Como lidar com adolescentes que se expõem a riscos
Equipe Eurekka
Você tem filho ou conhece um adolescente considerado rebelde, ou até mesmo impulsivo, que toma atitudes perigosas e não pensadas capazes de gerar consequências desagradáveis? Não é fácil saber como lidar com adolescentes que se expõem a riscos.
Ser responsável por cuidar de uma pessoa que passa por essa fase é uma tarefa e tanto. A adolescência é um grande momento de descobertas e desafios que constroem um valioso crescimento individual. Por isso, o ideal não é lutar contra ela, e sim saber mais a fundo, para que haja um melhor proveito dessa etapa.
Muita calma nessa hora!
Se você se sente perdido nesse tema e não sabe o que fazer diante desse período da vida de alguém, a Eurekka traz no texto de hoje um guia completo sobre como lidar com isso.
Índice
O que são comportamentos de risco?
Como o próprio nome diz, os comportamentos de risco são modos de agir no cotidiano que ameaçam de algum jeito a saúde física ou mental da pessoa que comete tais atitudes ou de outras próximas a ela.
O primeiro passo para compreender o que se passa na mente de um adolescente com tendência a ter condutas incertas, é estar alerta aos gatilhos que levam o jovem a ter esse tipo de comportamento.
Exemplos de comportamento de risco
Todavia, no caso de adolescentes, os comportamentos de risco têm chances de acabar atrapalhando um progresso saudável. Alguns costumes comuns possíveis de se imaginar são:
- Se pressionar esteticamente;
- Usar drogas ilícitas;
- Se relacionar sexualmente sem o uso de preservativos;
- Beber álcool;
- Ser agressivo física ou verbalmente;
- Viciar em alguma atividade casual, como usar celular ou realizar compras demasiadamente;
- Depender emocionalmente de alguém.
Surpreendentemente, por trás de cada atitude de risco, há justificativas conscientes e inconscientes.
Por que adolescentes se expõem a riscos?
Você pode se perguntar o porquê daquela pessoa conhecida estar fazendo tal coisa, se é claro que aquilo trará consequências que não vão fazer bem a ela, mas o que é óbvio para uns pode não ser para outros.
Isso vale principalmente quando estamos falando de adolescentes em fase de aprendizagem, período que se resume ao processo de mudança influenciado pela mistura entre fatores mentais e o meio em que estão inseridos.
O cérebro do adolescente
Apesar de também serem chamados de “aborrecentes” por estarem constantemente irritados, inquietos e confusos, é necessário não demonizar a puberdade, pois quem passa por ela está num processo constante de mudanças cerebrais que não são leves de encarar, ainda mais quando isso se junta a outros problemas pessoais.
Ademais, o cérebro humano, responsável por controlar inúmeras funções do corpo, como as emoções, os sentidos e o pensamento, na adolescência, acaba se expandindo e produzindo muitos hormônios relacionados ao prazer, vício, dentre outros.
Aliás, uma má regulação desses mesmos hormônios, como a dificuldade na produção da serotonina, que dá a sensação de bem-estar e felicidade, dificulta algumas coisas na mente do adolescente. Isso faz ele mudar bruscamente de humor e também altera o seu comportamento diante de determinadas situações. Em casos graves, pode se transformar em depressão.
Além disso, nessa idade, algumas áreas cerebrais se desenvolvem com mais velocidade do que outras. Acredite, cada uma dessas transformações e reações químicas influenciam em comportamentos notáveis no dia a dia do adolescente, e isso explica muitos de seus hábitos, sejam eles benéficos ou não.
A tolerância do desconhecido
Viajar sozinho pela primeira vez. Ter o primeiro encontro amoroso. Participar da primeira entrevista de emprego.
Esses fatos sadios citados têm coisas em comum: geram sensações afloradas, normalmente prazerosas, e trazem um gostinho do que é a independência. Mas a principal razão desses pontos positivos existirem nessas situações é a de que todos partem do princípio de enfrentar o desconhecido.
Sair da zona de conforto tem o poder de afeiçoar o caráter e preencher pouco a pouco quem somos. Descobrimos coisas de que gostamos e outras que preferimos deixar de lado.
Contudo, o problema se inicia quando os riscos de se debruçar numa primeira experiência começam a afetar o estado físico ou mental do adolescente. Pior ainda, quando há uma persistência em continuar cometendo erros por conta da adrenalina do prazer dos atos intensos.
O que pode influenciar nos comportamentos de risco?
Os adolescentes preferem achar outras pessoas que estão passando pela mesma fase para participarem juntos do que consideram ser uma aventura. Essa busca faz com que influenciem e sejam influenciados, intensificando práticas viciosas.
Apesar de várias das condutas precoces dos adolescentes serem feitas apenas pela simples curiosidade ou desejo de criar uma imagem de autossuficiência, há sim uma influência de quem está por perto. Desde pequenos, aprendemos a observar, e observamos para aprender a colocar em prática.
O impacto da mídia é um outro elemento muito presente na adolescência, justamente na época em que há a descoberta do corpo, o que faz com que jovens se pressionem a se encaixar em padrões estéticos tóxicos, e como resultado, desencadeiam problemas alimentares e corporais, como a bulimia nervosa.
O que está na moda entre os adolescentes e o consumismo do mundo em que são criados também estão fortemente vinculados. Diariamente, eles são bombardeados com muitas informações que constroem costumes na cultura do local em que vivem, por exemplo o incentivo ao uso de um celular mais caro por status.
Como lidar com adolescentes que se expõem a riscos?
Deixa que a gente te mostra o melhor jeito de lidar com adolescentes prontos para desbravarem tudo por aí!
Dá uma conferida no que pode ser feito:
Entenda as mudanças dessa fase
A adolescência é marcada por muitas transformações necessárias. Seja pelo crescimento de pelos e espinhas pelo corpo, o início da menstruação, o descobrimento da orientação sexual e até mesmo uma mudança mais radical de caráter, vontade ou emoções.
O adolescente está deixando de ser igual aos pais ou responsáveis para ser ele mesmo. Sua própria identidade é uma das coisas mais valiosas e precisa ser entendida e respeitada, e ela pode ser bem complexa.
Portanto, é essencial estar ciente de todas essas mudanças para um melhor acompanhamento e orientação.
Dialogue de forma tranquila
Criar um espaço confortável de confiança nas conversas para que contem o que for necessário, ou que seja dito o que é preciso, deve ser uma tarefa natural e construída com o adolescente quanto antes, pois é melhor tomar precauções e adverti-lo antes do que repreendê-lo, lá na frente, quando as consequências já bateram à porta.
Todavia, o apoio e repreensão sem julgamentos, por mais que vá contra certos ideais e valores dos responsáveis, é essencial. Opiniões pessoais que violem o caráter do adolescente devem ser repensadas e deixadas de lado para que não oprimam quem ele está tentando ser.
Proponha a terapia
Não há uma bússola ou um manual de instruções para cada situação exata da vida. Por consequência, alguns comportamentos de risco na adolescência podem ser mais graves, e nem sempre os jovens vão querer escutar pais ou responsáveis.
Uma solução altamente eficaz para saber como lidar com adolescentes que se expõem a riscos é com a terapia. Uma ajuda profissional para ter mais confiança diante das dúvidas e dificuldades que, com certeza, vão ocorrer durante essa fase.
Assim sendo, a terapia é uma fuga sadia da realidade, se necessária. E expor o seu dia a dia a um psicólogo pode identificar problemas antes deles existirem ou se agravarem.
Equilibre limites e autonomia
Não é porque estão passando por uma fase de descobertas que isso os libera de fazerem tudo sem ao menos pensar nas consequências. A liberdade para que descubram as coisas deve existir, mas até o ponto em que as atitudes dos adolescentes não tragam problemas.
Afinal, o mundo é uma galeria de opções e isso deve ser explorado de maneira saudável.
Para pais ou responsáveis talvez seja um pouco difícil vê-los tomarem partido com mais independência e deixarem de ser os puros reflexos de quem cuida deles, mas buscar um meio termo entre a tolerância e as diferenças é efetivo.
Seja presente
A resposta que o mundo e a sociedade dão pode ser difícil de se lidar, e o adolescente acaba percebendo que talvez não vá conseguir enfrentar algumas coisas sozinho. Por conta disso, precisa ser acolhido da melhor forma. Por isso, estar presente ali para apoiá-lo faz toda a diferença.
A Eurekka pode ajudar você
Saber a melhor maneira de como lidar com adolescentes que se expõem a riscos vai influenciá-los a crescerem positivamente e serem ótimos adultos no futuro. E a Eurekka pode ajudar nesse processo!
Se você sente que chegou a hora de encarar essa fase junto com seu jovem e com o auxílio de um psicólogo preparado, então clique aqui e marque uma conversa inicial!
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