Por que o Brasil perdeu a Copa? Análise do último jogo

Equipe Eurekka

Ver a seleção brasileira perder não foi nada fácil. Afinal, tínhamos ótimos jogadores e aquela certeza no coração de que esse seria o nosso jogo. Mas então, por que o Brasil perdeu a Copa se éramos um dos favoritos para ganhar a taça?

Neste texto, vamos falar sobre os impactos psicológicos dessa derrota e as possíveis razões para isso ter acontecido. Confira.

O Hexa não veio 

Apesar do ótimo desempenho nas eliminatórias que garantiu a vaga na competição, o Brasil não foi tão bem na Copa do Mundo.

É claro que tivemos muitas vitórias e belos gols, mas o time não pareceu cumprir as expectativas que foram criadas.

Assim, ver o Brasil perder nos pênaltis depois de já ter feito o gol que garantiria a vitória, foi bastante desolador. Será que se não tivessem subido tanto para atacar ou feito a falta e impedido o contra- ataque que levou ao gol, nós estaríamos comemorando agora?

Os impactos psicológicos na torcida e nos jogadores ao perder a Copa

Perder o Hexa, com certeza, trouxe impactos psicológicos, pois, quando há uma expectativa e ela não é alcançada, a frustração vem, seja em menor ou maior grau. 

Além disso, todos nós já estávamos acostumados com os horários especiais dos jogos. Era muito bom sair mais cedo do trabalho ou ter aquele tempo fora para assistir à seleção brasileira. Sem contar a comunhão com os amigos e com a família.

E a quebra desse ciclo com que já estávamos acostumados trouxe aquela sensação de “volta à vida normal”, o que pode ser bem ruim no começo.

O jogador Richarlison expressou muito bem o sentimento na sua conta do Instagram, dizendo: “A real é que parece que nós perdemos alguém muito próximo, que arrancaram um pedaço da gente”. 

Muitas pessoas acreditam que o luto acontece só com a morte de uma pessoa, mas na verdade não é bem assim. Na psicologia, é considerado como luto todas as perdas significativas que afetam nossas emoções e sentimentos.

Por isso, o que Richarlison disse é muito verdade. O psicológico de quem estava muito envolvido nessa Copa acaba sendo de luto mesmo, podendo passar pelos estágios de negação, raiva, barganha, tristeza profunda, até chegar à aceitação. E isso principalmente no caso dos jogadores.

Por que o Brasil perdeu a Copa? Possíveis razões

Acho que todos nós estamos nos perguntando por que o Brasil perdeu a Copa. Então, confira agora algumas razões para que isso tenha acontecido, desde questões estruturais do time, até questões da psicologia. 

Time desarticulado

Após o primeiro gol do Brasil, já na prorrogação, Fred foi desarmado e o contra-ataque da Croácia começou.

No campo do Brasil, havia só 6 jogadores, contando com o goleiro Alisson. Assim, todos começaram a correr para trás, desarticulados e meio perdidos no jogo. Não deu outra, gol do croata Bruno Petković.

Depois desse empate, os jogadores brasileiros, que já estavam desorganizados, se mostraram ainda mais desalinhados. 

A pressão do fim da partida

Depois de um jogo duro, a maioria dos jogadores brasileiros já estava desgastada e, além disso, ainda tinha a pressão psicológica. 

A Croácia ganhou do Japão nos pênaltis, então, com certeza, levar a competição até esse nível não estava nos planos da seleção canarinho.

Quanto mais o tempo passava, o time ficava mais nervoso pelo jogo não estar decidido. Ainda mais depois de fazer um gol e, em seguida, sofrer um empate, fato que aumentou ainda mais a pressão e o nervosismo.

Também temos que pensar no goleiro Alisson e no psicológico de ter que defender os pênaltis que iam decidir o futuro do Brasil. 

Falta de suporte psicológico

E falando em nervosismo… 

Mais uma vez a seleção brasileira foi sem um psicólogo do esporte na equipe técnica, o que pode sim ter influenciado na nossa derrota. 

Isso porque esse profissional é especialista em ajudar os jogadores a lidarem com as fortes emoções, ensinar técnicas de foco e concentração e perceber falhas no jogo causadas pelo psicológico abalado.

Por isso, o fato de os jogadores estarem sem esse apoio pode ter feito com que eles não estivessem nas melhores condições mentais para jogar. Ainda mais em um jogo acirrado como o último. 

Jogadores se recuperando de lesões

Danilo, um dos que estavam no campo do Brasil no contra-ataque da Croácia, estava se recuperando de uma lesão nos ligamentos do tornozelo. Alex Sandro, que substituiu Militão, estava voltando de uma lesão muscular no quadril. 

Além de Gabriel Jesus e Alex Telles, que foram cortados da seleção após se machucarem no jogo contra  Camarões, tendo retorno estimado de 3 meses para ambos. 

Ou seja, houve uma má gestão de lesões ao colocar jogadores que não estavam 100%, ainda mais em um jogo difícil e decisivo. Afinal, com o físico abalado, o jogador pode se sentir mais inseguro e acabar tendo mais dificuldade de pensar com clareza na hora do aperto.

Um dos melhores batedores do mundo não bateu o pênalti

Quando há uma decisão por pênaltis, os treinadores devem informar antes quais jogadores vão bater cada pênalti, sendo que são cinco para cada equipe. 

No geral, escala-se o melhor batedor para o primeiro pênalti ou para o último. Ou seja, a estratégia é ou garantir uma largada boa ou fazer o gol no pênalti decisivo. 

No jogo contra a Croácia, Tite decidiu colocar o Neymar como último batedor, o que pode sim ter custado nossa vitória. 

Afinal, considerando o jogo que a Croácia ganhou nos pênaltis, talvez a melhor opção tivesse sido colocar  Neymar entre os primeiros para ter maior chance de garantir um gol a mais.

E, como essa é a especialidade do Neymar, talvez ele tivesse mais calma e estrutura psicológica para bater, diferente de alguns jogadores que são bons, mas menos experientes. Rodrygo, o primeiro batedor brasileiro, tem apenas 21 anos, por exemplo.

por que o brasil perdeu a copa

O Brasil perder a Copa diminui a confiança dos jogadores e dos torcedores?

Com certeza! Ser eliminado já é ruim, mas o Brasil ainda é conhecido por ser o país do futebol. Porque o Brasil perdeu a copa, uma derrota assim acaba afetando a percepção de identidade de todos que estavam ali torcendo, abalando a confiança de sermos uma boa seleção. 

Além disso, a sensação de ter falhado pode vir com muita força para os jogadores, gerando culpa, insegurança e um grande abalo emocional. 

Afinal, o futebol nunca é só futebol, ainda mais para nós que somos conhecidos por esse talento. Estar sob os ombros de gigantes não é nada fácil às vezes.

E é por isso que o trabalho psicológico é tão importante dentro do esporte, pois com a ajuda de um profissional o jogador aprende a lidar melhor com as derrotas, enxergando elas como fonte de aprendizado e superação.

Assim, ele se martiriza menos pelos deslizes na hora do jogo e fica mais disposto a tentar de novo.

Além disso, não podemos negar que a comparação dos jogadores atuais com os ídolos do passado acontece tanto entre eles mesmos quanto na torcida, gerando uma pressão maior ainda para que eles tenham sempre uma ótima performance.

E, mais uma vez, o psicólogo também pode ajudar nisso! De forma que essa comparação não se torne tóxica, mas se mantenha no nível da admiração. A ideia é inspirar o jogador e não ser um gatilho para a ansiedade e para o estresse

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O impacto da saúde mental no dia a dia

Como você pode ter percebido, a saúde mental está em tudo, até mesmo no futebol. E se a equipe tivesse tido um apoio psicológico, o final poderia ter sido totalmente diferente.

Entender porque o Brasil perdeu a copa não torna a derrota menos dolorosa.

Mas isso não vale só para a seleção, mas para você também. Já pensou em quanta coisa poderia ser diferente se você soubesse entender  e lidar melhor com suas emoções? Quantas coisas você poderia evitar se conseguisse olhar as coisas por um outro ângulo e tomar decisões melhores?

Seria muito bom ser uma pessoa com mais consciência de si e mais satisfação consigo mesmo, certo? 

Então, se você quer ser essa pessoa, investir na terapia é a melhor opção. Com técnicas práticas e psicólogos experientes, você pode começar a se entender melhor e ter mais controle sobre seus sentimentos e ações.

Tudo isso através de micropassos e microvitórias diárias. É um processo de enfrentamento, mas que também é muito gratificante.

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