Hiperplasia prostática benigna: e quando a próstata aumenta?

Equipe Eurekka
Quase todo homem já ouviu falar de “problema de próstata” e se perguntou sobre o que é ele provavelmente vai dizer que é quando não consegue fazer xixi direito. De forma bem básica, é isso que é a hiperplasia prostática benigna, ou HPB.
Nesse texto, você vai entender melhor o que é esse tal de “problema de próstata”. Além disso, porque ele acontece e o que fazer para melhorar.
Índice
O que significa hiperplasia da próstata?
A hiperplasia prostática benigna, ou HPB, é quando a próstata aumenta de tamanho mas não é câncer. A próstata é uma glândula exócrina. Ou seja, ela produz um líquido (líquido prostático) que se elimina junto com o esperma.
Assim, essa glândula está sempre em proliferação celular. Mas, normalmente, a apoptose (morte de células antigas) também está presente. Isso porque se as células proliferam sem acontecer a apoptose a próstata aumenta de tamanho.
O que acontece na hiperplasia prostática benigna é justamente que a próstata prolifera sem acontecer a apoptose. Por isso, ela fica aumentada.
A uretra do homem é muito longa, bem mais longa do que a da mulher, por isso ela recebe 3 nomes diferentes, a depender de por onde ela passa. Assim, a uretra é dividida em: uretra prostática, uretra membranosa e uretra esponjosa.
A uretra prostática é a parte mais inicial da uretra, logo depois que sai da bexiga. Essa parte passa por dentro da próstata, como se a próstata abraçasse a uretra.
Por isso, quando a próstata aumenta ela comprime a uretra, impedindo que a urina passe normalmente. É por essa razão que a hiperplasia prostática benigna causa os sintomas urinários, que serão detalhadamente falados mais para frente no texto.
Qual a diferença entre hiperplasia e câncer?
A diferença entre HPB e câncer de próstata é que no câncer a proliferação de células é descontrolada e anormal. Assim, ela pode se espalhar para outros órgãos (metástase).
Já na hiperplasia prostática benigna, a proliferação é apenas na próstata. Portanto, não se espalhando para outros órgãos. Além disso, na HPB a proliferação que ocorre nas células é o crescimento normal delas mas, como tem desequilíbrio entre proliferação e apoptose, acontece a HPB.
Causa
Não se sabe exatamente o que causa esse desequilíbrio entre aumento da proliferação das células e diminuição da apoptose. Mas acredita-se que os hormônios androgênicos (testosterona e semelhantes) estejam relacionados com esse processo. Além disso, existem os fatores de risco para a doença, ou seja, fatores que influenciam no aparecimento da hiperplasia prostática benigna, são eles:
- Idade acima de 50 anos
- Níveis elevados de andrógenos: ou seja, aumento de hormônios como testosterona e diidrotestosterona.
- Hereditariedade: homens que têm parentes na família com HPB tem mais chance de ter também.
Entretanto, vale ressaltar que o aumento da próstata com a idade é natural. Portanto, é normal que os homens tenham sua próstata aumentada conforme forem ficando mais velhos. A HPB é quando essa próstata aumenta muito, causando os sintomas urinários.
Sintomas da hiperplasia de próstata
Como mencionado, os sintomas são principalmente urinários por conta da obstrução que a próstata aumentada provoca na uretra. Assim, existem dois grupos de sintomas:
- Sintomas de esvaziamento: são aqueles sentidos quando a pessoa vai fazer o ato de urinar
- Dificuldade de começar a urinar
- Jato urinário fraco
- Fazer força para a urina sair
- Passar mais tempo urinando do que o normal
- Sensação de que a urina não saiu toda após urinar
- Vontade de urinar pouco tempo depois de ter urinado
- Sintomas de armazenamento: são aqueles que aparecem sem estar no momento de urinar:
- Urgência para urinar
- Aumento na frequência em que se urina
- Levantar a noite para urinar
- Perda do controle da urina, ou seja, urinar involuntariamente
Diagnóstico da Hiperplasia prostática
O diagnóstico da HPB é feito pelo médico. Ele avalia a história do paciente, seus sintomas e pode pedir exames também.
Assim, o médico vai focar em saber dos sintomas urinários do paciente, perguntando se faz esforço para urinar, se sente urgência e precisa sair correndo para fazer xixi e coisas do tipo.
Além disso ele também vai procurar saber se tem doenças associadas como diabetes e Síndrome de Parkinson, que podem causar os mesmos sintomas que HPB. No exame físico, o médico realizará o toque retal, por meio do qual ele consegue sentir a próstata e avaliar se ela está aumentada, se está regular e qual a consistência dela. Por meio do toque retal há a possibilidade de conseguir diferenciar hiperplasia benigna de próstata de câncer de próstata.
Em relação aos exames, um ultrassom de próstata diz se a próstata está aumentada, indicando HPB. Junto com ele, uma urofluxometria e um estudo urodinâmico permitem avaliar se o esvaziamento da bexiga estão acontecendo do jeito certo.
Qual o tratamento para hiperplasia de próstata?
Existem dois tipos principais de tratamento para a hiperplasia de próstata. Confira:
Clínico
O tratamento na maioria das vezes é clínico. Ou seja, não envolve cirurgia.
Para pacientes que têm poucos sintomas o tratamento pode ser mudar o estilo de vida e observar, nesses casos ações como diminuir cafeína e álcool, urinar a cada 3 horas e evitar beber água a noite podem ser suficientes para trazer melhora significativa dos sintomas.
Outros casos, porém, em que o paciente tem sintomas moderados pode-se usar medicamentos, duas principais classes de medicamentos são usados:
- Alfa bloqueadores: como prazozin, Terazosina e Doxazosina. Eles agem no músculo liso e na próstata, fazendo com que a compressão sobre a uretra seja menor e assim a urina possa passar com mais facilidade. Esses medicamentos agem imediatamente, então se sente o alívio dos sintomas na hora. Mas o problema deles é que tem alguns efeitos colaterais como tontura, queda da pressão ao se levantar, fadiga e dor de cabeça. Para homens mais velhos é perigoso pois a tontura ao se levantar pode fazer com que ele caia. Por isso, se recomenda que, ao acordar ele sente um pouco na cama antes de ficar de pé.
- Inibidores da 5 alfa redutase: como a finasterida. Essa classe bloqueia a formação de testosterona, que é o hormônio responsável pelo aumento da próstata. Com esse bloqueio a próstata tende a diminuir em 6 meses, o que melhora os sintomas. Entretanto ele demora mais para agir do que os alfa bloqueadores. Apesar disso, apresenta menos efeitos colaterais. Uma observação importante sobre ele é que ele diminui o PSA pela metade. Por isso deve-se multiplicar o PSA por dois depois de começar a tomar esse remédio
- Visando uma ação imediata mas com menos efeitos colaterais a combinação dessas duas classes de medicamentos é uma opção que muitos médicos utilizam.
Cirurgia
Porém, se os sintomas são muito significativos a cirurgia é uma opção. Assim, existem dois tipos de cirurgia que se pode fazer:
- Técnica endoscópica chamada de ressecção transuretral: nela se entra pelo pênis com o endoscópio que raspa parte da uretra.
- Técnica de cirurgia aberta ou prostatectomia: nesse caso se tira a próstata. Mas essa cirurgia pode trazer efeitos colaterais como impotência ou incontinência urinária. Por isso só é feita quando os sintomas são muito intensos e outros tratamentos falharam.
Próstata aumentada causa impotência?
O aumento da próstata em si não causa impotência a não ser em casos muito raros e extremos. Mas o tratamento para a HPB, seja por alguns medicamentos como os inibidores da 5 alfa redutase ou seja pela prostatectomia, podem causar.
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