8 hábitos nocivos para sua saúde mental

Bem-estar, Saúde mental

Imagine a rotina ideal para a sua saúde: acordar depois de um sono reparador, fazer exercícios, tomar um café da manhã saudável e nutritivo… São ótimos objetivos, não é mesmo? Mas, então, por que não conseguimos atingi-los? Muitas vezes, são os hábitos nocivos que nos afastam dessa realidade.

A verdade é que existem hábitos muito comuns que prejudicam a nossa saúde física e mental. E, como resultado, há um impacto direto na qualidade de vida diária. No entanto, podemos pensar melhor sobre o nosso modo de agir e, assim, criar hábitos melhores!

Nesse texto, vamos entender melhor sobre alguns hábitos nocivos para nossa saúde mental e saber um pouco mais sobre como eles se formam. Boa leitura!

Como os hábitos se formam?

Em primeiro lugar, precisamos entender o que é hábito. Um hábito é uma ação (ou várias ações) que a gente costuma repetir com frequência. Muitas vezes, é uma resposta automática para uma situação.

A partir disso, podemos entender melhor como os hábitos se formam. Na nossa rotina, repetimos algumas ações muitas vezes. Isso faz com que o nosso cérebro as torne cada vez mais automáticas. Ou seja, a gente passa a fazê-las sem pensar. 

De forma geral, podemos dizer que criar hábitos começa a partir de um estímulo. Este, por sua vez, provoca uma sequência de ações. Então, temos uma recompensa.

Para ficar mais fácil de entender, vamos pensar em um exemplo: Imagine que você costuma vestir uma roupa confortável toda vez que chega do trabalho. Ao voltar para casa, você sente o desejo de conforto e aconchego. Então, troca de roupa e tem essa vontade satisfeita. 

Todas as vezes que você recebe o mesmo estímulo, ou seja, a volta do trabalho, repete a mesma ação. Assim, você recebe a mesma recompensa do conforto. Depois de algum tempo, a troca de roupa passa a ser um hábito.

Por que criamos hábitos nocivos?

Mesmo desejando mudar, muitas vezes a gente acaba mantendo hábitos ruins. Afinal, eles surgem e se repetem da mesma forma que os hábitos bons.

Se algo que fazemos nos traz um resultado positivo, mesmo que seja por poucos momentos, temos grandes chances de repetir esse mesmo padrão. 

Porém, os hábitos nocivos têm uma diferença dos demais. Temos uma sensação de prazer ou conforto em curto prazo, e consequências ruins em longo prazo.

Além disso, precisamos lembrar que o contexto em que vivemos favorece para que alguns hábitos se mantenham ou não. Então, se você tem hábitos ruins, é provável que o seu ambiente influenciou para que eles surgissem.

Por exemplo: é muito fácil passar o dia todo nas redes sociais se o seu celular está sempre ao seu alcance. Por outro lado, é difícil criar o hábito de ter uma alimentação saudável se você não tem acesso a frutas ou legumes.

8 hábitos nocivos que afetam sua saúde mental

Agora que já entendemos um pouco melhor sobre como formamos os nossos hábitos, vamos falar sobre alguns hábitos nocivos que afetam a saúde mental.

Fique atento: perceber se esses modos de agir estão presentes é o primeiro passo para começar a mudar seus hábitos para melhor!

Falta de organização

A organização nos traz uma maior sensação de estabilidade e segurança. No entanto, a falta dela pode aumentar o estresse e os sintomas de ansiedade.

Ao organizar o seu ambiente, você pode criar um espaço mais agradável para viver, que permita otimizar o tempo. Da mesma forma, quando organiza a rotina, pode estabelecer as suas prioridades, e não sentir uma sobrecarga.

Usar o celular antes de dormir

O sono de qualidade e a higiene do sono são vitais para estarmos mais dispostos e relaxados no dia seguinte. Por isso, logo antes de dormir, precisamos preparar o nosso corpo para o descanso. 

No entanto, quando usamos o celular antes de dormir, ficamos mais expostos à luz e recebemos milhares de informações. Ao invés de perceber que é hora de relaxar, o cérebro fica ainda mais ativo.

Dessa forma, esse hábito afeta a produção de melatonina, o hormônio que regula o nosso ciclo do sono. Por isso, o resultado é um sono com pouca qualidade, e a sensação de cansaço no dia seguinte.

Então, tente deixar de usar o celular pelo menos uma hora antes de dormir. O celular tira o sono, sim! Nesse período, você pode criar uma rotina pré-sono: ler um livro, fazer meditação guiada… Assim, pouco a pouco, você cria o ambiente para descansar.

Não ter uma rotina

A falta de rotina pode trazer mais estresse, ansiedade e até mesmo tristeza. Afinal, não conseguimos organizar nossas atividades, nem mesmo ter uma ideia do que vai acontecer em cada dia. 

É claro que não precisamos ser rígidos e planejar cada minuto do dia. Porém, habituar o nosso corpo com um mínimo de rotina ajuda muito a alcançar e manter a saúde mental.

Assim, o melhor é organizar algumas etapas do seu dia. Por exemplo: os horários para dormir e para acordar, o momento que você fará as refeições e o período dedicado para o trabalho e o descanso.

Sedentarismo

A prática de atividade física nos traz a sensação de bem-estar, por meio da liberação de hormônios como a endorfina e a serotonina. Dessa forma, podemos ter uma melhora no humor e na disposição, reduzir a ansiedade e até mesmo na qualidade do nosso sono.

Por isso, o sedentarismo é um hábito nocivo para a saúde mental. Uma boa alternativa é procurar um exercício que seja prazeroso, acessível e que se encaixe na sua rotina.

Falta de gratidão

Com frequência, não damos atenção às coisas positivas que acontecem à nossa volta. Assim, não temos o hábito de praticar a gratidão.

Vale lembrar que ser grato não precisa ser sinônimo de positividade tóxica! Pelo contrário, é preciso reconhecer e aceitar a realidade, mas direcionar a atenção para perceber as coisas boas que acontecem.

Alguns estudos já mostram os benefícios da gratidão para a saúde mental, como o aumento do otimismo e a redução dos sintomas de ansiedade e depressão.

Fazer muitas coisas ao mesmo tempo

Você já se observou fazendo várias coisas ao mesmo tempo? Muitas vezes, tentamos fazer isso para otimizar o nosso tempo. Porém, a verdade é que isso nos deixa ainda mais ansiosos e cansados. 

Ao invés de manter esse hábito, o melhor é planejar a agenda para dar atenção a cada uma das tarefas. Assim, você dedica o tempo necessário para cumpri-las da melhor forma possível.

Não saber dizer “não”

Dizer “não” é essencial para respeitar os próprios limites. Assim, não assumimos tarefas que não conseguimos cumprir e priorizamos o que é importante de verdade. 

• Leia também: Dizer não: psicólogos ensinam como ter mais disciplina

Ter uma alimentação ruim

Uma alimentação pouco equilibrada é um hábito ruim para a nossa saúde física e mental. Se não oferecemos ao corpo os nutrientes de que ele precisa, temos menos qualidade de vida, energia e disposição. 

Uma alimentação ruim também tem efeitos no cérebro: ela prejudica o controle dos impulsos e o humor.

Para melhorar a alimentação, você pode priorizar alimentos mais nutritivos, como frutas, hortaliças e grãos integrais. Por outro lado, é bom reduzir o consumo de alimentos muito processados, ricos em açúcar e gordura. 

Além disso, outro hábito saudável é comer com atenção. Assim, você consegue entender melhor a fome e a saciedade. O mindful eating está crescendo e é um bom hábito para você ter!

A melhor forma de se livrar dos hábitos ruins

Se livrar de um hábito ruim é bem mais difícil quando não aplicamos a estratégia de colocar outro hábito bom no lugar. Por exemplo, se você sente que mexe demais em seu celular e disser “a partir de agora não vou mais mexer nas redes sociais”, essa mudança funciona logo de cara?

Mas e se você ao invés de escolher só parar de mexer no celular você decidir deixar um livro próximo a sua cama e o celular dentro de uma gaveta, nas horas vagas não será mais provável você pegar o livro para ler do que o celular?

Pois é, aqui está uma estratégia de substituição de hábitos muito eficaz! No curso “Vencendo a depressão em micropassos” os fundadores da Eurekka ensinam isso de forma bem prática. Assim, você consegue substituir os hábitos ruins que podem até te causar uma depressão por hábitos bons que trarão ânimo no seu dia a dia!

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Laura Hoffmann

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