5 lições de Comer, Rezar, Amar para não esquecer nunca

Equipe Eurekka

Seguir em frente. Uma construção frasal simples, mas dolorida de pôr em prática. Enxergar um novo caminho quando tudo está tomado pela tempestade é uma prova de resistência. E é sobre esses momentos de nossas vidas que as lições de Comer, Rezar, Amar falam. 

O filme, baseado no livro autobiográfico de Elizabeth Gilbert, tem Julia Roberts como a personagem principal e nos emociona ao retratar com sensibilidade um divórcio difícil, mudanças no rumo da vida e uma jornada de autodescoberta ao redor do mundo. 

Então, se você já viu o filme e quer relembrar lições importantes ou quer conhecer mais sobre essa história e ser inspirado por ela, confira este nosso guia que vai aquecer o seu coração! 

Boa leitura!

A história real de Elizabeth Gilbert

Elizabeth Gilbert é uma escritora norte-americana, nascida em Connecticut. Ela cursou Ciência Política na Universidade de Nova Iorque. Depois de formada, passou um longo tempo trabalhando em lanchonetes, bares e até mesmo fazendas.

E, como uma boa autora, o resultado dessa experiência foi colocado em palavras. No livro de contos Peregrinos (2007), ela se inspira em situações por que passou trabalhando nesses lugares e cria narrativas sobre os espaços e pessoas que conheceu. 

Os personagens se encontram em um momento de transição na vida, tentando achar o seu lugar no mundo, tema que é muito recorrente nas obras da escritora.

Depois, ela também trabalhou como jornalista em publicações para o The New York Time Magazine e GQ Magazine. 

E, além de Comer, Rezar, Amar, ela já publicou outras obras, como:

  • Filhas do mar (2000)
  • O último homem americano (2002)
  • Comprometida (2010)
  • A assinatura de todas as coisas (2013)
  • Grande Magia – Vida Criativa Sem Medo (2015)
  • Cidade das Garotas (2019)

E é impossível falar de Elizabeth Gilbert sem entrelaçá-la à sua obra, pois é na escrita que ela nos revela não só sua vida, mas também seu coração.

Então, com os rastros e as memórias deixadas em seus livros, descobrimos que a escritora enfrentou diversos desafios em sua vida, principalmente em relação ao conhecimento de si mesma. 

E é sobre isso que vamos falar agora!

Comer, Rezar, Amar: resumo do filme

No filme, baseado no romance autobiográfico de Elizabeth Gilbert, acompanhamos uma fase difícil da vida da escritora. Com 30 anos, ela tem a autopercepção de que, por mais que tivesse uma vida que parecesse perfeita, algo não estava certo. 

É como se Liz percebesse que estava no “piloto automático” por muitos anos, assim ela entra em uma crise pessoal e começa a repensar as escolhas do casamento, trabalho e outras questões.

Como consequência, ela acaba se divorciando e entrando em uma jornada que nunca havia imaginado. Entre o fim do relacionamento de anos, desilusões e demissão do emprego, Elizabeth decide se desfazer dos seus bens e viajar para a Itália, Índia e Bali.

Na Itália, ela irá comer e se deliciar com a cultura gastronômica italiana, na Índia irá rezar e entrar em contato com sua espiritualidade, e em Bali…quem sabe amar de novo?

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5 lições de Comer, Rezar, Amar

A história de Liz é muito inspiradora e nos faz refletir muito sobre o modo como estamos vivendo nossas vidas, como lidamos com nossos sentimentos e sobre as escolhas que fazemos.

Então, confira abaixo 5 lições preciosas de Comer, Rezar, Amar para inspirar e ajudar você nos momentos difíceis!

O conhecido nem sempre é confortável

“E se a gente simplesmente reconhecesse que nosso relacionamento é ruim, e mesmo assim ficasse junto? […] Daí a gente poderia passar a vida inteira juntos infelizes, mas felizes por não estarmos separados.”

Essa parte impactante do diálogo de Liz e seu cônjuge nos mostra como muitas vezes preferimos ficar em um lugar que não mais nos cabe, simplesmente pelo medo de estar só.

O pensamento de “estar infeliz, mas pelo menos estar infeliz junto” é algo que nos prende a situações e a pessoas, nos impedindo de viver plenamente e nos conhecermos enquanto indivíduos únicos e autônomos.

Por isso, a primeira lição é: nem sempre aquilo que é conhecido e seguro é confortável, talvez seja, na verdade, uma zona de desconforto mascarada. Por isso, é importante avaliar se você está em um lugar por convenção ou porque realmente quer estar ali. 

A tristeza persistente não é normal

“Sabe o que senti quando acordei hoje de manhã? Nada. Nem paixão, nem entusiasmo, nem fé, nem emoção, absolutamente nada. Eu acho que eu passei do ponto onde se pode chamar isso de um mau momento e isso me apavora. Meu Deus, essa ideia é pior do que a ideia da morte. É essa pessoa que eu vou ser de agora em diante?”

É claro que a vida não é feita só de paixões e grandes emoções. Se fosse assim, nós não aguentaríamos, não é mesmo? Imagine viver todos os dias em êxtase e com os sentimentos à flor da pele, seria exaustivo.

Mas, por outro lado, não ter sonhos, planos, esperança e nem motivação é um sinal de que algo não está bem. Sentir tristeza profunda e apatia por muito tempo é um sinal de que a saúde mental está abalada, então é necessário ficar atento a isso.

Apenas ver os dias passarem e ficar no automático não é normal. É preciso se sentir satisfeito, mesmo com as dificuldades, ter sonhos para realizar, se sentir motivado, ter amor próprio e alegria no dia a dia.

Então, a segunda lição é: não normalize a tristeza e o desânimo, tire um tempo para refletir sobre sua vida e entender o que está faltando, o que pode ser melhorado, quais são seus planos e sonhos e o que você pode fazer para sair desse ciclo. E, se precisar, peça ajuda!

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O autoconhecimento é essencial sempre

Muito mais do que uma história de amor ao outro, Comer, Rezar, Amar é uma história sobre conhecer e amar a si mesmo primeiro

Liz abandona todas as suas certezas para viajar em busca de quem ela era e quem ela queria ser, e não de outra pessoa para preencher seus vazios. 

Amores vem e vão, mas o que permanece é a fidelidade que temos a nós mesmos, nossas experiências, sonhos, planos e desejos mais profundos. 

Há um mundo inteiro para conhecer e muito o que se aprender, portanto a terceira lição é: não faça da sua vida apenas uma história sobre encontrar o outro, mas sim sobre encontrar a você mesmo.

Ainda há tempo para recomeçar

“Aceitamos viver infelizes porque temos medo da mudança e de que tudo se reduza a ruínas. ”

Não importa qual fase você esteja vivendo hoje, saiba que ainda há tempo. Muitas vezes, focamos tanto em querer mudar o passado e fazer as coisas diferentes, que nos sentimos velhos, cansados e marcados demais para mudar. Mas saiba que isso não é verdade.

Com certeza, você ainda pode tomar pequenas atitudes diárias para tornar a sua vida melhor, realizar sonhos e romper com pensamentos de incapacidade e tempo perdido.

Então, a quarta lição é um chamado para você começar a recomeçar hoje. Qual atitude você pode tomar agora para transformar sua vida um passo de cada vez?

Para Liz, parecia impossível viver tudo o que ela viveu. Se arriscar terminar um relacionamento de anos, viajar sozinha para lugares desconhecidos e viver sem nenhum plano de contingência. Mas, no fim, recomeçar foi a melhor coisa que ela poderia ter feito. 

É como a expressão que ela aprende na Itália: Attraversiamo, que significa “vamos atravessar”, ou seja sair de um ponto que você estava e caminhar até outro. E, às vezes, é preciso coragem para atravessar. 

Saiba mais: os micropassos e como eles podem mudar sua vida!

A importância das marcas da nossa trajetória

“A ruína é uma dádiva, é o caminho para a transformação”.

Como falamos acima, às vezes nos incomodamos com as nossas marcas. É como se a vida tivesse nos “sujado” demais e nos transformado em algo que não queríamos. 

Mas uma lição que Comer, Rezar, Amar nos ensina é que devemos acolher com carinho nossa trajetória, as partes boas e as ruins. É sobre nos tratar com mais paciência e autocompaixão, compreendendo que nem sempre sabíamos o que estávamos fazendo e está tudo bem.

Liz nos mostra que é importante reconhecer o passado e aprender com ele, não levando rancor ou mágoa. As nossas ruínas são como sinais de que estamos vivos, errando, aprendendo e sendo humanos, todos os dias.

Por isso, a quinta e última dica é: não tenha medo das marcas que você adquiriu ao longo do caminho, mas aprenda com elas, se acolha e siga em frente

Saiba mais sobre a Psicologia nos filmes

Esperamos que essas lições de Comer, Rezar, Amar tenham ajudado você e dado esperança para caminhar mais algumas milhas!

Aqui na Eurekka, nós temos vários textos com dicas de filmes transformadores que, unidos com preceitos da Psicologia, trazem muitas reflexões importantes.

E se você gosta de histórias arrebatadoras, você precisa conhecer a história de três mulheres que se interligam no tempo por meio de um livro da escritora Virginia Woolf.

Veja aqui a história e a análise completa!

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Equipe Eurekka

2 replies on “5 lições de Comer, Rezar, Amar para não esquecer nunca”

Que artigo lindo!
Comer, rezar e amar é um dos meus filmes preferidos, sempre tenho a necessidade de assistir ele sozinha, ele me desperta muitas sensações, muitos sentimentos, ele me dá aquele friozinho na barriga de empolgação e me faz acreditar, me mostra também que a vida é feita de momentos bons e momentos ruins. Obrigada por esse post! Perfeito ! Agora terei que ler sempre esse artigo ❤️

Ei, Denise!

Esse filme sempre mexe comigo também! Me faz pensar muito em todas as possibilidades da vida, sempre trazendo a sensação de que ainda há muito para viver e que, às vezes, só precisamos de um pouco mais de coragem, resiliência e paciência ❤️‍🩹

Fico muito feliz que tenha gostado do artigo e se identificado com a reflexão, escrevi com todo o coração ❤️

Abraços,

Gabi da Equipe Eurekka

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