Comunicação não-violenta: como praticar essa técnica

Equipe Eurekka

Você sente que é muito agressivo e impaciente ao conversar com outras pessoas? Às vezes, podemos nos comunicar de um jeito impulsivo e acabar brigando com os outros. Mas e se eu te dissesse que é possível praticar uma comunicação não-violenta e melhorar suas relações?

Afinal, a comunicação é o pilar principal dos relacionamentos humanos. Por isso, não conseguir manter um diálogo amigável e sensível com outras pessoas pode ser um grande problema. E reconhecer que precisa melhorar nesse ponto é o primeiro passo. 

Então, nesse texto nós vamos explicar para você tudo sobre esse tipo de comunicação e como isso pode transformar o modo como você se expressa no mundo! Confira só!

O que é comunicação não-violenta?

A CNV é um modo de pensar e se comunicar com as pessoas, que permite a construção de relações mais profundas e empáticas. Ou seja, pode ser entendida como uma forma de se conectar com os sentimentos e pensamentos (seus ou dos outros), com o objetivo de comunicar uma necessidade. 

É vital dizer que as necessidades são humanas e universais. Por exemplo, todos temos necessidade de proteção, segurança, amor, aprendizagem, entre outros. Logo, quando a pessoa entra em contato com suas próprias necessidades, está se conectando com questões que são comuns a todas as pessoas. 

Mas, qual a importância disso? Pensar dessa forma é um estímulo para a cooperação e empatia. Afinal, de maneira constante se faz o exercício de reconhecer as suas necessidades, bem como as necessidades do outro. 

Saiba mais: conheça as necessidades humanas com a Pirâmide de Maslow

Quem é o criador desse modelo? 

O autor que desenvolveu o modelo da comunicação não-violenta foi o psicólogo Marshall B. Rosenberg, no ano de 1963. Desde jovem, ele desenvolveu uma vontade de entender o que contribuía para que as pessoas fossem violentas umas com as outras.

Além disso, Marshall queria buscar tipos de linguagem, pensamento e comunicação que se tornassem alternativas para a violência que ele encontrava. Entre os livros que escreveu, os mais conhecidos são: “comunicação não-violenta” e “vivendo a comunicação não-violenta”.

casal praticando a comunicação não violenta

Qual o objetivo da CNV? 

Uma coisa é importante entender: o objetivo da CNV não é persuadir, manipular ou convencer as pessoas a fazerem suas vontades. Pelo contrário, seu objetivo é conseguir uma comunicação saudável e relações empáticas, permitindo que você enxergue o outro de maneira completa.

Sendo assim, a ideia também não é resolver conflitos. Aliás, a resolução de conflitos é apenas uma consequência, já que uma comunicação empática é capaz de evitá-los. 

Esse é, inclusive, o principal objetivo: desenvolver empatia. É ela que será responsável pelo exercício de “se colocar no lugar do outro” e pensar antes de falar. 

O que é empatia?

Afinal, você sabe o que é empatia? É a capacidade humana de se colocar no lugar do outro; buscar entender, de maneira genuína, como a outra pessoa está se sentindo. 

Pode parecer simples, mas, pense que você está acostumado a olhar o mundo através das suas próprias experiências. Logo, a tendência é que você julgue as escolhas e atitudes de outras pessoas com base nas suas vivências, certo? 

Por essa razão, exercitar a empatia é essencial para que você viva em harmonia com as pessoas à sua volta. Além disso, a consequência de pessoas empáticas são: relações leves, trabalhos saudáveis, tranquilidade na família, amigos unidos, entre outras várias possibilidades. 

Quais são os quatro passos da comunicação não-violenta?

A partir do que já foi visto, Marshall Rosenberg pensou em quatro passos para que a CNV pudesse ser aplicada por todas as pessoas. Sendo assim, para desenvolver uma comunicação assertiva, os seguintes aspectos devem ser considerados:

Observação

O primeiro passo que antecede qualquer comunicação, é a observação. De maneira geral, a ideia é conseguir perceber o que está acontecendo em determinada situação, sem fazer um julgamento

Lembra o que você viu sobre empatia? Temos a tendência de julgar e criticar o outro a partir das nossas próprias experiências. Logo, o primeiro passo para uma boa comunicação, é apenas observar e buscar entender o que está acontecendo.

Sentimentos 

O segundo passo, portanto, é expressar como você se sente. Busque exercitar e identificar o que está sentindo, dê nome a essas sensações, isso irá ajudar o outro a se colocar no seu lugar e ser compreensivo. 

No entanto, cuide para identificar os sentimentos da maneira correta. Muitas pessoas usam o termo “sentir” de uma forma equivocada. Por exemplo, a frase: “eu sinto que não vai dar certo”; isso tem mais relação com algo que a pessoa acredita ou acha, do que de fato algo que ela sente. 

Logo, quando você quiser comunicar para outra pessoa que está sentindo algo, lembre que isso quer dizer: medo, raiva, alegria, frustração, animação, cansaço, entre outros. 

Necessidade 

O terceiro passo da CNV, é a expressão de necessidades. Por trás de um comportamento agressivo existe uma necessidade que não foi atendida, portanto, é preciso saber expressar a necessidade que está por trás do sentimento. 

Lembre que, apenas você é responsável por saber quais são suas necessidades. Logo, de modo algum nosso objetivo é que as outras pessoas adivinhem o que precisamos naquele momento. Aliás, a maior parte das brigas ocorre quando alguém tenta impor uma necessidade, tornando-a uma exigência. 

Pedido

Por fim, o quarto passo é o pedido. Ele significa o ato vulnerável de se colocar para o outro a partir de suas necessidades, a partir de um diálogo que não julga. É como propor um acordo para o outro. 

Se você consegue observar sem julgar, reconhecer a maneira que está se sentindo e entender quais são suas necessidades, precisa apenas mais um fator. Você precisa saber pedir de forma clara e gentil, cuidando com muita atenção para não tornar seu pedido uma exigência. 

Como a comunicação não-violenta pode ajudar

Dessa forma, depois de citar todas as vantagens de possuir uma comunicação não-violenta, é útil explicar de que forma ela pode ajudar em algumas áreas da sua vida, certo?

No relacionamento

Relacionamentos podem se beneficiar muito de uma comunicação assertiva! Uma relação entre duas pessoas exige muita empatia e disposição para entender o outro

Pessoas, de maneira natural, têm experiências diferentes ao longo da vida. Por isso, dividir a vida com alguém que teve vivências muito diferentes das suas, exige uma dose grande de compreensão. 

Como você já sabe, em resumo, a CNV tem como objetivo a empatia. Sendo assim, esse é o motivo que torna a comunicação não-violenta uma ajuda vital para os relacionamentos. 

No trabalho 

Da mesma forma, o trabalho é um local onde construímos relações. Logo, o mesmo entendimento se aplica nessa situação. Conviver em um espaço com várias pessoas, sendo todas com um objetivo em comum, pode ser um desafio. 

Por essa razão, o ambiente de trabalho pode ser um lugar onde os ânimos ficam aflorados, resultando em conflitos. Assim, a capacidade empática dos colegas de trabalho permite um espaço flexível e acolhedor para todos. 

sede da Eurekka

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Gostou de aprender mais sobre comunicação não-violenta ao longo deste texto? Como você viu, é possível exercitar uma escuta empática e, como consequência, melhorar os seus relacionamentos. 

Por isso, saiba que a Eurekka pode lhe ajudar nesse processo! Uma ajuda especializada vai auxiliar você a dar os passos certos na direção da mudança. Você pode viver e construir relacionamentos saudáveis, além de ter orgulho de ser uma pessoa empática. 

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