Depressão exógena: o que é, causas, sintomas e como tratar
Equipe Eurekka
Você conhece alguém que tem ou já teve depressão? Ou você mesmo já teve ou pensou estar em um estado depressivo? É muito provável que sim, pois a depressão é uma doença que tem afetado muitas pessoas nos dias atuais. E hoje vamos falar, em específico, da depressão exógena.
Preparamos este material para que você possa entender esse tipo de depressão e consiga identificar os sintomas em si mesmo ou em pessoas próximas a você. Dessa forma, você poderá procurar ajuda adequada antes que a situação piore.
Boa leitura!
Índice
O que é depressão exógena
A depressão exógena é a que afeta a maioria das pessoas e sua principal característica é que ela é causada por situações traumáticas e difíceis de lidar.
Ou seja, a depressão exógena é aquela que acontece por causa de situações externas ao corpo. Por exemplo: alguém que sofreu bullying por muito tempo na escola, pode desenvolver a depressão por conta desse fator externo e traumático.
Além disso, grandes mudanças também podem ser a causa da depressão exógena, como: mudar de cidade, fim de um casamento, troca de emprego e muitos outros.
Qual a diferença entre a depressão exógena e a depressão endógena?
Como falamos no tópico anterior, a depressão exógena é causada por fatores externos, certo?
Já a depressão endógena pode acontecer sem nenhum motivo externo. Ou seja, ela é desenvolvida através de falhas no organismo que são de origem biológica, como alterações neuroquímicas.
Então, a diferença entre a depressão endógena e a depressão exógena é que, enquanto a depressão exógena é desencadeada por eventos na vida da pessoa, a depressão endógena é causada por questões biológicas no corpo, sem ser necessário envolver uma situação externa.
Quais são as causas da depressão exógena?
Existem inúmeras situações na vida de uma pessoa que podem acabar por desencadear a depressão exógena. E, agora, vamos citar algumas das causas mais comuns.
Mas antes, vale lembrar que existem outras situações que podem desencadear esse tipo de depressão e não apenas estas, da mesma forma que os casos a seguir podem não contribuir para a depressão em alguém.
E isso acontece, porque cada pessoa reage de maneiras diferentes à mesma situação.
Por exemplo: pode ser que o fim de um relacionamento afete muito uma pessoa e ela acabe desenvolvendo a depressão, mas pode ser que outra pessoa lide melhor com a situação e supere o término de modo mais fácil.
E outro ponto muito importante é entender que há uma diferença entre passar por uma fase deprimida e continuar em depressão. Fases difíceis são normais, o problema é quando essa tristeza e incerteza não passam e se enraízam em você.
Então, agora que você já entendeu um pouco melhor sobre a depressão, vamos conferir as possíveis causas da depressão exógena?
Perda de alguém querido
O luto é um processo muito dolorido, pois, na maioria das vezes, é difícil entender e aceitar que alguém querido se foi.
E a pessoa que está passando por essa situação, no geral, vive 5 fases do luto:
- Negação;
- Raiva;
- Barganha;
- Depressão;
- Aceitação.
Dessa forma, sendo a depressão uma das fases do luto, é muito comum que a pessoa que perdeu alguém próximo passe por uma fase depressiva. O problema aparece quando essa fase depressiva se torna persistente, de modo que a pessoa não consegue seguir em frente e começar uma nova vida.
Por isso, é importante que nessa fase a pessoa receba todo apoio de familiares e amigos, e principalmente de um psicólogo. Pois, ao não receber o tratamento adequado, pode ser que a pessoa realmente fique presa nessa fase e não chegue ao processo de aceitação.
Demissão
É muito comum conhecer alguém que foi demitido ou até mesmo você pode já ter passado por essa situação.
E quando a pessoa perde o emprego, é comum que o sentimento de incapacidade bata a porta, ainda mais quando isso acontece mais de uma vez.
Assim, muitas pessoas ficam presas em sentimentos e emoções ruins e entram em depressão. Sendo que isso pode se agravar quando a pessoa demitida precisa sustentar outras pessoas, o que pode fazer com que o desespero seja maior e a depressão seja mais provável.
Nessas horas, é importante manter a calma e pensar que a demissão está mais ligada com a situação difícil do país do que com seu desempenho, portanto, não se sinta culpado.
Mas, caso algo tenha acontecido e você tenha sido demitido por uma ação sua, é importante repensar no que aconteceu e entender no que você pode melhorar no próximo emprego.
Traumas
Os traumas podem ser a causa de muitos transtornos psicológicos como ansiedade, fobias e a depressão. Sendo que, muitas das vezes, a pessoa chega a desenvolver mais de um transtorno.
Os tipos de trauma podem variar e podem ser desde uma humilhação na época da escola até um acidente grave de carro.
Nesses casos, é sempre importante contar com a ajuda de um psicólogo, pois ele saberá como guiar você pelo caminho da superação.
Além disso, é muito comum que alguns traumas estejam “escondidos” na nossa mente sem que nós saibamos. Por isso, é sempre recomendável que a terapia seja uma prática, mesmo quando nos sentimos bem.
Estresse
O estresse, às vezes, é algo tão comum em nossas vidas que é até difícil pensar nele como causa de depressão, não é mesmo?
Mas a verdade é que, quando uma pessoa vive com altos níveis de estresse, de modo contínuo, isso pode gerar uma sobrecarga mental tão grande que pode levar sim à depressão.
Por isso, é muito importante ter uma rotina saudável, dormir bem, praticar exercícios físicos e sempre dar atenção à sua saúde mental e física.
Fim de um relacionamento
Terminar um relacionamento pode ser uma mudança tão grande na vida da pessoa que ela pode sim desenvolver um quadro depressivo. Ainda mais quando essa relação durou muito tempo, como, por exemplo, um casamento de 10 anos ou um namoro de 7 anos.
E, às vezes, mesmo que o tempo não tenha sido tão grande, dependendo da forma como o relacionamento acabou, a pessoa também pode desenvolver a depressão.
Nesses momentos, é sempre importante tirar um tempo para você e não tomar decisões baseadas apenas nas emoções. Além disso, é sempre bom contar com o apoio de amigos e de um profissional da saúde mental.
E, se você passou por alguma das situações acima, faça o teste de depressão abaixo e, depois, continue a leitura do texto!
5 sintomas da depressão exógena
Existem diversos tipos de depressão e especificadores desse transtorno. Por exemplo, a pessoa pode ter a depressão maior e exógena (causada por algum fator externo), ou seja, o tipo de depressão é a depressão maior e ela foi causada por uma situação que aconteceu em sua vida (exógena).
Sendo assim, cada tipo de depressão tem seus sintomas particulares e alguns que são comuns entre elas. E, por aqui, nós vamos citar alguns dos sintomas mais comuns.
Além disso, é sempre importante lembrar o que falamos no tópico acima: é normal passar por fases difíceis e ter dias de desânimo, portanto não é porque você teve algum dos sintomas a seguir que você está necessariamente em depressão.
O tempo que os psicólogos usam para medir a prevalência dos sintomas é de duas ou mais semanas.
É importante saber diferenciar dias ruins de uma depressão persistente, ok? Então vamos lá!
1. Incapacidade de sentir prazer em algo
Um dos sintomas mais comuns da depressão é a pessoa não ter prazer em fazer pequenas atividades do dia a dia. Ela não sente mais vontade e nem interesse pelas coisas que antes ela gostava de fazer.
Por exemplo, se antes alguém tinha muito prazer em fazer uma caminhada depois do trabalho, na depressão, a pessoa perde o prazer em realizar essa atividade. Desse modo, ela vai começar a ficar mais dentro de casa, pois não sente mais alegria em caminhar.
E isso pode se estender para várias situações, nas quais a pessoa simplesmente não consegue sentir prazer e vontade de fazer coisas simples da rotina normal.
2. Desmotivação
Nesse caso, a pessoa não vê razão em fazer coisas normais da vida. Ela perde a motivação para trabalhar, para arrumar a casa e até para cuidar de si mesma. Acontece uma desconexão com o mundo ao seu redor.
3. Alteração no sono e na rotina
Outro sintoma muito comum é a pessoa mudar os hábitos do sono e da rotina no geral.
Pode ser que ela comece a dormir muito mais do que o normal ou comece a ter insônia. Ou seja, nos dois casos, seu sono estará desregulado.
Além disso, pode ser que a pessoa tenha distúrbios alimentares, deixando de comer ou comendo muito mais que o normal, alterando, assim, até mesmo sua forma física.
4. Tristeza prolongada
Quando a pessoa desenvolve a depressão, a tristeza profunda e prolongada é um dos principais sintomas.
É claro que todos nós temos dias ruins e a tristeza é algo comum, mas, nesse caso, a tristeza não passa depois de algumas semanas e ela começa a ser contínua.
Além disso, a tristeza, nesse caso, passa a ser um fator paralisante na vida da pessoa. Por exemplo: por estar triste, a pessoa não se encontra mais com os amigos e familiares, para de realizar suas tarefas do dia a dia e começa a adotar uma rotina negativa, mesmo que não seja intencional.
5. Pensamentos suicidas
Nesse caso, a pessoa pode começar a ter pensamentos frequentes sobre a morte e ideação suicida.
E, mesmo que não haja planos concretos, os pensamentos suicidas já são um alerta de que você deve procurar ajuda de um psicólogo imediatamente.
Saiba mais: depressão e suicídio
Como tratar a depressão exógena?
O principal meio de tratar a depressão é a terapia. Pois, com o acompanhamento de um psicólogo você receberá a atenção adequada e será tratado de forma correta, humana e profissional. Podendo, dessa maneira, alcançar a remissão.
E, junto com a terapia, muitas das vezes, é necessário o uso de medicamentos. Mas esse uso nunca deve ser feito de forma independente, pois o uso de antidepressivos só trará efeitos positivos quando for orientado por um médico, como o psiquiatra.
Além disso, junto com a terapia e medicação adequada é importante que a pessoa mantenha uma rotina saudável. Isso porque, mesmo com a ajuda dos profissionais da saúde, se a pessoa tiver uma rotina estressante, o tratamento pode ser atrapalhado e o processo de remissão pode ser atrasado.
É importante ter em mente que grande parte do tratamento acontece fora do consultório. Afinal, os remédios não curam a depressão, apenas te dão força para tomar atitudes que irão trazer a remissão. Por isso, é importante se atentar às orientações do psicólogo e do psiquiatra do que fazer na sua rotina, se esforçando para ter dias mais saudáveis, mesmo sem vontade.
Saiba mais: 3 hábitos para criar uma rotina antidepressiva
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