Depressão pós-parto: o que é, sintomas e tratamentos

Equipe Eurekka
O nascimento de um bebê é, na maioria dos casos, uma alegria e mobiliza todos dentro de uma casa. A mãe, mesmo fragilizada, sente um enorme prazer em dar colo para o filho, amamentar, trocar, cuidar e, sem dúvida, acordar à noite para alimentar o bebê ou só para verificar se ele está bem. No entanto, nem sempre é assim! Pois a depressão pós-parto atinge uma em cada cinco mulheres no Brasil.
O quadro depressivo pode iniciar um mês após o nascimento da criança e até um ano depois. Porém, o mais curioso é que cerca de 50% dos casos iniciam ainda na gestação.
Neste texto, você irá entender melhor o que é depressão pós-parto, porque ela acontece e as diferenças entre o baby blues. Por fim, vai aprender sobre os tratamentos mais adequados.
Índice
O que é depressão pós-parto

O período pós-parto, também chamado de puerpério, é muito delicado, pois a mulher está física e emocionalmente fragilizada. Além disso, os hormônios, que estavam em alta durante a gravidez, despencam.
A isso se somam os cuidados com a rotina do bebê, que, naturalmente, são estressantes, e as adaptações consigo mesma e com o parceiro.
Muitas mulheres se desestruturam diante dessas mudanças e começam a apresentar um quadro depressivo: angústia, cansaço, desleixo com o bebê, insônia e não se sentem capazes de se adaptarem ao novo momento.
Sintomas
A sensação da mulher com depressão pós-parto é de permanente infelicidade e abatimento.
Durante este período, essas mães enfrentam uma batalha contra a ansiedade, a irritabilidade, a fadiga, a insônia, a perda de apetite, a perda da alegria de viver e da vontade de estar com o filho, a dificuldade de enfrentar situações variadas e o desinteresse de estabelecer vínculo com o bebê.
Os especialistas explicam que os sintomas da depressão pós-parto são os mesmos da depressão. No entanto, o que agrava é que o bebê depende da vitalidade da mãe para sobreviver. E, como ela está cansada e fragilizada, cuidar da criança se torna um fardo.
Diferença entre depressão pós-parto e baby blues

O baby blues é uma versão da depressão pós-parto só que em um grau menor de intensidade e duração. É comum que, após a adaptação da mãe à vida materna, os sintomas passem sozinhos, sem precisar de ajuda terapêutica. No entanto, alguns casos evoluem para uma depressão, com sintomas mais intensos e duradouros.
O baby blues, também conhecido como tristeza materna, é uma condição que se diferencia da depressão em especial pelo tempo de duração e pela intensidade dos sintomas. Costuma desaparecer em até duas semanas após o parto.
A mãe apresenta uma certa melancolia, abatimento, insônia, fica insegura em relação à alimentação do bebê, tem alguns períodos de choro, de esquecimento e de falta de concentração.
Psicose pós-parto
É uma forma muito grave da depressão pós-parto que atinge 1 a cada 400 mulheres que dá à luz. Os sintomas principais ficam por conta da alucinação, visto que a mulher com este distúrbio tem delírios, diz ver coisas e apresenta uma séria confusão mental. Além disso, se mostra fraca física e mentalmente, chora muito, está sempre inquieta e agitada.
Causas da depressão pós-parto

Não há uma causa única para desencadear um quadro de depressão após o parto. O que se sabe é que podem ser fatores emocionais, físicos e até ambientais.
Mudanças físicas
Um dos fatores físicos que leva à depressão após o parto é a queda dos níveis de estrogênio e progesterona, ambos hormônios sexuais. Há queda também de hormônios produzidos pela tireoide, que podem deixar a mulher cansada, lenta e deprimida.
Fatores emocionais
Ainda que o nascimento de um bebê seja motivo de celebração e alegria, a mulher pode sentir cansaço, solidão, tristeza e desamparo. Muitas mulheres têm períodos bem menores de sono e ficam muitas horas acordadas doando toda a sua energia para o bebê.
Além disso, as mães ficam preocupadas com a sua capacidade de cuidar bem do bebê, se sentem menos atraentes para seus parceiros e têm a sensação de perder o controle da vida, já que estão cem por cento dedicadas ao recém-nascido.
Mudanças no estilo de vida
O início da maternidade deve ser bem preparado para diminuir ao máximo os impactos da chegada de um bebê. Por isso, é muito importante o apoio da família.
Muitas vezes, o recém-nascido dá um pouco mais de trabalho, tem muitas cólicas, chora bastante ou nasce com alguma doença que precisa ser tratada logo no início. A mãe está com dificuldade para amamentar, e o filho mais velho está com ciúmes e também precisa de atenção. O marido não está dando o apoio necessário, e essa mãe, muitas vezes, não tem um parente disposto a apoiar. Tudo isso pode desencadear um quadro de depressão pós-parto.
Fatores de risco
As pesquisas mostram que a mulher que teve episódios depressivos anteriores têm maior risco de depressão pós-parto. Além disso, se destacam outros fatores que podem contribuir para esse quadro:
- Baixa renda familiar;
- Escolaridade;
- Relações de conflito com a família;
- Relações de conflito com o parceiro;
- Gravidez indesejada;
- Fatores hereditários;
- Saúde da gestante;
- Traumas do parto.

Homens podem ter depressão pós-parto?
Sim! Os homens também passar por isso e, quando a companheira está com depressão pós-parto, os casos dobram. A depressão pós-parto no pai está relacionada ao aumento de responsabilidades e a mudanças na relação, em sua maioria.
Além dos sintomas clássicos da depressão, esses homens têm comportamentos como trabalhar demais para escapar da vida doméstica, abusar de bebidas alcoólicas, ser impulsivo e, até mesmo, iniciar um relacionamento extraconjugal neste período.
Tratamentos

Tratar a depressão pós-parto é muito importante, para a segurança da mãe e do bebê.
A primeira etapa do tratamento é criar condições para que a mãe procure apoio. Por isso, é muito importante a atenção da família, em especial do parceiro.
Depois disso, a mulher deve ter apoio médico e psicológico de acordo com a gravidade da depressão. A psicoterapia ajuda a mãe a se fortalecer para enfrentar o sofrimento e todos os sintomas da ansiedade.
O importante é não deixar o quadro se agravar, para que a mulher não precise fazer uso de medicamentos antidepressivos.
Além disso, outras práticas ajudam a mãe a sair do quadro de depressão pós-parto. Entre elas, se destacam a ioga, a meditação e a terapia de grupo.
Consultas médicas
Diante de um quadro de depressão, o correto é que a mulher procure ajuda médica e evite a automedicação! Qualquer atitude sem supervisão de um profissional da saúde pode aumentar o problema.
Ao obstetra, por exemplo, cabe suspeitar daquelas gestantes que tenham fatores de risco para desenvolver a DPP (Depressão Pós-Parto), por conta de seus antecedentes pessoais e familiares.
Uma consulta com o psiquiatra auxiliará no caso de precisar, ou não, de medicação antidepressiva.
Ao endócrino, cabe definir a necessidade, ou não, de usar hormônios, já que o estrogênio e a progesterona caem depois que a mulher dá à luz..
Por fim, o ginecologista garantirá que a saúde sexual da mulher esteja boa, tranquilizando a paciente ou encaminhará algum tratamento, se for necessário.
Terapia
A psicoterapia é o tratamento mais indicado para a mulher com depressão pós-parto, pois garante a estabilidade emocional para que a mãe retome suas atividades e cuide do recém-nascido da maneira que deve ser.
O acompanhamento psicoterápico pode acontecer no período pré-natal e se estender ao pós-parto, garantido à gestante condições de se fortalecer para cuidar do recém-nascido.
Tratamento com a Eurekka para depressão pós-parto
A equipe Eurekka está capacitada para dar à gestante todo o atendimento necessário para que o puerpério seja equilibrado.
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Além disso, o tratamento da depressão pós-parto pode incluir o uso de medicamentos psiquiátricos, que devem ser prescritos por um médico. Para marcar uma consulta com um médico Eurekka, clique aqui!
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