O que Divertida Mente 2 nos ensina sobre as emoções?
Equipe Eurekka
Divertida Mente 2 estreou nos cinemas dia 20 de junho e já bateu recordes de bilheteria! Em 19 dias a animação arrecadou US$1 bilhão em venda de ingressos, sendo a primeira a conseguir isso.
Baseado em conceitos da Psicologia, o desenho ensina de um jeito criativo como o nosso cérebro e as nossas emoções funcionam, sendo uma lição e tanto para adultos e crianças.
Por isso, neste texto, nós separamos 5 ensinamentos que Divertida Mente nos mostra e que talvez você tenha deixado passar. Vamos lá?
Índice
Quais as novas emoções de Divertida Mente 2?
Além das emoções que nos são apresentadas no primeiro filme, alegria, tristeza, raiva, nojo e medo, Divertida Mente 2 traz quatro novas emoções: tédio, inveja, ansiedade e vergonha. Com uma participação especial da nostalgia.
O que Divertida Mente 2 nos ensina sobre o cérebro e as emoções?
Veja agora como todas essas emoções se unem para nos ensinar mais sobre como a gente funciona por dentro!
1. A importância de cada emoção
Essa ideia, que já era presente no primeiro filme, é muito reforçada em Divertida Mente 2.
No longa, a gente percebe que as emoções não são divididas entre “boas” e “ruins”, pelo contrário, todas elas são úteis em situações específicas.
Por exemplo, a ansiedade é o que faz com que a Riley se prepare para situações difíceis, enquanto a nojinho a impede de realizar ações que possam trazer constrangimento ou mal-estar.
Assim, percebemos que todas as emoções são uma resposta natural do organismo para um evento externo, portanto o problema não está na emoção, mas sim na sua intensidade.
Afinal, até mesmo a alegria, que geralmente traz sensações boas, é capaz de trazer prejuízos para Riley quando ela tenta tomar todo o controle.
Então, é importante entender que toda emoção vem, cumpre seu papel e vai embora. Nenhuma delas deve ser para sempre e nem desproporcional à situação.
2. Nem sempre devemos agir de acordo com as emoções
No início do filme, antes das novas emoções aparecerem, há uma cena específica em que as 4 emoções básicas se afastam do painel e deixam que a própria Riley tome o controle da situação.
Elas percebem que aquele não era o momento de se manifestarem e que a menina dava conta do recado sozinha.
E isso pode parecer um detalhe não muito importante, mas a verdade é que significa muito!
O que os profissionais da Psicologia sempre dizem é que nós devemos controlar as nossas emoções e não ao contrário. Assim, há momentos em que é importante deixarmos as emoções de lado, nos concentrarmos e fazer o que é certo independente do que sentimos.
As emoções estão ali para nos ajudar, mas não devemos deixar que elas nos controlem.
Por exemplo, pode ser que em determinado momento você esteja com muita raiva, mas você não vai bater na mesa e gritar com as pessoas, você vai entender essa emoção, respirar e agir do jeito mais adequado.
3 – Como o cérebro funciona durante o sono
Outra faceta do cérebro que Divertida Mente 2 nos mostra é o papel do sono no processamento de informações.
Você deve ter percebido que quando a Riley dorme, as emoções separam as memórias, guardam aquilo que é importante e descartam aquilo que não é.
Além disso, quando as emoções acabam esse trabalho e vão dormir, os trabalhadores começam a fazer reformas na área de controle, que é quando as novas emoções surgem.
E essa foi uma representação genial do que acontece no cérebro enquanto dormimos. Isso porque o nosso sono tem diversas fases, e é durante a fase do sono REM que nossas memórias são processadas e hormônios são liberados, ocorrendo grande atividade cerebral para “otimizar o corpo”.
E é por isso que essa é a fase do sono mais profundo, uma vez que seu cérebro precisa que você esteja imerso para fazer esse trabalho.
E em Divertida Mente isso fica muito claro, de modo que toda a organização de memórias e reparos é feita enquanto Riley dorme e não quando ela está acordada.
4 – A diferença entre a ansiedade normal e a ansiedade tóxica
Como falamos alguns tópicos acima, a ansiedade, assim como as outras emoções, é uma reação normal a alguma situação externa. Sendo ela a responsável por nos fazer agir perante uma ameaça ou nos preparar para alguma situação.
Por exemplo, em Divertida Mente 2, é a ansiedade que faz a Riley pensar sobre seu próximo ano na escola sem as amigas, a impulsionando a tomar atitudes para que ela não fique sozinha.
Assim, é a ansiedade que a faz falar com Val, sua veterana na escola e no time de Hockey. Assim como também é a ansiedade que faz com que Riley treine mais para que consiga uma vaga no time.
Porém, vemos que a ansiedade se torna tóxica quando, ao invés de impulsionar, ela paralisa Riley, a fazendo ter uma crise por conta do pensamento acelerado e do medo desproporcional de ficar sem amigas e sem uma vaga no time.
Mas um ponto importante e muito singelo é que, no meio dessa crise paralisante de Riley, vemos que a ansiedade não é inimiga dela.
A própria ansiedade se vê em um estado de surto, pois quer ajudar Riley de todas as formas e não está conseguindo. E esse detalhe faz toda a diferença.
A sua ansiedade não é um mal que mora dentro de você e que precisa ser combatido. Ela só precisa ser entendida e ouvir “ei, tá tudo bem aqui fora, não precisa surtar”, a fim de que ela volte ao seu estado normal de ajuda e não de toxicidade.
É sobre fazer as pazes com suas emoções e não lutar contra elas.
5 – Nossas crenças e memórias são o que nos formam
Em diversos momentos da animação, vemos que a alegria e a ansiedade levam as bolinhas de memória para um lago. Assim, essas memórias criam raízes que se tornam crenças e começam a moldar a personalidade da Riley.
E essa foi outra forma incrível de mostrar o conceito de crenças na Psicologia. Hoje, já se sabe que cada ser humano tem crenças que se formam a partir das experiências de vida, contexto de criação, cultura, memória e outros.
Essas crenças podem ser tanto positivas quanto negativas. No início vemos que a alegria deixava apenas que coisas boas se tornassem crenças, como “eu sou legal” ou “eu sou boa”.
Porém, com o passar do tempo, a ansiedade começa a colocar outras crenças ali como “eu não sou boa o bastante”, assim essa crença disfuncional começa a ecoar na personalidade de Riley, da mesma forma que as outras.
E na psicologia nós chamamos isso de crença limitante.
Bom, e a verdade é que na nossa vida é assim também, nós temos ambos os tipos de crença, afinal são as marcas inevitáveis da vida. E é isso que constitui quem nós somos.
Mas é importante perceber que essas crenças não são necessariamente verdades, elas são percepções suas da realidade criadas pelas suas experiências. Não são uma verdade absoluta.
Então, por exemplo, se você tem uma crença de que vai acabar sozinho, sem nunca encontrar alguém, isso não é uma verdade a que se apegar, é uma visão criada por um medo. Assim, é preciso trabalhar essa crença e questioná-la.
E é por isso que o autoconhecimento é tão importante, pois é a partir dele que aprendemos a perceber nossas crenças, entender de onde elas vêm e como trabalhá-las, inclusive questionando-as quando necessário.
Sempre abraçando com carinho quem somos, inclusive as nossas fragilidades.
Onde Divertida Mente 2 vai lançar?
A animação está agora nos cinemas e, depois, irá para a plataforma de streaming da Disney.
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