EMDR: saiba tudo sobre essa moderna técnica
Equipe Eurekka
A psicologia, como todas as áreas da saúde, está sempre se aprimorando e em busca de tratamentos cada vez mais eficazes. Sendo assim, se você está aqui, é provável que tenha interesse em saber mais sobre a moderna técnica de EMDR, certo?
Por isso, hoje vamos te ajudar a descobrir tudo sobre essa técnica! Por aqui você vai descobrir o que é, quem inventou, como ela funciona e o que os órgão de saúde falam sobre o assunto. Esperamos que goste da leitura!
Índice
O que é EMDR?
A terapia EMDR (Eye Movement Dessensitization and Reprocessing) conhecida como Dessensibilização e Reprocessamento através do Movimento dos Olhos, é uma técnica que pode ser utilizada para reprocessar traumas.
Essa técnica se dá a partir do reprocessamento das memórias e vivências dolorosas através da estimulação cerebral bilateral. No início dos estudos, o reprocessamento era visual, mas, hoje em dia, já existe o reprocessamento a partir de estímulos auditivos ou táteis.
Em resumo: ao longo de nossa vida, passamos por situações dolorosas, complexas ou traumáticas que ficam “congeladas” naquele momento em que o evento ocorreu. Assim, essa situação pode trazer sintomas como mal-estar e dificuldades no momento atual.
Por isso, na terapia EMDR, será feito o histórico clínico do paciente, para poder identificar e reprocessar as suas memórias. Ou seja, a partir dessa estimulação, a terapia permite que o paciente consiga fazer uma conexão entre memórias e emoções, dando um significado mais adaptativo ao evento.
No entanto, é importante dizer que o objetivo da EMDR não é fazer com que a pessoa esqueça dos traumas que viveu, mas sim permitir que ela tenha uma outra leitura emocional para os eventos dolorosos.
Além disso, vale citar que, apesar de ter evidências dos resultados para certos casos, ainda é preciso mais evidências que fortaleçam a teoria e expliquem melhor qual o mecanismo que está por trás desse tipo de terapia.
Quem inventou o EMDR?
Essa terapia foi descoberta pela psicóloga Dra. Francine Shapiro, uma americana, no final da década de 80. Um fato curioso é que, no início, não se chamava EMDR, e sim EMD (sem a parte do reprocessamento).
Porém, ela foi descobrindo que, ao movimentar os olhos, gerar estímulo e ativar algumas lembranças, a carga emocional da memória ia “diminuindo”.
Muitas das pesquisas iniciais eram feitas, inclusive, com veteranos de guerra. Ao longo de seus estudos, Dra Shapiro percebeu que, além da dessensibilização, acontecia um reprocessamento. Ou seja, ocorria uma certa associação com outras questões e os traumas adquiriam um novo sentido na vida daquela pessoa.
Por isso, o nome foi adaptado para esse que usamos hoje em dia.
Para quais problemas o EMDR pode ser usado?
Quando falamos em traumas, é comum que as pessoas imaginem grandes eventos traumáticos, mas será que o EMDR só serve para isso?
Não! De fato, existem traumas que são mais complexos, de situações mais ameaçadoras à vida das pessoas. No entanto, isso não significa que apenas essas pessoas possam realizar o tratamento com essa técnica.
Logo, o EMDR é indicado para todo o tipo de situações e eventos dolorosos que sejam difíceis e complicados de enfrentar, independente de idade ou fase da vida.
Em especial, podemos citar o Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT), que se dá a partir de um evento estressor. Esse transtorno gera sintomas de ansiedade, com manifestações físicas e psicológicas que trazem muito sofrimento à pessoa.
Para essa terapia, trauma é todo o tipo de memória que não ficou processada, ou seja, uma memória que toda a vez que é lembrada causa desconforto e sintomas negativos para a pessoa.
Como funciona a terapia EMDR?
A terapia EMDR funciona através de estímulos bilaterais. Mas o que isso significa?
Em resumo, os estímulos podem ser visuais, auditivos (através de fones ou sons feitos com as mãos) ou táteis (com ritmos e velocidades pré- determinadas). As teorias acreditam, inclusive, que essas técnicas funcionam porque estimulam diferentes regiões do cérebro.
Na prática, funciona como uma viagem nos pensamentos: o terapeuta irá buscar “memórias-alvos” e ativar essas memórias através de situações importantes. Por exemplo: escolhe-se uma memória, e, a partir disso, uma imagem, uma emoção e uma sensação física que representem essa memória.
Por isso, para o EMDR, é muito importante a relação entre as experiências traumáticas e as sensações corporais.
O que os órgãos de saúde falam sobre essa técnica?
Quando pensamos na área da saúde, os órgãos reguladores e responsáveis possuem um papel vital. Nesse caso, é útil entender o que diz o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e a Associação Americana de Psicologia (APA).
Um tratamento, para ser considerado eficaz, precisa passar por uma série de estudos e pesquisas antes que os profissionais comecem a usá-lo. Levando isso em consideração, vamos ver como isso se relaciona com a técnica de EMDR.
Para o CFP, o código de ética do psicólogo deve ser seguido. Isso significa que o psicólogo deve estar atento para utilizar apenas técnicas e teorias que sejam científicas, ou seja, que tenham passado pela fase de estudos. Por isso, é vital que o profissional esteja sempre estudando e atento ao que é científico e o que não é.
Já para a APA, ainda é necessário estudar mais essa terapia. Esse órgão considera a técnica EMDR como “condicionalmente recomendada”, ou seja, as evidências não sugerem que esse seja o melhor tratamento para transtornos relacionados a traumas, como o TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
Mas, ainda que não seja o tratamento mais eficaz disponível, pode ser uma alternativa de acordo com o caso. É por essa razão que se mostra vital a busca por um profissional sério e ético que irá fazer tudo da forma mais segura possível.
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