Mononucleose (Doença do Beijo): sintomas, causas e mais
Equipe Eurekka
A mononucleose também é chamada de Doença do Beijo. Mas, afinal, o que é essa doença e como ela se transmite?
Essa é uma doença mais comum do que você imagina. Ela acontece em especial em crianças e adolescentes, mas também pode surgir em adultos e, apesar de ser chamada de “Doença do Beijo”, essa não é a única forma de contrair a doença.
Para saber um pouco mais sobre o que é mononucleose, como é possível se infectar, quais são os sintomas e o tratamento, entre outras coisas importantes, continue lendo esse texto até o final!
Índice
O que é mononucleose infecciosa?
A mononucleose é, na verdade, uma doença benigna. Ela em geral se confunde com doenças respiratórias comuns no inverno. Além disso, muitas vezes, não causa sintomas e é causada por um vírus chamado Epstein-Barr vírus (EBV) e é comum nos seres humanos.
Transmissão
Se conhece a mononucleose como “Doença do Beijo” pois uma das formas de transmissão do vírus — e a mais comum — é pela saliva. Porém, existem outras formas de pegar, como através de objetos contaminados e por transfusão de sangue.
Ciclo do vírus
A mononucleose costuma ocorrer, em especial, em pessoas que têm entre 15 e 25 anos de idade. A transmissão do vírus ocorre também no período de incubação do vírus, ou seja, o período entre a infecção da pessoa e o início dos sintomas. O período de incubação do vírus Epstein-Barr dura de 30 a 45 dias.
Por quanto tempo alguém pode transmitir mononucleose?
Como citado, a transmissão ocorre em especial no período de incubação do vírus. Porém, uma vez que uma pessoa se infecta com esse vírus, pode ser que ela transmita a doença mesmo após o fim dos sintomas.
Sintomas de mononucleose
É comum que não hajam sintomas após a infecção pelo EBV. Mas, se a pessoa apresentar sintomas, os que se destacam são: tosse, perda de apetite, febre, dor de cabeça, e aumento do baço.
- Tosse;
- Perda de apetite;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Aumento do baço;
- Fadiga;
- Dor de garganta;
- Inchaço nos gânglios.
Em casos mais graves, pode ser que ocorra inchaço no fígado, com risco de hepatite.
Riscos da mononucleose
Através de muitas pesquisas, como noticiado pela Veja, cientistas notaram que componentes produzidos pelo vírus da mononucleose interagem com o DNA dos seres humanos em locais onde o risco genético aumenta. Isso acontece também com outros vírus.
Por causa disso, o vírus pode estar associado com vários tipos de complicações que podem surgir e com outras doenças. Assim, o vírus já foi relacionado com câncer do sistema linfático, com o lúpus, com esclerose múltipla, artrite reumatoide, artrite idiopática juvenil, doença celíaca, diabetes tipo 1 e doença inflamatória intestinal.
Diagnóstico
O diagnóstico se faz de duas formas: através da análise dos sintomas do paciente e pela realização de certos exames. Por isso, é de extrema importância a realização do diagnóstico, uma vez que a mononucleose pode ser confundida com doenças semelhantes.
Análise dos sintomas
O ponto mais importante para o diagnóstico são os sintomas do paciente. Dessa forma, o médico irá buscar sinais da infecção, tanto na garganta do paciente, quanto no abdômen e na pele.
O médico pode, ainda, fazer algumas perguntas para o paciente, tais como:
- Você teve contato com alguém que tem mononucleose?
- Os seus sintomas são constantes?
- Quando seus sintomas começaram?
- Seus sintomas são leves ou mais graves?
- Há algo que melhore seus sintomas e há algo que os piore?
Por isso, é sempre bom levar respostas para essas perguntas, caso o médico pergunte. Todas as informações são úteis para o diagnóstico final.
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Exames
Para confirmar o diagnóstico da doença, existe um exame chamado Monoteste. Ele consiste em um exame de sangue, o qual demonstra a presença de linfócitos atípicos. Mas só apresenta resultados confiáveis se o paciente estiver na segunda semana da doença e tiver mais de quatro anos de idade.
Além disso, um hemograma completo, ou seja, a análise completa do seu sangue, pode ser indicado para que seja possível descartar outras possíveis infecções.
Tratamento de mononucleose
Não há um tratamento específico para aqueles com mononucleose. Contudo, há certos cuidados necessários e certos remédios indicados para ajudar na recuperação.
Repouso e líquidos
Esse é o tratamento principal: ficar em repouso e tomar muito líquido. Exercícios físicos não devem ser feitos, e também não se deve manter contato físico com outras pessoas até que o fígado e o baço voltem ao normal.
Medicamentos para mononucleose
Para combater a mononucleose, é recomendado usar antitérmicos, anti-inflamatórios e analgésicos. Esses medicamentos são corticoides, os quais podem aliviar alguns dos sintomas da mononucleose, como o inchaço das amígdalas e da garganta, por exemplo.
Em certos casos, o paciente pode ter alguma outra infecção junto com a mononucleose. Nesse caso é preciso tratar ambas as infecções. Assim, junto com a dor da garganta que a mononucleose causa, uma infecção por bactérias pode se desenvolver.
Além disso, é possível desenvolver amigdalite ou até mesmo uma sinusite aguda. Portanto, é necessário tratar essas infecções bacterianas com antibióticos.
Contudo, se deve ter certo cuidado com os medicamentos que a pessoa com mononucleose deve tomar. Amoxicilina, benzetacil e derivados de penicilina não são indicados, pois causam erupção cutânea.
É possível ter mononucleose mais de uma vez?
Quando a pessoa contrai mononucleose e tem que lidar com a infecção, o organismo humano acaba produzindo anticorpos. Estes são moléculas que atuam como defensores do organismo. Portanto, uma vez que se produz os anticorpos para a mononucleose, a pessoa não contrai a infecção de novo.
Mononucleose tem cura?
Sim. Essa infecção costuma sumir em algumas semanas, mas, a depender do caso, pode levar meses para acabar. Vale lembrar que cada caso é único e o tratamento deve ser realizado de forma correta, seguindo a orientação do médico.
Quem teve mononucleose pode beijar?
Como já citado ao longo deste texto, uma das formas de passar a mononucleose é pela saliva. Portanto, se recomenda que uma pessoa que está infectada não beije ou compartilhe objetos com saliva até se recuperar.
Posso realizar atividades físicas durante o tratamento de mononucleose?
Uma das partes do tratamento é o repouso e a ingestão de bastantes líquidos. Portanto, não se deve fazer exercícios físicos.
Complicações possíveis
Uma das possíveis complicações que a mononucleose provoca é o desenvolvimento de câncer. Não se sabe, com certeza, de que maneira o vírus da mononucleose atua, mas se acredita que partes específicas do material genético do vírus alteram o ciclo de crescimento das células que ele infecta.
O vírus da mononucleose se associa com o linfoma de Burkitt, sendo esse um tipo de câncer que é mais comum na África tropical. O vírus também se relaciona com alguns tipos de câncer de garganta, câncer de nariz e na formação de tumores dos linfócitos B, os quais afetam pessoas imunodeprimidas – soropositivas ou transplantadas, por exemplo.
Além disso, algumas outras complicações aparecem devido à mononucleose: o desenvolvimento de hepatite é um exemplo, bem como de icterícia (cor amarelada na pele).
Também é possível que se desenvolvam problemas mais raros. Como exemplo dessas complicações, podemos citar anemia, miocardite, trombocitopenia e as amígdalas podem crescer tanto ao ponto de bloquear a respiração. Além disso, complicações envolvendo o sistema nervoso podem aparecer, como encefalite, meningite e Síndrome de Guillain Barré.
Prevenção
Uma das principais prevenções para quem está com mononucleose é não beijar, bem como não dividir objetos como, por exemplo, copos e pratos. Isso deve ser feito por até vários dias após o fim dos sintomas da infecção.
Se faz isso pois a mononucleose é transmitida através da saliva e, prevenindo esse contato, é uma maneira de prevenir a transmissão do vírus. Além disso, lavar as mãos mais vezes é uma recomendação muito importante, uma vez que cuidados básicos de higiene devem sempre ser feitos.
É importante que essa prevenção seja feita por vários dias mesmo após o fim dos sintomas, pois o vírus pode ficar na saliva do paciente por meses após a infecção. Como não há vacina para a mononucleose, é importante se cuidar.
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Como você viu, a mononucleose é uma doença comum, e que na maioria das vezes não causa sintomas. Mas, caso você esteja sentindo algo e notou que é similar ao que foi descrito aqui, agende uma consulta médica e peça os exames para descobrir. Você pode contar com a gente para isso.
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