Não faça hipnoterapia antes de ler este guia

Saúde mental

A hipnose é uma prática que gera muita curiosidade e misticismo. Por isso, a hipnoterapia acaba sendo um assunto polêmico e com poucas explicações do que de fato é e como acontece. 

Então, neste texto, nós vamos explicar para você, de forma científica, o que é a hipnoterapia, qual o seu lugar dentro da Psicologia e se ela tem algum amparo legal para ser usada como tratamento.

Boa leitura!

O que é a hipnose?

A hipnose nada mais é do que um estado de relaxamento profundo que tem como objetivo estimular o foco em algo em específico, acentuando a imaginação, reflexão e a expressão das emoções.

Diferente do que muitos pensam, a pessoa hipnotizada não fica inconsciente e à mercê de quem está conduzindo. Pelo contrário, durante todo o processo ela está consciente e com total controle da mente e corpo.

Por isso, é preciso saber separar os shows sensacionalistas, que visam técnicas de ilusão com o objetivo de entreter, da hipnose real usada clinicamente. 

O que é hipnoterapia?

A hipnoterapia é uma técnica terapêutica usada para induzir o paciente a entrar em um estado de relaxamento mental e físico, de forma que ele consiga revisitar situações, refletir e entender melhor sobre si mesmo e sobre as causas dos problemas que o incomodam no presente.

Como funciona a hipnoterapia?

Na primeira sessão, o profissional irá conversar com o paciente para entender qual é a principal demanda. Se é algum trauma, vício, problemas no sono, situações mal resolvidas e por aí vai. 

Essa é a hora de deixar claro qual o objetivo principal que levou a pessoa a procurar ajuda, de modo que todo o tratamento será voltado para tal problema e para as questões paralelas à ele que foram surgindo.

Nas próximas sessões, o profissional irá começar a hipnoterapia, usando técnicas seguras e aprovadas para ajudar o paciente a relaxar. 

Tendo alcançado o estado adequado, a terapia começa. Assim, o profissional conduz a sessão com foco em ajudar o paciente a assimilar melhor as informações, memórias, emoções e sentimentos que o atrapalham a viver bem.

A ideia é que o paciente fique mais sensível e com a percepção aguçada, de modo que, com a condução do profissional, ele mesmo entenda as causas e possíveis soluções para suas questões. 

Diferença entre hipnoterapeuta, psicólogo e psiquiatra

Mas afinal, quem é esse profissional?

Bom, toda pessoa que trabalha com hipnoterapia deve ter especialização na área, a diferença é que o hipnoterapeuta não necessariamente é psicólogo.

Muitos profissionais apenas fazem cursos específicos de hipnoterapia, sem de fato se graduarem em psicologia.

Já o psicólogo é exclusivamente aquele que se graduou em Psicologia em uma faculdade reconhecida pelo MEC. Sendo que ele também pode atuar como hipnoterapeuta ao estudar e se especializar no assunto.

Enquanto o psiquiatra é o profissional formado em Medicina, que terá como foco cuidar da saúde mental a partir dos processos fisiológicos e mentais. Ou seja, ele irá cuidar da mente do paciente a partir da farmacologia e outras medidas relacionadas ao organismo. 

Sendo que, se for de seu interesse, também pode se especializar na área clínica e hipnoterapêutica, apesar de não ser muito comum.

A hipnoterapia tem amparo legal?

Apesar de existir a Sociedade Brasileira de Hipnose, no Brasil não há uma legislação específica para a hipnoterapia, sendo que cabe aos conselhos de cada profissão esclarecer e regulamentar essa prática. 

Como, por exemplo, o Conselho Federal de Psicologia, de Medicina e outros. 

O que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) diz sobre a hipnoterapia?

Mediante o valor científico, pesquisas e comprovações da área da saúde, o CFP reconhece a Hipnoterapia como um recurso auxiliar do trabalho do psicólogo, mas apenas quando for necessário e mostrar benefícios claros ao paciente. 

Contato, é claro, que esse profissional da saúde comprove a capacitação adequada para tal fim. 

Além disso, o CFP também ressalta que é proibido o uso da hipnose para fins sensacionalistas e fúteis, de modo a respeitar a integridade do paciente.

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Diante de todas essas informações, talvez você esteja pensando qual o próximo passo e com quem começar o tratamento. Afinal, como falamos alguns tópicos acima, é necessário que o profissional seja especialista e competente para garantir os resultados adequados.

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Equipe Eurekka