Depressão Perinatal: o que é, quais os riscos e como tratar

Equipe Eurekka

O primeiro olhar que se dá à maternidade, em especial ao período que antecede o parto e o período pós-parto, é quase sempre de magia e romantismo. No entanto, por uma série de motivos, este pode ser um período bem difícil para a gestante, já que corre o risco de ter Depressão Perinatal

Então, para amenizar e prevenir a Depressão Perinatal, a gente preparou uma série de dicas para que a gestante e as pessoas próximas dela possam lidar de maneira mais natural e consciente com essa situação.

Boa leitura!

O que é depressão perinatal?

A depressão perinatal é a presença de humor depressivo no período que antecede o nascimento do bebê ou no período pós-parto.

O quadro depressivo é bem característico e prejudica a saúde mental da mulher e das pessoas que estão com ela. Afinal, o momento é tão esperado e o que todos querem é que seja de alegria e realização.

Portanto, para não confundir com manha, mau humor ou negatividade, é importante saber os sintomas e, acima de tudo, se colocar à disposição para ajudar, evitando julgamentos.

Sintomas

Os sintomas são semelhantes aos da depressão em outros momentos da vida. E os principais são:

  1. tristeza;
  2. diminuição do interesse e do prazer nas atividades que costumava realizar;
  3. alterações do apetite e sono;
  4. agitação física ou mental ( a pessoa fica inquieta, irritada, anda de um lado para outro…)
  5. lentidão física e mental ( a pessoa fica fora do ar, parece não reagir, o olhar fica distante…)
  6. fadiga ou diminuição da energia;
  7. perda ou diminuição da autoestima;
  8. ausência total ou parcial de confiança;
  9. diminuição da concentração ou da capacidade de tomar decisões;
  10. ideias frequentes de morte, de suicídio.

Lembrando que esses sintomas devem ocorrer por pelo menos duas semanas consecutivas, na maioria dos dias, mostrando que há prejuízo para a gestante e que seu desempenho materno fica abaixo do mínimo esperado.

Os perigos dos estigmas e preconceitos sobre a depressão

Infelizmente, o conceito de maternidade está ligado à ideia de perfeição e felicidade, ou seja, uma mãe não teria motivos para reclamar ou se sentir infeliz, porque, afinal, nasceu uma criança e isso é maravilhoso.

Mas o que as pessoas esquecem é que a gestação e o pós-parto são momentos de mudança hormonal, de ajustes na vida conjugal, financeira e no trabalho. Além disso, há também uma parcela de mães que não recebem o apoio merecido e se sentem exaustas, cobradas, feias e inseguras.

Portanto, é preciso que a gestante e as pessoas mais próximas se preparem para o momento da gestação e para o nascimento do bebê, encarando o momento com seriedade, sem romantismo e conscientes de que é um período de adaptações.

Mais importante ainda é a gestante entender que deve fazer o seu melhor, sem se culpar pelas falhas e pelas expectativas que não se realizaram. 

Se for necessário, faça um filtro das pessoas que farão parte deste momento, porque a única coisa que você não precisa é ouvir frases do tipo “Você não tem motivos pra tristeza, afinal, você teve um bebê” ou “Você tem que ser muito forte agora, porque o bebê precisa de você”.

depressão perinatal

Efeitos da depressão Perinatal na mulher e no desenvolvimento da criança

Por outro lado, é preciso prevenir e a prevenção se dá quando a gente conhece a depressão Perinatal.

No que diz respeito à mulher, este tipo de depressão pode causar crises de choro, ansiedade, crises de pânico, compulsão alimentar, anorexia. Também provoca problemas na relação mãe e filho, diminuição da libido e constantes desentendimentos familiares. E isso é muito ruim para a vida de todos na casa.

Para a criança, os efeitos são importantes também, porque uma mãe com depressão perinatal pode ter parto prematuro e também pode prejudicar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança num período de médio a longo prazos.

Do ponto de vista emocional infantil, crianças que nasceram de mães com depressão perinatal tendem a ser mais chorosas e terem períodos de maior irritabilidade.

Também é importante ressaltar que mães com depressão pós-parto se negam a amamentar e isso prejudica a saúde do bebê, já que o leite materno é tão importante.

Portanto, a dica da Eurekka é se preparar para o nascimento do bebê e para o período pós-parto. Procure fazer meditação, ouvir boa música, desacelerar a sua vida profissional, ler bastante sobre maternidade e, se achar oportuno, procure um psicólogo aqui da Eurekka para receber orientações!

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Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

Os sintomas são os mesmos da depressão que ocorre em outros momentos da vida. Então, se os sinais listados neste texto ocorrerem por duas semanas e na maioria dos dias, procure um profissional da área da psicologia e peça orientações. 

Mas, se você quiser antecipar os cuidados, faça terapia desde o início da gestação e aprenda a lidar com as mudanças hormonais, com os novos projetos de vida com a chegada do bebê e com as responsabilidades de ser mãe.

O tratamento é feito através de dois caminhos: terapia interpessoal e a cognitivo-comportamental

A interpessoal tem como objetivo tratar os sintomas da depressão e não se preocupa em mudar a personalidade do paciente. Então, por exemplo, se a gestante está triste, se alimentando mal e dormindo pior ainda, o terapeuta interpessoal vai trabalhar para mudar esse quadro, neste momento.

Já a terapia cognitivo-comportamental, se dedica a ensinar o paciente a avaliar as suas emoções e a lidar com elas. A ideia é modificar comportamentos. Por exemplo, se a gestante se sente irritada o tempo todo ou com sentimento de culpa e impotência, o terapeuta vai orientá-la a entender essas emoções e definir estratégias práticas pra lidar com elas.

Lembrando que em alguns casos, além dessas terapias, é necessário o uso de medicação. Por isso, o alerta da Eurekka é para procurar o médico psiquiatra e jamais fazer uso de qualquer remédio sem controle.

Saiba mais: Psicologia Perinatal

Escala de Edimburgo

A EPDS ( Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo) é um questionário de 10 itens que foi desenvolvido para identificar mulheres com depressão pós-parto.

Os itens do questionário correspondem a vários sintomas da depressão pós-parto, como tristeza, culpa, distúrbios alimentares e do sono, baixa energia e ideação suicida.

Assim, a avaliação geral é feita pela soma da pontuação de cada pergunta. Quanto mais alto o valor, maior o teor depressivo. A Escala pode ser usada durante a gravidez para detectar a depressão e até 8 semanas depois do parto, para ajudar a diagnosticar a depressão pós-parto.

É possível prevenir?

Com certeza, a prevenção sempre é o melhor caminho.

O primeiro passo é criar uma rede de apoio. Essa rede pode ser composta pelo seu parceiro, por alguns familiares mais próximos e por profissionais adequados.

Desde o início da gestação, procure cuidar da sua saúde emocional e priorize as estratégias de higiene do sono. Dormir bem é essencial durante a gravidez, até porque, dependendo do seu bebê, é quase certo que você dormirá menos depois. Sem falar que boas noites de sono são verdadeiros antídotos contra a depressão.

Além disso, procure se informar. Existem cursos gratuitos sobre os desafios da maternidade e muito material bom na internet. Converse com amigas e parentes que já foram mamães e escute as dicas delas. 

Isso é importante pra você não romantizar a maternidade e, ao mesmo tempo, entender que os períodos de maior desafio passam, e que eles fazem parte da adaptação da mãe, do bebê e de todos os envolvidos.

sede da Eurekka

Cuide da sua saúde física e mental na Eurekka

A maternidade é sem dúvida um grande momento da vida de qualquer mulher e a Eurekka quer que você tenha a melhor relação possível com este momento.

No entanto, a gente sabe que há uma explosão hormonal na mulher, uma grande preocupação com as mudanças e com as responsabilidades de ser mãe. Afinal, é um ser especial que está chegando e, com certeza, provoca muita agitação.

E, às vezes, a mulher, o casal ou até mesmo os familiares mais próximos não dão conta dessa demanda emocional. E é aí que a Eurekka entra, para dar todo o suporte necessário.

A Equipe da Eurekka Med está pronta pra acompanhar a sua gestação e para dar o suporte adequado no período pós- parto. Aqui você aprende a comer direitinho, a dormir melhor e a tratar qualquer sintoma físico que possa prejudicar a sua relação com o seu bebê. Para marcar uma consulta, basta clicar aqui!

Na outra ponta, temos uma Equipe de psicólogos capacitados para cuidar de gestantes que estejam passando por um período depressivo. A intenção é orientar, criar estratégias práticas para lidar com as emoções, melhorar a qualidade de vida e levar o paciente ao bem-estar tão merecido, num momento tão especial como a chegada de um bebê.

Para marcar uma Conversa Inicial, é só clicar aqui!

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Equipe Eurekka

2 replies on “Depressão Perinatal: o que é, quais os riscos e como tratar”

Excelente explicação!!! As técnicas e a necessidade de apoio à gestante.gostei muito. Obrigada!!

Oi, Zeth! Como vai?

Esperamos que esteja bem.

Uau, ficamos contentes com seu feedback e agradecemos seu comentário. Continue nos acompanhando.

Abraços,

Erick da Equipe Eurekka

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