Nanismo: o que é e qual a origem dessa condição?

Equipe Eurekka

O nanismo é um nome genérico para diversos distúrbios que impactam o crescimento de uma pessoa, sendo a baixa estatura o sintoma mais comum. Ainda não existem dados precisos da prevalência do nanismo no Brasil, mas segundo uma estimativa do IBGE, existe 1 pessoa com nanismo para cada 10 mil habitantes.

Hoje você vai descobrir quais são os distúrbios que afetam a altura, as suas principais causas e como o diagnóstico é feito! Além disso, vai entender quais as principais dificuldades que a pessoa com nanismo tem e quais tratamentos já estão disponíveis hoje.

O que é o nanismo?

mulher com nanismo junto com outras mulheres sem a condição

O nanismo tem impacto direto no desenvolvimento de uma pessoa e pode ter causas hormonais ou genéticas. A principal característica desse distúrbio é que altura da pessoa fica reduzida.

Ou seja, a pessoa tem alterações no ritmo de crescimento, que resulta numa baixa estatura em comparação com a média da população de mesma idade e sexo, com tamanho normal. No entanto, essa não é a única consequência do nanismo para a saúde!

O nanismo pode afetar homens e mulheres e, em média, esses indivíduos possuem alturas máximas de 1,45 metros para homens e de 1,40 metros para mulheres. E na curva de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) isso seria um percentil inferior a três.

Na maior parte dos casos, o desenvolvimento cognitivo e social não são afetados. Dessa forma, um adulto com nanismo tem a mesma capacidade intelectual que adultos sem o distúrbio. No entanto, sofre constantemente com o preconceito da sociedade, tendo dificuldade de acessar locais públicos e de fazer tarefas comuns do dia a dia.

Em geral, os sintomas já podem ser identificados desde o início da vida da pessoa, seja no nascimento, ou seja nos primeiros anos de vida.

Quais são os tipos de nanismo?

Como mencionamos antes, nanismo é um termo genérico para diversos distúrbios. E mais especificamente, estima-se que existam mais de 200 tipos de nanismos. Além disso, a característica comum que relacionamos ao nanismo é apenas um dos sintomas, mas não explica o tipo, a causa ou a origem do distúrbio.

Entenda quais os tipos mais comuns de nanismo e quais as consequências que eles trazem à saúde dos seus portadores:

Acondroplasia

A acondroplasia é o distúrbio que acomete a maior parte das pessoas com nanismo. Sua origem é congênita, devido a uma mutação nos genes recebidos pelos pais, resultando em uma displasia óssea. Essa mutação causa um crescimento irregular em alguns ossos longos, impedindo que eles cheguem no tamanho esperado.

É chamado também de nanismo desproporcional, pois faz com que partes do corpo cresçam de maneira desigual.

Os principais sintomas, além da baixa estatura, são:

  • Pernas e braços curtos;
  • Arqueamento das pernas;
  • Tamanho da cabeça desproporcional ao corpo;
  • Dedos curtos;
  • Limitação de alguns movimentos;
  • Desalinhamento da mandíbula.

Em geral, essas pessoas tem uma dificuldade muito grande de inserção na sociedade, uma vez que seus órgãos de tamanhos desproporcionais são visto de forma muito negativa por muitos ao seu redor.

Pituitário ou proporcional

O nanismo pituitário, ou hipofisário, diferentemente da acondroplasia, tem relação com a deficiência da produção do hormônio do crescimento humano. Nesse tipo de nanismo, a hipófise, por alguma razão, não produz a quantidade de hormônio necessária, o que impede o crescimento normal.

É chamado de nanismo proporcional também, uma vez que seus órgãos mantém a proporcionalidade, porém com um nível de crescimento menor.

Os sintomas são basicamente a baixa estatura e um possível atraso no desenvolvimento sexual da pessoa. Mesmo assim, essa condição também pode trazer grandes dificuldades no dia-a-dia da pessoa e em suas relações sociais.

Primordial

Antes de mais nada, o nanismo primordial é um tipo extremamente raro e estima-se que apenas 100 pessoas no mundo possuem esse distúrbio. Ele é um tipo de nanismo proporcional, porém em um nível muito mais extremo. Dessa forma, na maior parte dos casos, as pessoas com esse tipo de nanismo não passam dos 90 cm.

Apesar de existirem pessoas que chegaram à vida adulta com essa condição, é muito raro que a pessoa consiga sobreviver a infância, uma vez que o distúrbio, geralmente, vem acompanhado de outros problemas de saúde.

Causas e fatores de risco

Como na maioria dos distúrbios, é muito difícil relacionar o nanismo em uma pessoa a apenas uma causa. Muitas vezes, esse distúrbio é uma junção de causas biológicas do indivíduo e até de fatores externos do ambiente em que ele está.

Genética – hereditária

Os genes herdados do pai e da mãe, sempre tem algum papel no desenvolvimento do nanismo. Porém, se os pais não tiverem nanismo, provavelmente eles não irão saber se carregam os genes para esse distúrbio.

Mas caso seja possível, ou a família tenha alguma suspeita genética para o nanismo, é recomendado que os pais façam aconselhamento genético.

Mutações genéticas

Essa é a principal causa das pessoas que sofrem com acondroplasia, o nanismo desproporcional, embora a causa da mutação também possa ser genética.

Uma vez que uma mutação é algo aleatório que acontece em nosso código genético, é muito difícil identificar a causa exata. Assim, muitas vezes, mesmo após o nascimento da criança, não é possível definir o motivo da mutação.

Uma das condições associadas a maior risco de nanismo por mutação genética (acondroplasia) é os pais terem mais de 45 anos. Embora não inviabilize uma gravidez, pais mais velhos devem ter um acompanhamento médico muito próximo em sua gestação.

Deficiência do hormônio de crescimento

Esta condição está associada principalmente aos nanismos proporcionais, aqueles em que os órgãos mantem uma proporção de crescimento com o corpo.

O hormônio de crescimento humano (GH) é uma substância essencial para nosso corpo, sendo responsável não só pelo desenvolvimento dos nossos órgãos, mas também pela regulação do nosso metabolismo.

A síntese desse hormônio acontece na hipófise, uma glândula importantíssima que fica na base de nosso cérebro. Assim, quando ela secreta o hormônio em excesso, acontece o gigantismo; e quando falta hormônio do crescimento, acontece o nanismo.

Diagnóstico do nanismo

O nanismo em alguns casos não é tão simples de ser identificado, podendo ser diagnosticado apenas quando o bebê já possui meses ou anos de vida.

Na acondroplasia, alguns casos são descobertos quando o bebê ainda está na barriga da mãe, a partir do 6º mês de gravidez. Embora outras vezes o diagnóstico seja feito apenas após o nascimento, principalmente através de radiografias do bebê.

Em outros casos de nanismo, o diagnóstico geralmente só pode ser feito quando a criança já tem alguns anos de vida. Nesses casos, os pais constatam que a criança está com o crescimento muito abaixo do normal para a sua idade. Se existir essa suspeita, é necessário que seja feita uma consulta com um pediatra para a avaliação do caso!

Complicações:

Como mencionamos, existem diversas formas de nanismo e cada uma irá consistir em um caso único, com suas características e complicações. Porém, pessoas com nanismo precisam ter um cuidado muito grande em relação aos ossos e às articulações, uma vez que essas áreas se tornam mais vulneráveis.

Além disso, é possível que pessoas com nanismo tenham alguns problemas respiratórios ou pulmonares. Também podem ocorrer alguns problemas cognitivos, principalmente relacionados a atrasos de desenvolvimento.

Tratamentos para o nanismo

Primeiramente, é preciso deixar claro que o nanismo é uma condição permanente na vida de uma pessoa, assim não existe uma cura ou solução para esse distúrbio.

Para os casos em que o nanismo é decorrente de uma deficiência de hormônio de crescimento, é possível realizar uma terapia de reposição hormonal. Nesse procedimento, a pessoa recebe doses diárias de hormônio do crescimento até o fechamento das cartilagens ósseas. E esse tratamento geralmente tem início no final da infância ou início da adolescência.

Nas condições que não são causadas pelo hormônio do crescimento – como a acondroplasia – os tratamentos que existem são principalmente voltados para combater as complicações do distúrbio.

Dependendo do caso, podem ser necessárias intervenções mais invasivas, como cirurgias de correção da espinha ou alguns ossos. Mas o tratamento com fisioterapeutas também é muito recomendável em casos menos graves, nos quais a pessoa possui alguma dificuldade de locomoção, por exemplo.

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O nanismo pode trazer muito sofrimento emocional, principalmente quando a pessoa se sente excluída da sociedade e ridicularizada por seu tamanho.

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