Comportamentos autodestrutivos: o que são e como impedi-los
Equipe Eurekka
Se você fuma ou bebe demais, toma muitos remédios, vive desmarcando encontros, ou desiste antes de tentar o que planejou, saiba que esses são comportamentos autodestrutivos.
Essas atitudes podem atrapalhar muito o seu desenvolvimento pessoal, profissional e até mesmo educacional. Para entender por que eles surgem e como impedi-los, continue lendo!
Índice
O que são comportamentos autodestrutivos?
Comportamentos autodestrutivos são quaisquer modos de agir que podem prejudicar a você mesmo.
Quando falamos sobre isso, muitas pessoas pensam somente em ações extremas, como a automutilação ou o suicídio.
Mas, na verdade, os comportamentos autodestrutivos passam também por situações mais simples, como a autossabotagem, relacionamentos tóxicos, passividade, e por aí vai.
Pessoa autodestrutiva ou depressão?
Não é uma regra, mas muitas vezes, a pessoa autodestrutiva pode ter um transtorno mental que a leva a essas ações. Os comportamentos autodestrutivos podem ser um sinal para, por exemplo, o transtorno de personalidade borderline ou a esquizofrenia.
Assim, esses modos de agir podem acabar levando à depressão. Afinal, você pode acabar cortando todos os seus prazeres da vida, como o círculo de amizades, o trabalho, os estudos, as relações amorosas…
Porém, crenças negativas e a passividade, por exemplo, são comportamentos autodestrutivos que podem surgir por conta de uma depressão que já existia.
Ou seja, o comportamento autodestrutivo pode tanto ser causado por outro fator e acabar levando à depressão, quanto pode ser um sintoma da depressão.
Por que alguém desenvolve comportamentos autodestrutivos?
A pessoa pode usar estas ações como uma forma de aliviar o que sente por dentro. Por culpa, medo ou raiva, ela cria esses mecanismos que a ajudam a “extravasar”.
Mas, apesar de essa ser uma tentativa do corpo para ajudar, esse tipo de atitude não é efetiva, porque acaba deteriorando outras áreas da sua vida que não estavam tão ruins.
Se você se sente mal por um término de namoro, por exemplo, pode começar a ter comportamentos de agressividade. E isso, além de não trazer o namoro de volta, vai te afastar de outras pessoas queridas, por medo ou incompreensão da parte delas.
Exemplos de comportamentos autodestrutivos
Tudo que é muito impulsivo ou compulsivo pode, de uma forma ou de outra, se encaixar nessa categoria. Por exemplo:
- Comprar por impulso ou ter vício em compras;
- Comer de forma compulsiva, ou não querer comer nada;
- Abuso de substâncias e/ou vício em drogas;
- Autolesões, como a automutilação ou arrancar os cabelos;
- Se sabotar o tempo todo.
Mesmo que você ache que isso não ocorre com muita frequência, só de apresentar esses modos de agir pode ser um sinal de alerta.
Afinal, pode ser só o começo de um grande problema, e o melhor é sempre buscar ajuda assim que identificar os sinais. Deixar para se preocupar só quando já está fora de controle vai só dificultar tudo.
Por isso, veja abaixo outros tipos comuns de comportamentos autodestrutivos para que você identifique os sinais de alerta.
Não ligar para o próprio sucesso
Essa questão se liga muito com o nosso próximo tópico. No geral, usando uma frase clichê, mas real: se você não liga para o seu próprio sucesso, ninguém mais ligará. Nós temos que vibrar por nós mesmos antes de esperar que os outros nos saúdem.
Por isso, não ligar para o próprio sucesso está dentro de comportamentos autodestrutivos, pois isso vai fazendo com que você perca a autoconfiança, a autoestima e o amor próprio.
Autossabotagem
A autossabotagem é um dos sinais mais óbvios de um comportamento autodestrutivo. Entre ações que se enquadram como autossabotagem, estão:
- Desistir antes de começar;
- Criar situações muito complexas e falhar;
- Marcar saídas ou encontros e desmarcá-los logo depois;
- Não se sentir suficiente e, por isso, não tentar nada novo.
Essas ações te impedem de ir atrás do que quer ou parece bom para a sua vida. A autossabotagem se liga bastante com a falta de autoestima, achando que nunca é suficiente para nada, ou que ninguém vai gostar da sua companhia.
Agressividade sem controle
Bater nas paredes, chutar objetos ou jogar coisas são sinais de comportamentos autodestrutivos e que também podem ferir ou assustar outras pessoas.
Ser agressivo pode indicar muitas coisas, como um grito por ajuda. É uma questão de não ter inteligência emocional, e isso transparece nas ações que revelam a falta de controle da pessoa.
Passividade ou incompetência forçada
Aceitar toda e qualquer condição, sem se importar com o que você mesmo acha daquilo, é um comportamento autodestrutivo.
Afinal, você está passando por cima das próprias vontades para ir atrás do que outras pessoas estão fazendo ou pensando. Se forçar a ser incompetente para seguir a onda de outras pessoas do seu grupo faz mal para a sua vida como um todo.
Pense em uma situação educacional, por exemplo. Você precisa fazer um grupo para apresentar um trabalho. Já que você não se sente suficiente, você não tenta ir para o grupo dos que têm mais empenho.
Então, uma pessoa diz que você está em um grupo com a “galera da bagunça”. Se você só aceita, apesar de não querer estar com eles, isso é um comportamento autodestrutivo, que está destruindo sua efetividade escolar.
Atitudes que conflitam entre si
Se contradizer vez ou outra é normal. Mas estar sempre tendo ações que divergem é um comportamento autodestrutivo. Isso tem muito a ver com pensar ou desejar algo, mas fazer diferente.
Por exemplo, querer ser um bom aluno ou um bom funcionário, mas sempre se atrasar, não cumprir os horários, ter muitas faltas…
Isso compromete o seu desempenho e faz você se sentir cada vez pior com você mesmo. A dissonância cognitiva surge em seu auge com esse tipo de ação!
E se essa é uma realidade para você, que tal receber ajuda? Um profissional da saúde mental pode ensinar para você como transformar os seus objetivos em ações, de forma a mostrar como tomar atitudes práticas que condizem com aquilo que você quer!
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Ter crenças negativas
Mais um dos comportamentos autodestrutivos: pensar só coisas ruins sobre você mesmo. Acreditar que não será capaz de realizar aquilo que você almeja, ou que, mesmo que você se esforce muito, não vai conseguir sair do lugar.
Essas crenças negativas fazem com que você nem mesmo comece. Ou, ainda, que você não vá atrás de fazer o que quer. E isso é muito ruim para a sua autoestima e para o sentimento de maestria, em especial.
Automutilação
Dentre todos os comportamentos autodestrutivos, a automutilação é a que surge como mais óbvia para quem pensa no assunto. Enquanto os outros são mais internos, surgindo em pensamento e se refletindo em ações, a automutilação é mais “na cara”.
Se cortar, se arranhar, entre outras ações do tipo, entram como comportamentos autodestrutivos e são claros pedidos de ajuda e atenção.
Mas não atenção no sentido pejorativo, como muitas pessoas costumam acusar; é uma forma de mostrar que todas as outras opções parecem não resolver para aquela pessoa. Ela não sabe mais o que fazer.
Costuma ser um sinal de desespero, e é um sinal que precisa deixar todos da rede de apoio atentos quando surge.
5 dicas para resolver os comportamentos autodestrutivos
Agora que você já identificou vários dos comportamentos autodestrutivos, vamos ver formas de resolver essa situação.
Você já entendeu que essas ações fazem a sua vida ficar pior, mais pobre, e mais distante do que você tem como ideal. Então, pensar em formas de mudar isso é muito útil!
1.Identifique gatilhos
Pense no que costuma ocorrer antes de você ter esses comportamentos autodestrutivos.
Por exemplo, quando você fica agressivo, o que ocorre antes de você passar a jogar coisas para o alto e destruir objetos? Talvez seja um estresse que vai crescendo e te consumindo, sem você conseguir controlar.
2.Trabalhar o autoconhecimento
Você precisa entender o porquê disso te deixar tão mal. Ou seja: agora que você percebeu o gatilho, precisa pensar no motivo disso ser um gatilho para você.
Continuando no mesmo exemplo, por que esse estresse surgiu? Por que você não conseguiu reduzir o estresse, precisando se livrar dele dessa forma? Talvez tenha a ver com a forma como isso é resolvido na sua família, por exemplo.
3.Criar hábitos mais saudáveis
Quando você trabalha hábitos mais saudáveis na sua rotina, o amor próprio fica muito mais forte. Além disso, os hormônios que os hábitos liberam te deixam mais disposto e pronto para encarar os desafios da vida.
Se você começar a praticar meditação mindfulness, por exemplo, isso pode te ajudar a lidar melhor com as emoções e sentimentos. E isso, por sua vez, faz você ter menos explosões de raiva.
4.Pratique respirações que acalmam
A nossa respiração tem muito a ver com a forma como lidamos com as situações do dia a dia. Quanto mais focamos em uma respiração saudável e calma, mais o nosso cérebro fica oxigenado. Assim, você pensa melhor no que está ocorrendo.
E você precisa aprender e praticar isso antes dos momentos de maior dificuldade. Você pode começar a criar o hábito ouvindo respirações guiadas, por exemplo. A Eurekka tem algumas opções muito legais que podem te ajudar!
Um exemplo é a respiração diafragmática. Respire e inspire no ritmo do GIF abaixo!
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5.Procure apoio psicológico
Buscar apoio psicológico não é sinal de ser fraco; pelo contrário. Essa é a forma mais fácil de começar a cuidar bem da sua própria vida. Afinal, o apoio profissional vai te ajudar a entender por onde começar e quais caminhos seguir.
Quando você está acostumado a praticar comportamentos autodestrutivos, pode ser difícil saber o que é mais saudável. Mas, com o acompanhamento certo, você aprende a praticar, em micropassos, ações inteligentes que levam você pelo caminho da sua melhora.
Terapia para lidar com comportamentos autodestrutivos
A Eurekka é a maior clínica de terapia online do Brasil e tem psicólogos que estão sempre desenvolvendo seus estudos e práticas para ajudar você em qualquer situação da sua vida.
Trabalhar comportamentos autodestrutivos é algo vital para a Terapia Comportamental, abordagem que a Eurekka segue. Por isso, ajudar você a construir comportamentos saudáveis é a nossa missão.
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