Cuidados paliativos: para que servem e quando iniciar
Equipe Eurekka
Há quem diga que cuidados paliativos se refere a abreviar a vida do doente, ou até mesmo desistir dela. Esse, no entanto, é um conceito muito errado. Um paciente paliativo já está em um momento próximo à morte, e esse cuidado serve para garantir que o paciente tenha a maior qualidade de vida possível até o fim dela.
Os cuidados paliativos são voltados para aquelas pessoas que possuem doenças graves e que afetam o funcionar do corpo dia após dia. É um ato muito nobre e que exige um alto controle das emoções para não ser afetado por todo um clima de risco de morte.
No entanto, isso não significa que estamos desistindo da vida, apenas estamos garantindo que ela tenha mais bem-estar nos estágios mais avançados de uma doença. Nesse post você entenderá o que é isso, seus princípios e tudo o que precisa saber sobre o assunto!
Índice
O que são cuidados paliativos?
Essa área é a abordagem que permite que os pacientes com doenças terminais tenham qualidade de vida. Por meio deles, os pacientes e familiares têm mais bem-estar durante o fim da vida, permitindo que os pacientes morram em paz e com dignidade.
Essa abordagem não envolve apenas aspectos físico mas também psicológicos, sociais, familiares, religiosos e espirituais. Por essa razão, ela é uma área com vários fatores envolvidos. Ou seja, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais da saúde se envolvem nesse momento.
Para que serve e quais os princípios?
A função dos cuidados paliativos é permitir que o paciente passe os restos de seus dias da forma mais confortável e digna possível. Além disso, sua função também é dar conforto para os familiares que estão com o paciente nesse momento tão difícil. Essa prática segue dois princípios:
Princípios bioéticos
- Promover o alívio da dor e outros sintomas que causem estresse
- Reafirmar a vida e ver a morte como um processo natural e pessoal
- Integrar aspectos psicossociais e espirituais do cuidado
- Oferecer um sistema de suporte que ajuda o paciente a viver do modo mais ativo quanto possível até sua morte
- Ter mais qualidade de vida que ajuda de forma positiva no curto da doença
- Não antecipar nem adiar a morte
Princípios básicos
- Mais de um olhar: ou seja, se responsabiliza por aspectos além dos físicos, como ja mencionado. Dessa forma, aspecto psicológicos, sócio-familiares e religioso-espirituais não se desassociam no momento do cuidado.
- Mais de uma disciplina: médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, serviço social, terapia ocupacional, psicólogos, farmacêuticos, nutricionistas, dentistas e o serviço de capelania participam dos cuidados
- Interdisciplinar: várias especialidades médicas se juntam, como geriatras, cirurgiões, oncologistas, médicos de UTI entre outros.
Essa prática respeita o código de ética médica e se relaciona com a ortotanásia, que significa ter uma conduta adequada diante de um paciente em fase terminal. Assim, se respeita as condições do paciente e as consultas médicas se fazem de acordo a essas condições.
Quando iniciar os cuidados paliativos?
O momento correto para entrar com cuidados paliativos deve ser discutido entre o paciente, seus familiares e todos os profissionais da saúde que cuidam dele. Contudo, quanto antes se iniciar, melhor serão os resultados.
Dessa forma, o ideal é que a prática de cuidados paliativos comece a partir do diagnóstico de uma doença grave e sem cura. Isso não significa que o paciente receberá cuidados paliativos nesse momento, outras formas de tratamento também estão nesse meio.
Portanto, no momento do diagnóstico de doenças terminais e graves se iniciam os cuidados paliativos, porém ainda são feitos procedimentos médicos invasivos que visam aumentar o tempo de vida do paciente. Conforme a doença avança, os cuidados paliativos vão ganhando mais espaço até que se tornam cuidados paliativos exclusivos, que vão durar até a morte do paciente.
Entretanto, também é função dos cuidados paliativos ter uma atividade pós óbito, quando a família precisa de apoio. Portanto, tais cuidados não acabam quando o paciente morre, mas continuam com as pessoas próximas a ele.
Onde o paciente pode receber cuidados paliativos?
Uma vez que o principal objetivo dos cuidados paliativos é aliviar a dor do paciente e mantê-lo confortável, pode-se fazer isso de onde quer que o paciente esteja, seja em sua casa, em uma clínica ou no hospital.
O que acontece é que, na maioria das vezes, esses pacientes precisam de cuidados especiais por conta do avanço da sua doença. Então é mais comum que eles fiquem em um hospital. Além disso, grande parte dos remédios que eles precisam tomar para aliviar a dor são aplicados nas veias do paciente. Ou seja, se precisa aplicar na veia, apenas um profissional da saúde pode fazer esse trabalho.
Os pacientes que recebem cuidados paliativos em casa costumam ter um serviço de home care, no qual médicos e enfermeiros atendem o paciente no seu quarto como se fosse um quarto de hospital.
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Quem precisa de cuidados paliativos?
Se indica os cuidados paliativos para pacientes de todas as idades que tenham uma doença grave, progressiva e incurável. Portanto, pacientes com câncer avançado, doenças neurodegenerativas e outras similares são aptas a entrarem para os cuidados paliativos.
Além disso, pacientes com dor ou outro sintoma de difícil controle também podem ser postos em cuidados paliativos.
Entretanto, há uma escala de escolha para cuidados paliativos. Então, é uma tabela com algumas informações que permitem classificar se o doente deve iniciar ou não os cuidados paliativos naquele momento.
Como cuidar de um paciente paliativo
Entre os cuidados de um paciente paliativo, estão:
- Manejo da dor total, cuidando da dor de forma física, social e emocional
- Tratamento para alívio de náuseas, diarreia, prisão de ventre, depressão, ansiedade, fadiga, falta de apetite, coceiras e insônia
- Cuidado da parte emocional do paciente e de seus familiares
- Valorização das expectativas e dos valores do paciente, pois são mais importantes do que a cura dele nesse momento.
Quem são os profissionais responsáveis
Como já mencionado, toda uma equipe multidisciplinar é quem cuida dessa parte. Médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, serviço social, terapia ocupacional, psicólogos, farmacêuticos, nutricionistas, dentistas e o serviço de capelania têm sua função na prática dos cuidados.
Importância da Saúde Mental
Estudos comprovam que a saúde mental tem grande impacto no tratamento dos pacientes. Dessa forma, pacientes que são assistidos de modo emocional e mantém sua saúde mental tem uma melhor evolução de suas doenças. Inclusive, esses pacientes podem aumentar a expectativa de vida apenas cuidando de sua saúde mental.
Por fim, algumas técnicas como fazer o paciente ter objetivos que possam ser concluídos enquanto estiver vivo são úteis para aumentar a saúde mental do paciente.
Terapia com a Eurekka
Como falamos, a terapia pode ser uma ótima opção para ajudar nesse processo. Não só pra quem está nos momentos finais de vida, mas pra quem está vendo algum amigo ou parente próximo nesse estado.
Pode ser muito doloroso, nós sabemos. Mas também sabemos que ter uma escuta profissional pode te ajudar a aliviar as dores e aceitar a realidade da morte.
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