O que fazer quando o paciente abandona a terapia e porque ele faz isso
Equipe Eurekka
Está tendo dificuldade em manter pacientes assíduos? É para casos como esse que hoje vamos falar sobre uma situação que todos nós, psicólogos, enfrentamos: quando o paciente abandona a terapia e como podemos evitar que isso aconteça mais vezes.
Acredite, entender isso não é só sobre manter os clientes na sala. Afinal, é sobre construir uma boa relação terapêutica e fazer com que essa jornada seja significativa para ele e gere resultados para ambos.
Então, prepare-se para descobrir as incertezas dos pacientes e os sinais que eles dão. Por fim, vamos dar uma espiada nos erros que, sem querer, podemos cometer. Preparado?
Índice
Abandono da terapia
O abandono da terapia antes do momento certo, infelizmente, é mais comum do que imaginamos. E é prejudicial tanto para o paciente quanto para o terapeuta.
Afinal, para o paciente, pode resultar na interrupção do progresso emocional e na persistência de problemas não resolvidos. Por outro lado, para o terapeuta, pode gerar frustração e a sensação de não poder concluir o trabalho terapêutico.
Portanto, o rompimento prematuro pode limitar os benefícios potenciais da terapia.
Sinais de que o paciente pensa em sair da terapia
Os psicólogos ainda não têm o poder de ler mentes, mas é possível descobrir algumas coisas sobre os pacientes a partir das ações deles.
Uma delas é quando o paciente pensa em abandonar a terapia. Vamos ver quais são os atos que mostram isso?
Não há novas demandas há um tempo
Quando os pacientes deixam de apresentar novas demandas durante as sessões terapêuticas, é sinal de uma possível vontade de abandonar o tratamento.
Afinal, a falta de novos temas pode significar desengajamento ou desconforto. Por isso, fique atento aos temas dos relatos que o paciente traz a cada sessão.
Sessões canceladas e remarcadas com frequência
Além de ser frustrante, o cancelamento ou remarcação frequente de sessões pode indicar que o paciente está considerando abandonar o tratamento.
Afinal, essa alteração de compromissos sugere possíveis resistências ou conflitos, Além disso, pode mostrar também que o paciente julga ter outras prioridades ao invés de cuidar de sua saúde mental e dar continuidade no tratamento terapêutico.
Paciente não faz as tarefas de casa
Nós aqui na Eurekka sempre falamos o quanto as tarefas entre as sessões são cruciais para a evolução do paciente. Afinal, o tratamento não é só na sessão, uma vez na semana. Todo o processo exige mudanças no cotidiano.
Por isso, a recusa em realizar essas tarefas de casa que vocês combinaram na última sessão pode ser um sinal de quando o paciente está prestes a abandonar a terapia. Fique atento!
Desesperança com o tratamento
A expressão de desesperança em relação ao tratamento terapêutico é um sinal claro de que o paciente quer abandonar a terapia. Assim, o maior problema, nesse caso, é a resistência.
Nesse caso, o paciente acredita que ele não irá conseguir mudar nunca, que ele é um caso perdido ou algo assim. Por isso, a “síndrome de Gabriela” pode fazer ele não ter esperança no tratamento e não se engajar.
Erros que fazem o paciente desistir do tratamento
Psicólogos também são seres humanos e erram como qualquer um. O essencial é que a gente consiga aprender com os erros e ser profissionais cada vez melhores.
E é nisso que vamos te ajudar nesse tópico, indicando quais os erros que podem contribuir para a desistência da terapia:
Ser conselheiro demais
O objetivo da terapia é ensinar o paciente a ter confiança e segurança de tomar as próprias decisões e analisar a própria vida. Então, ser conselheiro demais e ouvir de menos pode ser prejudicial.
Afinal, quando o psicólogo assume mais o papel de conselheiro do que facilitador do processo introspectivo, a relação terapêutica pode perder profundidade. Isso leva o paciente a considerar interromper o tratamento.
Só o paciente fala a sessão toda
Permitir que o paciente fale durante toda a sessão, sem intervenções, também pode ser desconfortável para ele. Afinal, por mais que desabafos sejam cruciais, a falta de direcionamento do terapeuta diante das demandas apresentadas pode resultar em desconexão e insatisfação.
E, novamente, pode levar o paciente a querer parar o tratamento, pois não tem orientações concretas de como melhorar sua situação, afinal, o psicólogo não fala na terapia.
É claro que existem abordagens, como a psicanálise, que exigem pouquíssimas intervenções do terapeuta. Nesse caso, isso deve estar claro para o paciente.
Assim, se esse não for o tipo de abordagem para ele, é recomendado que busque outros tipos de terapia, como a TCC. Assim, quando o paciente abandona a terapia, reflita se não foi pela abordagem.
Não há tarefas de casa após a sessão
Já comentamos um pouco sobre isso nos tópicos anteriores, mas é vital repetir: as tarefas de casa é que trarão resultados para o paciente.
Então, se ao final de toda ou quase toda a sessão, você e o paciente não combinarem quais serão os micropassos da semana seguinte para lidar com as demandas que apresentou, você está fazendo errado.
Sem as tarefas de casa, o tratamento não irá para frente, ou irá demorar muito para evoluir, que é quando o paciente abandona a terapia.
Tentar convencer demais o paciente
Algumas coisas precisam ser ensinadas para as pessoas para que elas aprendam. Outras precisam ser percebidas por conta própria. Por isso, insistir em tentar convencer o paciente do seu ponto pode retardar a evolução dele e prejudicar a relação terapêutica.
Afinal, ao invés de vocês focarem no que pode ser melhorado daqui em diante, a sessão acaba virando um debate que tem como foco provar que você está certo.
Não precisamos nem dizer que isso gera resistência à terapia e perda de motivação, não é mesmo?
Quer ser um terapeuta melhor?
E então, aprendeu boas dicas no texto de hoje? Com certeza, se você prestar atenção nos sinais que indicamos e se policiar com os erros que citamos, você terá uma taxa menor de desistência dos seus pacientes.
No entanto, sabemos que só um texto de blog não irá resolver todos os problemas em todos os casos, ainda mais nessa situação grave, que é quando o paciente abandona a terapia.
Assim, muitas vezes, é necessário um direcionamento personalizado ou uma mãozinha. Afinal, sabemos que a vida de psicólogo clínico não é fácil.
Por isso, nós temos uma chamada especial para você, psicólogo!
Agora você pode fazer parte do time de terapeutas da Eurekka e receber todo esse suporte para aprender ainda mais. Além disso, nós fazemos a captação de clientes para você, agendamos as consultas e cuidamos da questão financeira, assim, você foca só nos atendimentos. Incrível não é?
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