes e bem estabelecidos.
E claro, como todo tipo de relação, ela pode ser boa ou ruim. Um bom vínculo terapêutico é aquele em que não há disputa de poder, que o cliente confia no terapeuta e se engaja na terapia. Também é aquele em que o psicólogo está aberto e faz esforço para guiar o processo terapêutico.
Quais os objetivos da relação terapêutica?
Uma relação terapêutica não deixa de ser um vínculo profissional. Afinal, é um prestador de serviço que é contratado por um cliente. Dessa forma, a relação terapêutica pode ser vista como um instrumento de trabalho. Por isso, deve ter um propósito, um objetivo.
E que objetivo é esse? De modo genérico, é a melhora do cliente. Assim, o vínculo deve ser usado para que o paciente consiga chegar o mais perto possível da melhor versão de si mesmo. Além disso, a relação terapêutica pode ter metas mais específicas, de acordo com a demanda do cliente.
O terapeuta precisa ser um modelo de relação, fornecer um vínculo em que haja escuta e validação, promover confiança nos outros e em si, ajudar a resolver problemas e alcançar metas! A relação terapêutica é uma ferramenta poderosa, por isso, deve ser levada a sério.
Como estabelecer relação terapêutica?
A relação entre terapeuta e cliente é uma peça chave para uma boa terapia. Contudo, para que esse laço se estabeleça e seja forte, é essencial que haja um esforço mútuo de psicólogo e paciente, ainda mais do primeiro. Para criar um bom vínculo com o cliente, o psicólogo precisa:
- Focar no aqui e agora;
- Ser genuíno e transparente;
- Se sensibilizar com a dor do cliente;
- Saber motivar e também validar;
- Estar sempre estudando;
- Acolher sem julgar;
- Saber os momentos de ouvir e de falar;
- Ser comprometido com o processo.
Mas não basta só o psicólogo estar disponível e buscar a relação terapêutica. O terapeuta pode ter todas essas características, estar focado naquilo, ter um histórico de sucesso com vários casos, estar atualizado de todas as técnicas, mas não adianta nada se o paciente não fizer a sua parte.
Um cliente que quer ter uma boa relação terapêutica precisa ser honesto, se comprometer com a terapia dentro e fora da sessão, fazer um esforço para se abrir e estar presente e confiar no psicólogo e na terapia. E cabe ao terapeuta trazer essas questões e engajar o paciente nessa postura.
Fatores que contribuem
Vimos que o psicólogo deve ter uma postura e uma atitude que facilitem uma boa relação terapêutica. Isso é até certo ponto subjetivo; passa por um ambiente confortável, pela percepção do cliente, etc. Porém, há algumas qualidades bem práticas que ajudam nesse processo.
Por exemplo, o psicólogo que estuda e se capacita mais, se sente mais apto para acolher as demandas do cliente, sem se desesperar. Esse é o poder da segurança! Além disso, estar em dia com a própria terapia é essencial, para não colocar suas questões no processo dos clientes.
Já na sessão, há formas de se mostrar interessado e confiável. Anotar, prestar atenção na linguagem verbal e não verbal, recapitular o que o cliente trouxe com suas próprias palavras, acolher e validar, relacionar falas atuais com as passadas… tudo isso já faz toda a diferença!
Além disso, os comportamentos do cliente também ajudam nesse vínculo. Alguns exemplos são ser pontual, fazer as tarefas de casa, tentar se abrir, trazer suas dúvidas, se envolver no processo terapêutico, estar disposto a tentar coisas novas. Tudo isso pode ser ajustado com e pelo terapeuta!
Fatores que atrapalham
Nesse sentido, também há muitas atitudes do terapeuta e do cliente que fazem a relação terapêutica não ser tão boa. Óbvio, todo mundo sabe que não pode xingar ou humilhar o outro nesse tipo de interação (ou em qualquer uma!). Mas há sinais sutis que prejudicam esse laço.
O terapeuta pode demonstrar que não está tão seguro na condução da terapia, ou até se desesperar quando o paciente solta uma “bomba” na sessão. E embora não dê para evitar ficar aflito ou perdido em alguns momentos, isso faz com que o cliente perca parte da confiança no terapeuta.
Além disso, outros comportamentos como interromper muito o cliente, não estabelecer metas terapêuticas, parecer distraído, falar demais sobre si mesmo e intervir sem validar podem prejudicar a relação terapêutica. Assim, o cliente se sente pouco ouvido, ou até julgado e desconfortável.
O paciente também pode “sabotar” a relação. Se atrasar, passar muito do horário, não refletir sobre as falas do terapeuta, atrasar os pagamentos, faltar, não cumprir os combinados dentro e fora da sessão… tudo isso dá sinal de falta de comprometimento. E isso, aos poucos, enfraquece o laço.
Como saber se a relação terapêutica não é boa?
Todas essas dicas valem tanto para o início de um processo terapêutico como para toda a duração do tratamento. Então, sempre podem e devem ser usadas na sessão. Porém, quando já se tem um vínculo, como saber a qualidade dele? Através de pistas dentro e fora da terapia.
Se o cliente falta ou se atrasa muito, desvia dos assuntos, está sempre tentando bater de frente com o terapeuta ou inverter os papéis, não faz as tarefas de casa e não apresenta melhora mesmo com todos os esforços do psicólogo, é sinal de alerta.
Assim, o terapeuta deve estar atento para intervir e “salvar” a terapia se preciso. Afinal, embora o cliente possa ajudar, a responsabilidade sobre a relação terapêutica é do psicólogo. Por isso, ele deve estar sempre analisando, com ou sem o paciente, como está esse vínculo entre eles.
Como é a relação terapêutica na TCC?
Toda abordagem de terapia sabe do valor da relação terapêutica. Afinal, vimos aqui todos os motivos pelos quais ela é essencial, né? E a Terapia Cognitivo Comportamental é uma das que mais usa o vínculo terapêutico como uma forma de ajudar o cliente na sessão e na vida.
A TCC é uma das abordagens mais populares hoje em dia, e acaba sendo muito famosa pelo uso de técnicas. Porém, essa teoria também sabe que a relação é indispensável. Afinal, a ligação paciente-terapeuta é o contexto das intervenções; o solo que deve estar fértil antes de plantar.
Dessa forma, na TCC, há um esforço grande para que a boa relação terapêutica aconteça, pois ela participa no sucesso da terapia. Para isso, além das características que falamos acima, o psicólogo busca agir de acordo com o contexto e o cliente, mas sem perder a originalidade.
A Eurekka garante uma boa relação terapêutica
Você viu nesse texto que um fator que influencia, e muito, a terapia é o vínculo entre o psicólogo e o cliente. Além disso, viu que há vários fatores que podem melhorar ou piorar esse laço, e algumas atitudes que você pode ter para contribuir com a relação terapêutica.
Então, se você está buscando por terapia e quer e algo que seja eficaz e saudável, a Eurekka é o que você procura! Aqui, temos um time de profissionais experientes, capacitados e humanizados que sabem como ter o melhor vínculo possível com você! Por isso, clique aqui para agendar sua Conversa Inicial e ter uma prova de como funciona uma boa relação terapêutica.
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