Distimia: saiba o que é, causas, sintomas e tratamentos
Henrique Souza
A distimia é um transtorno muito confundido com a depressão. Assim, muitas pessoas acabam sendo incompreendidas, além de demorarem muito mais tempo para descobrir essa condição e receber o tratamento adequado.
Por isso, é muito importante falarmos sobre a distimia e como ela se manifesta, a fim de ajudar na identificação dos sintomas e no apoio para aqueles que têm essa condição.
Então, neste texto, nós vamos explicar o que é a distimia, quais são as principais causas, como identificar os sintomas, como ajudar alguém com o transtorno e os possíveis tratamentos.
Boa leitura!
Índice
O que é distimia?
A distimia é um transtorno de humor caracterizado, principalmente, por um longo período de sintomas de depressão leve.
Ou seja, a diferença entre a depressão e a distimia é que na depressão comum os sintomas podem ser mais intensos, mas durar até seis meses, já a distimia pode ter sintomas mais leves, mas pode durar por muitos e muitos anos.
É por isso que a depressão e a distimia são dois transtornos muito parecidos, mas a principal diferença entre eles é a duração dos sintomas.
E vale lembrar que essa doença também pode atingir crianças e adolescentes.
Quais são as principais causas de distimia?
Como vários outros transtornos mentais, as causas da distimia ainda não estão bem estabelecidas pela ciência. Assim, não existe uma única causa, mas sim muitos fatores que aumentam ou diminuem a chance de você ter a doença.
No entanto, a maioria desses fatores tem a ver com hábitos. Ou seja, com o seu estilo de vida: o quanto de exercício físico você faz, a qualidade da sua alimentação, a qualidade do seu sono e a qualidade de suas relações sociais.
Além disso, existem evidências de que fatores genéticos também podem contribuir para você desenvolver distimia. As pesquisas estimam, por exemplo, que filhos de pessoas com o transtorno costumam também desenvolver o problema em 50% das vezes.
Quais são os sintomas de distimia?
O principal sintoma de distimia é que, nos últimos dois anos, você tenha sentido um humor deprimido, na maior parte dos dias.
Humor deprimido é o nome que a gente dá para um estado de baixo ânimo e baixo prazer. E, embora esse humor deprimido não seja tão intenso quanto uma depressão maior, ele ainda é um humor mais deprimido do que você tinha antes da doença, e do que a média das pessoas apresenta. Além desse sintoma, para você ser diagnosticado com o transtorno, é preciso apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas:
- Mudanças de peso;
- Mudança de apetite;
- Variações no seu sono (seja insônia ou hipersonia);
- Baixa autoestima;
- Sensação constante de desesperança com a solução dos problemas.
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Como identificar a distimia?
Um dos maiores problemas na identificação distimia é a pessoa conseguir reconhecer os sinais. Como a doença se caracteriza por um período longo com esses sintomas, a pessoa pode ter começado a acreditar que esses sintomas fazem parte da personalidade dela. Por isso, não procura ajuda.
Então, em vez de encarar esse baixo ânimo e essa tristeza como sinais de um problema, ela se resignou com aquilo. Ou seja, agora ela entende que os sintomas fazem parte de quem ela é.
Em muitos transtornos mentais, é comum sugerir que a pessoa se compare com ela mesma um ano atrás e perceba se houve diferença. Só que, com a distimia, essa comparação pode não fazer sentido, porque dois anos atrás a pessoa já tinha todos esses sintomas.
Nesses casos, deve-se ajudar a pessoa a reparar que o baixo ânimo e a tristeza constantes dela são diferentes da média das pessoas com quem ela convive. Essa diferença na comparação com os outros pode ser um indicativo de que está na hora de buscar tratamento.
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Como lidar com uma pessoa com distimia?
Se você é amigo ou familiar de uma pessoa com distimia, você deve incentivar essa pessoa a ter uma rotina mais ativa. Até porque ter o transtorno não significa que não se possa fazer mudanças no dia a dia que diminuam muito esses sintomas.
Se você, como familiar ou amigo, incentiva que essa pessoa faça exercício, participe de projetos e tenha uma rotina ativa, você está ajudando muito. Algumas dicas são:
- Caminhar perto de casa;
- Ter um hobby (como montar quebra-cabeças);
- Subir e descer escadas do seu prédio/casa;
- Dançar na frente da TV;
- Seguir um vídeo de meditação.
Distimia tem cura?
Sim, pode ter cura! O mesmo tratamento que se aplica para a depressão pode ser aplicado para distimia e obter bons resultados.
E a essência desse tratamento para depressão, hoje chamado ativação comportamental, é, justamente, tornar a rotina dessa pessoa mais ativa, organizada e prazerosa.
Assim, a combinação da farmacoterapia — proporcionada pelo psiquiatra —, com a psicoterapia —proporcionada pelo psicólogo — e com a mudança de hábitos é a melhor estratégia para quem tem esse transtorno.
Tratamentos para combater os sintomas
O tratamento para combater os sintomas é a combinação tripla de tratamentos que a gente sempre recomenda: psicoterapia, farmacoterapia e mudança de hábitos.
A psicoterapia, com o psicólogo, ajuda a pessoa com o transtorno a separar quem ela é dos sintomas que ela tem. Assim, ela não cai na armadilha de desistir de suas metas ou nem começar por se considerar uma pessoa incapaz.
A farmacoterapia, com psiquiatra, permite que você regule, quimicamente, o seu cérebro, para que seja mais fácil viver uma vida de mais ânimo e atividade. Pode ser difícil encontrar os remédios certos logo de cara, mas depois de experimentações de medicação antidepressiva com o seu psiquiatra, provavelmente você encontrará algo que melhore seu ânimo, com confiança. Por isso, a ajuda médica é importante.
E o terceiro pilar é a mudança de hábitos. Por mais que você sinta esse ânimo baixo e essa tristeza alta na maior parte dos dias, é possível tomar atitudes para que a sua vida tenha mais prazer e mais atividade.
Por exemplo, você pode se permitir começar a fazer exercício físico, em micropassos, como cinco minutos de caminhada por dia. Assim, você pode fazer um progresso lento, mas estável, na direção de uma vida sem distimia.
Saiba mais: atitudes diárias para criar uma barreira contra a depressão.
Tratamento na Eurekka
Se você busca mais qualidade de vida e esse texto te fez imaginar toda a mudança que seria possível na sua vida, nós queremos dizer que tudo isso é possível sim.
Com a ajuda certa, você pode entender essa tristeza que sente e aprender atitudes diárias que vão fazer você ter uma vida mais leve e feliz.
E, aqui na Eurekka, nossos psicólogos são treinados nos melhores métodos de terapia comportamental, que é a mais indicada para que você consiga vencer os sintomas da depressão e da distimia em micropassos.
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2 replies on “Distimia: saiba o que é, causas, sintomas e tratamentos”
Obrigada por essa matéria! A Distimia não é mto explicada e no geral vc tem q dizer q tem depressão mesmo pra não ter q explicar a diferença…rsrs. Fui,por fim,diagnosticada c Distimia ao longo de 4 anos. Já tomei diversas medicações em várias dosagens. Ainda tomo. Mas sinceramente não sei o que é pior, a depressao mais severa num tempo mais curto ou esse constante desânimo da Distimia diante da vida,como se não fosse ter fim.
Não encontrei acima o link do vídeo.
De nada Priscila! Realmente, é muito comum ela ser confundida com depressão e achamos que seria ótimo disponibilizar mais conteúdo sobre isso, que bom que gostou! O link do vídeo é: https://www.youtube.com/watch?v=qr0mEVphSm8&t=117s
Depois nos conta o que achou, ta?