Teste de distimia: descubra se você realmente tem a doença

henrique souza fundador da eurekka

Henrique Souza

É muito comum que algumas pessoas sintam sintomas como desesperança, mudança de peso, alterações no sono e outros, mas não sabem dar um nome para isso tudo que elas sentem. E é aí que o teste de distimia pode ajudar!

Neste texto, nós vamos explicar o que é esse transtorno, como ele se difere de um episódio de depressão maior e quais os sintomas. Depois, vamos disponibilizar o teste de distimia para que você possa ter uma ideia se há muitos sinais desse transtorno presentes na sua vida.

Boa leitura!

O que é distimia e por que fazer o teste de distimia?

A distimia é um transtorno de humor que também é conhecido como Transtorno Depressivo Persistente. Enquanto a depressão dura alguns meses, na distimia os sintomas depressivos são mais leves, porém duram anos.

Assim, a distimia acaba impactando na capacidade das pessoas de se relacionarem e manterem um relacionamento amoroso, por exemplo. Isso porque parece que elas sempre focam no lado “pessimista” e doloroso da vida. Dessa forma, pode ser difícil dividir a vida com alguém que tem dificuldades em se sentir satisfeito e bem.

Com frequência, pessoas com distimia sentem que foram assim a vida inteira, pois a distimia, no geral, começa na infância, na adolescência ou no início da idade adulta.

Dessa forma, embora o comum seja que os sintomas sejam mais leves, a falta de tratamento e outras circunstâncias de vida da pessoa com distimia podem levar a uma depressão mais severa, com sintomas fortes.

E assim como ela pode piorar no meio desse período, é até possível que a pessoa se sinta melhor. Porém, no geral, essa “melhora” não dura mais do que poucas semanas, e logo ela volta a se sentir mal de novo.

Por isso, ao fazer o teste, você vai ter uma noção mais clara se tem a doença, a fim de procurar ajuda.

mulher suspeita que tem distimia

O teste de distimia é para você?

O teste é necessário para quem apresenta os sintomas da doença, como o sentimento de estar “na pior”, reclamando de tudo e não conseguindo fazer as suas atividades ou sentir prazer nelas

Além desses, existe uma longa lista de sintomas que varia de pessoa para pessoa, como quais e quantos deles estão presentes.

Em maior ou menor intensidade, a maioria das pessoas já passou por alguns desses sintomas na vida. No entanto, as pessoas com distimia experimentam pelo menos dois deles em uma intensidade alta o suficiente para causar sofrimento no dia a dia e prejuízo nas atividades acadêmicas, profissionais, sociais, de relacionamento etc.

Além de também sentirem esses sintomas por dois anos ou mais.

Sintomas da distimia

O principal sintoma de distimia é que, nos últimos dois anos, você tenha sentido um humor deprimido, na maior parte dos dias.

Humor deprimido é o nome que a gente dá para um estado de baixo ânimo e baixo prazer. Embora o humor deprimido não seja tão intenso quanto uma depressão, ele ainda é um humor mais deprimido do que você tinha antes da distimia, e mais deprimido do que a média das pessoas tem.

Além disso, para seu diagnóstico ser de distimia, você tem que apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas:

  • Mudanças no peso
  • Falta de ânimo
  • Tristeza constante
  • Mudança no apetite
  • Falta de prazer
  • Variações no seu sono (seja insônia ou hipersonia);
  • Sensação constante de desesperança

Causas da distimia

A distimia não tem uma causa única e a explicação para a distimia de cada pessoa vai estar “diluída” entre a genética e as experiências de vida dessa pessoa em específico. Logo, não existe uma fórmula perfeita para prever se alguém vai ter ou não distimia.

No entanto, a maioria desses fatores têm a ver com hábitos. Ou seja, com o seu estilo de vida e atividades diárias: o quanto de exercício físico você faz, sua alimentação, o seu sono e suas relações sociais. Isso tudo interfere, e muito, no bem-estar.

Existem evidências de que fatores genéticos também podem contribuir para você desenvolver distimia. As pesquisas estimam, por exemplo, que filhos de pessoas com distimia costumam desenvolver distimia 50% das vezes. Além disso, desafios e traumas, como violência, abusos e a perda ou a separação dos pais são fatores que se ligam à distimia.

Teste de distimia para identificar a doença

Agora que você já entendeu melhor o que é a distimia e porque ela ocorre, vamos fazer o teste e descobrir se os sintomas que você sente hoje estão relacionados a essa doença? É só fazer o teste aqui embaixo:

Tratamento

A boa notícia é que a distimia pode ter cura! A mesma forma de tratar que se aplica para a depressão se aplica para distimia, e pode ter bons resultados. E a essência de tratar a depressão, que hoje chamamos de ativação comportamental, é justamente tornar a rotina dessa pessoa mais ativa e prazerosa.

A terapia de ativação comportamental ajuda a pessoa a se reconectar com uma rotina que seja prazerosa e produtiva, em micropassos.

Além da terapia de ativação comportamental, também se recomenda buscar um psiquiatra, a fim de entender se remédios serão necessários no seu caso. Também é necessário investir em mudanças de hábitos alimentares, uma boa higiene do sono e exercícios físicos regulares.

Durante o tratamento da distimia, é importante que você esteja consciente de que o progresso, por mais que pareça bom e rápido de início, pode travar – ou até mesmo regredir.

Mas isso não significa que você não possa voltar a avançar em direção a cura! Por isso, não deixe o tratamento de lado por causa de uma recaída, isso é normal e pode acontecer. Mantenha o contato com o seu terapeuta e sempre avise caso você note que piorou.

E se você quiser ajuda de um psicólogo da Eurekka, clique aqui e marque sua sessão online!

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henrique souza fundador da eurekka

Henrique Souza

Henrique é psicólogo pela UFRGS, atuando na clínica com a Abordagem Analítico-Comportamental, apaixonado por criatividade e comunicação e co-fundador da Eurekka, a startup de Psicologia que se tornou a maior rede de psicoterapia do Brasil. Além de fazer mais de 5000 sessões por mês, a Eurekka também oferece telemedicina, franquia para Psicólogos e outros produtos tanto para quem busca mais saúde e uma vida com propósito, quanto para psicólogos querem alavancar sua carreira.

29 replies on “Teste de distimia: descubra se você realmente tem a doença”

Fui diagnosticada com a distimia aos 25 anos. Minha infância e adolescência, foram repletas de episódios de melancolia e crises depressivas com idealização suicida. Me trato desde os 25 anos até hoje, tenho 48 anos. Muitas vezes acreditei que estava bem e parei a medicação, o que me custou recaídas intensas até chegar a depressão maior. Aceitei o fato que terei que usar antidepressivos para o resto da vida e só assim consegui ter uma vida saudável. Sei que mesmo medicada, sinto um pouco da melancolia causada pela distimia, porém nada que me faça não ter forças para seguir minha vida e fazer minhas tarefas de rotina. Posso dizer que no geral me sinto feliz. A minha distimia é orgânica e possivelmente adquirida por fatores externos ou seja, minha mãe ao me gerar sofreu diversas agressões do meu pai até o seu último dia de gestação. Sou bastante resiliente e não carrego mágoas com relação a ele. Agradeço a todos os profissionais de saúde mental por terem detectado cedo e me ajudado a ter uma vida melhor.

Ei, Anna!

Muito obrigada por compartilhar um pouquinho da sua história com a gente, ainda mais sobre esse tema tão delicado. Ficamos felizes em saber que você encontrou o tratamento e conseguiu lidar com essas situações tão difíceis 💛

Estamos aqui para o que precisar!

Abraços,

Gabi da Eurekka

O difícil é acreditar em alguma solução depois de tomar remédio por 25 anos. Chega um ponto que a desistência é certa. Infelizmente a medicina ainda tem muitas limitações.

Apesar de ter todos os sintomas nunca ouvi falar sobre distimia agradeço muito ter informações. Preciso procurar tratamento! 🙏

Informativo muito útil e sensível sobre a distimia, um transtorno muitas vezes mal compreendido. Explicar a diferença entre a distimia e a depressão maior é esclarecedor e o teste oferecido é uma ferramenta valiosa para ajudar as pessoas a identificar possíveis sintomas. Além disso, a ênfase na importância do diagnóstico e tratamento é crucial, uma vez que a distimia pode afetar a qualidade de vida e os relacionamentos. Este post é uma contribuição valiosa para o entendimento e a conscientização sobre a distimia. Excelente trabalho!

Olá!

Muito obrigada por esse retorno positivo! Ficamos muito felizes em saber que nosso material está ajudando na conscientização sobre saúde mental!

Abraços,

Gabi da Equipe Eurekka

Eu nunca tinha ouvido falar nessa doença sempre achei que era depressão pois já faço tratamento e não tenho obtido resultados,a mais de 15 anos que trato e nada cada dia eu pioro não vejo sulucao para meu problema..

ter um olhar para o problema e encarrar de frente melhor solução, saber que tem a distimia e procurar ajuda vai trazer uma melhora significativa na vida da pessoa. Eu tenho distimia e estou buscando a cada dia melhorar e a trabalhar esses sentimentos que tanto nos afetam.

Isso mesmo, Roberto! Buscar ajuda é essencial para uma melhora significativa.

Agradecemos seu comentário. Continue nos acompanhando.

Abraços,

Erick da Equipe Eurekka

Olá meu teste marquei três, tenho ansiedade generalizada depressão toc,e muitos pensamentos negativo, perdi minha mãe a 2 meses e os sintomas aumentaram, até a crises de Pânico e ansiedade

Tenho uma profunda tristeza desde criança. Me formei como advogada, mas as coisas não andam. Tomo antidepressivos, mas agora estou sem plano de saude. Tenho vontade de ficar o dia inteiro na cama. Não vejo graça na vida.

Em 27 anos já passei por 4 psicólogos. Recentemente fui diagnosticada com distimia por uma psicóloga especialista em TCC.
Com 12 anos percebi que tinha algo de errado, mas na primeira e segunda psicóloga nunca permaneci por mais que 6 meses, não me senti acolhida.
Em 2019 encontrei um psicólogo onde permaneci por 2 anos, até que um dia não me senti mais acolhida e decidi trocar.
Há 5 meses comecei a fazer terapia com minha atual psicóloga e há alguns dias recebi o diagnóstico.
Nunca me achei boa em nada, nunca consegui olhar para o lado bom das coisas (só enxergo o lado ruim), na maioria das vezes que comecei alguma coisa nunca acabei, nunca consegui ver um futuro ou planejar alguma coisa, não vejo sentido em nada, sinto que não pertenço a esse mundo.
Tudo isso depois de me formar e nunca ter conseguido um emprego na área (também nunca acreditei que fosse conseguir), trabalhando em qualquer coisa porque nunca acreditei que fosse capaz de evoluir (por isso troquei diversas vezes de emprego) e o fim de um relacionamento muito longo.
Hoje me encontro em uma situação de quase um desprezo pela vida. Sem profissão, sem relacionamentos, sem dinheiro, sem força, e o pior de tudo: sem esperança. Tenho a sensação de que viajei bastante e estou extremamente cansada, parece que cheguei no fim da linha.

Tenho 64 anos e desde criança, tinha a sensação que nada era de verdade,e que nada fazia sentido.e tudo só foi piorando ao longo da vida.fui aprendendo a lidar com todo sofrimento da melhor forma possível.hoje tô aqui ainda viva,mas sem nenhum interesse pela vida.so agora a pouco tempo encontrei um médico que me deu esse diagnóstico.e descobri que minha mãe tbm tem. Estou aqui fazendo jus a música do Raul Seixas.

Tenho 48 anos, acredito que tenho distimia desde criança. Abandonei a terapia essa semana. Fazia terapia há pelo menos 5 anos consecutivos. Fazia com Dra. Adriana Bastos da UERJ.
Não acredito na vida como ela é. Papai Noel, Deus, futebol, Rock in Rio, carnaval, democracia. Tudo é apenas enganação.
Não consigo lidar com meus sentimentos e desejos.
Só estou esperando minha hora.

Ivanilde, recomendamos que você busque terapia e até mesmo psiquiatria para começar o seu tratamento. Se você já identificou sintomas em si mesma e chegou até este texto, sabe que tem a capacidade de melhorar.
A Eurekka tem psicoterapia e psiquiatria, veja mais na nossa área “serviços”.
Abraço!

Olá! Me chamo Juliana,tenho 33 anos e em 2017 fui diagnosticada com Distimia,nunca tinha ouvido falar desse tipo de depressão!Mas fiquei aliviada em saber que meu Mau humor constante e minha dificuldade em me relacionar eram uma doença e não minha personalidade,hj faço tratamento e sou Feliz!!!

olá, eu sou muito jovem e realmente acho que tenho esse tipo de depressão venho pesquisando essa doença já faz 2 meses , quando tinha 5 anos sofri bowling por ser gorda então tentei emagrecer mas meus familiares notaram e ficaram rindo por eu tentar mudar,
aquilo me magoo profunda mente comecei a chorar todas a noites , eu esperava os meus pais irem dormir e chorava baixo para n acordarem , comecei a ficar ansiosa e a única coisa que me fazia sentir melhor era comer doce juntava todo o dinheiro que conseguia e ia em uma loja comprar muuuitos doces e comia escondido dos meus pais sempre que me sentia triste ou com raiva e eu sempre fui isolada das outras pessoas , das garotas pq elas eram bonitas felizes e eram perfeitinhas por isso nunca deixaram eu ficar junto com elas e dos garotos pq tinham nojo de mim .
Depois de alguns anos me mudei para o exterior eu ainda n tinha contado para os meus pais tudo isso ,no inicio foi tudo lindo e maravilhoso mas 1 mês depois comecei sentir falta de cosa e da minha família mas n os contei que queria voltar ,pq o sonho deles sempre foi morar no exterior para poder me dar uma vida melhor e não quero que seja eu quem vai estragar os sonhos deles mesmo que tenhamos parcialmente nos mudado para aqui por minha causa.
muito obrigada por gastarem o vosso tempo para ler o meu desabafamento.

Respondi sim para todas as perguntas. Eu já tive diagnóstico de depressão profunda e agora é uma depressão grave. Sempre tive problemas de sono. Faz alguns meses que estou muito desanimada, cansada. Só quero dormir. Fui em uma psiquiatra que já tinha ido outras vezes, mas não gostei da consulta. Estava ansiosa pra conversar e na maior parte do tempo só eu falei e ela ficou me olhando com “cara de paisagem”. Já fui em outros que não agiram assim, não sei se é a “escola” dela, mas saí pior do que entrei. Fiquei muito triste, chorei muito depois. Achei que ela não teve a mínima empatia comigo. Pelo menos não demonstrou. É assim mesmo? Na psicóloga alguns anos atrás tive diagnóstico de distimia.

Nossa minhas respostas foram sim pra maioria dessas perguntas

Será que realmente eu tenho
Distimia?

Que texto excelente. Sou apaixonada por Posicologia, ela sempre me ajudou e me impulsionou a ajudar meus amigos. Mas acreditem, nunca tinha visto falar em Distemia, estou um pouco pensativa pois me identifiquei com vários sintomas apesar de afirmar não ter depressão. Estou muito grata pela ajuda que vocês tem me dado e espero logo em breve conseguir fazer terapia com vocês,

ME SALVE! SOCORRO!Através de vcs, tou chegando a essa conclusão, de q eu tenho esse problema, q atrapalhou em todos os momentos da MINHA VIDA, TOU COM 57 ANOS E NAO VEJO MAIS SAIDA , TOU NO FIM DA VIDA…

De todas as perguntas minha resposta foi sim. Nao tomo medicamentos e nao tenho problemas de saude. Fiz vários exames para ver se estou bem e todos estão dentro do normal

2020 e é a primeira vez que vejo um texto sobre isso, sendo que luto há 16 anos com isso.

Lembro-me exatamente do dia em que me encolhi na cama durante o dia pela primeira vez. Antes disso era constantemente alegre e sonhadora, o que tb é perigoso.

O problema é que a maioria dos psicólogos e médicos não tem preparo para o tratamento da distimia.

Muitos nem conhecem o termo. Eu ouvi do medico quando fui a primeira vez: “parece ser uma pequena distimia”. Minha mãe psrecia ter entendido. Mas depois desses 16 anos, eu entendi que ninguém saberia do que isso era capaz.

E isso torna o transtorno algo irreversível para muitos.

Os problemas sociais são vários.

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