Menopausa e climatério: descubra tudo sobre eles!

Equipe Eurekka

A única certeza da vida é a morte — e a menopausa para todas as mulheres que viverem até os 50. Uma fase da vida com muitas mudanças que podem causar dúvidas para quem passa e para as pessoas próximas.

Aqui, vamos entender um pouco mais sobre a menopausa, quais são os sintomas e as causas. Além disso, quanto tempo dura e quais são os tratamentos que se pode fazer.

O que é a menopausa?

O termo médico para menopausa é o tempo de 1 ano depois da última menstruação na vida da mulher. O período antes e depois desse 1 ano recebe o nome de climatério, apesar de também ser chamado de menopausa pela maioria das pessoas.

Nesse período a mulher deixa de menstruar e consequentemente tem uma diminuição dos hormônios da menstruação (estrogênio e progesterona), o que causa os sintomas.

Quais são os sintomas da menopausa?

Existem dois tipos principais de sintomas no climatério: os vasomotores e os neuropsíquicos:

Sintomas vasomotores

São a sudorese e o fogacho, ou seja, aumento de suor e a sensação de calor que muitas mulheres se queixam. Essa sensação de calor pode vir junto com uma vermelhidão no pescoço e no rosto.

Esses sintomas acontecem por conta da diminuição do estrogênio. Essa redução modifica uma região do cérebro chamada de “centro termorregulador” que é onde nosso corpo percebe se está frio ou calor. Quando acontece essa alteração nesse centro o cérebro fica confuso e faz a mulher sentir calor ainda que não esteja calor.

Sintomas neuropsíquicos

Esses sintomas podem ou não estar presentes e não são exclusivos da menopausa. Entretanto, a explicação para eles aparecem nesse período é que a alteração hormonal faz com que diminuam substâncias no cérebro como serotonina, dopamina entre outros.

São eles:

Outros sintomas

Além desses sintomas mais comuns existem outras alterações que a menopausa causa no corpo da mulher. Todos esses sintomas são provocados pela diminuição do hormônio estrogênio.

Sintomas urinários e sexuais

Durante o climatério é comum as mulheres apresentarem 

  • Infecções urinárias
  • Incontinência urinária
  • Ressecamento vaginal
  • Diminuição da libido

Osteoporose

O estrogênio equilibra a formação e reabsorção do osso. Assim, na formação, o osso recebe cálcio e fica mais forte, já na reabsorção ele perde cálcio e fica mais fraco. Com a queda de estrogênio, acontece mais reabsorção de osso, ou seja, ele perde cálcio. Assim, acontece a osteoporose.

Sintomas de pele

Com a redução do estrogênio também acontecem mudanças na pele como perda da elasticidade e ressecamento. Isso porque o estrogênio ajuda na produção de colágeno, que mantém a elasticidade e na secreção das glândulas sebáceas, o que gera a hidratação. 

Da mesma forma, as unhas também perdem o brilho e quebra de forma mais fácil. Além disso, os cabelos tendem a ficar mais curtos pois demoram mais para crescer.

Sintomas cardiovasculares

O estrogênio protege o coração e as artérias porque evitam que se formem placas de ateroma que entopem os vasos. Por isso, quando a mulher entra na menopausa essa proteção não existe mais. Assim, aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC) por placa de ateroma na artéria carótida. Além de aumentar o risco de infarto.

Isso não quer dizer que a mulher na menopausa vai ter um derrame ou vai infartar, significa apenas que ela tem mais chances do que uma mulher que ainda menstrua.

Sintomas do Sistema nervoso central

Uma das funções do estrogênio é atuar no cérebro, aumentando o uso da glicose e diminuindo a ação antioxidante no cérebro. Ademais, ele ajuda na liberação de substâncias como serotonina, acetilcolina, entre outras já mencionadas.

Assim, com a redução do estrogênio, ocorre os sintomas neuropsíquicos já mencionados. Mas, além deles, também há maior risco de doença senil ou alzheimer por conta do aumento de anti-oxidantes.

Causas dos sintomas da menopausa

Como já mencionado, os sintomas são por conta da diminuição dos níveis de estrogênio e progesterona, que aumentam ao longo do ciclo menstrual. Uma vez que na menopausa não existe mais ciclo menstrual esses hormônios ficam sempre baixos.

O fim dos ciclos menstruais ocorre por conta da chamada falência ovariana. Ou seja, quando o ovário deixa de responder aos estímulos dos hormônios LH e FSH. Nesse período os folículos ovarianos, que são os óvulos de cada ciclo menstrual, estão em número muito menor e por isso não ocorre a resposta ao estímulo dos hormônios.

Qual é a idade que começa a menopausa?

A idade da última menstruação varia de mulher para mulher. Em geral, o fator genético influencia, então é provável que a data seja próximo da data de suas mães, irmãs ou avós. Mas, na média, é por volta dos 50 anos que a menopausa acontece.

Existe menopausa precoce?

Sim, existem mulheres que têm falência ovariana muito cedo, por volta de 30 ou 40 anos. Nesses casos, além de todos os sintomas já mencionados, a infertilidade é a consequência que mais afeta a vida da mulher porque geralmente é nesse período da vida que muitas mulheres planejam engravidar.

As causas para menopausa precoce ainda não estão totalmente explicadas mas algumas síndromes como Síndrome do X frágil podem estar relacionadas. Devido a isso, mulheres que têm histórico de menopausa precoce na família devem ficar atentas e procurar um médico ginecologista, para ver qual a melhor atitude a se tomar.

Quanto tempo dura a menopausa?

Tecnicamente, a menopausa só dura um ano, porque o significado de menopausa é o “período de 12 meses depois da última menstruação”. Mas o climatério, que é o momento antes e depois da menopausa onde os sintomas estão presentes, tem duração variável de mulher para mulher. 

Então, para algumas mulheres, os sintomas desaparecem em alguns anos. Já para outras eles duram a vida toda. Algumas, ainda, nem sentem os sintomas.

Estágios do climatério

Como mencionado, os sintomas podem começar antes e se prolongar depois do fim da menopausa, sendo esse período chamado de climatério. Assim, podemos separar o climatério em 2 fases. Confira:

  • Pré menopausa: quando a mulher ainda menstrua mas de forma mais irregular e já começa a sentir os sintomas vasomotores.
  • Pós menopausa: depois de um ano da última menstruação, quando os sintomas podem continuar ou desaparecer.

mulher em menopausa lendo um livro sentada na poltrona

Como é feito o diagnóstico de menopausa?

O diagnóstico de menopausa é feito pelo médico que leva em conta a história dos sintomas da paciente e um exame ginecológico para descartar que esses sintomas tenham outra causa.

Junto com isso, o médico pode pedir alguns exames de sangue como dosagem de FSH. Se FSH estiver maior do que 30ul/ml a falência ovariana é confirmada. 

Também é comum que os médicos peçam dosagem de hormônios da tireoide, bem como mamografia, ultrassom endovaginal e densitometria óssea. Esses exames são pedidos ver a saúde geral da mulher.

Tratamentos para menopausa

O tratamento de escolha para a menopausa é a terapia de reposição hormonal, mas ela só é dada para pacientes que apresentam sintomas e estão dentro do tempo de 5 anos após a última menstruação. Isso porque depois de 5 anos o tratamento não tem mais efeito.

Os hormônios escolhidos podem ser:

  • Progestágeno exclusivo na segunda fase do ciclo menstrual caso a mulher ainda esteja no período pré menopausa e tenha ciclos menstruais irregulares;
  • Estrogênio exclusivo para mulheres que retiraram o útero;
  • Estrogênio e progestagênio combinados;
  • Modulador seletivo do receptor estrogênico, ou SERM;
  • Tibolona, que é um derivado da progesterona;
  • Estrogênios vaginais que são ótimos para o ressecamento ou atrofia da vagina.

Contra indicações

Nem todas as mulheres podem fazer terapia de reposição hormonal. Assim, as contra-indicações são absolutas quando a mulher tem:

  • Doença tromboembólica aguda
  • Doença hepática severa ativa
  • Câncer de mama e endométrio recentes
  • Sangramento vaginal não diagnosticado
  • Porfiria

Por outro lado, algumas situações são contra indicações relativas e devem ser avaliadas pelo médico, são elas:

  • Trombose venosa profunda anterior
  • Pressão alta
  • Diabetes
  • Miomas no útero ou no endométrio
  • Lupus
  • Antecedentes de câncer de mama e endométrio
  • Melanoma

Um medo comum é se a terapia de reposição hormonal aumenta o risco de câncer mas não, ela não aumenta.

Por fim, não existe um momento certo para parar o tratamento. A terapia de reposição hormonal vai ser avaliada a cada consulta com o ginecologista a fim de decidir se é necessário manter ou parar.

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