Depressão Perinatal: o que é, quais os riscos e como tratar

Equipe Eurekka
O primeiro olhar que se dá à maternidade, em especial ao período que antecede o parto e o período pós-parto, é quase sempre de magia e romantismo. No entanto, por uma série de motivos, este pode ser um período bem difícil para a gestante, já que corre o risco de ter Depressão Perinatal.
Então, para amenizar e prevenir a Depressão Perinatal, a gente preparou uma série de dicas para que a gestante e as pessoas próximas dela possam lidar de maneira mais natural e consciente com essa situação.
Boa leitura!
Índice
O que é depressão Perinatal?
A depressão perinatal é a presença de humor depressivo no período que antecede o nascimento do bebê ou no período pós-parto.
O quadro depressivo é bem característico e prejudica a saúde mental da mulher e das pessoas que estão com ela. Afinal, o momento é tão esperado e o que todos querem é que seja de alegria e realização.
Portanto, para não confundir com manha, mau humor ou negatividade, é importante saber os sintomas e, acima de tudo, se colocar à disposição para ajudar, evitando julgamentos.
Sintomas
Os sintomas são semelhantes aos da depressão em outros momentos da vida. E os principais são:
- tristeza;
- diminuição do interesse e do prazer nas atividades que costumava realizar;
- alterações do apetite e sono;
- agitação física ou mental ( a pessoa fica inquieta, irritada, anda de um lado para outro…)
- lentidão física e mental ( a pessoa fica fora do ar, parece não reagir, o olhar fica distante…)
- fadiga ou diminuição da energia;
- perda ou diminuição da autoestima;
- ausência total ou parcial de confiança;
- diminuição da concentração ou da capacidade de tomar decisões;
- ideias frequentes de morte, de suicídio.
Lembrando que esses sintomas devem ocorrer por pelo menos duas semanas consecutivas, na maioria dos dias, mostrando que há prejuízo para a gestante e que seu desempenho materno fica abaixo do mínimo esperado.
Os perigos dos estigmas e preconceitos sobre a depressão
Infelizmente, o conceito de maternidade está ligado à ideia de perfeição e felicidade, ou seja, uma mãe não teria motivos para reclamar ou se sentir infeliz, porque, afinal, nasceu uma criança e isso é maravilhoso.
Mas o que as pessoas esquecem é que a gestação e o pós-parto são momentos de mudança hormonal, de ajustes na vida conjugal, financeira e do trabalho. Além disso, há também uma parcela de mães que não recebem o apoio merecido e se sentem exaustas, cobradas, feias e inseguras.
Portanto, é preciso que a gestante e as pessoas mais próximas se preparem para o momento da gestação e para o nascimento do bebê, encarando o momento com seriedade, sem romantismo e conscientes de que é um período de adaptações.
Mais importante ainda é a gestante entender que deve fazer o seu melhor, sem se culpar pelas falhas e pelas expectativas que não se realizaram.
Se for necessário, faça um filtro das pessoas que farão parte deste momento, porque a única coisa que você não precisa é ouvir frases do tipo “Você não tem motivos pra tristeza, afinal, você teve um bebê” ou “Você tem que ser muito forte agora, porque o bebê precisa de você”.
Efeitos da depressão Perinatal na mulher e no desenvolvimento da criança
Por outro lado, é preciso prevenir e a prevenção se dá quando a gente conhece a depressão Perinatal.
No que diz respeito à mulher, este tipo de depressão pode causar crises de choro, ansiedade, crises de pânico, compulsão alimentar, anorexia. Também provoca problemas na relação mãe e filho, diminuição da libido e constantes desentendimentos familiares. E isso é muito ruim para a vida de todos na casa.
Para a criança, os efeitos são importantes também, porque uma mãe com depressão perinatal pode ter parto prematuro e também pode prejudicar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança num período de médio a longo prazos.
Do ponto de vista emocional infantil, crianças que nasceram de mães com depressão perinatal tendem a ser mais chorosas e terem períodos de maior irritabilidade.
Também é importante ressaltar que mães com depressão pós-parto se negam a amamentar e isso prejudica a saúde do bebê, já que o leite materno é tão importante.
Portanto, a dica da Eurekka é se preparar para o nascimento do bebê e para o período pós-parto. Procure fazer meditação, ouvir boa música, desacelerar a sua vida profissional, ler bastante sobre maternidade e, se achar oportuno, procure um psicólogo aqui da Eurekka para receber orientações!
Como é feito o diagnóstico e o tratamento?
Os sintomas são os mesmos da depressão que ocorre em outros momentos da vida. Então, se os sinais listados neste texto ocorrerem por duas semanas, na maioria dos dias, procure um profissional da área da psicologia e peça orientações.
Mas, se você quiser antecipar os cuidados, faça terapia desde o início da gestação e aprenda a lidar com as mudanças hormonais, com os novos projetos de vida com a chegada do bebê e com as responsabilidades de ser mãe.
O tratamento é feito através de dois caminhos: terapia interpessoal e a cognitivo-comportamental.
A interpessoal tem como objetivo tratar os sintomas da depressão e não se preocupa em mudar a personalidade do paciente. Então, por exemplo, se a gestante está triste, se alimentando mal e dormindo pior ainda, o terapeuta interpessoal vai trabalhar para mudar esse quadro, neste momento.
Já a terapia cognitivo-comportamental, se dedica a ensinar o paciente a avaliar as suas emoções e a lidar com elas. A ideia é modificar comportamentos. Por exemplo, se a gestante se sente irritada o tempo todo ou com sentimento de culpa e impotência, o terapeuta vai orientá-la a entender essas emoções e definir estratégias bem práticas pra lidar com elas.
Lembrando que em alguns casos, além dessas terapias, é necessário o uso de medicação. Por isso, o alerta da Eurekka é para procurar o médico psiquiatra e jamais fazer uso de qualquer remédio sem controle.
Saiba mais: Psicologia Perinatal
Escala de Edimburgo
A EPDS ( Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo) é um questionário de 10 itens que foi desenvolvido para identificar mulheres com depressão pós-parto.
Os itens do questionário correspondem a vários sintomas da depressão pós-parto, como tristeza, culpa, distúrbios alimentares e do sono, baixa energia e ideação suicida.
Assim, a avaliação geral é feita pela soma da pontuação de cada pergunta. Quanto mais alto o valor, maior o teor depressivo. A Escala pode ser usada durante a gravidez para detectar a depressão e 8 semanas depois do parto, para ajudar a diagnosticar a depressão pós-parto.
É possível prevenir?
Com certeza, a prevenção sempre é o melhor caminho.
O primeiro passo é criar uma rede de apoio. Essa rede pode ser composta pelo seu parceiro, por alguns familiares mais próximos e por profissionais adequados.
Desde o início da gestação, procure cuidar da sua saúde emocional e priorize as estratégias de higiene do sono. Dormir bem é essencial durante a gravidez, até porque, dependendo do seu bebê, é quase certo que você dormirá menos depois. Sem falar que boas noites de sono são verdadeiros antídotos contra a depressão.
Além disso, procure se informar. Existem cursos gratuitos sobre os desafios da maternidade e muito material bom na internet. Converse com amigas e parentes que já foram mamães e escute as dicas delas.
Isso é importante pra você não romantizar a maternidade e ao mesmo tempo entender que os períodos de maior desafio passam, e que eles fazem parte da adaptação da mãe, do bebê e de todos os envolvidos.
Cuide da sua saúde física e mental na Eurekka
A maternidade é sem dúvida um grande momento da vida de qualquer mulher e a Eurekka quer que você tenha a melhor relação possível com este momento.
No entanto, a gente sabe que há uma explosão hormonal na mulher, uma grande preocupação com as mudanças e com as responsabilidades de ser mãe. Afinal, é um ser especial que está chegando e, com certeza, provoca muita agitação.
E, às vezes, a mulher, o casal ou até mesmo os familiares mais próximos não dão conta dessa demanda emocional. E é aí que a Eurekka entra, para dar todo o suporte necessário.
A Equipe da Eurekka Med está pronta pra acompanhar a sua gestação e para dar o suporte adequado no período pós- parto. Aqui você aprende a comer direitinho, a dormir melhor e a tratar qualquer sintoma físico que possa prejudicar a sua relação com o seu bebê. Para marcar uma consulta, basta clicar aqui!
Na outra ponta, temos uma Equipe de psicólogos capacitados para cuidar de gestantes que estejam passando por um período depressivo. A intenção é orientar, criar estratégias práticas para lidar com as emoções, melhorar a qualidade de vida e levar o paciente ao bem-estar tão merecido, num momento tão especial como a chegada de um bebê.
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