Depressão psicótica: o que é, sintomas e como tratar
Equipe Eurekka
É provável que você já tenha ouvido falar bastante sobre depressão. Por ser um transtorno mental muito discutido hoje em dia, é comum que as pessoas saibam seus principais sintomas. Por exemplo, a tristeza e a apatia. No entanto, você já ouviu falar da depressão psicótica?
Esse é um tipo de depressão em que a pessoa tem, além dos sintomas depressivos, sintomas psicóticos. Isto é, ela ouve vozes, pensa que estão seguindo ela, acredita que é um deus… Além disso, esse é um tipo de depressão mais grave que o normal. Desse modo, é muito importante saber identificar casos assim. Também é vital incentivar quem tem esses sintomas a buscar tratamento.
Ficou curioso e quer saber mais? Então continue a leitura!
Índice
Primeiro, o que é uma psicose?
A psicose é um estado em que a pessoa se distancia da realidade, apresentando um comportamento anormal. Por exemplo, ela passa a ouvir vozes e acreditar que está sendo perseguida de forma constante.
Além disso, a pessoa pode ter outras alterações. Em geral, essas mudanças aparecem de cinco formas diferentes:
- Delírios
- Alucinações
- Pensamento ou discurso desorganizado
- Comportamento motor anormal
- Sintomas negativos, como redução da expressão emocional
Essas alterações são chamadas de sintomas psicóticos. Além disso, são mais comuns na esquizofrenia e em casos graves de Transtorno Bipolar. No entanto, podem estar presentes em outros transtornos, como na depressão.
O que é depressão psicótica?
Os sintomas psicóticos não fazem parte dos critérios diagnósticos para depressão. No entanto, quando eles estão presentes num caso de depressão, dizemos que é uma “depressão psicótica” ou ainda, uma depressão com sintomas psicóticos.
Dessa forma, na depressão psicótica, a pessoa tem sintomas depressivos e também alucinações, delírios e discurso desorganizado. Além disso, esses sintomas podem aparecer de duas formas: congruentes ou incongruentes com o humor.
Isto é, os sintomas psicóticos podem ser coerentes com o humor deprimido. Assim, a pessoa tem alucinações e delírios com temas de morte, punição, culpa… No entanto, quando os delírios não envolvem temas depressivos, dizemos que são incongruentes com o humor.
Depressão maior x depressão psicótica
A grande diferença entre a depressão maior e a depressão psicótica é a presença dos sintomas psicóticos. Na depressão comum, eles estão ausentes. Por outro lado, para chamarmos de depressão psicótica, a pessoa deve ter esses sintomas.
Além disso, a depressão psicótica, em geral, é mais grave que a depressão comum. Ainda, a depressão acompanhada de sintomas psicóticos pode ser parte de um Transtorno Depressivo Maior ou de um Transtorno Bipolar Tipo I.
O que pode causar depressão psicótica?
Até o momento, não se sabe qual a causa exata da depressão psicótica. Assim como em outros transtornos mentais, se acredita que sua origem seja multifatorial. Portanto, para evitar esse quadro depressivo, é vital cuidar da saúde mental.
Quais os fatores de risco?
Um dos principais fatores de risco é ter tido vários episódios depressivos. Isto é, ter tido vários episódios de depressão sem características psicóticas.
Além disso, há fatores genéticos. Dessa forma, parentes de primeiro grau de alguém com depressão psicótica correm mais risco de também ter.
Ainda, outros fatores podem colaborar para que se desenvolva a depressão psicótica. Entre eles, estão os fatores ambientais, psicológicos, desequilíbrio hormonal e o uso de drogas ou medicamentos sem prescrição médica.
Como fazer o diagnóstico da depressão psicótica?
O diagnóstico da depressão psicótica deve ser feito por um profissional de saúde mental. Isto é, psicólogos e médicos psiquiatras. Para isso, o profissional toma como base o DSM-5 ou a CID-11.
Segundo o DSM-5, a pessoa precisa ter um episódio depressivo maior e, durante o episódio, ter também sintomas psicóticos. Para ter um episódio depressivo maior, a pessoa tem que ter cinco ou mais dos seguintes sintomas por duas semanas:
- Tristeza persistente em diferentes graus;
- Perda de interesse por atividades que antes a deixavam com ânimo;
- Perda ou ganho de peso
- Muito sono ou insônia;
- Agitação motora ou lentidão dos movimentos;
- Cansaço que nunca passa;
- Baixa consideração por si mesmo, sentir-se sem valor, baixa autoestima;
- Dificuldade constante para se concentrar e pensar;
- Dificuldade de sentir prazer e emoções positivas;
- Pensar em morte ou fazer um plano para suicídio
Além disso, é preciso ter sintomas psicóticos para que feche o diagnóstico de depressão psicótica.
Quais os sintomas de depressão psicótica?
Os sintomas da depressão psicótica são a união dos sintomas da depressão e da psicose. Assim, a pessoa tem humor deprimido, falta de interesse por atividades em geral e também sintomas psicóticos.
Os sintomas psíquicos mais comuns são os seguintes:
- Delírios
- Alucinações
- Comportamento alterado
- Alteração na expressão dos sentimentos
- Instabilidade emocional
Diferença entre delírio e alucinação
É comum que as pessoas confundam delírios e alucinações. No entanto, eles não são a mesma coisa. Os delírios são ideias fixas em que a pessoa acredita de forma muito forte. Alguns temas comuns de delírios são perseguições e de grandeza, como acreditar que é um deus.
Já as alucinações, são alterações na percepção e nos sentimentos da pessoa por um tempo, e depois isso passa. Assim, a pessoa pode ter alucinações visuais, como ver alguém que não está ali. Também pode ter alucinações auditivas, nas quais afirma ouvir vozes.
Como é feito o tratamento?
O tratamento para depressão psicótica é feito através de terapia e medicação. Abaixo, descrevemos com mais detalhes como isso acontece.
O tratamento farmacológico é o principal na depressão psicótica. Assim, é possível usar antidepressivos, antipsicóticos ou uma combinação entre os dois. O mais comum, no entanto, é a união dos dois.
Os antidepressivos são usados com o objetivo de estabilizar o humor. Já os antipsicóticos, têm o papel de controlar as alterações do pensamento e comportamento da pessoa. Isto é, diminuir as alucinações e delírios. Eles só podem ser receitados por um psiquiatra, então clique na imagem abaixo e resolva isso logo da forma certa. Nada de tomar remédios sem prescrição hein!
Ainda, alguns casos podem precisar de internação. Isso é mais comum em casos graves. Isto é, que exigem monitoramento dos sintomas e do tratamento. Um dos principais pontos a serem considerados para a internação é a segurança do paciente e das pessoas ao seu redor.
Além dos medicamentos, é indicado que a pessoa com depressão psicótica faça terapia. Através dela, a pessoa vai poder aprender a lidar com seu transtorno. Ainda, vai desenvolver novas habilidades que ajudam a diminuir o risco de ter um novo episódio depressivo.
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