HPV: prevenção e sintomas do papilomavírus humano

Equipe Eurekka

O HPV é um vírus, sendo atualmente o tipo mais comum de doença sexualmente transmissível em todo o mundo. Apesar disso, pode ser transmitido também apenas pelo contato entre peles.

Neste texto, você irá aprender mais sobre o que de fato é o vírus do HPV, quais são os tipos de vírus dele que existem e as formas de transmissão. Também falaremos sobre os sintomas que ele causa, como é feito o diagnóstico e sobre as formas de prevenção e tratamento!

HPV

O que é HPV

O HPV é a sigla em inglês para papilomavírus humano. A transmissão se dá tanto de forma sexual quanto pelo contato direto entre peles. Após a infecção ocorrer, o vírus pode atacar tanto a pele quanto a região das mucosas. Quando ataca essas regiões, ele pode causar tumores benignos e que não apresentam nenhum tipo de perigo, bem como tumores malignos que levam ao desenvolvimento de algum tipo de câncer.

Quando há o desenvolvimento de tumores benignos, esses geralmente aparecem na forma de verrugas pequenas, podendo ser verrugas comuns de pele ou verrugas no trato genital. Elas também são conhecidas como crista de galo ou condiloma acuminado. O desenvolvimento de tumores malignos acontece quando a área que é infectada pelo vírus é a mucosa do colo do útero, da vagina, do ânus ou do pênis, sendo transmitido através do contato sexual. A partir disso, pode ocorrer o desenvolvimento de, por exemplo, o câncer anal e o câncer de colo de útero.

Transmissão do HPV

Como citado acima, o vírus é transmissível de pessoa para pessoa, e essa transmissão pode ocorrer através do contato entre peles e também através de relações sexuais. Geralmente, as verrugas comuns de pele, que aparecem como tumores benignos, se desenvolvem devido ao contato com a pele.

Quando a pessoa possui pequenas lesões na pele, como machucados ou arranhões, se torna muito fácil a entrada do vírus no organismo humano, o que causa, então, as verrugas comuns de pele. Já a formação de verruga genital e, muitas vezes, de câncer, se deve devido ao contato sexual entre indivíduos.

Existem vários subtipos de vírus do HPV, e sabe-se que não é possível que os que infectam a pele e causam as verrugas comuns infectem também as mucosas causando câncer e vice-versa. Porém, existem algumas exceções, uma vez que alguns dos tipos que causam as verrugas comuns na pele podem, talvez, vir a causar as verrugas genitais. Apesar dessa possibilidade, quando ela de fato acontece, as chances de acontecer o desenvolvimento de tumores malignos é baixa.

hpv e relações sexuais

Com relação à transmissão sexual do vírus do HPV, apesar de ser menos comum, é possível sim ocorrer a infecção através do sexo oral e também do compartilhamento de objetos sexuais. Porém, o compartilhamento de roupas íntimas, toalhas, roupas de cama, entre outros objetos do tipo, não leva à transmissão do vírus.

O HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo, ocorrendo com uma frequência muito maior do que, por exemplo, a AIDS, a sífilis, gonorreia ou qualquer outra infecção sexualmente transmissível conhecida.

Tipos de HPV

O papilomavírus humano possui diversos tipos, variações de vírus, totalizando em mais de 150 já conhecidos. Porém, alguns desses tipos e subtipos apresentam mais perigos para o ser humano, enquanto outros são menos agressivos, apresentando um perigo menor.

Os principais subtipos e que apresentar maior perigo, são esses: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68. Já os que apresentam menor perigo, no sentido de uma baixa propensão a desenvolver algum tipo de câncer, são os seguintes: 6, 11, 40, 42, 43, 44, 53, 54, 61, 72, 73 e 81.

Dentre os que apresentam um risco maior, os principais são o HPV-16 e o HPV-18. De 70% dos casos de câncer de colo de útero, a variação tipo 16 é responsável por 50%, enquanto que a HPV-18 é responsável por 20%.

Além de ser responsável pela grande maioria de casos de câncer de colo de útero, o HPV-16 também é o responsável pela maioria dos casos de câncer peniano, anal, vaginal, vulvar e de alguns tipos de câncer da orofaringe. Isso faz com que essa variação do vírus seja a mais perigosa de todos.

Risco de câncer

O HPV é um problema e uma preocupação tão grande pelo fato de que ele pode causar vários tipos de câncer. Atualmente, sabe-se que metade dos cânceres de pênis, 60% dos cânceres de vulva, 93% dos de ânus e 99% dos de colo de útero acontecem devido a alguma infecção pelo HPV.

Além disso, o vírus também pode ser responsável pelo desenvolvimento de câncer na laringe, na boca, no esôfago e nos seios nasais. Porém, é importante manter em mente que nem todas as pessoas com HPV irão desenvolver algum tipo de câncer.

Geralmente, o organismo se livra espontaneamente do vírus num período de um a dois anos. Isso quando o sistema imunológico é capaz de lidar com a presença do vírus. Contudo, cerca de 10% das pessoas com HPV irão desenvolver algum tipo de tumor maligno, uma vez que irão desenvolver uma infecção persistente do vírus.

Então, é extremamente importante realizar exames preventivos, uma vez que demora um tempo de aproximadamente 10 a 20 anos para que um tumor maligno se desenvolva bem. Assim, você pode combatê-lo muito antes. 

Sintomas

Existem inúmeros tipos de HPV e, por isso, os sintomas podem variar também. O principal sintoma é o aparecimento de verrugas, tanto na pele quanto na região das mucosas. Além disso, podem se desenvolver sintomas como dificuldades para engolir e dificuldades respiratórias também, por exemplo.

No homem, geralmente os sintomas se manifestam através das verrugas no próprio pênis ou na pele que o recobre, quando a transmissão é feita através do contato sexual. Já nas mulheres, quando há a transmissão sexual e não há sinais de sintomas, como a aparição de verrugas aparentes, é possível comprovar o diagnóstico a partir de um exame das células do colo de útero ou da vagina.

Além disso, durante a evolução da doença na mulher, podem aparecer alguns sintomas como corrimento, sangramento vaginal e dor. Quando há o aparecimento desses sintomas, é muito importante realizar um exame, a colonoscopia, que serve para determinar qual é o grau de avanço da infecção.

O HPV é o grande responsável pelos números tão altos e comuns de mulheres que desenvolvem o câncer de colo de útero e, nesse caso, é bem comum não apresentar sintoma. Exatamente por isso, é extremamente importante realizar o exame ginecológico preventivo, uma vez que muitas mulheres não fazem ideia que estão contaminadas com o vírus.

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Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito de maneira clínica, pelo exame físico. Isso acontece nos casos em que há a formação de verrugas comuns na pele ou de verrugas na região genital, ambas que sejam aparentes.

Entretanto, quando as verrugas não são aparentes, é preciso fazer algum tipo de exame mais específico para diagnosticar a infecção pelo vírus. No caso das mulheres, esse é um problema muito real que acontece frequentemente quando a infecção é no colo do útero, principalmente, ou no interior da vagina.

Isso acontece pois não há sintomas que aparecem. Algumas vezes, nem no exame ginecológico Papanicolau, que se faz periodicamente na consulta ao ginecologista, se comprova a infecção pelo vírus do HPV.

Por isso, para que se possa diagnosticar e ter certeza, durante o exame ginecológico o ginecologista deve recolher um pequeno pedaço de amostra do interior da vagina e do colo do útero também, para em seguida encaminhar para um laboratório.

Após feitos os testes no laboratório, o mesmo informa se há ou não a infecção pelo vírus e, caso haja, qual subtipo de HPV é. Além disso, quando as lesões se encontrar no ânus, é necessário realizar uma anuscopia para que se possa avaliar o interior do ânus, que onde as lesões se desenvolvem.

Apesar de o diagnóstico ser bem intuitivo e óbvio quando há verrugas genitais, ainda assim é importante a realização do teste para outras DSTs. Isso porque é comum que uma pessoa tenha mais de uma doença sexualmente transmissível ao mesmo tempo.

Como prevenir o HPV

preservativo

Há duas maneiras de prevenir o HPV.

A primeira delas é com uso de preservativo. Tanto para não contrair o vírus, quanto para os que o possuem, o uso da camisinha na hora de práticas sexuais é indispensável. Porém, apenas o seu uso não previne totalmente a infecção pelo vírus, pois o mesmo pode se estar alojado em locais da genitália que não são cobertos pela camisinha.

A segunda é a vacinação. É importante que, para que haja uma real e mais certeira prevenção, seja realizada a vacina contra o HPV. Todas são extremamente eficazes e com uma taxa de sucesso maior que 95%.

Quem deve tomar a vacina

O ideal é que as vacinas sejam feitas quando ainda se é jovem e não se iniciou a vida sexual.

Inicialmente se dava a vacina apenas em meninas, porém atualmente se faz tanto em meninas quanto em meninos. Pelo SUS, as meninas devem tomar entre seus nove e 14 anos de idade, e os meninos entre os 11 e 14 anos.

De forma particular, mulheres podem tomar a vacina dos nove aos 45 anos de idade, e homens dos nove aos 26 anos de idade. Pelo SUS, também podem tomar a vacina pessoas que já vivem com HIV ou com AIDS, bem como pessoas que possuem algum tipo de transplante feito dos nove aos 26 anos, tendo então um acompanhamento médico.

Tipos de vacina

É importante informar que há dois tipos de vacinas, ambas protegem contra subtipos específicos do vírus. Uma protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18, combatendo as verrugas genitais e o câncer de colo de útero. A outra protege contra os subtipos 16 e 18 apenas, que são os mais perigosos para desenvolver o câncer de colo de útero.

A vacina possui duas doses, sendo a segunda seis meses após a primeira. Há para pessoas transplantadas ou com HIV, são três doses, sendo a segunda dois meses após a primeira e a terceira seis meses.

Mesmo para as pessoas que já tiveram o vírus do HPV, tomar a vacina é de extrema importância. Isso porque existem vários tipos desse vírus. Então é possível que, sem a vacina, mesmo quem já foi infectado seja infectado novamente por alguma outra variação.

Tratamentos

O vírus do HPV, muitas vezes, desaparece espontaneamente, e normalmente a pessoa nem chega a ficar sabendo que teve. Isso acontece geralmente no prazo de um a dois anos. Não há uma cura para o vírus em si, como um remédio que o mate ou que faça-o desaparecer. O único capaz disso é o próprio organismo, em alguns casos.

Quando há a formação e o aparecimento de verrugas, o tratamento geralmente consiste em remover essa lesão. Quando se desenvolve em um meio interno, como no colo do útero, é preciso remover através de uma cirurgia.

Porém, remover a verruga não é o mesmo que eliminar o vírus do organismo da pessoa. Enquanto ele ainda estiver presente, o paciente pode vir a desenvolver novas lesões, podendo algumas delas serem malignas. Portanto, uma vez que se faça o diagnóstico, deve iniciar o tratamento, o qual pode ser através de medicamentos ou cirúrgico: eletrocauterização, crioterapia, cauterização química, laser e cirurgia convencional quando já há um câncer instalado.

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