O que é luto patológico e como superá-lo
Equipe Eurekka
Sofrer uma perda nunca é fácil. Seja a perda de um emprego, ou algo que ainda é mais difícil de assimilar, como a morte de alguém querido. Mas esse processo se torna ainda mais complicado quando a pessoa não consegue finalizar as fases do luto e se desligar da perda. E essa dor prolongada é chamada de luto patológico.
O luto patológico acontece com muita frequência, principalmente com a morte inesperada de alguém muito próximo. De modo que a pessoa não consegue seguir mais com a vida, mesmo muito tempo depois do ocorrido. Gerando, assim, muitos problemas para ela e para as pessoas ao seu redor.
Por isso, se você,ou alguém com quem você convive, está passando pelo luto, é muito importante entender o que é o luto patológico. Assim, você poderá reconhecer os sintomas e procurar ajuda quando necessário.
E para ajudar você, vamos explicar tudo sobre o assunto aqui. Leia até o final e esteja pronto para enfrentar essa situação!
Índice
O que é luto patológico?
O luto é um processo normal que tem um começo, meio e fim. E o luto patológico é o que acontece quando a pessoa não consegue finalizar esse ciclo do luto. Ou seja, ela fica presa à dor da perda e não consegue mais dar continuidade à sua vida.
Assim, a pessoa que desenvolve o luto patológico não consegue desligar a sua mente do ocorrido. De modo que deixa de fazer coisas simples da vida, como ir ao supermercado e trabalhar.
Quais são as fases do luto?
Como falamos acima, o luto tem um começo, um meio e um final. Dessa forma, existem fases pelas quais a pessoa passa até chegar a um estado de aceitação plena.
E esses estágios do luto são:
- Negação: a pessoa tem dificuldade em acreditar na perda. Assim, ela pode agir como se nada tivesse acontecido.
- Raiva: ao sair da negação e começar a reagir, é normal sentir muita raiva por essa situação estar acontecendo. De modo que se sente muita revolta e um forte sentimento de injustiça.
- Negociação: nesse estágio, a pessoa tenta fazer de tudo para trazer aquela pessoa de volta, em um ato de desespero. Assim, ela pode, por exemplo, tentar barganhar com Deus para que a pessoa volte ou que aquilo não seja real.
- Depressão: aqui entende-se que a pessoa se foi e não tem o que fazer para trazê-la de volta. Assim, o enlutado entra em uma fase depressiva, sentindo muito a dor da perda, muita tristeza e apatia por tudo e todos.
- Aceitação do luto: por fim, nesse último estágio, a pessoa consegue aceitar o que aconteceu. Assim, o sofrimento dá lugar apenas à saudade e ao carinho, de modo que a pessoa sente que é hora de seguir em frente.
Quando o luto passa a ser patológico?
O luto passa a ser patológico quando há um sentimento de falta e preocupação persistente com a pessoa que faleceu, além de dor emocional muito intensa. De modo que ocorrem danos significativos a essa pessoa e àquelas que a cercam.
Porém, todos esses sintomas devem durar, no mínimo, 6 meses, para ser considerado luto patológico.
Luto patológico no CID – 11
O CID é a Classificação Internacional de Doenças, o qual é usado por psicólogos para analisar os sintomas do paciente e diagnosticá-lo. Sendo que o CID – 11 é a décima primeira edição deste manual, a mais recente e atualizada.
No CID-11, existe uma parte específica para o transtorno de luto prolongado. Confira, então, quais são sintomas do luto patológico segundo esse manual:
- Morte de uma pessoa que era próxima ao enlutado. Como pais, filhos, parceiros e outros.
- Dor emocional forte e persistente, como tristeza profunda, culpa, raiva, negação, sentimento de que perdeu uma parte de si mesmo, entorpecência emocional, incapacidade de experienciar um humor positivo e dificuldade em realizar atividades sociais.
- Ocorrência prolongada de todos esses sintomas por mais de 6 meses, e/ou padrões de comportamento que fogem das normas sociais e culturais em que está inserido.
- Prejuízo significativo na vida pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional e em outras áreas. De modo que, mesmo se a pessoa continuar ativa nessas áreas, ela precisa fazer um esforço muito grande para isso.
Três tipos de luto patológico
Agora que você já entendeu o que é o luto patológico e quais os sintomas, é hora de entender quais são os tipos de luto patológico.
Confira agora:
- Luto crônico: esse tipo de luto patológico acontece quando o luto tem uma duração mais longa que o normal e nunca tem um fim satisfatório. Ou seja, além de a experiência do luto durar muito mais tempo, ela não se encerra de modo definitivo, tornando-se parte da vida da pessoa.
- Luto retardado: nesse caso, a pessoa aparenta ter uma reção normal à perda, mas se encontra incapaz de superá-la.
- Luto severo: é quando ocorre a intensificação do sentimento de luto.
Sintomas do luto patológico
- Saudade persistente do falecido;
- Pesar e choros frequentes;
- Preocupação com o falecido;
- Preocupação com o modo como a pessoa faleceu;
- Dificuldade acentuada em aceitar que a pessoa morreu;
- Raiva e isolamento;
- Perda do sentido da vida;
- Sentimento de que uma parte de si morreu;
- Dificuldade de se engajar em atividades sociais;
E vale lembrar que um fator muito importante nesse diagnóstico é o tempo de duração desses sintomas de luto — que devem ser persistentes e superiores a 6 meses para ser considerado patológico.
Outra questão é a intensidade desses sintomas: estão dentro de um parâmetro esperado ou se mostram mais intensos que o usual?
Como superar o luto patológico?
Para passar por essa fase difícil não basta apenas entender, mas ter ferramentas práticas para lidar bem com essa situação.
Por isso, trouxemos para você dicas preciosas de como superar o luto patológico. Descubra!
Reajuste emocional
O reajuste emocional é a capacidade de retomar o controle das suas emoções. De forma que você entenda qual emoção está sentindo, o porquê de estar sentindo e como lidar bem com ela.
Assim, você consegue regular a intensidade e duração das suas emoções. Entenda: não é sobre não sentir, mas saber como controlar o seu emocional e não ser controlada por ele.
É como se você estivesse fazendo uma faxina na casa. Limpando áreas escuras, tirando a poeira de móveis que há muito você não tocava, entendo o que tem ali que você não precisa mais e o que está faltando. Abrindo as cortinas e deixando a luz entrar, enfim, assumindo o controle da situação.
Um alívio, não é mesmo? E talvez você esteja pensando “ parece muito bom, mas como conseguir isso?”. Calma, é sobre isso que vamos falar na próxima dica.
Terapia de Aceitação e Compromisso
A Terapia de Aceitação e Compromisso foi criada pelo psicólogo Steven C. Hayes e tem como principal objetivo ajudar o paciente a ter mais consciência das suas emoções e pensamentos. Pois, dessa forma, o paciente tem mais autonomia para agir de modo coerente com seus valores.
Assim, a partir da prática da atenção plena, a pessoa aprende reagir melhor a frustrações, perdas e dores emocionais.
Um exemplo prático da Terapia de Aceitação e Compromisso
Ana tem uma irmã 2 anos mais velha que ela. Elas cresceram juntas e sempre se deram muito bem, inclusive casaram com pouco tempo de diferença e formaram suas próprias famílias.
Mas, ao voltar de um passeio em família, Ana sofreu um acidente e faleceu de modo abrupto. Deixando o marido e a filha.
Então, ao saber da notícia, Ana fica sem chão, não consegue aceitar o fato de que a irmã não morreu. Além disso, ela ainda sente muita culpa pelas vezes em que estava ocupada demais para ver a irmã e perguntar como estavam as coisas.
Ela fica assim por vários meses, remoendo sentimentos de culpa, negação e dor, até que um dia uma amiga insiste que ela marque uma sessão de terapia.
Ana não quer ir, na verdade, nunca acreditou na terapia. Mas por insistência da amiga, ela acaba indo. E na sessão, a psicóloga conversa com Ana, deixando que ela explique seus sentimentos. Sem julgamentos ou restrição.
Assim, Ana começa a trabalhar e a entender as suas emoções e comportamentos sem fugir deles. A psicóloga a ensina a aceitar tudo isso, desde a perda até os pensamentos que a impedem de avançar pelos estágios do luto e a seguir a vida.
Com o tempo, Ana começa a aceitar melhor o ocorrido e a entender o porquê de ela sentir tanta culpa e o que ela pode fazer para lidar com aquilo.
De modo que, agora, ela tem uma direção. Transformando pensamentos incapacitantes em aceitação e mudança afetiva. Ganhando, através de micropassos, mais autonomia sobre sua mente.
Por fim, a saudade branda e o carinho tomam lugar e aquela dor e culpa não comandam mais Ana. Assim ela pode cuidar melhor de si, da sua família e ainda apoiar a sobrinha e o cunhado.
Libertador, né?
Técnicas de enfrentamento
Técnicas de enfrentamento são ferramentas usadas para ajudar o paciente a compreender e a se adaptar à alguma fase de sua vida ou a situações estressoras, como o luto.
Assim, essas técnicas da terapia cognitivo-comportamental ajudam a pessoa a entender o que gera esses sentimentos e pensamentos ruins, identificar os sintomas e encontrar a melhor forma de lidar com tudo isso!
Dessa forma, o paciente passa a não ignorar aquilo que lhe faz mal, mas aprende a entender e a reagir a esses pensamentos, comportamentos e sentimentos que paralisam sua vida!
A Eurekka vai te ajudar a superar o luto patológico!
Você sofreu uma perda que está sendo muito difícil de superar? Seu coração anda apertado e sentimentos ruins têm tomado conta da sua mente? Se sim, respire fundo. Nós temos a solução para você.
Aqui na Eurekka, nós temos um time de psicólogos experientes e humanizados que podem ajudar você a passar por essa fase tão difícil. Todos eles são treinados e escolhidos a dedo para que você tenha o melhor atendimento psicológico de todos.
Nossa abordagem tem sido comprovada todos os dias, pois muitos são os relatos das pessoas que têm conseguido passar por momentos difíceis e melhorar sua saúde mental com a ajuda da Eurekka.
Nós garantimos que aqui você será acolhido e guiado pelo melhor caminho. Então, não passe mais por essa situação sozinho, se junte às outras pessoas que estão tendo suas vidas transformadas pela Terapia Eurekka e veja os resultados em todas as áreas da sua vida!
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